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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

O mundo insone, Stefan Zweig - por Francisco Braga (Blog de São João del-Rei)

O MUNDO INSONE


STEFAN ZWEIG (1881-1942)
Quando em 28 de junho de 1914 soube do assassinato do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império austro-húngaro, e sua mulher, Stefan Zweig passava uma espécie de lua de mel rural com Friderike von Winternitz, sua primeira mulher, nos arredores de Viena. O otimismo europeísta não permitiu que interrompesse a rotina anual de visitar o mestre Verhaeren. Um mês depois, conseguia tomar um dos últimos trens que deixaram a Bélgica antes que os alemães a invadissem.
Nos primeiros dias do conflito vibrou com a vibração dos austríacos e alemães, mas logo começou a duvidar, dividido, inquieto — mergulhara na primeira crise existencial. Saiu dela amparado pela força de Friderike, pelas cartas de Romain Rolland e transformado num pacifista integral.
Para diminuir a ansiedade começou a escrever com mais frequência no folhetim do Neue Freie Press. Um mostruário de cinco artigos (praticamente um a cada ano de conflito) foi incluído no primeiro livro de ensaios, enfeixados com o título "Durante a Primeira Guerra Mundial" (estava certo de que logo haveria outra guerra).
Zweig apresenta o conjunto com breves linhas: “A publicação na íntegra [destes textos] comprova que mesmo em meio à guerra era possível tomar uma atitude independente contra a maior das catástrofes europeias, não obstante a rigorosa censura.”
O mundo insone”, o primeiro dos textos, foi publicado no dia 18 de agosto de 1914, três semanas depois de iniciado o conflito. O instigante título — um clássico zweiguiano — tem sido utilizado com frequência nas coletâneas de ensaios publicados no pós-guerra.                                                                                             Alberto Dines

                                                                                                                    

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Corrigindo: sua primeira passagem pelo Brasil foi em 1936

Há menos sono no mundo agora, as noites são mais longas e mais longos os dias.
 Em cada país da infinita Europa, em cada cidade, cada ruela, cada casa, cada aposento, a respiração tranquila do sono tornou-se curta e febril, e o tempo ardente abrasa as noites e confunde os sentidos, tal qual uma noite de verão abafada e sufocante. Quantas pessoas, aqui e ali, que normalmente deslizavam da noite para o dia no negro barco do sono, embandeirado de sonhos coloridos e palpitantes, escutam agora os relógios andando, andando e andando todo o terrível caminho entre o claro e o claro, sentindo por dentro as preocupações e os pensamentos a corroer-lhes o coração, até este ficar ferido e doente! Toda uma humanidade arde agora em febre, noite e dia, uma vigília terrível e poderosa cintila pelos sentidos agitados de milhões de pessoas, o destino penetra, invisível, por milhares de janelas e portas e espanta de cada leito o sono, espanta o esquecimento. Há menos sono no mundo agora, as noites são mais longas e mais longos os dias. 
 
Ninguém mais está a sós com o seu destino, todos espreitam ao longe. À noite, hora em que se está sozinho e acordado na casa protegida e trancada, os pensamentos voam até os amigos e os que estão distantes. Quem sabe a essa mesma hora se cumpre alguma parte do nosso destino, uma invasão em uma aldeia da Galícia, um ataque em alto-mar, tudo o que acontece nesse mesmo segundo a milhares e milhares de milhas de distância está relacionado com nossas vidas. E a alma sabe disso, ela se expande e, em seu pressentimento, em seu anseio, quer captar algo disso, o ar queima de desejos e rezas que agora vão e voltam voando de um lado do mundo para o outro. Milhares de pensamentos se movimentam, inquietos, das cidades silentes até as fogueiras de campanha, do solitário sentinela de volta à pátria; entre os que estão próximos e os distantes flutuam fios invisíveis de amor e de preocupação, um tecido do sentimento, infinito, encobre agora o mundo, de noite e de dia. Quantas palavras são sussurradas, quantas orações ditas ao espaço impassível, quanto amor saudoso flutua através de cada hora da noite! A atmosfera estremece continuamente em ondas misteriosas cujos nomes a ciência desconhece e cujas oscilações nenhum sismógrafo é capaz de registrar: mas quem poderia dizer se esses desejos são impotentes, se esse incomensurável querer, que irrompe ardente a partir das camadas mais profundas da alma, também não percorre distâncias como a vibração dos sons e o estremecimento elétrico? Onde antes havia sono, repouso imaterial, agora há o afã imaginativo: a alma não cessa de ver, através da escuridão, os ausentes que lhe são caros, e na imaginação cada um deles vive múltiplos destinos. Milhares de pensamentos escavam o sono, cuja construção oscilante desmorona sempre, e por cima do homem solitário ergue-se vazia a escuridão povoada de imagens. Mais vigilantes à noite, as pessoas também se tornam mais vigilantes de dia: nas pessoas mais simples que encontramos está vivo nessas horas algo do poder do orador, do poeta, do profeta, é como se o que há de mais misterioso nos homens tivesse sido vertido para fora pela incomensurável pressão dos fatos, cada pessoa potencializada em sua vitalidade. Assim como lá no campo, nos simples camponeses, que a vida toda aravam sua lavoura quietos e pacíficos, nessa hora inquieta subitamente se inflama o heróico, assim se inflama em pessoas normalmente opacas e torpes a capacidade da visão; todos vivenciam dentro de si uma visão que transcende a esfera normal de sua existência, e quem antes só tinha olhos para o seu trabalho diário vê agora realidade e imagens animadas em cada notícia. As pessoas revolvem constantemente com preocupações e visões a gleba árida da noite, e quando enfim se rendem ao sono, têm sonhos estranhos. Porque o sangue circula mais quente em suas veias, e nesse calor florescem plantas tropicais de terror e preocupação, sonhos dos quais é uma bênção acordar e sentir que não passaram de pesadelos inúteis e que só aquele mais terrível sonho da humanidade é uma verdade aterradora: a guerra de todos contra todos. 
 
