O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Across the whale in (less than) a month (20): final statistics

Apenas estatísticas, sem qualquer descrição de visitas, por enquanto, sem balanço, sem avaliação final, só dados:

Paulo Roberto de Almeida
Carmen Lícia Palazzo

United States, Coast to Coast
September 13 to October 9, 2013


Date

Itineraries

Departure
Arrival

Miles; Time

Fri 13

Hartford, CT - Wilkes-Barre, PA

9.260
9.466
206m; 4hs
Sat 14
Wilkes-Barre - Columbus, OH- Mason, OH
9.467
10.017
550m; 10hs
Sun 15
Mason - Cincinnati, OH - Louisville,KY - Saint Louis,MO
10.017
10.420
403m; 9h40
Mon 16
Saint Louis, MO - Kansas City, MO (Kansas City, KA)
10.420
10.695
200m; 8hs
Tue 17
Kansas City, MO
10.695
10.735
40m; day
Wed 18
Kansas City, MO - Omaha, NE - Lincoln, NE - Ogallala, NE
10.735
11.254
519m; 9hs
Thu 19
Ogallala, NE - Cheyenne, WY-Salt Lake City, UT
11.254
11.860
606m; 9h15
Fri 20
Salt Lake City, UT
11.860
11.876
16m; day
Sat 21
 Salt Lake City, UT - Reno, NV
11.876
12. 396
520m; 9h40
Sun 22
Reno, NV - Sacramento, CA - Napa, CA - Sonoma, CA
12.398
12.642
244m; 9h40
Mon 23
Sonoma, CA – Sausalito, CA - San Francisco, CA
12.645
12.740
95m; 7h30
Tue 24
San Francisco, CA – Monterey, CA
12.748
12.864
116m; 5hs
Wed 25
Monterey, CA – Carmel, CA – Monterey, CA
12.864
12.883
19m; day
Thu 26
Monterey, CA – Salinas, CA – Santa Barbara, CA
12.883
13.164
281m; 8h05
Fri 27
Santa Barbara, CA
13.164
13.184
20m; day
Sat 28
Santa Barbara, CA – Malibu Beach – Los Angeles, CA
13.184
13.276
92m; 5hs
Sun 29
Los Angeles, CA (Getty Museum, G. Villa; Hollywood)
13.276
13.346
70m; day
Mon 30
Los Angeles, CA – Las Vegas, NV
13.346
13.630
284m; 5hs
Tue 01
Las Vegas, NV
13.630
13.648
18m; day
Wed 02
Las Vegas, NV – Hoover Dam, AZ - Grants, NM
13.648
14.155
507m; 9h30
Thu 03
Grants, NM - Albuquerque, NM – Santa Fe, NM
14.155
14.305
150m; 9hs
Fri 04
Santa Fe, NM – El Reno, OK
14.312
14.820
508m; 9h05
Sat 05
El Reno, OK – Oklahoma City, OK – Memphis, TN
14.820
15.326
506m; 8h40
Sun 06
Memphis, TN – Ashland, KY
15.340
15.875
535m; 9h40
Mon 07
Ashland, KY – Charleston, WV – Princeton, NJ
15.875
16.438
563m; 10h55
Tue 08
Princeton, NJ
16.438
16.487
49m; day
Wed 09
Princeton, NJ - Hartford
16.487
16.653
166m; 3h45
Total
Coast to Coast, 26 days
9.260
16.653
7.393m; 11.829kms
Total:
Coast to Coast: 26 days; Average: 284m/day; 455kms/day;
Gas Consumption: 26 Miles/Gallon: 284 g. = $ 910

PS.: Quem desejar ler tudo o que escrevi, durante a viagem, vai precisar acessar o instrumento de busca deste blog, usando as palavras-chaves: "Across the whale", e aí deve aparecer todas as postagens sob essa rubrica (1 a 20).
Ou então me pedir o arquivo consolidado, mas o texto está sem as fotos, apenas os meus comentários.
Paulo Roberto de Almeida 
Hartford, 10 de outubro de 2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Diplomacia tortuosa - Editorial Jornal do Commercio

