Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 7 de novembro de 2009
1481) Declaração de Praga condena o comunismo por crimes contra a humanidade
O que segue abaixo é um manifesto contra o comunismo, especificamente em sua forma européia, mas que pretende alcançar todas as suas formas (aliás, atualmente existentes fora do continente europeu).
De fato, os experimentos comunistas, desde 1917, são responsáveis por um número inacreditavelmente alto de mortos: fuzilados, massacrados, mortos em prisões, em gulags, assassinados por oposição política, sem esquecer os mortos de fome "fabricada" ou induzida por políticas esquizofrências, posto que também as houve, algumas deliberadas, em todos eles.
Também existiu (ainda existe em seus exemplares remanescentes) a miséria moral, a repressão aos direitos elementares, a censura, o totalitarismo, enfim, todo o cortejo de males bem conhecido de todos aqueles que podem e querem ver a realidade.
Claro, sempre existem aqueles que negam, minimizam ou que pretendem responder com alegações relativas aos "mortos sob o capitalismo" Patético, é o que se pode dizer...
Bem, o manifesto ou declaração abaixo está à disposição de todos aqueles que pretendem juntar-se a essa causa.
Eu não pretendo fazê-lo, pelas razões já expostdas, e por algumas outras sobre as quais elaborarei oportunamente.
Cabe leitura, reflexão, pesquisas adicionais, conscientização, apenas isto...
Paulo Roberto de Almeida
DECLARAÇÃO DE PRAGA
Tendo em conta o futuro digno e democrata de nossa comum pátria européia,
- Considerando que as sociedades que esquecem seu passado carecem de futuro;
- Considerando que a Europa não se unirá a menos que seja capaz de unificar sua história, de reconhecer o comunismo e o nacional-socialismo como um legado comum e de conseguir um debate sincero e profundo sobre todos os crimes totalitários do século passado;
- Considerando que a ideologia comunista é diretamente responsável por crimes contra a humanidade;
- Considerando que a má consciência que se deriva do passado comunista é uma pesada carga para o futuro da Europa e para nossos filhos;
- Considerando que diferentes valorações do passado comunista ainda podem dividir a Europa em Ocidente e Oriente;
- Considerando que a unidade européia foi uma resposta direta às guerras e à violência causada pelos sistemas totalitários no continente;
- Considerando que a consciência dos crimes de lesa-humanidade cometidos pelos regimes comunistas em todo o continente deve informar a todas as mentes européias, na mesma medida que os crimes do regime nacional-socialista;
- Considerando que existem similitudes entre o nacional-socialismo e o comunismo no que se refere a seus caráter horrível e espantoso, e a seus crimes contra a humanidade;
- Considerando que os crimes do comunismo ainda necessitam ser avaliados e julgados desde os pontos de vista jurídico, moral e político, assim como do ponto de vista histórico;
- Considerando que tais crimes foram justificados em nome da teoria da luta de classes e do princípio da ditadura do proletariado, que utilizam o terror como método para preservar o poder dos Governos que o aplicaram;
- Considerando que a ideologia comunista foi utilizada como uma ferramenta em mãos de imperialistas na Europa e na Ásia para alcançar seus planos expansionistas;
- Considerando que muitos dos autores que cometem e cometeram crimes em nome do comunismo ainda não foram levados ante a justiça, e suas vítimas ainda não foram indenizadas nem satisfeitas;
- Considerando que o objetivo de proporcionar informação completa sobre o passado totalitário comunista, que conduza a uma compreensão mais profunda e ao debate é uma condição necessária para a futura integração de todas as nações européias;
- Considerando que a reconciliação definitiva de todos os povos europeus não é possível sem um esforço potente para estabelecer a verdade e para restaurar a memória;
- Considerando que o passado comunista da Europa deve ser tratado a fundo, tanto na academia como ao público em geral, e as gerações futuras devem ter fácil acesso à informação sobre o comunismo;
- Considerando que em diferentes partes do mundo só uns poucos regimes totalitários comunistas sobrevivem, porém que, todavia, oprimem aproximadamente a um quinto da população mundial, e ainda se aferram ao poder cometendo delitos e impondo um alto custo para o bem-estar de seus povos;
- Considerando que em muitos países, apesar de que os partidos comunistas já não estão no poder, não se distanciaram publicamente dos crimes dos regimes comunistas nem os condenaram;
- Considerando que Praga é um dos lugares que sofreu tanto com o nazismo quanto com o comunismo,
Estando convencidos de que os milhões de vítimas do comunismo e suas famílias têm direito a desfrutar da justiça, da solidariedade, da compreensão e do reconhecimento de seus sofrimentos da mesma forma que as vítimas do nazismo foram moral e politicamente reconhecidos,
Nós, os participantes da Conferência de Praga Consciência européia e o comunismo,
- Ante a Resolução do Parlamento Europeu sobre o sexagésimo aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, em 8 de maio de 1945, de 12 de maio de 2005,
- Ante a Resolução 1.481 da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa, de 26 de janeiro de 2006,
- Ante as resoluções sobre os crimes comunistas adotadas por vários Parlamentos nacionais,
- Ante a experiência da Comissão pela Verdade e a Reconciliação na África do Sul,
- Ante a experiência dos Institutos da Memória e os Memoriais na Polônia, Alemanha, Eslováquia, República Checa, Estados Unidos, o Instituto para a Investigação de Crimes Comunistas na Romênia, os museus da ocupação da Lituânia, Letônia e Estônia, assim como a Casa do Terror na Hungria,
- Ante as presidências atuais e futuras na UE e no Conselho da Europa.
- Ante o fato de que 2009 é o vigésimo aniversário da queda do comunismo na Europa Central e Oriental, assim como dos assassinatos em massa na Romênia e no massacre da Praça de Tianamen em Pekin,
Pedimos:
1. Chegar a um entendimento entre todos os europeus de que os regimes totalitários nazista e comunista devem ser julgados por seus próprios méritos terríveis, por ser destrutivo em suas políticas de maneira sistemática na aplicação das formas extremas de terror, da supressão de todos os direitos civis e das liberdades humanas, começando pelas guerras de agressão e, como uma parte inseparável de suas ideologias, o extermínio e a deportação de nações inteiras e grupos de população, e que como tais devem ser considerados os principais desastres que frustraram o século 20,
2. O reconhecimento de que muitos crimes cometidos em nome do comunismo devem ser qualificados como crimes de lesa-humanidade, de modo que constituam uma advertência para as gerações futuras da mesma maneira que os crimes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nüremberg,
3. A formulação de um enfoque comum a respeito dos crimes dos regimes totalitários, incluídos os regimes comunistas, e uma versão européia dos crimes comunistas, a fim de definir claramente uma atitude comum frente aos crimes dos regimes comunistas,
4. A introdução de uma legislação que permita aos tribunais de justiça julgar e condenar os culpados pelos crimes comunistas e compensar as vítimas do comunismo,
5. A garantia do princípio de igualdade de tratamento e não-discriminação entre as vítimas de todos os regimes totalitários,
6. A pressão européia e internacional para a condenação efetiva dos crimes do passado comunista e da luta eficaz contra os crimes comunistas em curso,
7. O reconhecimento do comunismo como parte integrante e horrível da história comum da Europa,
8. A aceitação por toda a Europa da responsabilidade pelos crimes cometidos pelo comunismo,
9. O estabelecimento de 23 de agosto, dia da assinatura do pacto Hitler-Stalin, conhecido como o Pacto Molotov-Ribbentrop, como um dia de lembrança das vítimas dos regimes totalitários nazista e comunista, do mesmo modo que a Europa recorda as vítimas do Holocausto em 27 de janeiro,
10. A reclamação aos Parlamentos nacionais para que reconheçam os crimes comunistas como crimes contra a humanidade, e modifiquem a legislação pertinente,
11. O debate público sobre o mal uso comercial e político dos símbolos comunistas,
12. A continuação das audiências da Comissão Européia com respeito às vítimas dos regimes totalitários, com vistas à elaboração de uma comunicação da Comissão,
13. O estabelecimento de comitês compostos por experts independentes nos Estados europeus que foram governados por regimes comunistas totalitários, com a tarefa de recolher informação sobre violações dos direitos humanos sob cada regime comunista totalitário em nível nacional, com o fim de colaborar estreitamente com o Conselho de Comitê de experts da Europa,
14. A elaboração de um claro marco jurídico internacional em relação a um acesso livre e irrestrito aos arquivos que contêm informação sobre os crimes do comunismo,
15. A fundação de um Instituto Europeu da Memória e da Consciência, que teria duas funções:
A) a de um instituto europeu dedicado à investigação dos estudos do totalitarismo, o desenvolvimento de projetos científicos e educacionais e o apoio à criação de redes de institutos de investigação nacionais especializados no tema da experiência totalitária,
B) e a de um museu memorial de âmbito europeu das vítimas de todos os regimes totalitários, com o objetivo de recordar as vítimas destes regimes e de dar a conhecer os crimes cometidos por eles,
16. A organização de uma conferência internacional sobre os crimes cometidos pelos regimes comunistas totalitários, com a participação de representantes de governos, parlamentares, acadêmicos, experts e associações, cujos resultados devem ser difundidos no mundo inteiro,
17. O ajuste e a revisão de livros de texto de história européia, para que as crianças possam aprender e ser advertidas sobre o comunismo e seus crimes, da mesma forma que se lhes ensinou a compreender os crimes nazistas,
18. A abertura de um amplo e profundo debate em toda a Europa sobre a história européia e a herança comunista,
19. A comemoração conjunta do 20º aniversário no próximo ano da queda do Muro de Berlim, do massacre da Praça Tianamen e da matança na Romênia.
Nós, os participantes da Conferência de Praga Consciência Européia e o Comunismo, nos dirigimos a todos os povos da Europa, a todas as instituições políticas européias, inclusive os Governos e os Parlamentos nacionais, o Parlamento Europeu, a Comissão Européia, o Conselho da Europa e outros órgãos internacionais pertinentes, e os exortamos a abraçar as idéias e as propostas enunciadas nesta Declaração de Praga, e a convertê-las em medidas práticas e políticas.
