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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Impeachment: registro dos principais jornais em 18/04/2016


O Impeachment nos principais jornais desta segunda-feira dia 18/04/2016

O Globo, segunda-feira, 18 de abril de 2016
Perto do fim
• Por 367 votos, 25 a mais que o necessário, Câmara aprova autorização para processo de impeachment da presidente Dilma

Aviso prévio: Dilma perto do afastamento

• Pela segunda vez após a redemocratização, a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment contra um presidente. Com a decisão, referendada por 72% dos deputados presentes, o processo será enviado ao Senado. Se aprovado por maioria simples, Dilma

- O Globo

Dilma Rousseff começou ontem a se despedir da cadeira de presidente do Brasil. Pouco mais de um ano depois de reeleita e de 13 anos de PT no poder, a Câmara autorizou o processo de impeachment da petista por crime de responsabilidade. Isolada, sem apoio da grande maioria dos partidos de sua ampla coalizão eleitoral, Dilma dificilmente terá forças para impedir que o Senado abra o processo e a afaste do cargo, numa votação por maioria simples, nas próximas semanas. Em guerra declarada com o PMDB de seu vice Michel Temer, maior partido do Congresso, a presidente teve menos votos do que esperava o Planalto. Foi o que se viu também nas ruas por todo o país, onde as manifestações pró- impeachment reuniram mais público do que as de apoio ao governo. 

Não surtiu efeito sequer o esforço do ex-presidente Lula, cuja nomeação como ministro para escapar do juiz Sérgio Moro, da Lava- Jato, ajudou a agravar a crise. Temer assumirá por 180 dias assim que o Senado abrir o processo Por 367 votos a 137, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a autorização para a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, um ano e três meses depois da eleição que lhe deu 54,5 milhões de votos. É a segunda vez desde a redemocratização que o Senado é autorizado a processar um presidente da República. Assim, após quase 24 anos da saída de Fernando Collor de Mello do Palácio do Planalto, o Congresso poderá voltar a afastar de seu mandato nas próximas semanas um presidente eleito. A eventual saída de Dilma simboliza não só uma derrota individual da presidente, mas o fim dos 13 anos de governos do PT.

A decisão foi tomada após uma série de sessões que se iniciaram na manhã de sexta- feira e tomaram duas madrugadas seguidas. A votação ocorreu sob clima de tensão. Condutor do processo e réu na Lava- Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha ( PMDB- RJ), foi alvo de faixas e gritos, mesmo entre aqueles que votaram pelo impeachment. A migração de votos foi determinante para a derrota de Dilma. Também houve, no plenário, ataques ao vice Michel Temer, que assistiu à votação em seu QG, em Brasília. Conforme avançava a votação, maior era o clima de festa no Palácio do Jaburu, residência do vice. Coube a Bruno Araújo ( PE), ex- líder do PSDB na Câmara, o fatídico voto 342, que corresponde a dois terços da Câmara, às 23h07m.

O processo segue agora para o Senado, que deve instalar já na quarta- feira a comissão especial para analisar se Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”. Caso a maioria dos senadores decida abrir o processo, Dilma será afastada imediatamente por até 180 dias, enquanto a Casa analisa se há provas para cassar seu mandato em definitivo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, deseja realizar essa votação entre os dias 10 e 11 de maio. Outros senadores, no entanto, já tentam encurtar esse prazo para afastá- la antes.

Ao longo do dia, cerca de 150 mil pessoas foram às ruas, nos 26 estados e no Distrito Federal. Contrariando expectativas de tensão, os protestos ocorreram de forma pacífica. No momento do voto decisivo, manifestantes pró- impeachment explodiram em clima de Copa do Mundo.

Após andar de bicicleta nos arredores do Palácio da Alvorada logo cedo, a presidente se fechou na residência oficial com seus mais próximos aliados e se debruçou sobre a contabilidade dos votos. Desde cedo, no entanto, o clima no governo e no PT era de pessimismo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda voltou de manhã para Brasília na tentativa de garantir alguns votos que impedissem a derrota. Não surtiu efeito. No Congresso, o deputado Sílvio Costa ( PTdoB-PE), o mais folclórico e histriônico defensor da presidente Dilma, era um dos poucos que ainda tentavam mostrar convicção de que a vitória era possível.

A presidente acompanhou a votação com seu principal auxiliar, o assessor especial Giles Azevedo, o ministro chefe de gabinete, Jaques Wagner, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e os governadores Tião Viana ( PT- AC), Waldez Goes ( PDT- AP) e Camilo Santana ( PT- CE). Lula passou a maior parte do dia com Dilma, mas voltou para o hotel que se transformou em seu QG pouco antes da votação, e retornou ao Alvorada quando 113 votos já haviam sido dados. Nesse momento, estavam todos calados no Alvorada, concentrados, fazendo as contas dos votos.

