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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Resumindo a situação: estaremos nessa situação por algum tempo - Paulo Roberto de Almeida

 Resumindo a situação: estaremos nessa situação por algum tempo

 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

[Objetivoreflexão sobre os impasses do momentofinalidadeesclarecimento]

 

 

Vou tentar resumir a situação:

1) O Brasil está sem rumo;

2) O governante não tem a menor ideia do que fazer ou para onde quer levar o Brasil;

3) Todos os que o assistem ainda não se entenderam sobre o que fazer: também estão sem rumo;

3) O principal responsável econômico só quer arrumar um pouco mais de $$ para tocar o barco enquanto alguma cabeça pensante seja capaz de oferecer um mínimo de liderança sobre o que fazer no geral; esperança inútil nesse governo;

4) A classe política quer escapar de suas responsabilidades e se possível da Justiça, por malversações repetidas e acumuladas, e não quer perder as mamatas de que goza;

5) O mandarinato estatal não quer perder nenhuma vantagem e, se possível, ainda ampliar um pouco mais as existentes;

6) Empresários e trabalhadores farejam que serão mais uma vez escalados para pagar a conta do descalabro estatal;

7) Não existe NENHUM RISCO de mudar, pois o governante só pensa na sua reeleição e sobre como escapar de acusações de malversações passadas e continuadas por toda a família, que sempre roubou o Estado, ou seja, todos nós;

Em conclusão: não há rumo, não existem responsáveis, não existe sequer consciência sobre quais são os problemas mais relevantes ou sobre como resolvê-los. O Brasil caminha para o NADA, ou melhor, para uma situação ainda pior do que a atual.

Quando não se tem liderança, ou quando a que existe é medíocre e ignorante, não dá para esperar outra coisa.

Meus cumprimentos aos donos do dinheiro no Brasil, pois são eles que poderiam decidir um outro futuro para o país.

Sim, estou falando de grandes capitalistas, banqueiros, líderes do agronegócio, grandes empresários industriais: como vocês são medíocres e só pensam em vocês mesmos, continuam apoiando políticos tradicionais que vão continuar conduzindo os lemingues para o precipício. 

Vão continuar assistindo à marcha para o abismo?

Estou pedindo um complô de capitalistas esclarecidos para tentar se substituir ao povo votante?

Talvez seja o caso: não vejo outra alternativa ao caos que se apresenta sob a forma do “mais do mesmo”. 

Classe dominante, segundo a visão marxista do mundo, deveria normalmente dominar. Se ela não se entende, outros aventureiros se apresentarão para se beneficiar da ingenuidade, da ignorância e da impotência dos eleitores.

Desculpem a crueza do argumento, mas é apenas o que tenho a oferecer no momento. Aos que acreditam na “reunião dos democratas”, na “pedagogia do voto”, eu apenas diria: vocês acreditam num país que NÃO EXISTE, tanto quanto aquele país a que se referiu o presidente no seu medíocre e inútil discurso na ONU.

Sorry por ser tão brutal e direto.

Apenas quis sintetizar a situação.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 24/09/2020

 

Addendum retificador: não existe classe dominante no Brasil: estamos numa situação de completa anomia social. Ou, se existe, ela não conta com indivíduos suficientemente esclarecidos e dotados de iniciativa e capacidade de liderança para fazerem um “Cahier des Charges” das classes dominantes; uma espécie de Assembleia Geral do Primeiro Estado. Mesmo que tivéssemos isso, eles diriam que não podem dar um golpe de Estado, ou fazer uma Bastilha da Burguesia para impor suas soluções ao resto do país, quando a solução sempre passa pelo sufrágio universal. Se for assim, a solução passa pelo reforço das instituições e pela educação política da população. Em outros termos, estamos nisso por duas ou três gerações mais, depois de afundarmos ainda mais. Sorry por continuar a ser pessimista.

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3761, 24 de setembro de 2020

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Carta aberta a meu bom aluno Nestor Forster, embaixador do Brasil em Washington - Paulo Roberto de Almeida

Caro ex-aluno, excelente diplomata, agora representante do Brasil junto ao imperador Trump, Nestor Forster,

Escrevo esta carta aberta para, em primeiro lugar, cumprimentá-lo pela conquista do posto diplomático que parecia ser, até pouco tempo atrás, o mais relevante das representações brasileiras no exterior, certamente ambicionado por muitos colegas e até por grandes personalidades de fora da carreira, atualmente, e infelizmente, transformado numa emblemática demonstração de submissão explícita, e vergonhosa, do nosso país a uma potência estrangeira.