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Para os que desejarem juntar-se a essa causa, existe este link.
1480) O novo muro da vergonha: separar a Europa dos candidatos a imigracao
Os novos muros tratam de impedir o ingresso dos miseráveis do mundo, e é um direito dos cidadãos europeus de assim fazê-lo, pois todos os países o fazem, inclusive o Brasil.
Paulo Roberto de Almeida
20 anos depois…um novo muro
Jamil Chade
5 de novembro de 2009|
SOPRON, Hungria - Há 20 anos, a cidade de Sopron, na fronteira entre a Hungria e a Áustria viveu o primeiro rasgo no que parecia ser a impenetrável Cortina de Ferro. Alemães do Leste aproveiram a realização de um picnic organizado pelas autoridades dos dois países para simplesmente furar a barreira. 600 deles conseguiram atravessar para o Ocidente.
Hoje, pensar que uma barreira existia no lugar por onde passei parece algo como um sonho. Ou para muitos um pesadelo. Ruas e estradas atravessam da Áustria para a Hungria, sem qualquer burocracia. Os moradores das pequenas cidades da Áustria que estão perto da fronteira chegam até mesmo a se queixar do movimento de carros que agora passam pelo meio de seus pacatos vilarejos, antes às márgens da Europa Ocidental e quase adormecidos. Na estrada que liga Sopron à Áustria, o movimento de carros é tão grande que um trânsito é formado todos os dias nas horas de pico. Uma revolução para uma região que ficou dividida por arames farpados desde 1971 e, antes, por minas terrestres.
Mas o muro não desapareceu. Ele apenas mudou de lugar. 500 quilômetros ao leste da fronteira aberta entre a Hungria e a Áustria, a realidade é bem diferente. Uma verdadeira barreira foi criada na nova fronteira da Europa para barrar a entrada dos novos imigrantes. Não são alemães tentando fugir do comunismo e da ditadura. São afegãos, iraquianos e paquistaneses tentando escapar da guerra, chineses cruzando o mundo para trabalhar na Europa e milhares de cidadãos da Ucrânia, Sérvia, Bósnia, Moldávia e do Cáucaso fugindo da pobreza.
Por ano, 500 mil estrangeiros entra ilegalmente na UE e, agora, a meta dos europeus é de frear essa explosão da migração. Nos anos da Guerra Fria, a fronteira era formada por arames farpados, muros, cães de ataque, tanques, muitos soldados e minas espalhadas por milhares de quilômetros. A nova fronteira também conta com alguns arames farpados e soldados.
Mas o novo modelo é bem mais sofisticado e não corre o risco de entrar em pane por falta de peças, como o dos soviéticos. No lugar de cães, minas e tanques, a UE investiu de forma pesada na instalação de sensores, barreiras eletrônicas e um sistema informatizado com computadores ligados aos dados da Interpol e das agências de inteligência dos países europeus. No total, são quase 6 mil quilômetros da nova cortina de ferro, separando a UE do resto da Europa, câmeras a cada 150 metros em alguns locais. O patrulhamento das fronteiras é uma das prioridades políticas desses governos, mas que também está transformando a vida da região e de famílias.
Ironicamente, a UE exigiu que os países do Leste Europeu que aderiram ao bloco há 5 anos sejam os novos responsáveis por resguardar a Europa da imigração irregular e de criminosos. O acordo é simples: esses países teriam sua adesão aprovada em um espaço de livre circulação de pessoas se garantissem que poderiam fechar suas fronteiras aos cidadãos de fora da UE. A UE já injetou 2 bilhões de euros para ajudá-los e, hoje, todos os meios tecnológicos e soldados são usados para garantir que a imigração irregular e o tráfico sejam parados na fronteira. Pelas regras estipuladas pela UE – conhecidos como Acordo de Schengen – países dentro do bloco teriam suas fronteiras simplesmente suprimidas e seus cidadãos poderiam circular livremente. Em troca, as fronteiras exteriores da UE seriam reforçadas.
Polônia, Hungria e Eslováquia foram alguns dos países que foram obrigados a se comprometer em criar verdadeiros muros contra seus vizinhos do leste. Mas, para isso, isolaram famílias ucranianas, sérvias, croatas e bielorussas que por décadas estavam próximas às fronteiras que hoje são da UE. Do lado ucraniano, a percepção é de que os países do Leste Europeu que aderiram à UE esqueceram seu passado. Alguns, de dentro da UE, admitem que estão traindo seus vizinhos. “Sinto que estamos fazendo com nossos vizinhos ucranianos o mesmo que sofremos durante décadas”, afirmou diretor do Departamento de Educação da Universidade Eslovaca de Tecnologia, Miroslav Babinsky.
A realidade do novo muro permeia todo o Leste Europeu. Em uma viagem de trem entre Bucareste e Budapeste realizada pela reportagem, os vagões foram barrados na fronteira entre a Hungria e a Romênia por horas durante a madrugada. Policiais fortelemente armados vasculhavam até mesmo a parte inferior do trem, procurando imigrantes ilegais. “Na UE, ainda não somos todos iguais”, lamentou Adrian, um romeno que havia embarcado no mesmo trem em direção a Budapeste. A forma encontrado por muitos para driblar essas barreiras é pagar um “especialista” em cruzar fronteiras. Ou seja, um traficante de seres humanos.
Para entrar na Europa, os imigrantes escondem-se em caminhões, tentam cruzar a floresta que ocupa a região de fronteira e até mesmo se arriscam em câmaras frias que transportam carnes e alimentos de um lado a outro da fronteira. O preço: US$ 15 mil – muitas vezes o equivalente ao preço de suas casas que tiveram de vender para pagar a “passagem” ao traficante – e, claro, muita coragem. Ou seria desespero…
Há 20 anos, o violoncelista russo Mstislav Rostropovich pegou seu instrumento ao ver o Muro de Berlim cair e correu para o local. Fez questão de tocar à beira da obra que simbolizou a divisão da Europa. Rostropovich, falecido em 2007, sempre lutou pela liberdade de expressão, pela democracia e por uma arte sem nacionalismos. Em 1974, fugiu da Rússia e conseguiu atravessar a Cortina de Ferro. Em 1989, sua mensagem aos responsáveis pela divisão era simples: Nunca Mais.
Pena que nem todos escutaram seu recital à beira do muro.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
1479) O que nao faltam sao falacias para analisar...
Paulo Roberto de Almeida (sim, sou eu...)
Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21
Revista Espaço Acadêmico - nº 97 - junho de 2009
Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
Revista Espaço Acadêmico - nº 98 - julho de 2009
Falácias acadêmicas, 11: o mito da transição do capitalismo ao socialismo
Revista Espaço Acadêmico - nº 99 - Agosto de 2009
Falácias acadêmicas, 12: o mito da exploração capitalista
Revista Espaço Acadêmico - nº 100 - Setembro de 2009
Falácias acadêmicas, 13: o mito do socialismo de mercado na China
Revista Espaço Acadêmico - nº 101 - Outubro de 2009 - DOSSIÊ - 60 ANOS DA REVOLUÇÃO CHINESA
1478) Pausa para humor, que ninguem é de ferro
COLOMBO SÓ DESCOBRIU A AMERICA PORQUE ERA SOLTEIRO!
[PRA: o que, diga-se de passagem, não é correto...]
Se Cristovão Colombo tivesse tido uma esposa, seria obrigado a ouvir coisas assim e teria desistido:
- E por que é você que tem que ir?
- E por que não mandam outro?
- Você está louco ou é idiota?
- Você não conhece nem a minha família e quer ir descobrir o novo mundo!
- E só vai homem nessa viagem? Acha que eu sou idiota?
- E por que eu não posso ir, se você é o chefe ?
- Desgraçado, não sabe mais o que inventar para sair de casa!
- Se cruzar esta porta eu me vou embora para a casa da minha mãe! Seu sem-vergonha!
- Quem é Pinta? E quem é essa tal Nina? Essa María, filha da p#t@ que ainda se diz Santa?
- Tinha tudo planejado, maldito! Vais encontrar-te com umas índias piranhas!
- Pensa que me enganas?
- A rainha Isabel vai vender suas jóias para você viajar? Acha que sou maluca ou o que? O que é que você tem com essa piranha velha?
- Você não vai a lugar nenhum! Você vai é cair num barranco porque o mundo é achatado, seu besta!
Addendum oportuno (de um leitor):
-Não esquece na volta de passar no free-shop e me trazer um perfume francês!
[Piadinhas miseráveis, mas aposto que você esboçou um sorriso com algumas frases. Até parece que Madame Colombo era uma megera, em lugar da fina flor que era...]
terça-feira, 3 de novembro de 2009
1477) A Justiça do sabao que lava mais branco...
Pois o jornalista em questão imagina como seriam os juizes em chuteiras patrocinadas.
Creioo que não preciso pagar direitos autorais pela transcrição não autorizada, mas me disponho a contribuir com uma boa causa apenas pelo prazer que senti de ler uma boa crônica, pesadamente irônica como merecem certos juizes que se julgam super-homens...
JUSTIÇA PATROCINADA
Reinaldo Azevedo, 03/11/09
Ainda sobre Toffoli e sua festinha patrocinada pela Caixa Econômica Federal: eu espero que os ministros do Supremo não venham, no futuro, a ceder a certas tentações, não é?
Vocês estão cansados de ver esportistas com camisetas, jaquetas, bonés e calções estampando o nome do patrocinador. As empresas buscam associar a sua marca a indivíduos bem-sucedidos, admirados pelo público. Um ministro do STF não chega a ser alguém muito popular junto às massas. Costuma ser apreciado em rodas mais restritas. Ainda assim, como se nota, há sempre alguém disposto a fazer um investimento.