No Jaburu, o clima era oposto. Reunidos com seus assessores mais próximos, com o senador Romero Jucá e com os ex- ministros Eliseu Padilha e Henrique Eduardo Alves, Jucá e Padilha foram os principais articuladores da vitória do vice- presidente na votação de ontem e desde o início da votação viam os votos no plenário espelhar rigorosamente suas planilhas. Tranquilos, quando os cem primeiros votos pró- impeachment haviam sido dados, a vitória já era considerada garantida. No Salão Verde da Câmara, os próceres do Movimento Brasil Livre ( MBL), entre eles Kim Kataguiri e Renan Santos, faziam transmissões em redes sociais colocando o impeachment no pretérito antes mesmo de a votação se iniciar.

Com o peso da votação da Câmara, lideranças que defendem o impeachment pretendem reduzir os prazos no Senado. O novo presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que o ritmo será definido “pelas circunstâncias”. A ideia é que haja um acordo para uma data intermediária, com a votação que pode afastar Dilma ocorrendo entre os dias 4 e 5 de maio. De acordo com o levantamento do GLOBO, 46 dos 81 senadores aprovariam o impeachment. São necessários 50% dos votos dos presentes mais um.

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 O Estado de S.Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2016
Câmara aprova prosseguimento do impeachment de Dilma

• Às 23h07 deste domingo, 17, a oposição ao governo da presidente petista alcançou os 342 votos necessários para a admissibilidade do processo; governo diz que lutará no Senado

- O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo, 17, o prosseguimento (admissibilidade) do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. A vitória da oposição, que atingiu os 342 votos necessários às 23h07, dimensiona o isolamento político da petista. Apesar de ter oferecido cargos em troca de votos, Dilma não conseguiu reunir os 172 apoios para travar o impedimento na Casa. Apenas PT, PC do B e PSOL permaneceram totalmente fiéis ao lado de Dilma na votação em plenário, que começou 17h46. A presidente, segundo relatos colhidos pelo Estado, afirmou que não renunciará ao cargo para o qual foi eleita pela segunda vez em 2014 e disse que vai lutar para manter o mandato no Senado.

A vitória da oposição foi comemorada nas ruas das principais capitais brasileiras, logo após o plenário da Câmara dos Deputados ter referendado o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomendou o julgamento de Dilma no Senado pelo crime de responsabilidade.

De acordo com o relator, a presidente desrespeitou a lei na abertura de créditos suplementares, por meio de decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional e tomou emprestados recursos do Banco do Brasil para pagar benefícios do Plano Safra, nas chamadas pedaladas fiscais. Dilma nega ter cometido crime. A sessão deste domingo foi presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta das investigações da Operação Lava Jato.

A partir de agora, confirme o rito do impeachment determinado pelo Supremo, o processo será analisado pelos senadores. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) acompanhou a votação no Palácio do Jaburu, junto de aliados. Conforme o STF, Temer só assumirá o cargo se Dilma renunciar ou após o Senado considerar a denúncia admissível e decidir que ela precisa ser afastada por até 180 dias, período no qual acontecerá o julgamento final da presidente na Casa, composta por 81 senadores. A previsão é de que essa etapa do processo dure ao menos até a primeira quinzena de maio.

Neste domingo, o Placar do Impeachment no Senado do Estado mostra que a situação é desfavorável ao governo: 44 favoráveis ao impeachment e 21 contra o afastamento da presidente.

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Folha de S.Paulo
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Câmara dá aval a impeachment de Dilma; Senado decidirá afastamento
 

Ranier Bragon, Débora Álvares, Isabel Fleck, Rubens Valente, Leandro Colon, Gabriel Mascarenhas, Mariana Haubert e Daniela Lima – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados aprovou na noite deste domingo (17) a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

Em seis horas de votação, foram 367 votos a favor e 137 contra. Ausências e abstenções somaram nove votos.

O 342º voto em favor do impedimento, atingindo a barreira de 2/3 da Casa necessários para a aprovação, foi dado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). Os debates na Câmara haviam começado às 8h55 de sexta (15).

No momento do voto de Araújo, haviam 127 votos contrários ao impeachment, 6 abstenções e 2 ausências. Ainda faltavam 36 deputados para votar.

"Quanta honra o destino me reservou de poder da minha voz sair o grito de esperança de milhões de brasileiros, senhoras e senhores. Pernambuco nunca faltou ao Brasil, carrego comigo nossas histórias pela liberdade e pela democracia. Por isso eu digo ao Brasil: sim!", afirmou Araújo ao declarar seu voto.

Entre os deputados que haviam declarado o voto, o único que trocou de lado foi o ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB-MG). Lopes, que havia declarado que votaria contra a abertura do processo de impeachment, votou a favor da ação no plenário da Câmara.

Outras mudanças, mas que na prática não mudaram o resultado da votação, foram os votos de Beto Salame (PP-PA) e Gorete Pereira (PR-CE), que haviam se posicionado a favor do governo, mas se abstiveram no momento da votação.