Os mais pacíficos sonham agora com batalhas, colunas se precipitam e atravessam o sono, o sangue ruge, escuro, com o tronar dos canhões. Acordando num sobressalto, ouvimos ainda o estrondo dos carros que passam, o bater dos cascos. Escutamos atentamente, inclinado-nos da janela  e, de fato, ali embaixo passam as longas fileiras de carros e cavalos pelas ruas desertas. Alguns soldados levam um bando de cavalos no cabresto; pacientes, eles trotam com seus passos pesados e sonoros pelo calçamento ruidoso. Também eles, os animais que normalmente descansam à noite do trabalho, quietos em seus estábulos quentes, foram privados do sono habitual, as parelhas pacíficas foram separadas, as fraternais também. Nas estações [de trem] escutam-se as vacas mugindo mansas nos vagões; retiradas de seus pastos cálidos e macios de verão para o desconhecido, até elas, as apáticas, tiveram o sono perturbado. E os trens partem para a natureza adormecida, que também se sobressalta com a agitação das pessoas. Tropas da cavalaria galopam à noite cruzando campos que desde a eternidade descansavam no escuro, por sobre a negra superfície do mar faíscam em milhares de pontos os faróis, mais claros que a luz da lua e mais ofuscantes que o sol, até mesmo lá no fundo a treva das águas está perturbada pelos submarinos à caça de presas. Disparos soam e ressoam através das montanhas caladas, acordando os pássaros, tontos, em seus ninhos; em nenhum lugar o sono é seguro, e mesmo o éter, desde sempre intocado, é atravessado pela pressa assassina dos aeroplanos, os fatídicos cometas do nosso tempo. Nada, nada mais pode ter sossego e descanso nesses dias: a humanidade arrastou animais e natureza em sua batalha assassina. Há menos sono no mundo agora, as noites são mais longas e mais longos os dias. 
 