Já imaginaram uma sessão no Supremo, com o ministros envergando a respeitável toga preta, decorada com logotipos da Petrobras, da CEF, do Banco do Brasil? Os mais ousados logo começariam a anunciar refrigerante, maionese, batata frita, cerveja…
Seria interessante, né? As excelências poderiam estabelecer no tribunal uma espécie de guerra de slogans publicitários:
— Excelências, temos de ser como o “banco que acredita nas pessoas” e pensar sempre no Artigo 5º da Constituição…
— Máxima vênia, observo que, não obstante, faz diferença “ter um banco que é do Brasil”…
— Pode fazer, ministro, mas o que importa, para os cidadãos, é “ter presença” em todo o país…
— A questão, senhores membros deste egrégio tribunal, é de fundo ontológico. Assim como não se respondeu à dúvida sobre se é fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é fresquinho, temos de encarar a natureza original do debate que aqui se trava…
— A questão ontológica, excelência, está sujeita a controvérsias. Por mais evidente que seja, há quem não aceite, por exemplo, a verdadeira maionese!
— Perdoem-me fazer como Horácio e recorrer às musas, ao começo de tudo, mas sou obrigado a lembrar que dura lex, sed lex, no cabelo só Gumex!
E todos se calaram!
1476) Livro sobre relacoes internacionais, UnB, 10.11.2009
Concepts, Histories and Theories of International Relations for the 21th Century: Regional and National Approaches
organizado pelo Prof. José Flávio Sombra Saraiva.
O evento acontecerá no dia 10 de novembro de 2009, no Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília, das 14 às 16h. (não é necessário fazer inscrição).
Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail mestrel@unb.br ou ainda pelo telefone 61 33072426.
Programa
PRIMEIRA SESSÃO: 14 – 15 horas
Novas teorias, historiografias e conceitos para as Relações Internacionais do século 21
Presidência: Prof. Dr. Alcides Costa Vaz (Vice-Diretor do Instituto de Relações Internacionais da UnB)
Dois comentários:
Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva (O sentido da obra)
Prof. Dr. Amado Luiz Cervo (Conceitos em RI)
Comentaristas:
Prof. Dr. Antonio Carlos Lessa, UnB e IBRI (A dimensão institucional da pesquisa em história das RI e o Programa Renato Archer)
Profa. Dra. Cristina Inoue, UnB (A teoria e a história em RI juntas na UnB)
SEGUNDA SESSÃO: 15 – 16 horas
Olhares de condor sobre a obra em lançamento
Presidência: Prof. Dr. Carlos Eduardo Vidigal, UnB e diretor do IBRI
Exposição em torno da obra: Profa. Dra. Tânia Pechir G. Manzur, UCB e IBRI (Conceitos, teoria e novas propostas pedagógicas para o ensino de RI: a importância da obra organizada por Sombra Saraiva)
Comentários:
Profa. Dra. Julie Smith, UnB (Comentário abrangente à obra)
Profa. Dra. Ana Flávia Platiau UnB, diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais, Reitoria (Comentário ao capítulo do Prof. Zorgbibe)
Prof. Dr. Antonio Jorge Ramalho, UnB e IBRI (Comentário abrangente à obra)
ACESSO AO LIVRO: O livro estará a disposição dos interessados, na sala de entrada ao Auditório da Reitoria, durante todo o seminário, no valor de R$ 50,00. Estudantes de graduação (desde que apresentam a documentação) podem obter o livro, mas apenas na ocasião do seminário, com 20% de desconto, ou seja pelo valor de R$ 40,00. O livro poderá ser adquirido também na Secretaria da Pós-Graduação em RI, IREL, com Odalva ou Gustavo, no valor de R$50,00 (sem descontos).
O LANÇAMENTO: O livro será autografado, em torno de coquetel, no RESTAURANTE CARPE DIEM, 104 Sul, no dia 13 de novembro, sexta-feira, a partir das 19 horas.
Sumário do livro Concepts, Histories and Theories of International Relations for the 21th Century: Regional and National Approaches
Acknowledgment
Introduction: Alternative Views to International Relations for the Beginning of the 21st Century, por José Flávio Sombra Saraiva
Are There Regional and National Conceptual Approaches to International Relations?, por José Flávio Sombra Saraiva
Concepts of International Relations, por Amado Luiz Cervo
Is There a British or American Approach to International Relations?, por Christopher Coker
Le monde arabe, la theorie et la pratique des relations internationales, por Zidane Zeraoui
Africa, Asia and Latin America’s Concepts to International Relations, por Gladys Lechini
Latin American Concepts and Theories and Their Impacts to Foreign Policies, por Raul Bernal-Meza
Mexico: Constant Priorities, Variable Theoretical Approaches to International Relations, por Jorge Schiavon
Peripheric Realism: An Argentine Building-Theory Experience, por Carlos Escudé
Conclusion: Nouveau bilan, nouvelle perspective, por José Flávio Sombra Saraiva
Apendix – Une contribution europeene pour la theorie et pour la pratique des relations internationales
Vers un nouveau droit de la securité internationale?, por Charles Zorgbibe
1475) Juanita Castro: charlando con sus lectores
Juanita Castro
Autora de 'Fidel y Raúl, mis hermanos. La historia secreta'
Lunes, 02 de Noviembre de 2009
La hermana de Fildel Castro saca a la luz la historia de su vida. A través de la periodista María Antonieta Collins, 'Fidel y Raúl, mis hermanos. La historia secreta' recorre su infancia y juventud, pasando por la gesta contra Batista, la Revolución y el posterior desencanto de muchos. Desde 1964, en que desertara en México y se pronunciara en contra del gobierno encabezado por su hermano Fidel, vive en el exilio en Miami alejada de su familia en Cuba y, según acaba de hacer público, llegó a colaborar con la CIA bajo el nombre de la agente 'Donna'. Juanita Castro ha charlado con los lectores sobre su vida y la relación con sus hermanos.
¿Por qué ha mantenido silencio hasta ahora? ¿Qué le ha llevado a publicar su biografía?
En primer lugar, nadie nunca se me había acercado para ofrecerme y hablar y escribir mis memorias hasta este momento. Estas memorias empezaron a escribirse a sugerencia de María Antonieta Collins, la persona que las ha escrito. Este esfuerzo lo empezamos ella y yo en 1999 hasta que a principios de años decidimos continuarlas y terminarlas, como ha sido. Además, este libro fue hecho por mi necesidad de clamar por justicia en relación con el honor de mis padres y de mis abuelitos. Que ha sido mancillado de tal manera que se han ensañado con ellos. Nunca pensé que hubiera mentes tan perversas para insultar solamente por el odio que le tienen a Fidel, a mis padres y abuelos, que no han tenido culpa, ni sin responsables en absoluto de lo que ha pasado en mi país.
¿Cómo fue la infancia de Juanita y Fidel? ¿Cómo la definiría?
Tengo los mejores recuerdos de nuestra infancia. Eramos una familia bien llevada. Nuestros padres nos enseñaron a respetar a todo el mundo, a no ofender jamás a nadie, a que estudiáramos y lucháramos para tener un futuro asegurado. Nos dieron cariño, nos dieron educación y en general, fueron unos padres maravillosos con nosotros. A veces demasiado complacientes, pienso ahora. Porque también nos malcriaron un poco, pero en general el recuerdo que guardo y que llevo en mi corazón en relación con mi familia y en relación con mis hermanos es estupendo.
Estimada Juanita Castro, resulta increíble que todavía hoy en día haya gente en su situación. ¿Qué le diría a todas aquellas personas que siguen defendiendo el tipo de política que llevan a cabo sus hermanos? Parece que estar a favor de sus formas es lo políticamente correcto, en la sociedad española sobre todo, ¿ha sentido esta afirmación alguna vez? Muchas gracias, y mucha suerte!
Yo pienso que las causas injustas o las malas causas tienen seguidores y esto ha sucedido en el caso cubano. Acuérdese que los regímenes de esta naturaleza, como el de Cuba, ha contado siempre con recursos increíbles para llevar adelante esta propaganda en favor de los regímenes comunistas. El caso de Cuba no ha sido una excepción. Mucha gente, inclusive de buena fe y sin la información suficiente, aún a estas alturas después de 50 años de dictadura, piensa que el sistema que impera en Cuba, es bueno. Desafortunadamente, esto no es así. A nosotros se nos ha negado en la mayoría de las ocasiones de aclarar todos estos malos entendidos. No hemos tenido ni los medios, ni el interés de parte de la prensa en el mundo. Por eso tanta confusión. El sistema que impera en mi país no sería nada saludable imitarlo por ningún país del mundo.
¿Qué cree usted que pasó realmente con la desaparicion del comandante Camilo Cienfuegos?
Aunque muchos se han empeñado en hacer ver que fue un atentado lo que terminó con la vida de Camilo Cienfuegos, yo me atrevo a afirmar categóricamente que fue un accidente aéreo lo que terminó con su vida. Camilo era un hombre que a pesar de la posición que tenía dentro de la Revolución que acababa de triunfar, no le tenía miedo a nada, no se preocupaba de su seguridad. Por lo tanto, no le interesaba chequear el avión o el medio que estaba utilizando para transportarse a cualquier parte. Era un hombre muy temerario. Y a pesar de haber sido, desde muy joven simpatizante del Partido Comunista, eso no era razón para dejar de ser un cubanazo bueno. Aunque, equivocado en sus ideas políticas.
¿Detectó usted algún rasgo comunista durante la juventud de Fidel?
Nunca en mi casa, ni en mi familia detectamos ningún rasgo comunista en Fidel. Siempre pensamos que era un demócrata confeso, un idealista, que estaba muy interesado en la política y en llegar a ocupar posiciones muy importantes en el país, para servirlo. Pero por nuestra mente nunca pasó lo que sucedería después del triunfo de la Revolución y que abrazaría las ideas marxistas y el sistema comunista para implantarlo en nuestro país una vez que triunfara la Revolución, que había prometido que sería tan cubana como las palmas reales, una revolución humanista, con justicia social para todos y que habría pan con libertad, pan sin terror en nuestra patria. Esas fueron sus palabras textuales.
De acuerdo que abandondes la Revolución por no estar de acuerdo con la represión, entre otras cosas, pero ¿colaborar con Estados Unidos? ¿Acaso ellos no han ejercido peores crímenes de toda índole en aquella época?