Senado
A presidente, atingida pela queda de popularidade em razão da crise econômica e das investigações da Lava Jato, ainda não será afastada do cargo, no entanto. Para que isso ocorra, a decisão dos deputados tem de serreferendada pelo Senado por maioria simples, o que deve ocorrer no início de maio.

Com isso, Dilma se une a Fernando Collor (PTC) no rol de mandatários que tiveram o impeachment aberto pela Casa após a redemocratização do Brasil –o hoje senador alagoano acabou renunciando antes do julgamento que lhe cassou direitos políticos. Em 1999, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) escapou da abertura após vencer recurso em plenário contra o arquivamento de pedido do PT.

A partir da publicação do resultado, o Senado terá dois dias para receber a comunicação da abertura e formar uma comissão especial para analisar a admissibilidade do caso. Hoje a tendência é de que os senadores também aprovem a abertura do processo -o placar da Folha aponta ao menos 47 votos favoráveis, de 41 necessários.

Se isso ocorrer, Dilma será afastada por até 180 dias e julgada pelo plenário da Casa, em rito comandado pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal.

Assumirá então a Presidência, durante o julgamento, o vice Michel Temer (PMDB). Rompido publicamente com Dilma desde dezembro e acusado pela ex-companheira de chapa de ser golpista e conspirador, Temer passou as últimas semanas angariando apoio para o impedimento e articulando a viabilidade política de seu governo.

Já Dilma e seu mentor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passaram os últimos dias em um verdadeiro cabo de guerra para tentar esvaziar a vantagem do voto pró-impeachment.

Perda de força
O Planalto vinha perdendo força desde a saída do PMDB de Temer de sua base no mês passado, movimento tumultuado já que vários ministros do partido resistiram a deixar o cargo.

Na semana passada, o processo ganhou ímpeto com a aprovação em comissão especial do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que pedia o impeachment devido às chamadas pedaladas fiscais e à abertura de créditos extraordinários sem autorização do Legislativo.

Os críticos do impeachment consideram que os motivos não configuram crime de responsabilidade, figura estabelecida em lei para justificar o processo. As pedaladas foram manobras fiscais que utilizaram recursos de bancos oficiais de forma indevida –o custo para quitá-las, pago no fim de 2015, foi de R$ 72,4 bilhões.

Na sequência, os partidos médios com que Lula e o governo contavam para ocupar o espaço do PMDB na administração em troca dos votos em favor de Dilma também abandonaram o barco. O PP foi o primeiro, seguido pelo PSD e pela maioria do PR.

A partir de sexta (15), Lula comandou uma última ofensiva, e obteve alguns sucessos em negociar a abstenção de deputados. No sábado (16), o "Diário Oficial" rodou em edição extra com uma enxurrada de nomeações para cargos de segundo escalão, mas o estrago estava feito.

Como o líder petista disse a uma plateia composta por sem-terra e pequenos agricultores, a barganha foi exaustiva dos dois lados do balcão.

"É uma guerra de sobe e desce. Parece a Bolsa de Valores. O cara está com a gente uma hora e em outra não está mais, e você precisa conversar 24 horas por dia para não deixá-los conquistar os 342 votos", discursou o ex-presidente.

Temer
Do lado de Temer, houve intensa movimentação. Apesar de registrar defecções, o comando peemedebista contabilizava até 370 votos em favor do impeachment no sábado, número semelhante ao apurado pelo mapa do PSDB e de outras siglas de oposição.

Apesar de ter a caneta na mão, como o "DO" extra ilustrou, Dilma já não oferecia perspectiva de governabilidade. Para cada oferta de cargo, havia uma contraproposta sólida por parte dos peemedebistas.

A movimentação foi frenética, com boatos de todo tipo na praça: ora uma leva de deputados do PP iria votar em favor do governo, ora o PSB também teria defecções importantes. Notas com negativas e reuniões intermináveis entraram pela noite brasiliense.

Uma feijoada na casa do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), reunindo ministros e governistas, chegou a comemorar o que seria a virada para o governo. Só que a romaria rumo ao Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente, se tornou mais intensa, e a suposta onda pró-Dilma quebrou na praia.

Não funcionou para o PT. Agora a articulação que resta ao governo buscará votos no Senado e o apoio do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vinha apoiando com distância Dilma.

Poucos acreditam que o afastamento da presidente não vá ocorrer agora -neste caso, ela mesma disse em entrevista que será "carta fora do baralho.

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Capa da revista VEJA : Dilma fora do baralho 
 

Conferencia Internacional de Historia Economica: calendario para inscricao de trabalhos - ABPHE

6a Conferência Internacional de História Econômica & VIII Encontro de Pós Graduação em História Econômica

Lembramos que a data limite para a submissão de artigos é 30 de abril de 2016.