Não, não o estou acusando de ser o instrumento involuntário de tal submissão vergonhosa: você é um excelente diplomata de carreira, que soube merecer todas as suas conquistas funcionais e que terá, ao sair algum dia do posto, o seu retrato na galeria dos ex-chefes de missão em Washington. Isso não apagará o fato objetivo de ter servido ao melhor de sua capacidade numa fase provavelmente a mais sombria e humilhante de toda a nossa história diplomática, quando fomos levados, por um presidente totalmente ignaro e despreparado em política internacional, e por um chanceler acidental especialmente inadequado para as funções, a um acúmulo de indignidades diplomáticas jamais visto nos quase duzentos anos de Estado independente.

Você foi um dos meus melhores alunos no curso do Instituto Rio Branco, quando eu era apenas um professor de Sociologia Política, mas que depois se revelou um excelente amigo e companheiro, inclusive nos anos também não convencionais de uma diplomacia ideológica, durante os quais eu atravessei um longo deserto de ostracismo funcional, por ousar expressar minha opinião sobre uma política externa que me parecia inadequada ao Brasil. 

Sucedendo-o num posto consular que funcionava de maneira excelente, graças justamente ao seu trabalho e dedicação exemplares, dei testemunho dessa época de nossa política externa não convencional num livro que escrevi naquele que foi meu último posto da carreira: “Nunca Antes na Diplomacia”. Recentemente, a editora que o publicou, solicitou-me preparar uma segunda edição, o que obstei de maneira muito clara, por considerar que o Nunca Antes era exatamente agora, a fase mais medíocre, a mais vergonhosa, a mais indigna de uma trajetória até há pouco julgada exemplar em nossa história diplomática.

Lamento por você, aluno exemplar, diplomata de altas qualidades, ter sido levado a servir num posto tão relevante, num momento tão baixo de nosso prestígio no exterior, justamente devido ao fato de seguir ordens de um presidente e de um chanceler tão medíocres, mas especialmente em razão de uma estúpida, prejudicial e irracional postura de submissão automática deste governo, do nosso país, ao pequeno déspota igualmente medíocre, ainda presidente, dessa grande nação. 

Lamento porque você não precisaria, e acho que não deveria, fazer parte de um enredo de absurdos, certamente em descompasso com tudo aquilo que abordávamos em minhas aulas de Sociologia Política no Rio Branco, quando falávamos de Tocqueville, de Max Weber, de Marx, e, mais adiante, em total contradição com o que discutíamos durante os anos da precedente diplomacia ideológica, mas que nem de perto tangenciou o espetáculo de despautérios diplomáticos a que estamos assistindo atualmente. 

Caro Nestor: quaisquer que sejam suas convicções políticas e suas crenças religiosas — e você sabe muito bem que eu sou um total irreligioso, mas que mantenho indistintamente diálogos à esquerda e à direita do espectro político —, acredito que, no fundo, você tem plena consciência de que está servindo a um dos piores oportunistas políticos de nossa história, um homem de credenciais comprometidas por um uso vergonhoso das oportunidades que lhe foram oferecidas por um sistema político altamente corrupto, um descrente que faz um uso asquerosamente utilitário de todas as crenças religiosas que se lhe apresentem, um indivíduo capaz de elogiar um torturador condenado pela Justiça e que espezinha indignamente os direitos humanos, que não demonstra qualquer solidariedade em relação aos milhares de mortos já acumulados na pandemia (muitos dos quais podem ter sido levados a óbito por sua atitude desprezível a esse respeito) e que, mais do que tudo, colocou a política externa do Brasil, a nossa diplomacia, a serviço, de forma vil, de um dirigente estrangeiro. Em outras épocas, como você também deve ter consciência disso, nossos militares classificariam tal rastejamento sabujo como de traição à pátria, um crime que em tempos de guerra poderia merecer a pena de morte.

Você também deve ter consciência de que serve a uma contrafação de chanceler que está destruindo não só os fundamentos de nossa diplomacia, como a própria dignidade das funções de representação externa, ao expedir instruções expressas de submissão a tal agenda servil, ao introduzir elementos exóticos, altamente lesivos (quando não ridículos) ao prestígio outrora amealhado pela diplomacia brasileira, como pode ser essa rejeição do multilateralismo, essa adesão idiota ao monstro metafísico de um absurdo antiglobalismo, coisas que só mentes desequilibradas e pervertidas pelas mais canhestras teorias conspiratórias poderiam conceber, enfim um oportunista que se construiu uma personalidade artificial apenas para se colocar a serviço de dirigentes ignaros e despreparados para as altas funções que exercem, para grande infelicidade da nação.

