Segundo outras estatísticas de visualização, minhas postagens já perfizeram 5 milhões e 650 mil visualizações, sendo que o blog é seguido por exatamente 777 pessoas (mas creio que sua disseminação alcança uma audiência maior, em função das ferramentas de comunicação social, como Twitter e Facebook).
Uma consulta às estatísticas de acesso revela que minha principal audiência se encontra mesmo no Brasil, com mais de três milhões de visitantes, mas outros países também comparecem em número significativo:
Entry | Pageviews |
---|---|
Brazil
|
3.018.786
|
United States
|
821.289
|
Germany
|
676.975
|
Russia
|
180.191
|
France
|
104.986
|
China
|
72.041
|
Portugal
|
51.186
|
Ukraine
|
47.445
|
United Kingdom
|
27.549
|
India
|
23.981
|
Esta imagem confirma o crescimento constante dos acessos, em diminuição relativa no período recente devido a uma maior utilização de um concorrente: o Facebook:
O público universitário brasileiro predomina, sem qualquer dúvida, o que é aliás confirmado pela natureza das postagens mais vistas.
Pode-se dizer, portanto, que em termos exclusivamente volumétricos, ele representa um sucesso relativo, para um blogueiro totalmente isolado, trabalhando em perfeita autonomia, sem obedecer a qualquer outro critério de postagem que não minhas próprias preferências intelectuais. Sou totalmente independente, e não peço licença a ninguém para postar coisas que me interessam, mas tampouco remeto sistematicamente a qualquer lista de recipiendários as postagens que aqui efetuo.
Como diria um cantor anarquista francês, Leo Ferré, "Ni Dieu, ni maître".
Mas isto não é o mais importante, que considero ser a função educativa, ou didática, deste blog.
Como indicado em seu cabeçalho, ele pretende ser:
"Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org."
Resumindo, o blog se ocupa de:
"Temas de relações internacionais e de política externa do Brasil, políticas econômicas, viagens, livros, cultura em geral."
Ou seja, um blog puramente informativo, uma espécie de "gabinete de curiosidades", nos temas que mais mobilizam minha atenção, e eles são muitos, como confirmado acima.
Durante algum tempo, porém, que coincidiu com o regime companheiro no Brasil (2003-2016), este blog se converteu -- não apenas ele, mas principalmente ele -- em uma espécie de quilombo de resistência intelectual, contra o que me pareceu ser um "assalto de bárbaros" contra a democracia e as instituições no país, por um grupo organizado de militantes políticos animados das piores intenções com respeito à construção de um país livre (de influências externas), democrático (no sentido mais formal e completo da palavra, sem qualquer adjetivo), dotado de uma economia de mercado aberta às iniciativas privadas e à interdependência global e propenso a valorizar a responsabilidade individual, contra qualquer espírito coletivista mesquinho e intelectualmente medíocre, como era o dos companheiros.
O fato de resistir ao assalto dos "bárbaros" às instituições democráticas do Brasil trouxe-me um imenso desgaste profissional e funcional, com um isolamento administrativo durante todo o período companheiro, numa espécie de longa travessia do deserto, na qual todavia persisti, não apenas para ficar em paz com minha própria consciência, como também para lutar contra o rebaixamento de padrões e contra a mediocridade intelectual na qual o país viveu nesse grande período.
Pretendo reunir os meus mais significativos exemplos de resistência intelectual à barbárie companheira -- nem todos aqui postados, et pour cause -- e fazer um balanço desses anos duros, nos quais estive praticamente isolado na minha atitude de desafio à indigência política, à corrupção nos costumes, à fraude acadêmica, quando não à delinquência pura e simples.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3 de setembro de 2017