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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Renato Baumann: Percurso Incompleto: a política econômica externa do Brasil (disponível no IPEA)

 O IPEA acaba de publicar o livro mais novo de Renato Baumann:


Percurso Incompleto: a política econômica externa do Brasil (Brasília: Idea, 2023, 311 p.; ISBN: 978-65-5635-059-2) DOI:
http://dx.doi.org/10.38116/9786556350592 Acesse: https://repositorio.ipea.gov.br/


SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO, 7

PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES, 9 

CAPÍTULO 1

A GLOBALIZAÇÃO À DISTÂNCIA, 29 

CAPÍTULO 2

PERDENDO FÔLEGO NO GRUPO DOS EMERGENTES, 67 

CAPÍTULO 3

VIESES DA POLÍTICA COMERCIAL. 93 

CAPÍTULO 4

OS ACORDOS COMERCIAIS DO BRASIL, 21 

CAPÍTULO 5

A ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS EXTERNOS, 147 

CAPÍTULO 6

O TEMA DOS ACORDOS DE INVESTIMENTO , 173 

CAPÍTULO 7

CADEIA GLOBAL DE VALOR É CONSEQUÊNCIA, NÃO OBJETIVO , 199 

CAPÍTULO 8

O DESAFIO DO ALINHAMENTO EXTERNO ,  223

CAPÍTULO 9
O TEMA DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL,  257 

Coautoria com Rafael Schleicher

CAPÍTULO 10
O PERCURSO INCOMPLETO , 279

REFERÊNCIAS, 299

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Indicadores quantitativos da OCDE e o Brasil (Publicação Preliminar do IPEA) - Renato Baumann e colaboradores

Indicadores quantitativos da OCDE e o Brasil 

(Publicação Preliminar)

Renato Baumann (coordenador)

https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12346

Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12346

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição multilateral voltada à promoção de melhores práticas regulatórias e políticas econômicas. Assume-se algum grau de convergência de seus países membros ao que é considerado uma boa prática, bem como reformas que promovam tal convergência. O Brasil protocolou pedido de acessão à OCDE em 2017. As discussões sobre a acessão do país foram iniciadas em janeiro de 2022 pelo Conselho de Administração. Em junho do mesmo ano, foi formalmente entregue ao Governo brasileiro o Accession Roadmap, que estabelece os termos e condições para o processo de acessão do Brasil à Organização. Com o objetivo de apoiar o Brasil no processo de negociação no contexto de uma possível acessão à OCDE, o IPEA desenvolveu um amplo projeto, de análise detalhada dos indicadores quantitativos empregados pela Organização. O objetivo foi avaliar cada indicador, tendo em vista as características da economia e da sociedade brasileira. No processo de acessão do Brasil à OCDE o tópico de reformas estruturais é um dos mais amplos e multifacetados, na medida em que engloba discussões sobre diversos temas, como empresas e governança pública, política fiscal, regulação, instituições econômicas e intervenções do Estado na economia, ambiente de negócios, comércio internacional, investimento estrangeiro direto, entre outros.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Dialogos Internacionais do IPRI: a serie continua...

Diálogos Internacionais do IPRI
Os eventos realizados até aqui (21/03/2018):

Diálogos Internacionais é uma série de palestras seguidas de debates organizadas pelo IPRI, com diversas personalidades como palestrantes. Nesta página é possível acessar o conteúdo das apresentações (se disponível) e o mini cv dos palestrantes das edições anteriores dos Diálogos.
20 de março - A presença da China no Brasil e na América do Sul
Rotativo Baumann
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Renato Baumann possui graduação (1972) e mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (1976) e doutorado em Economia pela University of Oxford (Reino Unido, 1982). Foi diretor do Escritório da Cepal no Brasil entre abril de 1995 e novembro de 2010. Atualmente é Secretário-Adjunto de Assuntos Internacionais (SAIN/MP) e professor de economia da UnB. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Relações do Comércio; Política Comercial e Integração Econômica.  Pela Funag, foi um dos autores do livro: BRICS - Estudos e Documentos.
14 de março - Direitos humanos no Brasil e no mundo
rotativo direitos humanos
  • José Augusto Lindgren-Alves é diplomata, aposentado em nível de embaixador. Tem mais de 30 anos dedicados aos direitos humanos, assunto em que começou a trabalhar quando era conselheiro da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, em 1985. Desde então participou como delegado das reuniões da então Comissão dos Direitos Humanos, até 1996, em Genebra, e como membro, a título pessoal, da antiga Subcomissão sobre Prevenção da Discriminaçao e Proteção das Minorias, de 1994 a 1996. Eleito e reeleito quatro vezes pelos Estados-partes da respectiva convenção, foi membro (perito independente), de 2002 a 2017, do Comitê para a Eliminação das Discriminação Racial – Cerd, nas Nações Unidas, em Genebra. Ex chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, de 1999 a 2005, e primeiro diretor geral do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do mesmo ministerio (1995-1996), preparou e coordenou como delegado a participação do Brasil nas conferências mundiais da década de 1990: de Viena, sobre direitos humanos (1993), do Cairo, sobre população (1994), de Copenhague, sobre desenvolvimento social, de Pequim (Beijing, 1995), sobre a mulher, de Istambul (1996), sobre assentamentos humanos. Depois, como delegado, participou também da Conferência de Durban, de 2001, sobre a discriminaçao racial, e da Conferência de Revisão de Durban, em Genebra, de 2011. Foi Coordenador Nacional para  Aliança de Civilizações das Nações Unidas, de 2008 a 2010. Exerceu a função de Secretário Executivo do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos do Mercosul, em Buenos Aires, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018. Foi embaixador em Sófia (Bulgária, 2002-2006), Budapeste (Hungria, 2006-2008), Sarajevo (Bósnia e Herzegovina, 2011 a 2015), assim como cónsul-geral em S. Francisco (Estados Unidos, 2006-2002) e Barcelona (Espanha, 2015-2016).
  • Livros pela Funag: 
Diálogos Internacionais -
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Livro do palestrante publicado pela Funag (2017): The Energy Statecraft of Brazil: The rise and fall of Brazil’s ethanol diplomacy (PDF)
  • Klaus Guimarães Dalgaard:  professor adjunto de política internacional e comparada do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É mestre em Política e Governança Europeia (2004) pela London School of Economics and Political Science (LSE), no Reino Unido, onde também foi professor assistente, lecionando nos cursos de verão, graduação e mestrado do Departamento de Relações Internacionais. Pós-doutorado em engenharia de energia e planejamento energético no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Especialista no tema de energias renováveis e biocombustíveis, tendo publicado artigos e livros sobre o tema.