Realmente no creo que sea el momento de estar condenando a Estados Unidos. Debo decir también que fueron los Estados Unidos el único país en el mundo que nos ayudó a luchar contra el sistema marxista que se implantó en Cuba. Si somos gente agradecida tenemos que reconocerlo así. También podemos hablar que Fidel cayó en los brazos de la Unión Soviética para recibir toda la ayuda que necesitaba para los planes que tenía para Cuba y para la expansión del comunismo en el mundo entero. De todos es conocida la cantidad de cubanos que murieron en Africa, en Angola en particular. De eso no se habla. Por lo tanto, si él buscaba ayuda en un extremo, nosotros la teníamos que buscar en el otro. Era una lucha muy desigual donde necesitábamos recursos desiguales también. Los cubanos que luchamos y que cooperamos con los Estados Unidos no fue porque los Estados Unidos nos comprara. Nuestra lucha nunca ha tenido precio, pero sí muchos enemigos de la libertad de Cuba.
¿Desearía volver a hablar con Raúl y Fidel?
Yo desearía hablar con todos los cubanos que están en mi patria. Y que todos los que están en el extranjero también estoy segura que desearían hablar con los suyos en Cuba. Yo desearía que en Cuba se produjera una transición hacia la democracia y este paso, entiendo que solamente lo pueden usar los señores que están en el poder en este momento, como todos los que estamos fuera del país en el exilio. Yo no pido enfrentamientos que puedan costarle una sola vida más al pueblo cubano. Yo estoy pidiendo la transición que nos lleve a tener una patria de nuevo con los gobernantes elegidos democráticamente por el pueblo, sin imposiciones de ninguna clase. Pero que seamos todos los cubanos los que decidamos nuestro futuro. y el futuro de Cuba tiene que ser un futuro de libertad.
Buenas tardes Juanita. Me alegro mucho que pudiese escapar en su día de Cuba y que podamos conocer ahora lo que usted piensa sobre su país y el régimen. ¿Ha tenido desde siempre Raúl un complejo de inferioridad respecto a Fidel? ¿Cómo ha sido la relación entre los dos? Un cordial saludo.
La relación con Raúl siempre ha sido muy buena. Eramos hermanos muy allegados hasta que llegó al país el sistema que lo ha gobernado durante tantos años. El marxismo ha acabado con nuestra familia en la misma forma en que ha acabado con el resto de la familia cubana.
¿Cómo son realmente Fidel y Raúl?
Dos seres humanos que han cambiado el futuro de Cuba pudiendo haber hecho lo contrario.
¿Sra. Juanita como se imagina que hubiera sido Cuba sin Fidel Castro?
Cuba era un país que hasta el golpe de estado de Fulgencio Batista que rompe el orden constitucional del país, era un país democrático, y sus gobernantes elegidos libremente por el pueblo cubano y con sus virtudes y defectos funcionaba bastante bien. Gozábamos de una Constitución progresista, pero también con muchos políticos mediocres que se interesaban más por enriquecerse que por servir al pueblo como era debido. Por lo tanto, a pesar de todo esto, íbamos progresando y mejorando nuestro sistema político. Estábamos seguros que llegaría un gobierno que sería el ideal para todo el pueblo.
Estimada Sra, ¿qué sacaría de positivo de todos estos años de Fidel Castro en el poder?
Ha sido tanto lo negativo que es bastante difícil enumerar lo positivo que ha sucedido en el país. En el campo de la educación, con excepción del adoctrinamiento comunista intensivo que ha recibido la juventud, el analfabetismo fue prácticamente erradicado. Claro, que a un precio muy alto. El régimen habla mucho del sistema de salud. Es cierto que todos tienen atención médica pero ha sido limitada por ellos mismos. Ya que el país no cuenta con los recursos necesarios para dar un buen servicio al país en ese campo.
Hola. Me gustaría saber su opinión sobre si en Cuba volverá a exisitir una democracia.
Hemos estado luchando por lograr una verdadera democracia en nuestro país durante más de 50 años. Es un tiempo muy largo pero tengo la esperanza de que así sucederá en el futuro. Hay un refrán muy antiguo que dice 'No hay mal que dure 100 años ni cuerpo que lo resista'.
¿Qué recuerda usted de la boda de Fidel con Mirta Díaz Balart? ¿Qué tipo de relaciones mantuvo usted con Mirta después del divorcio de ambos?
En mis memorias aparece muy bien explicado esa pregunta que usted me hace. Así que le sugiero que lo lea. Ahí cuento desde el día en que se conocieron hasta su divorcio y lo que vino después.
Veo que en su libro no menciona a Alina, hija de Fidel y de Nati, ¿por qué razón?
No me interesa en absoluto ese personaje. Hace 8 años aproximadamente que inicié un proceso legal contra la editorial que publicó su libro por difamación a mis padres y abuelos y con la sentencia a mi favor he dado por cerrado ese capítulo.
¿Cree usted que vive peor o mejor que sus hermanos?
En Cuba lamentablemente nadie vive bien. Lo más importante para mí que es la libertad, aquí en Estados Unidos donde vivo, la tengo en abudancia.
¿ Es posible un entendimiento entre la gente de Miami y tus hermanos?. ¿Crees que quitando "el bloqueo" se le acabarán las justificaciones de su ineficacia a tus hermanos?
Repito y lo sigo diciendo, el único camino que podemos recorrer es luchar por un proceso de transición democrático y pacífico. Los que amamos de verdad a la patria no podemos pensar en otra forma. Ineficacia es el régimen comunista que ha sido implantado en Cuba sin resultados de ninguna clase.
¿Ha visitado Cuba después que salió del país para el exilio?
Nunca he regresado a Cuba después que salí el 19 de junio de 1963.
¿Estarían sus padres orgullosos del legado de Fidel?
Nadie puede estar orgulloso de lo que ha hecho Fidel, incluidos mis padres si vivieran.
Mensaje de despedida de Juanita Castro:
Muchas gracias por esta oportunidad de conversar con todos los que me han hecho alguna pregunta. Y por estar interesados en la problemática cubana. Espero que disfruten el libro que fue escrito con el espíritu de la reconciliación entre todos los cubanos. Hasta pronto.
1474) A familia Castro, de Cuba, obviamente: dividida pelo marxismo
Enfim, já tratei desse tema no post:
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
1468) O passado sinistro do Itamaraty, segundo um anti-imperialista de ocasiao...
Também já tratei da situação em Cuba, num artigo recente:
“Falácias acadêmicas, 6: o mito da Revolução Cubana”, Espaço Acadêmico (ano 8, n. 94, março 2009). Reproduzido, sob o titulo de “Os Mitos da Revolução Cubana”, na revista Acadêmica Espaço da Sophia (Tomazina, PR; ISSN: 1981-318X, Ano 2, n. 25, p. 1-17, março de 2009; edição eletrônica).
Aliás, sem pretender intrometer-me em assuntos de família, sugeri a Raul Castro um pronunciamento ao povo cubano, mas não tenho certeza de que ele já leu, e se leu, se ele pretende seguir minhas sugestões:
“Carta aberta a Raul Castro sobre Cuba e o socialismo”, Via Política (17.08.2009). Republicado pelo Instituto Millenium (08.09.2009).
Agora cabe ler as recordações de Juanita, novamente famosa por boas e más razões...
Juanita Castro: "El marxismo ha acabado con nuestra familia"
La hermana de Fidel y Raúl Castro ha charlado con los lectores sobre su autobiografía
NATALIA MARCOS - Madrid
El Pais, 02/11/2009
Vive en el exilio en Miami desde que el 19 de junio de 1963 saliera de Cuba, desertara y se mostrara en contra del gobierno encabezado por su hermano Fidel. Juanita Castro ha roto su silencio con el libro Fidel y Raúl, mis hermanos. La historia secreta, en la que ha confesado que llegó a ser agente de la CIA. A propósito de la publicación de su autobiografía, Juanita Castro ha charlado con los lectores sobre la infancia y juventud de Fidel y Raúl Castro, además del pasado, presente y futuro de Cuba.
En la entrevista digital, la hermana de Fidel y Raúl ha explicado los motivos de la publicación de este libro: "Fue hecho por mi necesidad de clamar por justicia en relación con el honor de mis padres y de mis abuelitos, que ha sido mancillado de tal manera que se han ensañado con ellos". Juanita Castro ha explicado cómo era su familia cuando ella y sus hermanos eran niños. "Éramos una familia bien llevada. Nuestros padres nos enseñaron a respetar a todo el mundo, a no ofender jamás a nadie, a que estudiáramos y lucháramos para tener un futuro asegurado". Además, ha asegurado que entre los hermanos había una relación muy buena "hasta que llegó al país el sistema que lo ha gobernado durante tantos años. El marxismo ha acabado con nuestra familia en la misma forma en que ha acabado con el resto de la familia cubana".
Según su hermana, la familia de Fidel Castro nunca observó una inclinación hacia el comunismo en el joven Fidel. "Siempre pensamos que era un demócrata confeso, un idealista, que estaba muy interesado en la política y en llegar a ocupar posiciones muy importantes en el país para servirlo. Pero por nuestra mente nunca pasó lo que sucedería después del triunfo de la Revolución y que abrazaría las ideas marxistas y el sistema comunista".
Juanita Castro no pierde la esperanza de que la democracia llegue a Cuba en un futuro no muy lejano. Su deseo lo expresa en forma de refrán: "No hay mal que dure cien años ni cuerpo que lo resista".
Para terminar la entrevista digital, un lector ha preguntado a Juanita si cree que sus padres estarían orgullosos del legado de Fidel, a lo que Juanita ha asegurado escuetamente: "Nadie puede estar orgulloso de lo que ha hecho Fidel, incluidos mis padres si vivieran".
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PS Paulo Roberto de Almeida:
É meu desejo sincero que a família possa se reconciliar antes da morte de um dos três, embora eu duvide que isso venha a acontecer. Fidel está mais para personagem de Roa Bastos, ou de Gabriel Garcia Marques (que aliás é seu amigo), do que para um personagem de carne e osso (mais deste do que daquela...).
1473) Um agente soviético, diplomata brasileiro: cenários bondianos...
Mas não deixo de ler meus romances, de vez em quando, um John Le Carré aqui, um Graham Greene ali, e vários outros mais, mas na dimensão realista, não fantasias à la Ludlum...