Tudo isso que eu escrevi acima é subjetivo e impressionista, eu sei, mas eu posso lhe fornecer abundantes provas fácticas, materiais, até testemunhais — algumas até de âmbito judicial ou policial — de tudo o que afirmei, pois eu sou um atento observador (e anotador) de tudo o que anda pelo mundo e pelo Brasil, e meus argumentos carregam certo caráter objetivo, a que me obriga a mesma lógica implacável, os registros históricos, os mesmos fundamentos empíricos com os quais eu me exercia nas aulas de Sociologia Política dos nossos saudosos tempos do Rio Branco, quando estávamos recém saindo de uma ditadura militar que me levou a sete longos anos de um autoexílio estudioso na Europa.

Você deve ter consciência de tudo isso, ainda que não possa evidentemente reconhecer, confessar abertamente os equívocos atuais de nossa política externa, a submissão vergonhosa de nossa diplomacia, geograficamente identificada com o exato posto que você ocupa, e se afastar da indignidade que estará fatalmente associada aos tempos sombrios que vivemos.

Mais adiante, alguns anos à frente, poderemos quem sabe retomar o contato e voltar a falar de coisas amenas — Tocqueville, Weber, talvez Marx — ou até tratar do futuro do Brasil, de sua política externa e da nossa diplomacia, que precisarão certamente ser reconstruídas e restauradas em sua qualidade e dignidade anteriores. Estou certo de que você deve ter, como eu, “uma certa ideia do Itamaraty”, que por acaso é o título de meu mais recente livro — livremente disponível em meu blog, que você conhece bem —, o terceiro de uma série que dedico a coisas diplomáticas. Outros virão, com certeza, pois, como você também deve saber, estou mais uma vez dedicado a essas lides da leitura, da observação atenta das coisas do mundo, da reflexão sobre as coisas do nosso país, e finalmente da escrita, sempre com esse espírito crítico que é a marca inexorável desse meu quilombo de resistência intelectual. Você sabe como me encontrar.

No momento, eu lhe desejo um excelente desempenho de suas altas funções e meus sinceros votos de felicidade numa carreira que deve se estender ainda vários anos além da minha. Quando eu era seu professor, estava recém voltando de um doutorado no exterior, modesto segundo secretário numa carreira que me deu muitos momentos de felicidade, justamente ao poder combinar academia e diplomacia, o que eu sempre valorizei, a despeito dos sacrifícios incorridos individualmente e na vida familiar, e de alguns poucos episódios de desgaste funcional ao pretender defender a liberdade de pensamento e de expressão numa corporação que é bem mais feudal do que weberiana (mas, você sabe tudo isso, eu sempre repeti esse meu estereótipo).

Sinta-se realizado na sua nova condição, preserve a independência de espírito, mantenha sua dignidade em momentos certamente difíceis que você viverá, e até algum futuro, mas incerto reencontro.

Do seu colega, ex-professor e amigo

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 23 de setembro de 2020

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Bolsonaro na ONU: Um discurso recheado de mentiras: confronto com a realidade - Paulo Roberto de Almeida

Um discurso recheado de mentiras: confronto com a realidade 

 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

[Objetivoconfrontar o discurso de Bolsonaro à realidadefinalidadedebate público]

  

Um exercício de leitura linear a partir do canhestro discurso do presidente, com poucas platitudes, muitas mentiras e um pouco menos de agressividade do que o ridículo discurso de 2019, que foi mais dirigido para o público interno do que tratou da agenda internacional. Ele agrediu menos dirigentes estrangeiros desta vez, mas agrediu a imprensa, a verdade e não teve sequer o decoro de respeitar a inteligência de quem o ouviu, proclamando virtudes – em matéria de meio ambiente, pandemia – que certamente não possui.

 

Um exercício de confrontação: o discurso do presidente na 75ª. AGNU e seus problemas com a realidade observável

Discurso de Bolsonaro na AGNU, 22/10/2020

Observações, comentários e retificações de Paulo R. de Almeida

É uma honra abrir esta assembleia com os representantes de nações soberanas, num momento em que o mundo necessita da verdade para superar seus desafios.

DISTORÇÃO: verdade é o que menos teve no discurso do presidente na AGNU. Existem uma ou duas, apenas, e nenhuma delas se deve a seu governo; são platitudes, apenas e tão somente.

A COVID-19 ganhou o centro de todas as atenções ao longo deste ano e, em primeiro lugar, quero lamentar cada morte ocorrida.

MENTIRA: Nunca lamentou sinceramente as milhares de mortos no Brasil, e só o fez, de forma canhestra, quando instado a fazê-lo

Desde o princípio, alertei, em meu País, que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade.