A 6a Conferência Internacional de História Econômica & VIII Encontro de Pós Graduação em História Econômica tem por objetivo oferecer um espaço para a apresentação das pesquisas de alunos de graduação e pós-graduação, contando também com conferências e mesas redondas de professores e pesquisadores reconhecidos da área. Em 2016, estes eventos serão realizados na Universidade de São Paulo (FEA-USP), entre os dias 19 e 21 de julho de 2016 e ocorrerão concomitantemente ao Quinto Congresso Latinoamericano de História Econômica (CLADHE V).
[PRA: Vou participar de uma mesa redonda nesse CLADHE]

Convidamos exclusivamente graduandos e pós-graduandos com trabalhos em História Econômica, História Social, Pensamento Econômico e História de Empresas para enviarem artigos ao Encontro.

Para mais informações consulte a página http://www.abphe.org.br/congresso/abphe2016  ou escreva para: abphe2016@gmail.com

Cronograma
    1 - Data para submissão dos artigos (artigos completos): 01 a 30 de abril de 2016;
    2 - Divulgação dos artigos aprovados: 31 de maio de 2016;
    3 - Pagamento das inscrições: até dia 12 de julho de 2016.

Valores das inscrições
Estudantes de graduação: R$ 60,00
Estudantes de pós-graduação (sócios*): R$ 100,00
Estudantes de pós-graduação (não sócios): R$ 180,00
* Válido para associados com as anuidades em dia.

Submissão
O artigo deverá ser submetido até o dia 30 abril de 2016 exclusivamente pelo e-mail do evento: abphe2016@gmail.com.

Imepachment = "maquiavelismo de provincia"? - entrevista Celso Amorim

Curioso: será que ele acha que o impeachment contra o presidente Collor, também acusado de corrupção, foi igualmente uma conspiração das elites e um "maquiavelismo de província"?
Será que ele acredita realmente que nem Dilma nem Lula estavam ou estão envolvidos em todos os casos de corrupção, que tudo se passou à revelia e no desconhecimento completo de ambos?
Será que ele é ingênuo a esse ponto?
Ou está apenas sendo, como sempre foi, um fiel aliado dos companheiros que tomaram o Brasil de assalto em 2003, e que, a pretexto de fazer justiça social, e distribuição de renda, comandaram ao mais gigantesco esquema de corrupção de toda a história nacional e um dos maiores do mundo?
O que será que ele pensa realmente da Petrobras?
Não vou comentar suas muitas declarações, pois perderia muito tempo com algo que não merece que eu deixe coisas mais importantes de lado para rebater o que considero -- eu sempre digo o que penso -- argumentos de pura má-fé de profunda desonestidade.
Paulo Roberto de Almeida

Impeachment é ‘maquiavelismo de província’, diz Celso Amorim

  • 15 abril 2016
  • 22 comentários
(video neste link: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160414_celso_amorim_ping_jp)
Às vésperas da votação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores no governo Lula e da Defesa no governo Dilma, diz temer graves retrocessos num novo governo, e aponta elementos de "conspiração" e "maquiavelismos de província" em torno da movimentação pelo fim do mandato da presidente.
Tido como um dos mais influentes chanceleres da história recente do país, na carreira diplomática desde 1965, Amorim avalia que as elites se tornaram "intolerantes" com o projeto petista de promover maior igualdade social no país, e se diz temeroso pelo futuro da política externa brasileira num eventual governo chefiado pelo atual vice-presidente Michel Temer.
Para ele, haveria um gradual enfraquecimento da posição brasileira no Mercosul e na Unasul, e forte tendência de adoção de posições "subalternas" em relação aos Estados Unidos e à União Europeia, além de retrocessos nas áreas social e econômica.
Apesar de não esconder divergências com Dilma, sobretudo em relação ao "constrangimento e dificuldades" enfrentadas pelo Itamaraty, Amorim defende a continuidade do governo e classifica o impeachment como "golpe", além de não ver indícios de crime de responsabilidade por parte da presidente, avaliando as pedaladas fiscais, principal argumento do pedido, como "tecnicalidades".

Em entrevista à BBC Brasil no Rio de Janeiro, o ex-chanceler admitiu que o PT cometeu equívocos no governo e disse que atos de corrupção devem ser punidos, mas apontou que a operação Lava Jato tem usado a prisão preventiva como mecanismo de "tortura" e teceu críticas ao uso das delações premiadas nas investigações.