Diplomacia tortuosa
Editorial Jornal do Commercio, 9/10/2013

Quando as críticas aos rumos trilhados pelo Itamaraty nos últimos anos se transformam em consenso entre diplomatas de larga experiência, talvez seja o momento para uma arrumação. A política externa não pode ser pautada pela hostilidade, muito menos se o alvo é a maior economia do mundo e o maior parceiro comercial do Brasil. Se os EUA têm pisado na bola no tratamento à América Latina, não podemos incorrer no mesmo erro, nivelando por baixo. Como já disse a própria presidente Dilma, os laços culturais que unem brasileiros e o norte-americanos são maiores do que a transitoriedade imanente às políticas governamentais.
O alinhamento automático à agenda de nações como a Bolívia, a Venezuela, o Equador e Cuba não pode ser a prioridade da diplomacia brasileira. Por mais que seja necessário, como já afirmamos neste espaço, um posicionamento firme e coletivo dos povos latino-americanos contra os abusos que têm sido cometidos pelos EUA, em nome de uma sempre superdimensionada defesa dos interesses e da segurança dos norte-americanos, a nossa diplomacia não pode se restringir a isso. Ampliar o arco da atuação diplomática e da pauta brasileira no planeta não significa, de maneira alguma, compactuar com o ranço imperialista característico da Casa Branca, tampouco aceitar passivamente a invasão de soberania que representa a espionagem oficial dos órgãos de segurança chefiados por Barack Obama.
O esgarçamento das relações da potência do norte com o nosso continente deve-se em boa medida à atitude arrogante assumida pelos EUA. Mas para a diplomacia o mais importante não é o obstáculo, e sim, superá-lo. Como afirmou Henry Kissinger, "países não têm amigos, têm parceiros". O tom emocional de parte do continente, por motivações claramente ideológicas, contra a Casa Branca, não deveria ser replicado cegamente pelo Itamaraty. Até porque o Brasil não possui apenas liderança regional: cresce a importância brasileira no cenário global, e essa voz de precisa ser ativada, e se fazer ouvir, fora das queixas e de um comportamento anti-americanista convicto.
Além do mais, a suposta amizade com os irmãos latinos não evita que parcerias sejam desfeitas sem cerimônia. Foi o que ocorreu quando a Bolívia enxotou a Petrobras, e outras empresas se viram obrigadas a abandonar o país por absoluta falta de garantia institucional para exercerem suas atividades. A Venezuela não deixou por menos, e deu mostras de arrogância comparáveis às praticadas pelos norte-americanos, ou mesmo piores, sem que o Itamaraty reagisse com a contundência esperada.

Desta forma, o que se espera de uma diplomacia tortuosa é que retifique o seu caminho o quanto antes, pois o equívoco estratégico nesse campo traz repercussões de longo alcance em diversas áreas, contaminando relações comerciais que levaram décadas para se consolidar e estreitando as oportunidades de novos caminhos a serem abertos nas relações multilaterais.

Venezuela NAO faz parte do Mercosul - Camex dixit...

Camex aprova acordo de livre comércio entre Brasil e UE; Venezuela fica de fora

Mercosul-e-União-Européia
Arko-Infolatam, 9/10/2013
José Maurício dos Santos
O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, aprovou o acordo brasileiro de livre comércio que integrará o documento do Mercosul a ser entregue à União Europeia (UE).
O documento deverá ser entregue até o fim deste ano e integrará propostas de, além do Brasil, Argentina Uruguai e Paraguai.
Paradoxo
A Venezuela, apesar de ser a atual presidente do bloco, pelo menos por hora, não terá suas sugestões integradas ao documento, uma vez que o acordo reconhece que o país ainda precisa da aprovação do parlamento paraguaio para ser considerada membro-pleno. Ou seja, o Mercosul vive hoje esse paradoxo: politicamente a Venezuela faz parte do bloco, até o preside; economicamente ainda não é reconhecida.