MENTIRA: Sempre negou a gravidade da pandemia, como negacionista que sempre foi, e tentou evitar por todos os meios quarentenas ou afastamentos, determinados unicamente com o objetivo de salvar vidas, por governadores.

Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas a cada um dos 27 governadores das unidades da Federação. Ao Presidente, coube o envio de recursos e meios a todo o País.

MENTIRA: É a Constituição que prevê essa repartição de responsabilidade. O STF apenas se limitou a respeitar a CF-1988. Enviou recursos em caráter muito precário, inclusive porque não houve comitê nacional de coordenação na área.

Como aconteceu em grande parte do mundo, parcela da imprensa brasileira também politizou o vírus, disseminando o pânico entre a população. Sob o lema “fique em casa” e “a economia a gente vê depois”, quase trouxeram o caos social ao país.

MENTIRA CALHORDA: A imprensa, no Brasil e no mundo, sempre fez o papel que se espera dela, refletindo objetivamente tudo o que governos e outras autoridades falam e fazem. Quem trouxe o caos foi ele mesmo, ao desafiar continuamente as recomendações de cientistas.

Nosso governo, de forma arrojada, implementou várias medidas econômicas que evitaram o mal maior:

– Concedeu auxílio emergencial em parcelas que somam aproximadamente 1000 dólares para 65 milhões de pessoas, o maior programa de assistência aos mais pobres no Brasil e talvez um dos maiores do mundo;

MENTIRA DESLAVADA: O governo queria dar apenas 200 reais, o Congresso aumentou para 500 e o presidente concedeu 600, apenas para prevalecer, de forma demagógica. Os 1.000 dólares são uma interpretação muito ampliada da realidade, juntando o máximo que alguns poderiam ganhar cumulativamente. Não houve tal generosidade de forma geral à população.

– Destinou mais de 100 bilhões de dólares para ações de saúde, socorro a pequenas e microempresas, assim como compensou a perda de arrecadação dos estados e municípios;

MEIA VERDADE, DISTORÇÃO: Até parece que tudo se desenvolveu de forma perfeita, a todas as microempresas, quando a realidade está muito longe disso; existem fatos que o provam.

– Assistiu a mais de 200 mil famílias indígenas com produtos alimentícios e prevenção à COVID;

GRANDE MENTIRA: Inúmeras matérias de imprensa e relatos de ONGs atestam os desafios às populações indígenas, com muitas vítimas.

– Estimulou, ouvindo profissionais de saúde, o tratamento precoce da doença;

MENTIRA CALHORDA: Dois ministros da Saúde foram desmentidos, por falar a verdade;

– Destinou 400 milhões de dólares para pesquisa, desenvolvimento e produção da vacina de Oxford no Brasil;

DISCRIMINAÇÃO: Tal financiamento se fez apenas a UM dos projetos de vacina; a vacina do Instituto Butantã com a China não teve nada.

Não faltaram, nos hospitais, os meios para atender aos pacientes de COVID.

MENTIRA MAIS UMA VEZ: Hospitais nas regiões NO e NE ficaram sem equipamentos.

A pandemia deixa a grande lição de que não podemos depender apenas de umas poucas nações para produção de insumos e meios essenciais para nossa sobrevivência. Somente o insumo da produção de hidroxicloroquina sofreu um reajuste de 500% no início da pandemia. Nesta linha, o Brasil está aberto para o desenvolvimento de tecnologia de ponta e inovação, a exemplo da indústria 4.0, da inteligência artificial, nanotecnologia e da tecnologia 5G, com quaisquer parceiros que respeitem nossa soberania, prezem pela liberdade e pela proteção de dados.

DÚVIDAS: O retorno a práticas de autarquia não é a melhor solução para os problemas temporários trazidos pela pandemia; em breve prazo, as relações de interdependência e de abastecimento voltam a níveis normais.

inflação no preço da cloroquina se DEVE INTEIRAMENTE à recomendação demencial do próprio Bolsonaro pelo uso, sem qualquer comprovação científica de sua eficácia efetiva.

O Brasil é, dos países do G20, o mais fechado às cadeias de valor. Cabe ao presidente ordenar à abertura, se preciso UNILATERAL, do Brasil, já que é o Brasil que é fechado ao mundo.

No Brasil, apesar da crise mundial, a produção rural não parou. O homem do campo trabalhou como nunca, produziu, como sempre, alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas.

ABUSANDO DO TRABALHO ALHEIO: Nada dessa imensa produtividade do campo se deve ao atual governo, menos ainda ao se chefe, pois esse ciclo ascendente vem de longe.