Veja os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil - Como o senhor vê o momento atual do Brasil, e como acredita que os potenciais desfechos da crise política possam impactar o país?
Celso Amorim - Eu vou completar 74 anos em breve e vivi essa história recente do país. Votei nas eleições diretas em 1960, vi o golpe de Estado, a democratização lenta e gradual, a estabilização econômica, e finalmente estava muito feliz porque achava que pela primeira vez o Brasil estava realmente atacando o problema da desigualdade, que é o pior problema do país. Houve pequenas oscilações, mas o fato é que sempre vi o Brasil melhorando, e agora eu estou muito preocupado.
Há muitos anos eu não vejo o país tão dividido, e achava que nunca mais veria uma tentativa de ruptura institucional, porque é de fato uma ruptura, algo muito diferente do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, porque agora não há uma imputação clara de crime. Há no máximo uma tecnicalidade, e você pode dizer que foi impróprio ou não, mas essa é a razão do pedido de impeachment, embora eles tentem misturar com outros fatos que, na minha opinião, alguns ocorreram, e outros não se tem certeza. Mas aqui a suspeita já ganha foro de verdade imediatamente.
BBC Brasil - Membros do PT, de sua base, e a própria presidente Dilma Rousseff classificam o impeachment como um "golpe". O senhor concorda?
Amorim - Sim, de certa forma, sim. Sem os militares, como no passado, mas usando meios constitucionais para um fim inconstitucional, porque não há nada que prove crime de responsabilidade da presidenta.
Eu acho que há dois pecados que você não pode cometer diante da elite do Brasil, e que já aconteceram outras vezes na nossa história. Eles não aceitarão um governo que lute por mais igualdade e não aceitarão um governo que queira uma posição mais autônoma no cenário mundial. E quando você tem as duas coisas juntas, aliadas a uma situação econômica difícil, chega-se à situação em que estamos agora.

As elites nunca realmente aceitaram um metalúrgico na Presidência, o PT na Presidência, e uma mulher na Presidência, sobretudo uma mulher que teve a importância que ela teve em lutar contra a ditadura. Mas enquanto a economia estava indo bem, os pobres melhorando de vida, não só em termos absolutos, mas também relativos, e os ricos também melhorando, ainda havia alguma tolerância.
Quando as coisas começaram a apertar, o que é muito parecido com o que aconteceu em 1964, e o dinheiro parou de entrar, houve uma mudança de visão dessas pessoas que nunca aceitaram um Brasil mais igualitário, menos racista, e mais presente no cenário mundial.

 
Apesar de reconhecer divergências com Dilma, Amorim defende mandato de presidente
BBC Brasil - De um lado há acusações de "golpe". Do outro, acusações de corrupção, delações premiadas e os indícios da operação Lava Jato, além do escândalo do Petrolão. Como o senhor se posiciona?
Amorim - Eu não estou negando que tenha havido corrupção de muita gente. Mas não houve corrupção do ex-presidente Lula ou da presidenta Dilma. As acusações contra eles aliás são ridículas, e Dilma nem está sendo acusada de corrupção propriamente.
O processo de impeachment não é sobre isso. Se você está falando do escândalo da Petrobras, de bilhões, o ex-presidente Lula ganhou o quê? Uma reforma no banheiro? Um bidê a mais? Num sítio que nem é dele?
E é perfeitamente normal que o sítio não seja dele, e que um homem com a trajetória dele tenha um amigo que queira ceder a ele o lugar, mas achar que isso tem a ver com algum vício de licitação no passado é uma visão totalmente absurda. Agora, que há corrupção, é claro que há. Eu não posso dizer que é tudo uma grande conspiração porque eu não tenho provas, mas que é muito estranho, é.
BBC Brasil - Ao que o senhor se refere exatamente com o termo "conspiração"?
Amorim - Quando eu digo conspiração, é no sentido de primeiro se achar um culpado e depois procurar o crime. Todo este processo é muito estranho, e se não é uma conspiração, certamente parece uma.
Outra coisa que faz parecer uma conspiração é quando você analisa em conjunto tudo o que está acontecendo. Estão atacando o petróleo, a energia nuclear, as empresas nacionais, o instrumento principal de presença econômica no exterior, que é o BNDES, as lideranças do PT.