Mas pensemos e repensemos, mais uma vez, a amplitude do tempo e que isso que acontece agora não tem precedente na história. Vale ficar insone, sempre vigilante. Nunca o mundo, desde que é mundo, esteve tão agitado em sua totalidade, nunca tão excitado em sua comunidade. Uma guerra, até agora, nunca passou de uma inflamação no imenso organismo da humanidade, um membro purulento e que era cauterizado para sarar enquanto todos os outros ficavam desimpedidos e livres em suas funções vitais. Sempre houve pessoas que não participavam, em algum lugar ainda havia aldeias às quais não chegavam notícias daquela agitação e que dividiam calmamente sua vida em dia e noite, em trabalho e repouso. Em algum lugar ainda havia o sono e o silêncio, gente que acordava cedo, risonha, e que dormia sem sonhar. Mas a humanidade, quanto mais conquistou a Terra, mais unida ficou: uma febre sacode agora todo o seu organismo, um terror sacode o cosmo inteiro. Não existe nenhuma oficina na Europa, nenhuma granja solitária, nenhum casario de bosque de onde não tenham arrancado um homem para participar dessa luta, e cada um desses homens, por sua vez, está unido a outros através de vínculos de sentimento. Até o mais humilde emana tanto calor que, quando desaparece, tudo se torna mais frio, mais solitário, mais vazio. Cada destino forma outros destinos a partir de si, pequenos círculos que se dilatam em ondas no mar das emoções e se ampliam; em enorme união e mútua determinação da experiência, ninguém se precipita no vazio ao morrer: cada um arrasta algo dos demais consigo. Cada um é acompanhado de olhares, e esse olhar e ansiar, multiplicado por milhões e entrelaçado com o destino de nações inteiras, cria a inquietação de um mundo inteiro. Toda a humanidade escuta, e através do milagre da técnica recebe simultaneamente a mesma resposta. Os navios transmitem mensagens uns aos outros através de incontáveis ondas, das torres de telégrafos de Nauen e Paris uma mensagem é transmitida em questão de minutos para as colônias da África Ocidental e para o lago Chade, os hindus da Índia leem as decisões em suas folhas de cânhamo e de tela à mesma hora que os chineses em seus papéis de seda  a excitação se propaga até as últimas terminações nervosas da humanidade e afugenta a letargia. Cada qual espia pela janela dos seus sentidos em busca de notícias, sugando tranquilidade das palavras dos corajosos e terror e dúvida das dos desesperados. Os profetas, verdadeiros e falsos, voltaram a ter ascendência sobre a massa que agora escuta e escuta, caminhando e repousando no delírio da febre, dia e noite, os longos dias e as noites infinitas desse tempo digno de ser vivido na vigília. 
 
Pois esses tempos não aceitam que alguém deixe de participar, e estar distante dos campos de batalha não significa estar de fora. Cada um de nós tem sua existência revolvida, ninguém mais tem o direito de dormir em paz em meio à tremenda exaltação. Nessa transformação das nações e dos povos, nós também nos transformamos, não importa que aprovemos ou não; cada um está enredado nos acontecimentos, ninguém permanece frio na febre de um mundo. Não há como ficar indiferente às realidades transformadas, hoje ninguém mais está a salvo em uma rocha, olhando com um sorriso para as ondas agitadas. Cada qual, querendo ou não, é arrastado pela maré, sem saber para onde está sendo levado. Ninguém pode se isolar, pois com nosso sangue e nosso intelecto giramos na correnteza de uma nação, e cada aceleração nos impulsiona, cada parada em seus pulsos barra o ritmo de nossa própria vida. Quando a febre ceder, tudo terá um novo valor para nós, e justo o igual será diferente. As cidades alemãs: com que sentimento as veremos depois dessa luta! E Paris: como terá se tornado diferente, estranha ao nosso sentimento! Sei desde agora que não poderei ficar na mesma casa hospitaleira em Liège com o mesmo sentimento, com os mesmos amigos, depois que as granadas alemãs caíram sobre a cidadela; entre tanto amigos, de um lado e outro da fronteira, estarão as sombras dos mortos, absorvendo com respiração fria o calor da palavra. Todos teremos que nos reorientar, do ontem para o amanhã, atravessando esse impenetrável hoje, cuja violência apenas percebemos agora, horrorizados, e teremos que chegar a uma nova forma de vida em meio a essa febre que agora torna nossos dias tão abrasadores e nossas noites tão sufocantes. Depois de nós surge uma nova geração cujos sentimentos foram forjados nesse fogo. Eles serão diferentes  eles, que viram vitórias naqueles anos em que nós só vimos retrocesso, lamento e lassidão. Da confusão desses dias surgirá uma nova ordem, e nossa primeira preocupação terá que ser nos sujeitar a ela com força e solidariedade. 
 
Uma nova ordem  pois essa febre insone, a inquietude, a esperança e a expectativa que consomem a tranquilidade dos nossos dias e das nossas noites não podem continuar. Por mais que toda a destruição agora pareça se estender de forma terrível sobre o mundo aniquilado, ela é diminuta em comparação com a energia muito mais impetuosa da vida, que depois de cada tensão sempre consegue um repouso para sair transformada, mais pujante e mais bela. Uma nova paz  oh!, quão distantes brilham ainda suas asas luminosas através da poeira e da fumaça de pólvora  haverá de reerguer a velha ordem da vida, o trabalho de dia e o repouso à noite. O silêncio voltará com o sono reparador aos mil lares que agora estão despertos na excitação e no medo, e estrelas tranquilas voltarão a olhar do alto para uma natureza que respira felicidade. O que agora ainda parece ser horror será então, em sublime transformação, grandeza. Sem lamento, quase com nostalgia, lembraremos essas noites intermináveis, durante as quais, em ampliação maravilhosa, percebíamos no sangue o destino em gestação e a cálida respiração do tempo sobre nossas pálpebras despertas. Só quem viveu a doença conhece a felicidade completa da cura, só o insone conhece a doçura do sono reconquistado. Os que regressaram e aqueles que ficaram em casa estarão mais contentes com sua vida do que os que se foram, saberão apreciar seu valor e sua beleza com mais seriedade e mais justiça, e quase ansiaríamos pela nova conformação se hoje  como nos dias antigos  o chão do templo da paz não estivesse regado com o sangue sacrificado, se esse novo e feliz sono do mundo não fosse comprado à custa da morte de milhões de seus filhos mais nobres.
 