Pois eis que me chega um comentário "chocante" de um leitor de meu post:
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
1468) O passado sinistro do Itamaraty, segundo um anti-imperialista de ocasiao...
o que justifica retirar o comentário de seu insignificante "rodapé" para lhe dar o devido destaque. Não conheço (suponho) o autor e não tenho por que questioná-lo mais do que ele revela neste pequeno trecho de um livro, que traz algo de que eu jamais tinha ouvido falar. Confesso minha completa ignorância sobre o tema, mas vou procurar saber mais a respeito do:
Um espião (diplomata brasileiro) a serviço da União Soviética?
Alat disse...
Caro PRA,
Aproveitando o assunto dessa postagem, você conhece o história do Vasili Mitrokhin, o arquivista da KGB que copiou trechos dos documentos por décadas a fio e fugiu para o Ocidente logo que a URSS acabou? Estou lendo o livro dele e há algumas menções interessantes ao Brasil, que copio abaixo. Any guesses sobre a identidade de IZOT e ALEKS?
Abraço,
Alat
“Among the DGI operations in Angola carried out to assist the KGB was a penetration of the Brazilian embassy to obtain intelligence on its cipher system. A technical specialist from KGB’s Sixteenth (SIGINT) Directorate flew out from Moscow with equipment which enabled a DGI agent to photograph the wiring of the embassy’s Swiss-made TS-803 cipher machine” (k-22, 150, apud Andrew & Mitrokhin 2005:96).
“The KGB’s best intelligence on Brazil probably came from its increasing ability to intercept Brazil’s diplomatic traffic. By 1979 the radio-intercept post (codenamed KLEN) in the Brasilia residency was able to intercept 19,000 coded cables sent and received by the Foreign Ministry as well as approximately 2,000 other classified official communications” (k-22, 128 apud Andrew & Mitrokhin 2005:105)
“SIGINT enabled the Center to monitor some of the activities of probably its most important Brazilian agent, codenamed IZOT, who was recruited while serving as Brazilian ambassador in the Soviet bloc. As well as providing intelligence and recruitment leads to three other diplomats, IZOT also on occasion included in his reports information (probably disinformation) provided by the KGB” (Andrew & Mitrokhin 2005:105).
“IZOT is the highest-ranking Brazilian agent identified in the files noted by Mitrokhin. He provided recruitment leads on three fellow diplomats, including the ambassador of a NATO country in Prague. IZOT had himself been talent-spotted for the KGB by another Brazilian ambassador, an agent codenamed ALEKS; k-22, 235-7, apud Andrew & Mitrokhin 2005:521, n. 68).
A referência é
ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI.
The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World
New York: Basic Books, 2005.
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Bem, só resta comprar o livro, conferir, realizar uma pequena investigação sobre sua veracidade, e depois pedir aos arapongas da Abin que movimentem os seus fundilhos e pelo menos dois neurônios.
Aliás, o livro deve constar da biblioteca da Abin: vou pedir emprestado...
Paulo Roberto de Almeida
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
1472) Controversias historicas: Ha-Joon Chang e o uso de evidencias seletivas
“Falácias acadêmicas, 5: O mito do complô dos países ricos contra o desenvolvimento dos países pobres”
Espaço Acadêmico (ano 8, n. 93, fevereiro 2009).
Reproduzido, sob o título de “Sobre o complô dos ricos contra os pobres”,
no site Dom Total (16.04.2009).
O que segue abaixo é um exchange, a respeito das mesmas teses, publicado no:
The New York Review of Books,
Volume 56, Number 18 · November 19, 2009
'The Anarchy of Success'
By Ha-Joon Chang, James Rossant, Reply by William Easterly
In response to The Anarchy of Success* (October 8, 2009)
To the Editors:
William Easterly misrepresents Bad Samaritans ["The Anarchy of Success," NYR, October 8] as advocating 1960s-style state planning, when I argue for a judicious mix of market and government.
Mr. Easterly attacks me for relying on a few East Asian countries to make my case. However, one of the central points of my book is that most of today's rich countries, and not just those in Asia, have succeeded through infant industry protection. Mr. Easterly tries to dismiss the importance of these historical cases by arguing that those countries have more often protected agriculture than industry. This is not true. A recent study by Lehmann and O'Rourke for the National Bureau of Economic Research shows that most of them protected industry far more than agriculture.
Mr. Easterly argues that looking at 1983–2008, instead of 1980–2000 (as I do), shows that growth in developing countries under neoliberalism was as vigorous as in the interventionist period. We can debate the exact numbers, but he fails to consider that the growth rate for his neoliberal period is improved both by excluding the recession in 1980–1982 (caused by neoliberal monetary policy in the US) and by the ascent of China and India (which have never embraced neoliberalism), which compensates for the abject failures in Latin America and sub-Saharan Africa, which implemented neoliberal policies most faithfully. He tries to refute my argument that the growth rate of Mexican per capita income of 1.8 percent from 1994–2002 is evidence that free trade isn't working there, asserting that "it takes a while to decide what policies are having a positive effect on growth." Unfortunately for him, Mexico's growth rate during 2002–2009 is negative.
Mr. Easterly says representative democracy was a key to the economic development of Western countries. He should brush up his history. No Western country adopted universal suffrage before 1907 (New Zealand) and it was only after World War II that a majority of them gave the vote to all. Perhaps it's just trivia for him that Switzerland refused to give women the vote until 1971, but what does Mr. Easterly think the civil rights movement was all about?
Mr. Easterly says that economic growth does not come from "experts" like me but entrepreneurs, like Ju-Yung Chung, the legendary founder of Hyundai. He conveniently omits the details that prove my point: before it succeeded in the world market, Chung's auto venture was supported by decades of import bans, export subsidies, and tariff protection.
Ha-Joon Chang
University of Cambridge
Cambridge, England
To the Editors:
If the "Gang of Four" of East Asia—Hong Kong, Singapore, Taiwan, and South Korea —and now China are current successes, as William Easterly writes in his review of The Drunkard's Walk by Leonard Mlodinow and Bad Samaritans: The Myth of Free Trade and the Secret History of Capitalism, it is not only the policy of free trade that made them so, or other policies discussed in the review. It is also the centuries-old institution of "overseas Chinese" and the ethnic Tongs, who made it happen like the Protestants in Easterly's review.
The Overseas Chinese Association (OCA) was and still is a significant, enormous organization in China and within the rest of the "Gang of Four" countries (except of course South Korea) and reflects their mission: to create a borderless federation for promotion of businesses of overseas Chinese merchants linking banks, manufacturers, merchants, technical specialists like construction and mining engineers, and government.
The OCA worked directly with existing governments, socialist, Communist, and capitalist, well before the current East Asian miracle bloomed. By 1980, the Overseas Chinese Association had a chain of hotels, meeting rooms, communication networks, business facilities like telex, overseas telephone exchanges, printing equipment, restaurant entertainment rooms, and private banquet facilities in all but the smallest cities in China and in the rest of the "Gang of Four" countries. This made for smooth, integrated business growth for Chinese businessmen, which, in Singapore, Malaysia, and Taiwan, meant most new development. Even without the OCA, Chinese in Malaysia and Singapore and Hong Kong had the hidden support of the southern Chinese family Tongs, which gave and still give incredible advantages, functioning as tough "old boy" networks.
I was a guest of a Haaka Tong member who was also a member of the Overseas Chinese Association in the early 1980s and I observed how a transaction that might take a businessman from the US, Australia, India, or the UK months took only a few days.
James Rossant
FAIA, FAICP
Condeau, France Graduate City Planning
Pratt Institute Brooklyn, New York
William Easterly replies:
I agree with Mr. Rossant on the role of the overseas Chinese—they would be part of what I called the "randomness" of "who will be in the right place at the right time to sell the right thing to the right people."
Concerning Professor Chang's letter, it puzzles me that he did not respond to my main criticism of his book: that he finds spurious patterns in partially random economic outcomes in ways identified by Leonard Mlodinow's book. In particular, I criticized him for selective use of evidence (confirmation bias) and excessive reliance on too little data. His letter claims to rebut my criticisms—by engaging in more selective use of evidence (confirmation bias) and more excessive reliance on too little data.
So, for example, Chang rebuts my claim that "rich countries have often protected agriculture rather than industry," citing a study that he says shows "most of them protected industry far more than agriculture." I am not sure what he means by "most," as the study covered only ten now-rich countries from 1875 to 1913, of which only one (Australia) fits Chang's "far more" statement. The others broke down like this: two protected agriculture somewhat more, three protected manufacturing somewhat more, and the other four were tied or mixed. In this case, Chang does seem to find what he already expected to find even in the studies he has already selected to bolster his argument (Mlodinow's "confirmation bias.")
Chang similarly is selective in his attempt to rescue his vulnerable claim that growth is slower under a system of neoliberalism (to use his term), in which states do not intervene much in relatively free markets and free trade. His letter admits my point that growth performance under neoliberalism is as good as before neoliberalism, but now he attributes this to allegedly non-neoliberal China and India. Yet his letter omits the inconvenient fact that China and India are much more neoliberal than they were in the good old days of the interventionist period.
Chang misses the point on how the evidence for any one good thing—like representative democracy—is only reliable in the very long run (lots of data) and cannot be confirmed or rejected with only a few examples (too little data). So he refutes my case for democracy with lots of data—by reliance on too little data (whether women in one country—Switzerland—could vote after 1971? Of course this is not trivial from a moral standpoint, but its weight as evidence is minuscule). The now-rich countries have been more democratic than the rest of the world on average in the long run and have been steadily increasing in democracy.
Mlodinow's book warned that our brains are so hard-wired to misunderstand randomness that we make the same mistakes even after somebody points out the mistakes. I have been guilty of this myself in my own career, and unfortunately Chang now does the same with this letter
1470) Lenin morreu de sifilis; Sorry, true believers...
Bem, pelo menos se pode argumentar que ele nao era gay...
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Paulo Roberto de Almeida
Historiadora diz que Lênin morreu de sífilis
Um novo livro sobre a vida de Vladimir Lênin sustenta que o revolucionário russo e um dos fundadores da União Soviética morreu de sífilis, doença que teria contraído em Paris depois de uma relação sexual com uma prostituta.