O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado.

IDEM: O Brasil é um grande ator na área, pelo trabalho dos agricultores, não do governo.

Nossos caminhoneiros, marítimos, portuários e aeroviários mantiveram ativo todo o fluxo logístico para distribuição interna e exportação.

INÓCUO: Uma economia normal funciona sem que o governo precise fazer qualquer concessão aos agentes reais da economia brasileira. Aliás, a infraestrutura que depende dele é péssima.

Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta.

IDEM:A construção da pujança do agronegócio é uma obra coletiva que vem de pelo menos três décadas de trabalho contínuo, não de 2019-20.

Mesmo assim, somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal.

MENTIRA CALHORDA: Acusar o mundo de se entregar à desinformação deliberada sobre o Brasil, é uma mentira calhorda e insultuosa.

A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil.

IGNORÂNCIA: Confunde recursos naturais com riqueza; esta só existe quando existem meios de explorar de maneira sustentável. Essa noção de que que estrangeiros querem retirar a Amazônia de nossa soberania é errada e também ridícula; quem prejudica o Brasil é a postura destruidora do presidente e seu antiministro.

Somos líderes em conservação de florestas tropicais. Temos a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo.

ARROGÂNCIA: Não foi este governo quem fez a matriz energética diversificada; ela vem de longe; quanto a ser líder, resta provar...

Mesmo sendo uma das 10 maiores economias do mundo, somos responsáveis por apenas 3% da emissão de carbono.

DADOS NÃO CONFIRMADOS: Emissões de carbono não têm relação direta com o tamanho da economia; emissões podem ser ambientais.

Garantimos a segurança alimentar a um sexto da população mundial, mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para a pecuária e agricultura. Números que nenhum outro país possui.

CANTANDO VANTAGEM: O governo não é o responsável por essa situação que vem de longe; outros países participam da oferta alimentar no mundo, e isso ocorre tanto por produtividade quanto por extensão de terras e outros recursos, que são dados da natureza.

O Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos.

PLATITUDE: Trata-se apenas de uma simples constatação de fato, uma evidência primária.

E, por isso, há tanto interesse em propagar desinformações sobre o nosso meio ambiente.

MENTIRA CRASSA: A mídia não tem nenhum interesse em propagar desinformações.

Estamos abertos para o mundo naquilo que melhor temos para oferecer, nossos produtos do campo. Nunca exportamos tanto. O mundo cada vez mais depende do Brasil para se alimentar.

EM TERMOS: Se acaso Brasil desaparecer, o mundo vai se arranjar de outra forma; existem outros países que podem fornecer os produtos que o Brasil produz; não há essa dependência.

Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas.

BOBAGEM: Os incêndios são em áreas já devastadas, não na floresta virgem. Caboclos e índios são absolutamente marginais para efeito do desmatamento e das queimadas; a maior parte é feita por grileiros, fazendeiros voltados para a pecuária e agricultura, desmatadores em geral; essa acusação é indigna de um presidente.

Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação. Mantenho minha política de tolerância zero com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes.

MENTIRA, MENTIRA! A tolerância zero é justamente com os desmatadores e grileiros. O governo não tem fiscalizado, não tem aplicado multas, tem sido leniente e conivente com os destruidores dos recursos naturais. A mentira é evidente para quem conhece a realidade.

Lembro que a Região Amazônica é maior que toda a Europa Ocidental. Daí a dificuldade em combater, não só os focos de incêndio, mas também a extração ilegal de madeira e a biopirataria. Por isso, estamos ampliando e aperfeiçoando o emprego de tecnologias e aprimorando as operações interagências, contando, inclusive, com a participação das Forças Armadas.

PROMESSAS: Todos sabem disso e estão dispostos a conceder essa condição ao Brasil, de não ser capaz de controlar um imenso território da Amazônia; mas até aqui não se viu qualquer providência governamental de PROTEÇÃO da Amazônia, apenas projetos de EXPLORAÇÃO não sustentável; FFAA não seriam necessárias se os órgãos tradicionais não tivessem sido objeto de cortes e cerceamentos de atuação.

Pantanal, com área maior que muitos países europeus, assim como a Califórnia, sofre dos mesmos problemas. As grandes queimadas são consequências inevitáveis da alta temperatura local, somada ao acúmulo de massa orgânica em decomposição.

MENTIRA: Grandes queimadas não ocorrem apenas naturalmente pela alta temperatura, e sim pela ação do homem, criminosa ou não; governo é feito para controlar essas ações em áreas expostas a esses riscos, na Califórnia, no Brasil, no Pantanal ou na Amazônia.