Fonte:  ZWEIG, Stefan: O mundo insone e outros ensaios, tradução de Kristina Michahelles; organização e textos adicionais de Alberto Dines, Rio de Janeiro: Zahar, 2013, pp. 197-203.

4 comentários:

Francisco José dos Santos Braga disse...

Prezad@,Um mês e meio após o início da Primeira Guerra Mundial, STEFAN ZWEIG começou a publicação de uma série de 5 artigos, um a cada ano, no folhetim do Neue Freie Press. Na presente postagem, o Blog de São João del-Rei publica o primeiro desses ensaios - O MUNDO INSONE -, em que o autor descreveu um mundo - na altura, sobretudo, europeu - que é, na sua origem, uma guerra civil europeia. Na viragem do século, o mundo vivia sua segunda globalização (a primeira foram os Descobrimentos portugueses). Nessa segunda globalização, a Europa, nomeadamente a Alemanha de Weimar ou a Áustria de Viena, vivia um extraordinário boom cultural e científico. Tudo parecia tranquilo e seguro. Nada impediu a explosão da I Guerra Mundial em 28/06/1914.Como resultado da enorme carnificina, a Grande Guerra vitimou quase 20 milhões de pessoas na Europa. Logo após, Stefan Zweig tornou-se um pacifista convicto, um homem que evitava até mesmo as disputas desportivas. Cerca de um mês depois de assinado o tratado de paz em Versalhes em junho de 1919 que encerrou o conflito, Zweig escreveu ao mestre e confidente, Romain Rolland: "Há momentos em que me pergunto se valerá a pena viver os próximos vinte anos." Impacientava-se com os impasses políticos produzidos pelo novo mapa do Velho Mundo.

Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2025/02/o-mundo-insone.html

Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei

Anônimo disse...

Obrigado, Braga. O texto é oportuno e atual. Ainda hoje, "há menos sono no mundo". Os dias e as noites, estão cada vez mais curtos e mais há um perigo iminente, de olhos acesos sobre os homens. A política ferve... O mundo é um caldeirão. Parabéns pela escolha. Forte abraço poético de Geraldo Reis, O Ser Sensível.

Francisco José dos Santos Braga disse...

Heitor Garcia de Carvalho (graduado em Pedagogia pela Faculdade Dom Bosco (1968), mestre em Educação UFMG (1982), Ph.D em Educational Technology - Concordia University (1987 Montreal, Canada); MBA Gestão Tecnologia da Informação, Fundação Getúlio Vargas (2004); pós-doutorado em Políticas de Ensino Superior na Faculdade de Psicologia e Ciências da Informação na Universidade do Porto, Portugal (2008); professor associado do CEFET-MG) disse...
Parece hoje!!!
Deus nos proteja!!!

Francisco José dos Santos Braga disse...

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...
Caro professor Braga

E não obstante a Europa ter passado em séculos uma geração sequer sem que tenha sido atingida pelo flagelo das guerras, seus espíritos mais empáticos e sensíveis podiam ainda ressaltar seu horror.
E esse autor que tanto acreditou no Brasil...
Saudações.
Cupertino

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Notas esparsas sobre ilusão e ausência de racionalidade - Paulo Roberto de Almeida

 Notas esparsas sobre ilusão e ausência de racionalidade  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Notas diversas postadas nas redes sociais.

 


O declínio imperial nunca é glorioso; costuma ser ridículo

 

Paulo Roberto de Almeida

 

O registro histórico, em diferentes épocas, demonstra que os grandes impérios não perecem por ataques externos de outros impérios. Geralmente se trata de uma decadência auto infligida, um declínio construído pelos próprios dirigentes. Isso ocorreu com o Império do Meio, com o Império Otomano, com os Impérios russo, dos Habsburgos, dos Hohenzollern, o improvisado império de Mussolini, até o próprio Império nazista, que cometeu erros sobre erros, e sobretudo, o caso do Império Romano, com seus imperadores delirantes e demenciais.