É muita coisa junta para você achar que não tem nada de estranho. É muita ingenuidade achar que essas coisas acontecem por coincidência. Por que o ex-presidente Lula foi detido? Fizeram isso para humilhar o presidente que encarnava as reformas e a autonomia do país, como tentaram humilhar o Getúlio Vargas. Isso não é novo no Brasil.
Eu não tenho provas disso, então seria leviano dizer que há uma conspiração, mas que parece, parece. Como houve com o Getúlio. O que ficaram das acusações de corrupção contra o Getúlio, um nacionalista que defendia os pobres? Um sítio que um filho dele vendeu para um segurança. Talvez uma coisa condenável, que tinha que ser apurada, mas não para derrubar um presidente.
Os atos de corrupção têm que ser punidos, mas quando houver um nexo causal comprovado. Não é porque alguém emprestou um sítio para o ex-presidente e reformou o banheiro do sítio que você vai ligar isso a licitações que ocorreram e envolveram bilhões de dólares. É uma coisa que não convence ninguém.
BBC Brasil - Qual é a sua opinião sobre a operação Lava Jato?
Amorim - Eu não posso negar que houve atos de corrupção e que eles têm que ser punidos. Disso não há a menor dúvida. Agora, eu também vejo, e não sou só eu, é também a opinião de juristas, alguns até conservadores, que o tipo de delação premiada como existe no Brasil é uma coisa que não existe em lugar nenhum do mundo.
Eu estava nos EUA na época da queda do ex-presidente Richard Nixon, por exemplo. Havia delação premiada, mas não dessa maneira. Não usando a prisão preventiva, que é uma coisa que tem outros objetivos, como impossibilitar a fuga do país ou impedir crimes que possam continuar a ser cometidos. Estão usando a prisão preventiva quase como se fosse uma tortura.
A combinação da prisão preventiva prolongada, dos vazamentos seletivos e do tratamento da mídia é muito preocupante. A imprensa age como se estivesse organizando a hegemonia intelectual para um golpe.
BBC Brasil - Qual é a opinião do senhor sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha?
Amorim - Eu não vou fazer julgamentos, não vou falar sobre pessoas específicas. Agora, é um fato óbvio que pesam sobre ele acusações infinitamente mais graves, não estou dizendo que estão provadas, tudo ainda tem que ser provado, mas infinitamente mais graves do que as que pesam sobre a presidenta.
BBC Brasil - Mas o senhor concorda com a maneira como ele vem desempenhando seu papel institucional, de presidente da Câmara?
Amorim - Há que se ver a maneira como ele usa o poder, claro. Quando ele diz que tem mais nove pedidos de impeachment para apresentar, isso é de uma leviandade absurda, porque das duas uma: ou os processos são sérios e ele já deveria tê-los apresentado, ou eles não são sérios e ele não pode apresentá-los agora, como retaliação porque também houve um movimento pelo impeachment do vice-presidente.
Mas enfim, estou dando minha opinião pessoal, como cidadão. Nós vivemos num país em que ainda é possível que todo cidadão dê sua opinião e eu estou dando a minha, mas não posso julgá-lo. Eu acho que ainda vai haver o julgamento adequado, na instância certa, mas é uma pena que demore tanto.

Há grande diferença entre impeachments de Dilma e Collor, diz Celso Amorim
BBC Brasil - Como o senhor avalia o cenário de aprovação do impeachment e um eventual governo Temer?
Amorim - Eu acho que será um retrocesso na área social, na área econômica, e será um retrocesso, sem dúvida alguma, na área da política externa e na defesa da soberania brasileira no exterior. Eu acho que obviamente o país sobreviverá, agora o custo é muito grande. Vai ser um custo humano tremendo.
Quando as pessoas perceberem claramente que o objetivo é atingir o Lula, e atingir não só a Dilma, mas esses programas sociais todos, eu acho que a reação vai ser muito grande, e, somada à essa reação, (há) a situação econômica difícil.

As organizações sociais que podem até ter um certo comedimento em função de elas se verem identificadas com o governo, ainda que não concordem com tudo que o governo está fazendo, isso não vai haver mais. E aí teremos a possibilidade de que ocorram mais manifestações e greves, e se isso acontecer eu temo que haja mais repressão, e que isso leve o Brasil a ser um Estado mais intolerante, e isso é muito grave.
BBC Brasil - O senhor tem críticas quanto à condução da política externa no governo Dilma?Amorim - Eu fui crítico de algumas atitudes da presidenta, eu achei mesmo que não tinha mais sentido continuar no governo. No Ministério da Defesa, a tarefa que eu achava que tinha que cumprir, em relação à Comissão da Verdade, eu acho que eu cumpri, e a presidenta também nos ajudou a manter programas importantes, como o submarino nuclear e a decisão sobre os caças.
Mas ao mesmo tempo eu não gostava de ver o Itamaraty constrangido e com dificuldades. Mas, deve-se dizer, ela soube manter a altivez. Ela não mudou o tom. Ou seja, quando um órgão do governo americano, a (agência de segurança nacional) NSA, veio aqui espionar, ela manteve uma atitude altiva e cancelou uma viagem aos EUA.
A formação do Banco dos Brics também foi muito importante. Em duas ou três posições eu teria dado o meu conselho, se ela tivesse pedido, e faria um pouquinho diferente do que ocorreu, mas são problemas menores dentro de um quadro maior. Eu costumava dizer que a política externa era altiva e ativa. Ela diminuiu em atividade mas não diminuiu em altivez, e isso é muito importante.
BBC Brasil - O senhor acha que as relações exteriores num eventual governo Temer caminhariam mais rumo a modelos de relacionamento com os Estados Unidos como os do Chile e da Colômbia, com acordos em que os países latino-americanos tendem a ceder em troca da parceria comercial?
Amorim - A tragédia para eles é que nem isso eles vão conseguir, porque o Brasil é muito grande, muito diversificado. O Brasil não é um país que pode se especializar em apenas duas ou três áreas de produção industrial.
Eles não vão conseguir, mas vão tentar, e, ao tentar, vão destruir um pouco da base que foi criada. Essa visão de integração da América do Sul, a primeira vez em 200 anos que o continente tem uma organização própria, obviamente incomoda muita gente.
Ninguém vai dizer "vamos acabar com a Unasul, vamos acabar com o Mercosul". Eles vão dizer "vamos flexibilizar o Mercosul, vamos abrir a Unasul para entrar um ou outro país de fora da América do Sul, com perspectivas diferentes". "Vamos fazer uma associação com a Aliança Para o Pacífico". É isso que vai acontecer. Ninguém vai dizer "vamos acabar com a política africana", mas dirão "vamos agrupar as embaixadas na África".