Segundo a autora da obra, Helen Rappaport, especialista em história russa, diferentes documentos indicam que Lênin teve sífilis, da qual também foram vítimas outros homens famosos, diz a edição de hoje do jornal britânico "Daily Telegraph".
Rapapport afirma que os sintomas da sífilis de Lênin eram visíveis e que muitos hierarcas russos suspeitavam de que sofria da doença, mas foram proibidos de falar sobre isso até a morte do líder político, em 1924, aos 53 anos.
Os documentos oficiais da época atribuem seu falecimento a três ataques apopléticos sofridos nos dois últimos anos de sua vida e às sequelas de uma tentativa de assassinato em 1918.
Rappaport baseia sua afirmação em um relatório do famoso cientista Ivan Pavlov no qual este afirmava que a revolução tinha sido feita por "um louco com o cérebro sifilítico".
Em seu livro, intitulado "Conspirator: Lenin in Exile" ("Conspirador: Lênin no Exílio", em tradução livre), a historiadora sustenta que o líder russo contraiu sífilis de uma prostituta de Paris em 1902.
Segundo Rappaport, a afirmação de Pavlov sobre Lênin aparece em documentos mantidos na universidade americana de Columbia e nos quais se reproduz uma conversa de 1928 em Paris do primeiro com outro cientista, Mikhail Zernov.
"Pavlov disse a Zernov que Lênin tinha sífilis e manifestava todos os sintomas" da doença, afirma a historiadora.
De acordo com Rappaport, "Pavlov conhecia os cientistas convocados a examinar o cérebro de Lênin depois de sua morte e todos coincidiram nesse diagnóstico".
1469) A profissao academica: do copiar-colar ao consumo de ideias
Confesso não ter a solução para esse problema (e outros, que também afligem a academica, tampouco), mas talvez isso possa estimular alguém a escrever a respeito.
Em todo caso, antes de conseguir fazer uma elaboração mais reflexiva a respeito, transcrevo, como uma espécie de Aide-Mémoire, nosso exchange sobre o assunto.
A "reprodução" acadêmica
On 04/08/2009, at 16:52, Mxxxxxx Sxxxx wrote:
Boa tarde dr. Paulo Roberto , durante uma pesquisa me deparei com alguns textos de sua autoria , os quais me agradaram muito , principalmente na maneira de tecer sua opinião .Gostaria de saber se existe algum artigo que o senhor publicou a respeito do “consumo de idéias”, reprodução do conhecimento no lugar da produção deste.Refiro-me principalmente as universidades as quais deveriam propor a construção do conteúdo ao invés de apenas continuar COPIANDO e COLANDO o que algum ser superior declarou no passado.
Sou universitária e vivencio isso diariamente, não sei dizer se essa situação ocorre apenas na minha faculdade , no meu curso , mas observo que os universitários estão cada vez mais conformados, afinal é mais fácil decorar( ou usar o famoso ctrl C ctrl V) a ter que parar pra refletir , questionar , investigar.
Caso o senhor publicou algum material sobre esse assunto ou algo relacionado a isso , gostaria da indicação bibliográfica ,caso não fica esse e-mail como sugestão.
Agradeço muito a atenção e aguardo resposta
Mxxxxx
Mxxxxx,
Grato pelo contato. Voce levanta um ponto interessante e passível de exame mais detido e discussão pública. Confesso que me senti motivado a escrever algo a respeito, mas infelizmente não tenho nada nessa linha que possa lhe servir neste momento.
Estou atualmente engajado na escritura de uma série de artigos sobre "falácias acadêmicas" e talvez o seu tema possa constituir o objeto de um próximo artigo meu. Até o momento tratei de questões econômicas, sociais e políticas, como você pode ver em meu site, no link "Falácias Acadêmicas".
Acredido que todos, atualmente, professores e alunos, vivenciamos esse tipo de problema, diariamente. Isso tem a ver com a honestidade intelectual, obviamente, mas as fronteiras são tenues, entre a pesquisa honesta, e referenciada, e a apropriação indébita, ou fraudulenta.
Veja que, em meu ultimo artigo (sobre o socialismo de mercado na China), eu aproveitei trechos de um trabalho antigo que tinha ficado incompleto, ou deasproveitado, como tal inédito. Neste caso, sou eu copiando a mim mesmo, o que nao é apropriacao, e sim apenas aproveitamento. Mas, por vezes tambem tem um pouco de Lavoisier, que é a pratica conhecida como transposicao: na Natureza nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma, segundo a frase do famoso cientista frances do seculo 18.
Mas, tambem pesquisei no Google referências para meus ultimos trabalhos, livros publicados por economistas, frases que eles disseram, etc. Por vezes, essas fontes são referenciadas explicitamente, por vezes não.
A maior parte dos alunos, e alguns professores, por inércia, preguiça ou incapacidade própria, acaba transcrevendo trechos inteiros de trabalhos de terceiros para seus próprios trabalhos, o que constitui fraude, apropriação, desonestidade intelectual, e deve ser denunciado.
Mas a prática é mais comum do que se pensa.
Talvez eu escreva algo a respeito. Mas nao tenho nada especial no momento.
Em todo caso agradeço muito sua sugestão, que aproveitarei num próximo trabalho.
Cordialmente,
PS em 2.11.2009: Bem, até agora não tive tempo, oportunidade, lazer para escrever algo a respeito. Vou dedicar meu próximo ensaio da série Falácias ao problema da responsabilidade dos intelectuais, mas este tema permanece em meu "caderninho de próximos trabalhos".
1468) O passado sinistro do Itamaraty, segundo um anti-imperialista de ocasiao...
Creio que ele está enganado ao dizer que Pio Correa espionou para a CIA: ele sempre foi anti-comunista, honestamente se ouso dizer (pois confessa quase tudo o que fez contra os comunistas em seu livro de memórias), mas não há registro de que tenha trabalhado para a CIA. Cooperou, sim, com os objetivos norte-americanos no âmbito da Guerra Fria, assim como outros diplomatas mantinham simpatias por Cuba e pela União Soviética no mesmo período.
Creio que essa época tem de ser vista com menos paixão e mais isenção, como tentei fazer neste meu trabalho sobre o mesmo período:
Paulo Roberto de Almeida:
“Do alinhamento recalcitrante à colaboração relutante: o Itamaraty em tempos de AI-5” In: Oswaldo Munteal Filho, Adriano de Freixo e Jacqueline Ventapane Freitas (orgs.), “Tempo Negro, temperatura sufocante": Estado e Sociedade no Brasil do AI-5 (Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, Contraponto, 2008; 396 p. ISBN 978-85-7866-002-4; p. 65-89). (ver o livro neste link).
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Juanita e o passado sinistro do Itamaraty
Argemiro Ferreira
Carta Maior, 1.11.2009
Há uma particularidade insólita sobre nosso ministério das Relações Exteriores, o velho Itamaraty. Sempre desfrutou de boa imagem, menos por merecê-la do que pela prática nefasta, talvez de muitos anos, de varrer a sujeira para debaixo do tapete. Atravessou, por exemplo, todo o período da ditadura militar como se vivéssemos no melhor dos mundos, enquanto perseguia diplomatas - intelectuais como Antonio Houaiss, Vinícius de Morais, João Cabral de Melo Neto entre muitos. E prestou-se a papéis indignos mesmo antes do golpe de 1964.
Vale a pena lembrar tais coisas embora neste momento o Itamaraty, com o ministro Celso Amorim à frente, conduza com sucesso uma política externa exemplar. O que sugere revisitar a questão é a iniciativa de uma cubana de Miami, 76 anos de idade, notória pelo detalhe de ser irmã de Fidel e Raul Castro, de revelar num prolixo livro de memórias (Fidel y Raúl, Mis Hermanos – La Historia Secreta, 432 páginas), ter sido agente da CIA, central de espionagem dos EUA, graças à diplomacia brasileira.
Juanita Castro não fez a revelação nesses termos, mas o que escreveu (ou o que escreveu para ela a co-autora mexicana Maria Antonieta Collins, especialista em livros de auto-ajuda que ensinam dietas, receitas, como lidar com ex-maridos, livrar-se do vício do cartão de crédito, etc) permite chegar a tal conclusão. Sem atribuir explicitiamente a carreira de espiã à nossa diplomacia, ela diz ter sido recrutada para a atividade pouco nobre através da mulher do embaixador Vasco Leitão da Cunha, que então servia em Havana.
O péssimo exemplo da embaixatriz
É conveniente esclarecer que, entre outras coisas, agora Juanita se diz traída duas vezes - uma pelo irmão Fidel, a outra pela CIA e os EUA. No primeiro caso, a gente entende: como governante Fidel optou por cuidar dos problemas do país, não dos interesses da família. Quanto ao país que a recebeu, queixou-se de que a CIA no governo do presidente Nixon, eleito em 1968, pediu a ela para mudar o discurso e sustar os ataques a Cuba e Fidel - ou seja, dizer o contrário do que dizia até então.
Mas voltemos à diplomacia. Como chefe da missão do Brasil, o embaixador Leitão da Cunha recebera Juanita como asilada em 1958, ainda no governo JK. Ela alegara correr risco por ser irmã de Fidel, então líder dos guerrilheiros que lutavam contra o ditador Fulgencio Batista. Vitoriosa a revolução no primeiro dia de 1959, ela deixou a embaixada. E em 1961, depois do fracasso (em abril) da invasão da CIA (na baía dos Porcos) a embaixatriz Virginia Leitão, ciente da atividade dela contra o governo revolucionário do irmão, chamou-a para uma conversa. E sugeriu que passasse a colaborar “com uns amigos que conhecem seu trabalho (contra o governo) e querem ajudá-la”.
De acordo com a versão, Virginia encarregou-se de promover o encontro de Juanita com um dos “amigos”, Tony Sforza, então usando o codinome “Enrique”, depois de ter atuado um tempo sob o disfarce de jogador e frequentador de cassinos, com o codinome “Frank Stevens”. Logo depois Juanita passava a operar como agente da CIA em território cubano, com o codinome “Donna”. A se acreditar no livro, durante quase três anos (até 1964, quando foi para os EUA), ela “protegia”, inclusive escondendo em sua casa, críticos e opositores da revolução.