Parece que chegou a vez do Império americano, sob Trump, o próprio idiota no comando de um grande império, qie está sendo destruído não pela oposição chinesa ou russa, mas pelas iniciativas delirantes do próprio Trump.

Acho que é uma forma ridícula de decair, mas os americanos escolheram um idiota para governar...

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 13/02/2025

 

Um caso de daltonismo político:

Paulo Roberto de Almeida 

A extrema-direita brasileira recebe com elogios e entusiasmo a suposta defesa das liberdades - econômica e de expressão - feitas pelo trio Trump-Vance-Musk, como se eles figurassem no panteão de um novo Iluminismo.

Elude o brutal ataque que eles fazem às instituições que moldaram, desde Bretton Woods e San Francisco, o regime liberal que permitiu o crescimento do bem-estar e o aumento de renda pela economia de mercado dos países os mais diversos, com destaque para aqueles saídos do socialismo e que transitaram para regimes de maiores liberdades econômicas e políticas, sobretudos os da Europa central e oriental (quase todos atualmente na OCDE, na UE e na OTAN), sem esquecer as duas grandes autocracias, Rússia e China, que também abandonaram o totalitarismo e os monopólios estatais e migraram para sistemas de mercado.

A extrema-direita brasileira deve ser míope, ao saudar os novos autoritários.

Paulo Roberto Almeida


Presidentes inconstitucionais

 

Presidentes incompetentes, não só no tal de Sul Global, conhecemos às pencas, alguns até desonestos pessoalmente.

Mas presidentes (ou primeiros-ministros) totalmente à margem da legalidade constitucional e deliberadamente contrários ao Direito Internacional, isso é mais raro. 

Pois acabamos de conhecer um, que insiste em ser contrário às próprias leis do seu país, assim como insiste em ser frontalmente violador das regras mais elementares do Direito Internacional. 

Estou falando de Trump, obviamente, mas ele o faz na omissão, e até na complacência de representantes da população. O tal DOGE, o Departamento de "Eficiência Governamental", é TOTALMENTE ilegal, pois não foi aprovado pelo Congresso, e, no entanto, vem interferindo na administração E NOS PAGAMENTOS PÚBLICOS, sem que senadores e deputados se movam.

E Trump insiste em querer fazer limpeza étnica, pior até o que Putin vem fazendo na Ucrânia.

O TPI também deveria abrir uma investigação preventiva sobre suas violações do Direito Internacional. As infrações à legislação doméstica são da responsabilidade dos próprios legisladores e da Corte constitucional.


Uma constatação tardia?

Desde que aprendi, na adolescência, a pensar a partir de minhas próprias reflexões, depois de muitas leituras e de atentas observações da realidade circundante, sempre achei que a racionalidade acabaria prevalecendo sobre a ignorância e a idiotice. 

Na idade madura já não tenho tanta certeza disso, no Brasil e no mundo.

Sorry pela desconfiança nos seres humanos (alguns nem tão humanos).

Paulo Roberto Almeida

Brasília, 15/02/2025


 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 6/02/2025


Eppur si muove…


Trump conseguiu: pela PRIMEIRA vez em 200 anos de relações bilaterais especialmente estreitas, políticos brasileiros e, mais grave, militares profissionais passaram a considerar os EUA potenciais inimigos, o que pode parecer surpreendente, mas é verdade!

Revisão completa no planejamento das capabilidades. Inútil! Os yankees conhecem tudo das FFAA brasileiras: armas, locais, treinamento das tropas. Óbvio: foram eles que ajudaram montar.


Brasil ganha no Oscar da democracia


Pela primeira vez em mais de 200 anos de história, a frágil democracia brasileira, tolerante como ela é com respeito à grossa corrupção dos poderosos, dos endinheirados e dos conectados, se prepara para dar uma poderosa lição àquela que se jactava de ser o “farol  da democracia” no mundo e que se revela, agora, sob o tacão imperial de um trambiqueiro parvenu (ops, arrivista), como um regime que muito se aproxima de uma cleptocracia de bilionários, aliás exatamente como funciona o regime do amigo do condenado eleito presidente.

A defesa da democracia brasileira deixa no chinelo a estraçalhada “democracia” americana, na qual violadores violentos da mais antiga Constituição republicana ainda em vigor são simplesmente declarados inocentes pelo próprio chefe da gangue celerada.