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  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Zander Navarro: Doutor em Sociologia pela Universidade de Sussex (Inglaterra) e pós-doutoramento no MIT (Estados Unidos). Foi professor visitante nas universidades de Amsterdam e Toronto. Foi professor e pesquisador no "IDS - Institute of Development Studies" (Inglaterra) entre os anos de 2003 e 2009. Consultor de inúmeras organizações, nacionais e internacionais, foi assessor especial do Ministro da Agricultura. É autor de dezenas de artigos e 17 livros publicados. Os mais recentes, publicados em 2017 (em coautoria), são "Globalization and Agriculture" (Lexington Books) e "Brasil, brasileiros. Por que somos assim?" (Verbena Editora).  

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  •  Carlos Márcio Cozendey: Nascido em 1963, no Rio de Janeiro, é Formado em Ciências Econômicas (UFRJ) e Mestre em Relações Internacionais pela UnB. Foi Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, posição em que atuou como Vice-Ministro de Finanças no G20, BRICS e UNASUL. Foi presidente do Conselho de Administração da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e é o Diretor Alterno do Brasil no Conselho de Diretores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e membro do Conselho de Administração do BNDES. No Itamaraty, dirigiu o Departamento Econômico, o de Assuntos Financeiros e Serviços e a Divisão do Mercado Comum do Sul. Serviu na Missão junto às Comunidades Europeias, em Bruxelas, na Delegação junto aos Organismos Internacionais, em Genebra, e na Delegação junto à ALADI, em Montevidéu. Foi Assessor Especial na Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). Atuou como Professor de Economia no Instituto Rio Branco. Desde agosto de 2015 é Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros, posição na qual é o “sherpa” do Brasil no G20 e é responsável, entre outros, pela supervisão da atuação do Brasil em organismos econômicos e financeiros internacionais como a OMC, a OCDE e a UNCTAD, nas negociações comerciais do Mercosul com países extra-regionais e em discussões econômicas e financeiras bilaterais.

Guimaraes Rosa
  • João Almino de Souza Filho: Diplomata e um dos nomes mais importantes da literatura nacional,  tem sido aclamado pela crítica por seus romances Ideias para onde passar o fim do mundo (indicado ao Jabuti e ganhador de prêmio do Instituto Nacional do Livro), Samba-enredo, As cinco estações do amor (Prêmio Casa de las Américas 2003), O livro das emoções (indicado ao 7o Prêmio Portugal Telecom 2009), Cidade livre (Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon 2011; finalista do Jabuti e do Portugal Telecom) e Enigmas da primavera (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2016; prêmio Jabuti, 2.o colocado, pela edição em inglês). Entre facas, algodão é seu mais recente romance (2017). Alguns desses romances foram publicados na Argentina, Espanha,  EUA, França, Itália, México e em outros países. Seus escritos de história e filosofia política são referência para os estudiosos do autoritarismo e da democracia. Também autor de ensaios literários, doutorou-se em Paris, orientado pelo filósofo Claude Lefort. Ensinou na UNAM (México), UnB, Instituto Rio Branco, Berkeley, Stanford e Universidade de Chicago. Em 2017 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Renato Baumann sobre os Brics: um processo em construcao (Russia Direct)

Eis as considerações, todas ponderadas e razoáveis, apresentadas pelo diretor do IPEA para as Relações Econômicas e Politicas internacionais, Renato Baumann, à pergunta sobre se os Brics deveriam ver o Ocidente como parceiro ou como rival:
Renato Baumann, Director of Studies on Economic and International Policy Relations at the Institute of Applied Economic Research (IPEA), Brazil.
To start with, it is difficult for Brazil  – and probably also South Africa  – to consider themselves as non-Western: geography matters. With this clarification, I understand that the question refers to how the main economies – the U.S. and Western Europe – see the BRICS initiative.
My guess is that the economic agents in those countries view the BRICS right now with a mix of curiosity and skepticism. Curiosity, because the group comprises some of the most important economies. But since it is very recent, it is still to be seen how the group will evolve and consolidate. Skepticism, because it is a set of five countries with different histories and objectives, with lower rates of growth now than when the group was formed.
The very reason for forming the BRICS has always been the joint perception by the five countries with regard to the needed changes in global governance. This has led to a demanding position, sometimes rather critical of the status quo. This has also led to a number of initiatives to try and increase mutual knowledge. More importantly, the group has initiated a substantive, unprecedented initiative, with the creation of a joint institution – the New Development Bank – that will allow for some degree of freedom in having an additional source of resources for investment projects in infrastructure. At the same time, it will be a big challenge to joint action by the five countries.
This means that the BRICS countries hardly see “the West” as rivals, with perhaps the exception of one or other members, involved in specific conflicts. As a group, the overall sentiment is that this is a “building up exercise,” and not a contest.

Russia Direct, July 13, 2015