 
Ex-ministro aponta chances de grandes mobilizações e greves caso impeachment ocorra
BBC Brasil - E quanto à relação do Brasil com a União Europeia e os Estados Unidos?
Amorim - A nossa relação com a União Europeia e os Estados Unidos vai ser uma relação de inferioridade, porque o Brasil era muito valorizado. Eu temo que de certa forma a gente aceite ou até procure uma posição de subordinação. Alguém inventou essa expressão "subalternidade estratégica", e eu acho que é um pouco a visão que eu temo que vá prevalecer se o impeachment vencer.
BBC Brasil - Na visão do senhor o PT cometeu equívocos que possam ter colaborado para a situação atual?
Amorim - Eu não preciso apontar os equívocos porque isso aí a oposição se encarrega de apontar, exagerar e multiplicar. Agora eu não vou dizer que não se cometeram equívocos, claro.
Houve uma época em que as empresas nacionais estavam achando muito bom ter isenções fiscais, e também as estrangeiras que investiam aqui. Foi um erro, mas talvez com os dados da época se achava que era possível. Todo governante acha que as coisas boas vão continuar para sempre e as coisas ruins vão desaparecer.
Talvez seja uma condição psicológica quase que essencial para você governar. Então talvez tenha havido essa esperança de que a crise internacional fosse passar, de que o preço das commodities fosse subir de novo, e de que as concessões pudessem ser absorvidas.
Não ocorreu isso, e foi um erro, mas eu não acho que a crise brasileira tenha acontecido por causa disso, e de qualquer maneira não é justificativa para a instabilidade institucional que está sendo criada e que vai perdurar por muito tempo se o impeachment for vitorioso.

BBC Brasil - Qual é a expectativa do senhor para a votação do impeachment marcada para domingo?
Amorim - É óbvio que eu gostaria que o impeachment fosse recusado, porque aí sim as instituições brasileiras teriam demonstrado força. Eu fui recentemente a este ato chamado Cultura e Democracia, aqui no Rio, e vi a verdadeira alma do povo brasileiro ali.
Negros, brancos, pessoas do hip hop, teatrólogos, escritores, o que é o Brasil verdadeiro, que capta o sentimento real do povo, então eu acho que esses maquiavelismos de província que estamos assistindo e essas atitudes muito pouco conducentes a uma decisão equilibrada são muito lamentáveis.
Eu me identifico com o ex-presidente Lula, e com a presidenta Dilma, apesar de algumas vezes eu ter sido crítico de algumas coisas da área de política externa, não me identifico com ela, com seus objetivos, mas eu acho que é muito necessário para o Brasil que não ocorra o impeachment, porque se ocorrer nós vamos ter um período muito longo de instabilidade social.
Vamos perder muito em termos de ativos, de estrutura, e não é só o PT que perde, é o país que perde. Por que não fizeram como os argentinos? Esperaram acabar o mandato e aí ganharam a eleição. É mais simples, mais democrático, e menos contestável.

Impeachment: minha avaliacao geral da fase atual - Paulo Roberto de Almeida


Minha última avaliação do processo político atual, antes de meu "recolhimento" para o trabalho, e vencida a etapa decisiva da atual novela do impeachment:

Muita gente, não só entre governistas, mas entre acadêmicos igualmente, partilha de certa visão conspiratória do processo de impeachment, esquecendo, ou negligenciando, que tanto Temer quanto a "oposição" (medíocre) foram basicamente passivos durante todo o período.
Quem realmente impulsionou o processo foram as ruas, a cidadania consciente, representada pelos movimentos MBL e VPR, e indiretamente a Operação Lava Jato, que levantou a indignação geral e praticamente obrigou os principais atores a atuar. As fase variaram em função da dinâmica do processo, por vezes nas ruas, outras vezes em Curitiba, e por episódios no STF, no Congresso, e no próprio Planalto, que ajudou na sua própria contestação.
Todos eles contribuiram, voluntariamente ou não, para o desenrolar do processo, e alguns atores foram mais decisivos do que outros, mas NUNCA houve uma direção central do processo, o que a visão conspiratória supõe.
Ou seja, ocorreu uma dinâmica impessoal, imprevisível, incontrolável por qualquer uma das forças e atores individualmente, e que foram se juntando no caudal que se manifestou no plenário da CD em 17/04/2016.
O que vem pela frente, será mais "controlável" por atores determinados, mas pressões diretas e indiretas continuarão a vir das ruas e de Curitiba, com a cooperação involuntária da inépcia dos protagonistas do Planalto.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18 de abril de 2016