Nota 9,5 para a democracia brasileira de baixa qualidade, e nota 3,5 (com viés baixista) para a democracia americana, em fase de degradação por um amigo do tirano de Moscou, que sequer finge um pingo mínimo de democracia.


 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4853, 16 fevereiro 2025, 2 p.


 

O jornalismo como história: resenhas de obras nessa intersecção - Paulo Roberto de Almeida

O jornalismo como história: resenhas de obras nessa intersecção

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Transcrição de resenhas ou artigos relativos a livros e trabalhos da jornalista Maria Helena Tachinardi.

 

        Sou um leitor omnívoro, com uma ênfase muito especial em obras de relações internacionais, de política externa, de política mundial e de história diplomática do Brasil, tendo eu mesmo produzido algumas obras nessas vertentes. Mas sou também um leitor voraz e anotador de livros em todas essas categorias. Minhas resenhas nesses campos acabam de ser objeto de uma postagem minha, como segue nesta ficha de registro: 


4851. “Aventuras erráticas como autor e resenhista de livros”, Brasília, 16 fevereiro 2025, 3 p. Relato de alguns volumes de resenhas coletadas em diversas obras, assim como de livros completos em edições digitais. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/02/aventuras-erraticas-como-autor-e.html); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/127697941/4851_Aventuras_err%C3%A1ticas_como_autor_e_resenhista_de_livros_2025_).

 

        Também acabo de ler, num outro livro, uma frase do grande intelectual brasileiro Alceu Amoroso Lima, talvez mais conhecido como Tristão de Athaíde, sob cujo nom de plume ele publicou inúmeros artigos e crônicas na imprensa diária, da qual também sou um leitor compulsivo (a de boa qualidade obviamente, nacional e internacional). Ele disse o seguinte: 


O jornalismo é a história do presente e a história é o jornalismo do passado. 


        Simplificando, pode ser isso. Pois foi exatamente dentro dessa concepção que produzi – o que é relativamente raro – não uma, mas três resenhas de um livro que se encaixa nessa mesma concepção, como informado a seguir. Como nem todas as resenhas foram tornadas acessíveis nos momentos em que foram publicadas, nem posteriormente, resolvi reuni-las num mesmo bloco formatado, e tornar esses textos disponíveis ao interesse dos leitores eventuais. Por certo, faltam, ainda, muitos outros inéditos que se encaixam na mesma categoria, a da intersecção entre a história e o jornalismo, ou entre a atividade diplomática e a divulgação de textos que possam interessar ao público acadêmico. Fica a relação abaixo, seguida dos textos originais de cada um deles. 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4852, 16 fevereiro 2025, 25 p.

Academia.edu (link: https://www.academia.edu/127698506/4852_O_jornalismo_como_historia_resenhas_de_obras_nessa_interseccao_2025_ ).


 

Relação dos trabalhos de Paulo Roberto de Almeida conectados a obras ou artigos da jornalista Maria Helena Tachinardi:

 

4718. “O jornalismo como história da política externa brasileira”, Brasília, 20 agosto 2024, 2 p. Resenha curta do livro de Maria Helena Tachinardi: Política Externa e Jornalismo (São Paulo: Contexto, 2024, 511 p.). Publicado no Correio Braziliense (28/10/2024; link: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/10/6974261-o-jornalismo-como-historia-da-politica-externa-brasileira.html#google_vignette). Relação de Publicados n. 1565.

 

4752. “Como explicar nossa diplomacia ao grande público? Por este livro!”, Brasília, 7 outubro 2024, 2 p. (4999 caracteres). Nova resenha do livro de Maria Helena Tachinardi, Política Externa e Jornalismo. Publicado no jornal O Estado de S. Paulo (12/11/2024; link: https://www.estadao.com.br/opiniao/espaco-aberto/como-explicar-nossa-diplomacia/?srsltid=AfmBOorVbdMEfZReFcbVSyk4a5BZV538b4WcsphySjpUMMoEI34EsWFF). Relação de Publicados n. 1566.

 

4837. “A história recente das relações internacionais do Brasil pelo jornalismo”, Brasília, 28 janeiro 2025, 5 p. Resenha do livro de Maria Helena Tachinardi: Política Externa e Jornalismo (São Paulo: Contexto, 2024, 512 p.) para a revista do Cebri. Em publicação; 

 

Resenhas e artigos mais antigos: 

 

352. “A Guerra das Patentes”, Brasília: 21 junho 1993, 3 p. Resenha do livro de Maria Helena Tachinardi, A Guerra das Patentes: o conflito Brasil x EUA em propriedade intelectual (São Paulo: Editora Paz e Terra, 1993). Publicado, sob o título “Um conflito conceitual”, no Caderno “Ideias/Livros” do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro: 26.06.93, p. 4). Relação de Publicados nº 133.