As relações promíscuas de diplomatas
Daí em diante Juanita foi usada permanentemente pela CIA como arma de propaganda. A ligação dela com a espionagem americana não era segredo. Já em 1975, no seu livro Inside the Company - CIA Diary, o ex-espião Philip Agee, citou-a como “agente de propaganda da CIA”. E num livro póstumo de 2005, Spymaster - My Life in the CIA, o célebre Ted Schackley, controvertido ex-chefe de operações da agência, revelou publicamente, pela primeira vez, que o contato da CIA com Juanita Castro tinha sido feito através da embaixatriz brasileira Virginia Leitão da Cunha.
Difícil é entender porque o fato ainda era ocultado no Brasil e porque não se tenta saber mais sobre as relações promíscuas de diplomatas e gente direta ou indiretamente ligada ao Itamaraty, dentro e fora do país? O mesmo livro que fizera (em 1975) a primeira referência à relação de Juanita com a CIA também registrara que no Uruguai, na década de 1960, o embaixador brasileiro Manuel Pio Corrêa atuara como espião da CIA.
Mas só em julho de 2007, graças a série de reportagens do Correio Braziliense durante quatro dias seguidos, o país soube a extensão do papel de Corrêa. Depois de passar pelo Uruguai e pela Argentina ele foi premiado com a secretaria geral do Itamaraty e usou o cargo - e os superpoderes recebidos no governo Castello Branco - para criar insólita máquina de espionagem no ministério, com alcance mundial. Um certo Centro de Informações do Exterior (CIEX) dedicava-se a monitorar em toda parte, com a ajuda de nossos diplomatas, os exilados brasileiros e críticos do regime militar.
D. Hélder e a espionagem de Pio Corrêa
Por alguma razão desconhecida a grande mídia do resto do país, cúmplice do golpe de 1964 e beneficiária da ditadura durante 20 anos, preferiu praticamente ignorar o conteúdo daquelas reportagens. Mas um dos efeitos conspícuos da ação do CIEX pode ter sido a campanha mundial orquestrada pela diplomacia brasileira para impedir a concessão do prêmio Nobel da Paz ao arcebispo Hélder Câmara, que denunciava torturas e abusos contra os direitos humanos no Brasil. A maquinação torpe devia ser hoje motivo de estudo e repúdio na formação dos futuros diplomatas.
Mas os segredos do Itamaraty, ao contrário, parecem intocáveis. No seu livro de memórias, O mundo em que vivi, o próprio Pio Corrêa, ao negar perseguição a Vinícius de Moraes (que se desligou, alega ele, num acordo amistoso) vangloriou-se de ter demitido “pederastas”, “vagabundos” e “bêbados”. Houaiss e João Cabral já eram perseguidos antes da ditadura, como alvos de campanha macarthista liderada, ainda no início da guerra fria, pela Tribuna da Imprensa ao tempo de Carlos Lacerda, que os denunciava como subversivos em manchetes de primeira página.
Seria no mínimo saudável arejar esse passado recente e não perpetuar o sigilo. O Itamaraty foi suspeito antes de ocultar seus erros e ainda os gastos elevados, como se fosse uma caixa preta. O fato de alguém como Virginia Leitão da Cunha - cujo marido ocupou altos cargos, foi até ministro do Exterior da ditadura - ter atuado como espiã a serviço de potência estrangeira, dentro da embaixada brasileira, e recrutado agente para serviço de espionagem de outro país, é vergonha que tem de ser exposta à execração pública, para o exemplo nunca ser seguido. E se deixar de ser feita coisa parecida em relação aos Pio Corrêa da vida, a impunidade funcionará como estímulo no futuro ao mesmo comportamento deprimente - que revela subserviência e rebaixa a qualidade de nossa diplomacia.
http://argemiroferreira.wordpress.com/
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PS Paulo Roberto de Almeida:
Cabe registrar aqui mais um comentário pessoal, baseado em meu parco conhecimento da vida e das posições do Embaixador Vasco Leitão da Cunha, que deixou um livro de memórias, chamado Diplomacia em Alto Mar.
Enquanto foi representante diplomáatico brasileiro, Vasco Leitao abrigou, na Embaixada do Brasil em Havana, muitos opositores de Batista, na fase revolucionaria, e depois muitos opositores de Fidel, após a vitoria da revoluçnao. Ou seja, fez seu trabalho diplomatico, sem olhar ideologias e paixoes revolucionarias, de um lado e de outro.
Pode-se dizer que era um ecletico, ou um gentleman, como muitos se referem a ele. Em todo caso, era um embaixador ao velho estilo, com todos os tiques e trejeitos dos diplomatas punhos de renda, e tambem, um defensor consciente da opcao americana para o Brasil, um conservador sincero e honesto. O pessoal de esquerda pode chama-lo de reacionario, por causa de sua adesao ao movimento militar em 1964, mas isso porque esse pessoal tambem tem uma visao maniqueista do mundo, um pouco como o Pio Correa, um anticomunista profissional...
Cada um tem direito a sua opiniao, e de expo-la livremente, sem esses maniqueismos tao ridiculos como os de Argemiro Ferreira no arquivo abaixo. Como se outros nao tivessem espionado para os sovieticos.
Mas, claro, apenas a CIA é pecaminosa, ilegitima, desrespeitadora da soberania brasileira e interessada em subordinar o Brasil aos interesses americanos. A URSS e a KGB estavam sinceramente comprometidas com o desenvolvimento brasileiro...
Certos maniqueistas só vem o problema de um lado...
sábado, 31 de outubro de 2009
1467) De volta ao problema do Estado e da política
sábado, 31 de outubro de 2009
1462) A volta do Estado?, Não, segundo Mailson da Nobrega
Ele escreveu o seguinte:
Euclides Vega disse...
"As mudanças tinham o apoio do eleitorado, que elegeu e reelegeu os líderes que conduziram as reformas."
Professor, essa é a única coisa que me deixa intrigado: tanto os estatistas como os liberais dizem que suas políticas tem o apoio do eleitorado. Não sei, parece-me que o eleitorado, por mais educado que seja, não é capaz de compreender as tecnicidades do sistema financeiro. Talvez, a economia 'popular' e somente esta, pese no voto, e quanto mais quanto maior for a educação e menores forem as demais questões políticas. Estou sendo por demais óbvio?
Sábado, Outubro 31, 2009 7:07:00
Eu lhe respondi o que segue:
Esta é a questão clássica, que perturbou muitas mentes instintivamente democráticas -- como Tocqueville, por exemplo -- mas que se preocupavam com a qualidade da democracia, ou sua sustentabilidade, em face dos simplismos políticos, da demagogia, dos abusos da liberdade. Não nos esqueçamos que, até o século 18, o conceito de democracia era basicamente depreciativo, ou seja, querendo significar o governo do povinho miudo, das massas ignaras, das turbas manipuláveis e, portanto, um regime condenável.
Para alguns gregos, como Aristóteles, a democracia tinha sempre uma degeneração qualquer.
Muitos escritores do início ainda do século 19 se opunham à "democracia", pois não pretendiam que seus países caíssem nas mãos de populistas e demagogos, dada a tendência do povinho miudo em seguir aqueles que faziam as promessas mais mirabolantes.
De fato, todos os governantes dizem que suas políticas foram previamente sancionadas nas urnas -- posto que eles ganharam por número de votos -- e que portanto eles têm todo o direito de implementar "aquelas" políticas que receberam "consagração" nas urnas.
Sabemos que isso não é verdade, pois que dificilmente você desce a detalhes orçamentários e de organização e funcionamento do Estado durante uma campanha eleitoral, assim como você nunca discute a forma e o conteúdo de muitas politicas setoriais que são apresentadas genericamente durante a campanha.
Portanto, a alegação não se sustenta e você não está sendo óbvio, apenas traduzindo um dilema que é nosso e de todo sistema político.
Nenhum eleitorado, por mais educado que seja, pode dar um voto tão preciso e focado, que alcance as definições técnicas de um sistema financeiro ou mesmo a organização educacional, por exemplo. Isso é impossivel.
Daí que o Parlamento tem um enorme papel e uma grande responsabilidade. Quando os representantes parlamentares são despreparados e corruptos, então a situação se complica. Claro, num país pode existir uma burocracia esclarecida e bem intencionada, mas o papel dos líderes políticos é fundamental.
Não existem soluções simplistas, ou fáceis, a este dilema eterno.