A nossa preocupação com o meio ambiente vai além das nossas florestas. Nosso Programa Nacional de Combate ao Lixo no Mar, um dos primeiros a serem lançados no mundo, cria uma estratégia para os nossos 8.500 quilômetros de costa.

CABE VERIFICAR: A Marinha brasileira há muito tempo vem se dedicando a esse projeto. Ela está de parabéns pelo seu trabalho. O governo quer tirar vantagem sobre aquilo que ele não fez, e sim que recebeu como legado das instituições e programas já existentes.

Nessa linha, o Brasil se esforçou na COP25 em Madri para regulamentar os artigos do Acordo de Paris que permitiriam o estabelecimento efetivo do mercado de carbono internacional. Infelizmente, fomos vencidos pelo protecionismo.

MENTIRA, ERRADO: O fracasso do Brasil na COP25 – que deveria ter sido REALIZADA no Brasil, e foi recusada desde 2018 – se deve basicamente à atitude irracional do antiministro do 1/2 Ambiente, que não conseguiu êxito em seu projeto de chantagear os países ricos. 

Em 2019, o Brasil foi vítima de um criminoso derramamento de óleo venezuelano, vendido sem controle, acarretando severos danos ao meio ambiente e sérios prejuízos nas atividades de pesca e turismo.

CABE ESCLARECER: Até agora, a Marinha ou outros órgãos (PF, etc.) não conseguiram determinar a origem exata desse derramamento, que é efetivamente de petróleo venezuelano, mas provavelmente exportado ilegalmente. 

O Brasil considera importante respeitar a liberdade de navegação estabelecida na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

PLATITUDE: Não precisaria afirmar o óbvio: que o Brasil respeita convenções internacionais que ele próprio soberanamente aceitou e cumpre como deve ser nas relações internacionais.

Entretanto, as regras de proteção ambiental devem ser respeitadas e os crimes devem ser apurados com agilidade, para que agressões como a ocorrida contra o Brasil não venham a atingir outros países.

OUTRA PLATITUDE: O Brasil pode contar com a colaboração da IMO e de outros órgãos para ajudar nisso, ou seja, precisa reafirmar sua adesão ao MULTILATERALISMO, o que vem sendo combatido por alguns IDIOTAS.

Não é só na preservação ambiental que o país se destaca. No campo humanitário e dos direitos humanos, o Brasil vem sendo referência internacional pelo compromisso e pela dedicação no apoio prestado aos refugiados venezuelanos, que chegam ao Brasil a partir da fronteira no estado de Roraima.

MENTIRA, MENTIRA, MENTIRA: Como é possível ao presidente mentir tão abertamente, tão descaradamente? O Brasil é acusado por organismos internacionais e por ONGs por não respeitar, justamente, compromissos internos e externos no plano do meio ambiente e dos DH; o Brasil saiu do Pacto Global das Migrações.

A Operação Acolhida, encabeçada pelo Ministério da Defesa, recebeu quase 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana.

COMPROMISSOS EXTERNOS: Somos membros de convenções internacionais, ou seja, MULTILATERAIS, que comandam o refúgio e o acolhimento de pessoas em situação de perigo; temos de cumprir nossas obrigações.

Com a participação de mais de 4 mil militares, a Força Tarefa Logística-Humanitária busca acolher, abrigar e interiorizar as famílias que chegam à fronteira.

O QUE SE FAZ É O NECESSÁRIO: o Brasil estaria falhando a seus compromissos se não estivesse acolhendo refugiados em situação de extrema precariedade; é uma questão MORAL!

Como um membro fundador da ONU, o Brasil está comprometido com os princípios basilares da Carta das Nações Unidas: paz e segurança internacional, cooperação entre as nações, respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais de todos. Neste momento em que a organização completa 75 anos, temos a oportunidade de renovar nosso compromisso e fidelidade a esses ideais. A paz não pode estar dissociada da segurança.

PLATITUDE DIPLOMÁTICA: O que se diz aqui figura em todos os discursos de delegados brasileiros às AGNUs desde 1946, ou seja, não existe nenhuma novidade nessa repetição de platitudes que qualquer terceiro secretário da carreira diplomática aprende desde suas aulas no Instituto Rio Branco. O discurso aqui retoma, portanto, um tom e estilo, que deveria ser o do ano passado, quando o que tivemos foi uma VERGONHA anti-onusiana e agressiva.

A cooperação entre os povos não pode estar dissociada da liberdade. O Brasil tem os princípios da paz, cooperação e prevalência dos direitos humanos inscritos em sua própria Constituição, e tradicionalmente contribui, na prática, para a consecução desses objetivos.