 

355. “As Patentes da Guerra-Fria Brasil-EUA”, Brasília, 6 julho 1993, 3 p. Nova resenha do livro de Maria Helena Tachinardi, A Guerra das Patentes: o conflito Brasil x EUA em propriedade intelectual (São Paulo: Editora Paz e Terra, 1993) destinada ao Caderno “Mais” da Folha de São Paulo (Não publicada). Argumentos incorporados ao trabalho: “A Propriedade Intelectual na Política Exterior e nos Processos de Integração Econômica”.

 

1681. “Negociações internacionais em 2007”, Brasília, 1 novembro 2006, 2 p. Respostas a questões colocadas pela jornalista Maria Helena Tachinardi sobre o panorama das negociações comerciais em 2007. Postado no blog Diplomatizzando (28/05/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/05/sendo-profeta-em-negociacoes.html).

 

1980. “A democracia nos Brics”, Brasília, 25 janeiro 2009, 3 p. Comentários adicionais à questão da democracia nos Brics, para matéria de jornal. Trechos selecionados publicados na matéria: Maria Helena Tachinardi, “Instituições: Estrutura capitalista e sociedade moderna”, In: Valor Especial, Oportunidades de Investimento (março 2009, p. 70-74). Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/democracia-nos-brics-paulo-r-almeida.html).

 


Ler a íntegra das matérias neste link  da plataforma Academia.edu:

https://www.academia.edu/127698506/4852_O_jornalismo_como_historia_resenhas_de_obras_nessa_interseccao_2025_ 


Aventuras erráticas como autor e resenhista de livros - Paulo Roberto de Almeida

 Aventuras erráticas como autor e resenhista de livros

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Relato de volumes de resenhas coletadas em diversas obras, inclusive livros completos.

 


        Ao longo de minha trajetória como escrevinhador de obras várias e diversificadas, efetuei muitas notas e resenhas de livros, a maioria inéditas – ou seja, feitas para consumo próprio –, mas várias publicadas em jornais ou revistas acadêmicas. Na verdade, creio que sou antes um leitor e um anotador de livros, do que propriamente um escritor, título que não ouso exibir pois que me parece muito exagerado. Não cultivo a escrita pela escrita, como muitos aspirantes a alguma academia qualquer, mas pratico a escrita por necessidade de transmitir, justamente, notas de leituras, e trabalhos feitos em torno de minhas atividades principais, bem mais as lides acadêmicas do que as ocupações corporativas na carreira diplomática (onde também me exerci como ghost writer, ou simples redator de ofícios, memorada ou telegramas, atualmente reduzidos a um e-mail, cifrado ou ostensivo).

        Minha obra de resenhista é vasta, e alguma coisa foi publicada ao longo dos anos, como o livro impresso Vivendo com Livros (Paris: Editora Maíra, 1994, 406 p.), na qual efetuei uma antologia pessoal de resenhas escritas nas duas décadas anteriores. Bem mais tarde, providenciei uma nova versão, publicada digitalmente, como informo a seguir:


3557. Vivendo com Livros: uma loucura gentil, Brasília, 29 dezembro 2019, 265 p. Nova coletânea de artigos a partir do livro editado em Paris, em 1994, com eliminação de diversas resenhas. Publicada em formato Kindle (ASIN: B0838DLFL2). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/vivendo-com-livros-uma-loucura-gentil.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41459430/Vivendo_com_Livros_uma_loucura_gentil_2019_).Relação de Publicados n. 1331.

 

        Desde essa época, e nas duas primeiras décadas do presente século, colaborei regularmente com a seção “Prata da Casa”, do boletim (depois revista) da Associação dos Diplomatas Brasileiros, consistindo em pequenas resenhas de livros de diplomatas, publicados comercialmente, mas sobretudo pela Fundação Alexandre de Gusmão, pois a maioria das obras dos diplomatas o foi pela Funag, resultado de teses do Curso de Altos Estudos ou outros trabalhos feitos no âmbito do Instituto Rio Branco. A pedido da direção da Funag preparei um volume com todas essas resenhas, uma enorme obra (de quase 700 p.), que deveria ter sido publicada em 2014 (quando eu me encontrava ainda no exterior). 