Paulo Roberto de Almeida
31.10.2009
1466) O ranking das universidades brasileiras
Academic Ranking of World Universities – 2009
Brazil
Region: Americas
National Rank - Institution - World Rank - Regional Rank
1 - University of Sao Paulo - 101-151 - 60-77
2 - State University of Campinas - 201-302 - 100-134
3-4 - Federal University of Minas Gerais - 303-401 - 135-162
3-4 - Federal University of Rio de Janeiro - 303-401 - 135-162
5-6 - Federal University of Rio Grande do Sul - 402-501 - 163-184
5-6 - Sao Paulo State University - 402-501 - 163-184
1465) Academic Ranking in Social Sciences
Available at: http://www.arwu.org/ARWUFIELD2009SOC.jsp
Academic Ranking of World Universities in Social Sciences - 2009
Methodology | Statistics
World Rank Institution* Country Score on Alumni Score on Award Score on HiCi Score on PUB Score on TOP Total Score
1 Harvard University
100 53 100 100 88 100
2 University of Chicago
71 100 79 74 100 95.0
3 Stanford University
29 33 89 74 94 80.1
4 Columbia University
58 72 58 79 84 80.0
5 Massachusetts Institute of Technology (MIT)
96 53 56 60 95 78.3
6 Princeton University
71 63 64 57 92 77.6
7 University of California, Berkeley
50 57 61 79 84 77.4
8 Yale University
71 40 57 65 90 73.9
9 University of Pennsylvania
0 28 74 79 88 72.0
10 New York University
0 32 49 75 95 66.1
11 University of Michigan - Ann Arbor
0 0 63 81 89 64.8
12 University of Minnesota, Twin Cities
41 26 36 70 86 62.5
13 University of California, Los Angeles
41 0 40 74 85 59.7
14 Northwestern University
0 0 56 67 91 59.5
15 Carnegie Mellon University
65 36 28 41 88 57.1
16 University of Cambridge
58 64 16 63 64 56.7
17 Duke University
0 0 46 65 91 56.3
17 University of Maryland, College Park
0 32 32 68 83 56.3
17 University of Oxford
41 20 28 75 71 56.3
20 The University of Texas at Austin
0 0 51 69 82 56.2
21 Pennsylvania State University - University Park
0 0 43 70 87 55.5
22 University of Wisconsin - Madison
0 0 43 71 82 54.5
23 University of North Carolina at Chapel Hill
0 0 40 67 87 54.0
24 University of California, San Diego
0 32 38 47 84 52.5
25 London School of Economics and Political Science
29 0 28 72 76 52.2
25 The Ohio State University - Columbus
0 0 36 69 83 52.2
27 Arizona State University - Tempe
0 23 28 62 82 51.8
28 University of Washington
0 0 32 67 85 51.2
29 University of British Columbia
29 0 28 61 79 50.1
30 Cornell University
41 0 16 67 79 49.7
31 Washington University in St. Louis
0 28 23 51 88 49.6
32 Michigan State University
0 0 28 68 81 49.1
33 Indiana University Bloomington
0 0 28 67 78 48.2
34 The Johns Hopkins University
50 0 23 43 87 48.1
35 Vanderbilt University
0 0 40 53 79 47.5
36 University of Southern California
0 0 28 61 81 47.2
37 University of Rochester
0 0 43 36 90 47.0
38 McMaster University
41 0 28 42 80 46.1
39 University of Illinois at Urbana-Champaign
0 0 23 68 74 45.9
40 Boston University
0 0 34 52 77 45.4
41 University of California, Davis
0 0 16 53 92 44.8
42 George Mason University
0 47 16 48 66 44.0
43 Brown University
0 0 32 39 86 43.9
44 Emory University
0 0 16 47 93 43.4
44 Georgetown University
0 0 16 54 86 43.4
44 Rutgers, The State University of New Jersey - New Brunswick
0 0 32 52 71 43.4
47 University of Pittsburgh
0 0 23 52 80 43.3
48 Dartmouth College
0 0 23 35 97 43.1
49 University of Arizona
0 0 16 53 85 42.7
49 University of Colorado at Boulder
0 0 23 49 81 42.7
49 University of Iowa
0 0 16 49 89 42.7
52-75 California Institute of Technology
41 0 23 31 77
52-75 Florida State University
0 0 16 60 73
52-75 McGill University
0 0 23 47 70
52-75 Purdue University - West Lafayette
0 0 16 52 72
52-75 Rice University
0 0 16 35 87
52-75 State University of New York at Albany
0 0 28 45 77
52-75 Tel Aviv University
0 0 16 45 77
52-75 Texas A&M University - College Station
0 0 16 57 78
52-75 The George Washington University
0 0 0 51 91
52-75 The Hebrew University of Jerusalem
29 32 0 49 72
52-75 The Hong Kong University of Science and Technology
0 0 16 36 88
52-75 The University of Georgia
0 0 16 61 76
52-75 The University of Texas at Dallas
0 0 23 39 86
52-75 University College London
0 0 16 56 79
52-75 University of Amsterdam
0 0 16 60 66
52-75 University of California, Irvine
0 0 16 49 79
52-75 University of California, Santa Barbara
0 23 16 42 75
52-75 University of Copenhagen
0 0 23 41 75
52-75 University of Florida
0 0 16 52 77
52-75 University of Illinois at Chicago
0 0 16 53 71
52-75 University of Toronto
0 0 0 75 76
52-75 University of Utah
0 0 23 41 84
52-75 University of Virginia
0 0 16 49 87
52-75 University of Warwick
0 0 32 57 61
76-100 Catholic University of Louvain
0 0 16 46 69
76-100 Erasmus University
0 14 0 52 77
76-100 London Business School
0 0 0 37 91
76-100 North Carolina State University - Raleigh
0 0 20 42 67
76-100 Queen's University
0 0 16 38 70
76-100 Simon Fraser University
0 0 16 43 73
76-100 State University of New York at Stony Brook
0 0 16 30 88
76-100 The Australian National University
0 0 16 57 62
76-100 The University of Edinburgh
29 0 0 53 65
76-100 The University of Manchester
0 0 0 69 63
76-100 The University of Western Ontario
0 0 11 42 79
76-100 Tilburg University
0 0 0 54 70
76-100 University of Bristol
0 0 16 46 71
76-100 University of East Anglia
0 0 23 36 65
76-100 University of Massachusetts Amherst
0 0 16 36 77
76-100 University of Miami
0 0 23 35 77
76-100 University of Missouri - Columbia
0 0 0 49 77
76-100 University of Montreal
0 0 16 52 66
76-100 University of Nebraska - Lincoln
0 0 16 38 74
76-100 University of Notre Dame
0 0 0 40 89
76-100 University of Nottingham
29 0 0 61 65
76-100 University of Oklahoma - Norman
0 0 16 38 72
76-100 University of Oslo
0 38 0 43 66
76-100 University of South Carolina - Columbia
0 0 16 46 76
76-100 VU University Amsterdam
0 0 0 52 74
1464) The Story of Academic Rankings - Nian Cai Liu, Shanghai Jiao Tong University
Nian Cai Liu
Professor and Dean of the Graduate School of Education, Shanghai Jiao Tong University, Shanghai, China.
Building world-class universities has been the dream of generations of Chinese. At the 100th anniversary of Peking University in May 1998, the then president of China declared that the country should have several world-class universities—resulting in the 985 Project, which is especially for building world-class universities in China.
In 1998, Shanghai Jiao Tong University was selected by the Chinese government to be among the first group of nine universities in the 985 Project. At that time, many top Chinese universities drew up their strategic goals as world-class universities, and most of them set up a timetable. Shanghai Jiao Tong University was no exception. As a professor and vice-dean of the School of Chemistry and Chemical Engineering of the university, I became involved in the strategic planning process of building Shanghai Jiao Tong University into a world-class university.
During the process, I asked myself many questions. What is the definition of a world-class university? How many world-class universities should there be globally? What are the positions of top Chinese universities in the world higher education system? How can top Chinese universities reduce their gap with world-class universities? In order to answer these questions, I started to benchmark top Chinese universities with world-class universities and eventually to rank the world universities.
The Global Position of Chinese Universities
From 1999 to 2001, with Dr. Ying Cheng and two other colleagues, I worked on the project of benchmarking top Chinese universities with four groups of US universities, from the very top to ordinary research universities. The main conclusions include that top Chinese universities were estimated to be in the position of 200 to 300 in the world. The results of these comparisons and analyses were used in the strategic planning process of Shanghai Jiao Tong University. Eventually, a consultation report was written and provided to the Ministry of Education of China.
The publication of the report resulted in numerous positive comments, many of which involved the possibility of making a real ranking of world universities. During the time, many foreign friends, who visited us for other purposes, learned about our study and encouraged us to do world rankings. They reminded us that not only in China but also universities, governments, and other stakeholders in the rest of the world are interested in the ranking of world universities. Therefore, I decided to undertake this project, and with three colleagues spent another two years until the Academic Ranking of World Universities was completed in early 2003.
In June 2003, the ranking was published on our Web site (http://www.arwu.org). Although about 1,200 institutions from all over the world have actually been ranked, only the lists of the top 500 institutions have been published on the Web. Considering the significance of differences in the total scale, the ranking results include groups of 50 institutions in the range of 100 to 200 and groups of 100 institutions in the range of 200 to 500.
Ranking by Broad Subject Fields
Ever since its publication, the ranking has attracted attention from all over the world. Numerous requests have been received, asking us to provide a ranking of world universities by broad subject fields or by schools and colleges. We have tried to respond to these requests and the results were published on our Web site in February 2007. The five broad subject fields include the natural sciences and mathematics, engineering/technology and computer sciences, life and agriculture sciences, clinical medicine and pharmacy, and the social sciences.
Arts and humanities were not ranked because of the technical difficulties in finding internationally comparable indicators with reliable data. Psychology and other cross-disciplinary fields were not included in the ranking because of their interdisciplinary characteristics. Two new indicators were introduced: first, the percentage of articles published in the top 20 percent journals of each broad subject field and, second, the research expenditures (for engineering ranking). The list of top 100 universities in each broad subject field was published.
Ongoing Efforts to Diversify the Ranking
The Academic Ranking of World Universities sought to rank research universities in the world by their academic or research performance based on internationally comparable third-party data that everyone could check. The project was carried out for our academic interests, with potential impact on the strategic planning of Chinese universities.
Methodological problems involve the balance of research with teaching and service in ranking indicators and weights—inclusion of non-English publications, the selection of awards, and the experience of award winners. Technical problems exist in the definition and name given to institutions, data searching and cleanup of databases, and attribution of publications to institutions and broad subject fields. We have been working hard to study all the above-mentioned problems and to improve our ranking.
In addition to the broad subject field ranking, we are surveying the possibilities of providing more diversified ranking lists, particularly rankings based on different types of universities with different functions, disciplinary characteristics, history, size, and budget, as well as other topics. Furthermore, we have been doing theoretical research on ranking in general, seeking to contribute to the understanding of ranking. We have also been actively participating in international societies related to ranking such as the International Ranking Expert Group—International Observatory on Academic Ranking and Excellence (http://www.ireg-observatory.org).
Conclusion
Any ranking is controversial, and no ranking is absolutely objective. Nevertheless, university rankings have become popular in almost all major countries in the world. Whether universities and other stakeholders agree, ranking systems clearly are here to stay. The key issue then becomes how to improve ranking systems and how to use their results properly. Ranking methodologies should always be examined carefully before looking at any ranking lists, and ranking results should be used with caution.
Authors note: For additional information about the Shanghai higher education rankings, see http://www.arwu.org.
[Online] Available: http://www.bc.edu/bc_org/avp/soe/cihe/newsletter/Number54/p2_Liu.htm