MAIS PLATITUDES: Ou seja, pelo menos, desta vez, usaram alguns conceitos típicos da diplomacia profissional para incorporar num discurso que não deveria repetir PLATITUDES, mas tratar da agenda internacional, dos grandes problemas da humanidade.

O Brasil já participou de mais de 50 operações de paz e missões similares, tendo contribuído com mais de 55 mil militares, policiais e civis, com participação marcante em Suez, Angola, Timor Leste, Haiti, Líbano e Congo.

BLÁ, BLÁ, BLÁ: O presidente não tem a menor ideia do que o Brasil já fez na esfera das missões de paz da ONU, e apenas repete o que lhe foi servido por assessores internacionais um pouco menos idiotas do que em 2019. 

O Brasil teve duas militares premiadas pela ONU na Missão da República Centro-Africana pelo trabalho contra a violência sexual.

As FFAA cumprem com o seu dever: mais uma colaboração da diplomacia profissional para evitar que ele fale muita bobagem.

Seguimos comprometidos com a conclusão dos acordos comerciais firmados entre o MERCOSUL e a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio. Esses acordos possuem importantes cláusulas que reforçam nossos compromissos com a proteção ambiental.

EQUIVOCADO: Não, o Brasil, ou o presidente não está minimamente comprometido com esses objetivos, pois vem se exercendo como touro desembestado numa loja de cristais; ele vem contrariando sistematicamente o espírito e a letra desses acordos, por sua atitude destrutiva no meio ambiente e em DH; o acordo não sai.

Em meu governo, o Brasil, finalmente, abandona uma tradição protecionista e passa a ter na abertura comercial a ferramenta indispensável de crescimento e transformação.

MENTIRA RIDÍCULA: até aqui não houve NENHUMA medida de abertura; a Tarifa do Mercosul continua alta e o Brasil continua aplicando restrições indevidas no comércio.

Reafirmo nosso apoio à reforma da Organização Mundial do Comércio que deve prover disciplinas adaptadas às novas realidades internacionais.

OUTRA MENTIRA: o chanceler acidental, submisso e servil ao governo Trump, vem aderindo à visão anti-OMC dos EUA; por isso mesmo, perdeu o Diretor Geral brasileiro.

Estamos igualmente próximos do início do processo oficial de acessão do Brasil à OCDE. Por isso, já adotamos as práticas mundiais mais elevadas em todas as áreas, desde a regulação financeira até os domínios da segurança digital e da proteção ambiental.

ILUDIDO OU IGNORANTE: O Brasil não tem nenhuma chance de ser admitido na OCDE se não corrigir sua postura contrária às medidas de luta contra a corrupção e à lavagem de cash; a sabotagem contra a COAF e a Lava Jata devem deixar o Brasil de fora da OCDE.

No meu primeiro ano de governo, concluímos a reforma da previdência e, recentemente, apresentamos ao Congresso Nacional duas novas reformas: a do sistema tributário e a administrativa.

RETÓRICA VAZIA: Reforma da Previdência não teve a nada a ver com o governo; já vinha da presidência Temer e deve mais ao Congresso do que ao ministro da Economia. As reformas tributária e administrativa ainda são promessas.

Novos marcos regulatórios em setores-chave, como o saneamento e o gás natural, também estão sendo implementados. Eles atrairão novos investimentos, estimularão a economia e gerarão renda e emprego.

PROMESSAS, PALAVRAS: Como ocorreu em presidências anteriores, algumas reformas se impõem pela própria situação calamitosa de certos serviços públicos que não podem contar com recurso públicos; daí a privatização.

O Brasil foi, em 2019, o quarto maior destino de investimentos diretos em todo o mundo. E, no primeiro semestre de 2020, apesar da pandemia, verificamos um aumento do ingresso de investimentos, em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso comprova a confiança do mundo em nosso governo.

ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS: Como grande economia o Brasil sempre vai atrair maiores fluxos de IED; a desvalorização da moeda também ajuda, pois se pode “comprar” o Brasil com “descontos” de 40% sobre o passado e isso deve continuar; Investidores de fora já alertaram o governo para as posturas erradas.

O Brasil tem trabalhado para, em coordenação com seus parceiros sul-atlânticos, revitalizar a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul.

MAIS PLATITUDE DIPLOMÁTICA: Isso na verdade é apenas uma intenção; não quer dizer quase nada na prática.

O Brasil está preocupado e repudia o terrorismo em todo o mundo.

TERIA COMO SER DE OUTRA FORMA? Ser contra o terrorismo não é mérito nenhum...