        Como, por motivos políticos – ainda estávamos no reino dos companheiros – resolveram cortar uma ou duas resenhas, que não se encaixava no espírito da época, o Zeitgeist do lulopetismo diplomático, objetei à ideia, e publiquei eu mesmo essa obra, que foi, e tem sido, um dos meus arquivos mais acessados na minha página da plataforma Academia.edu; para os interessados forneço aqui os links:

2533. Prata da Casa: os livros dos diplomatas, Hartford, 11 novembro 2013, 691 p. Compilação das resenhas mais importantes de livros de diplomatas e acadêmicos de livros da área, com Prefácio, Introdução, Índice Alfabético de Autores e Livros e demais informações de expediente. Enviado à direção da Funag, em novembro de 2013, com sugestão de prefácio pelo seu presidente, em fase de composição.

 

Para que não se perca essa primeira “aventura”, cuja versão diagramada ficou sob a responsabilidade pelo setor de publicações da Funag, mas cuja publicação foi sustada por “ordens superiores”, divulgo aqui a versão original da obra, tal como preparada por mim, e por mim retirada, por obstar à censura. Ela pode ser acessada nos seguintes links: 


1)   Research Gate: https://www.researchgate.net/publication/258499134_2533PrataCasaBookNov11; (divulgado previamente neste link de meu blog Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2013/11/prata-da-casa-os-livros-dos-diplomatas.html).

2)   Academia.edu: https://www.academia.edu/127697074/2533_Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_2013_.

3)   Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Hartford: edição para a Funag, 2013, 667 p; não publicada; disponível em Research Gate; 2ª. edição de Autor; 16/07/2014, 663 p.; Academia.edu; Research Gate).

 

        Como o livro não foi publicado na edição completa, pela Funag, providenciei eu mesmo o acesso, em minhas plataformas, nas seguintes versões: 


Academia.edu: https://www.academia.edu/5763121/Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edicao_de_Autor_2014_; link direto para download do arquivo em pdf: https://www.academia.edu/attachments/34209509/download_file?s=work_strip&ct=MTQwNzAwODExOCwxNDA3MDExMjI5LDc4NTEwNjY; 

Researchgate.net: https://www.researchgate.net/publication/269701236_Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas?ev=prf_pub; DOI: 10.13140/2.1.4908.9601;

Informação: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/prata-da-casa-os-livros-dos-diplomatas.html.

 

        As muitas resenhas de livros sobre temas de relações internacionais, de história diplomática ou de relações exteriores do Brasil, continuaram a ser editadas por mim, em formato digital e publicadas em formatos diversos, como informado a seguir, nesta relação: 

Rompendo Fronteiras: a Academia pensa a Diplomacia (Kindle, 2014, 414 p.; 1324 KB; ASIN: B00P8JHT8Y).

Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (Kindle, 2014, 326 p.; ASIN: B00P6261X2; Academia.edu; ).

Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas (Kindle edition, 2014, 151 p., 484 KB; ASIN: B00OL05KYG).

 

        A irrupção do bolsolavismo diplomático na história da política externa brasileira foi especialmente impactante, para mim, assim como para todos os demais diplomatas (com a possível exceção do chanceler acidental e de alguns poucos profissionais que se dedicaram ao trabalho de desmantelamento de nossas tradições diplomáticas). Para responder ao desafio, passei a publicar diversos livros em formato digital, como informei nesta nota.

4195. “Livros sobre temas da diplomacia brasileira”, Brasília, 5 julho 2022, 6 p. Relação de livros do autor sobre temas de diplomacia brasileira, assim como das compilações de resenhas efetuadas sobre os mesmos temas, em diferentes edições e formatos. Divulgado na plataforma Academia.edu (16/02/2025, link: https://www.academia.edu/127697642/4195_Livros_sobre_temas_da_diplomacia_brasileira_2022_).

 

Os livros mais importantes por mim produzidos nessa fase deprimente da diplomacia brasileira foram os seguintes (na relação acima há links para o acesso a essas obras): 

Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p.)

O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 225 p.)

Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília, 7 setembro 2020, 169 p.)

O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021 (Brasília, 1-9 maio 2021, 114 p.)

 

        Essa série foi coroada pelo livro mais recente nesse terreno: 


Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021, 291 p.; ISBN: 978-65-250-1634-4). Informação no link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/06/apogeu-e-demolicao-da-politica-externa_18.html).

 

        O trabalho de resenhista e de escrevinhador continua, como sempre foi o caso.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4851, 16 fevereiro 2025, 3 p.