Addendum: uma nota econômica adicional: 

Cidadão consciente: NÃO PENSE que o buraco a ser enfrentado pelo próximo governo vai se reduzir aos 130 ou 150 bilhões de reais de déficit orçamentário, a serem cobertos nos próximos 2 a 3 anos (o que é apenas o lado fiscal das perdas, sem contar, portanto, o chamado custo-oportunidade, ou seja, tudo o que já perdemos e que ainda vamos perder com a Grande Destruição lulopetista). Pense não só na Petrobras, mas em todas as outras agências públicas e fundos de pensão que foram DILAPIDADOS pelas ratazanas vorazes do partido totalitário. A CONTA É IMENSA, e ela inevitavelmente vai ser paga por todos nós, sob a forma de MAIS INFLAÇÃO, mais JUROS da dívida pública, mais DÍVIDA PÚBLICA, os três juntos e por longos anos, décadas à frente. O Brasil vai enfrentar esses problemas por DÉCADAS, e essa é a herança dos mafiosos que assaltaram o Brasil em 2003.

Atencao: meu celular vai ter mais um digito, 9, a partir de 29 de maio

Recebo, do meu provedor de telefonia celular, este aviso:

A partir de 29/05/2016 será incluído o digito 9 antes do seu número celular atual (9XXXX-XXXX).

Esta disposição se aplica a todos os celulares de Brasilia, como já ocorreu em outras capitais do país.
Portanto, aqueles que necessitam entrar em contato comigo a partir do final de maio, e que já dispõem de meu número de celular, devem registrar essa mudança em suas agendas.

Paulo Roberto de Almeida

Blog Diplomatizzando: estatisticas e balanço de uma fase - Paulo Roberto de Almeida

Estamos com o impeachment já praticamente assegurado. "Perdi" muito tempo em atividades acessórias aos objetivos fundamentais deste blog e do meu site (www.pralmeida.org), que se destinam a atividades basicamente didáticas, dirigidas a alunos, estudantes em geral, pesquisadores, curiosos em temas de políticas públicas, especialmente em economia, relações internacionais e política externa do Brasil, que constituem os temas e objetos fundamentais de minhas pesquisas, aulas, escritos.
Digo que "perdi" tempo num sentido puramente anedótico, uma vez que nunca colocaria quaisquer interesses intelectuais, ou atividades didático-profissionais, acima e além de minha condição básica, fundamental, essencial, de cidadão consciente de seus deveres em face da comunidade política que integro, aliás numa certa situação privilegiada, como funcionário público, da carreira diplomática, sendo parte, portanto, daquilo que se chama de "elite brasileira" (embora eu mesmo não me considero como parte dessa elite, uma vez que não tenho quaisquer funções relevantes nessa comunidade restrita, sendo apenas um observador bem informado sobre o que se passa dentro e fora dela).
Pretendo simplesmente fazer um balanço das postagens efetuadas nos últimos tempos, uma vez que decidi agora fazer uma inclinação em minhas atividades, menos voltadas para o ativismo cidadão, e mais voltadas para os objetivos fundamentais descritos acima: leitura, pesquisa, escritas e aulas nos meus temas e assuntos prioritários.
Aqui vão, portanto, as estatísticas coletadas pelo próprio blogspot (Google).


Diplomatizzando (estatísticas em 18 de abril de 2016): 
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Paulo Roberto de Almeida

Impeachment: gráficos sobre o perfil dos deputados e partidos - Nexo

Os 15 gráficos construídos pelo jornal Nexo são essenciais para se compreender o perfil social e ideológico dos deputados na votação do impeachment. Descontando a unanimidade contrária -- do PT, do PCdoB, do PSOL, que foram 100% opostos à abertura do processo de impeachment -- e aquela politicamente decidida -- como a do PDT, por puro oportunismo do seu atual manda-chuva, ainda assim parcialmente, pois alguns não aceitaram sua prepotência -- os demais votos a favor ou contra podem ter muitas motivações, de origem diversa (ideológica, raiva, frustração, interesses monetários, protesto contra o presidente da CD, crença sincera na honestidade da PR), mas alguns perfis sociais (negros, mulheres, estrato de renda, etc) podem ter maior ou menor identificação com o voto dos deputados.
Neste link, os gráficos:

Gráfico

A votação do impeachment da Câmara em 15 gráficos

Daniel Mariani, Beatriz Demasi, Rafael Iandoli, Wellington Freitas, Ibrahim Cesar e Simon Ducroquet
jornal NEXO, 18 Abril  2016
 
[Os gráficos não são suscetíveis de transposição nesta postagem por características técnicas, por isso, cabe recorrer ao link original acima indicado.]

Paulo Roberto de Almeida