Na América Latina, continuamos trabalhando pela preservação e promoção da ordem democrática como base de sustentação indispensável para o progresso econômico que desejamos.

SIM, QUAIS SÃO OS EXEMPLOS? Tirartodo o pessoal diplomático e consular da Venezuela ajuda nesse projeto? O Brasil atual se excluiu de qualquer solução diplomática para a tragédia venezuelana, se auto-excluiu. 

A LIBERDADE É O BEM MAIOR DA HUMANIDADE.

PRECISA COMENTAR? Alguém tem outra opinião? O presidente descobriu a pólvora?

Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia.

CONTRA A LAICIDADE DO ESTADO: O país tem outras denominações religiosas; caber dizer isso aos “aliados” da Arábia Saudita. 

Também quero reafirmar minha solidariedade e apoio ao povo do Líbano pelas recentes adversidades sofridas.

COMO EU SOU BONZINHO...: O Brasil tem a maior população de origem libanesa, e não faz mais do que a sua obrigação de solidariedade.

Cremos que o momento é propício para trabalharmos pela abertura de novos horizontes, muito mais otimistas para o futuro do Oriente Médio.

PRETENSÕES LULOPETISTAS? Bolsonaro também pretende fazer a paz entre israelenses e palestinos? Vai se meter em imbróglios eternos? Acha que tem capacidade para tanto? Ilusões? 

Os acordos de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, e entre Israel e o Bahrein, três países amigos do Brasil, com os quais ampliamos imensamente nossas relações durante o meu governo, constitui excelente notícia.

CONSTATAÇÃO ELEMENTAR: Será que a mídia não está enganando ninguém nesse tema? O fato de Israel e países supostamente inimigos do Irã estarem estabelecendo relações é uma boa notícia em si. Trump se aproveita disso, e o seu seguidor vai atrás, querendo tirar vantagem.

O Brasil saúda também o Plano de Paz e Prosperidade lançado pelo Presidente Donald Trump, com uma visão promissora para, após mais de sete décadas de esforços, retomar o caminho da tão desejada solução do conflito israelense-palestino.

SERVILISMO DIPLOMÁTICO: O Brasil foi um dos poucos países que apoiaram esse plano que não respeita os direitos dos palestinos e foi inclusive desativado pelas novas posturas que Israel vem adotando a esse respeito. Nenhum outro país importante apoiou o Plano Trump.

A nova política do Brasil de aproximação simultânea a Israel e aos países árabes converge com essas iniciativas, que finalmente acendem uma luz de esperança para aquela região.

WISHFUL THINKING: O Brasil já tinha boas relações com as duas partes há décadas, e foi esse governo que se inclinou para o lado de Israel, causando desconforto entre os árabes. A “luz de esperança” é apenas uma promessa. 

O Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base.

NOVIDADE CONSTITUCIONAL: Desde a República o Brasil é um país laico e secular. 

Deus abençoe a todos!

VOTO: Podia começar iluminando ele mesmo.

E o meu muito obrigado!

UFA! Terminaram as mentiras...

Assista ao discurso de Bolsonaro:

https://www.oantagonista.com/brasil/leia-a-integra-do-discurso-de-bolsonaro-na-onu/

Quem tiver paciência, obviamente, para ouvir mentiras, meias verdades, falcatruas ridículas...

 


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3759, 22 de setembro de 2020

 


Addendum: 

Complemento com o que recebi de Eduardo Fleming: 


Uau... parabéns pela espantosa paciência de retrucar frase a frase da mais boçal das criaturas que até agora subiu a rampa do Planalto. Eu, por minha curta paciência, apenas me limitaria a juntar tudo e escrever em todas as línguas e dialetos o mesmo texto:

- CUIDADO! MENTIRA PODE TRAZER DEMENCIA! O LIXO DESTE DISCURSO DEVE SER DESCARTADO CORRETAMENTE!

- CAUTION! LIE CAN BRING DEMENTIA! THE GARBAGE OF THIS DISCOURSE MUST BE DISPOSED OF CORRECTLY!

- VORSICHT! LÜGE KANN DEMENTIEN BRINGEN! DER ABFALL DIESES DISKURSES MUSS RICHTIG ENTSORGT WERDEN!

- alhdhr! alkadhib ymkn 'an yusabib alkhrf! yjb altakhalus min nifayat hdha altarh bishakl sahih!an

- MISE EN GARDE! LE MENSONGE PEUT APPORTER DE LA DEMENCE! LES DÉCHETS DE CE DISCOURSE DOIVENT ÊTRE ÉLIMINÉS CORRECTEMENT!

-注意!谎言可以带来痴呆!必须正确处置此垃圾的内容!