Não, não é do tipo que vocês estão pensando.
Este aqui é para ser feito com base em seu próprio domínio do direito internacional:
Concurso: Defina a condição do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil em Tegucigalpa
Trata-se de um (sorry, estou sempre aumentando a lista sob sugestão dos leitores):
(a) Asilado?
(b) Abrigado?
(c) Hóspede?
(d) Infiltrado?
(e) Acampado?
(f) Homiziado?
(g) Desocupado?
(h) Desempregado?
(i) Turista acidental?
(j) Passante ocasional?
(k) Locatário involuntário?
(l) Amigo do Brasil pelos próximos seis meses?
(m) Sem-teto?
(n) Sem-poder?
(o) Nenhuma das opções acima?
(p) Todas as opções acima?
(q) Outras opções que você imaginar (inclusive candidato a Papai Noel no próximo Natal, desde que ele pinte o bigode de branco, claro...)
(Respostas e novas sugestões para este blog, sem direito a copyright; os beneficios desta campanha de esclarecimento reverterão para o Lar dos Presidentes Desamparados)
Addendum em 26.09.2009:
Dora Kramer, em sua coluna do Estadão deste sábado, 26.09, descobriu uma condição insuspeitada para o presidente deposto:
"Hoje, na realidade, Zelaya é o embaixador do Brasil em Honduras. Coordena a distribuição de alimentos, dorme no sofá, dá as ordens como se ali não fosse território de outro país, diz, preocupado de o Brasil vir a ser alvo de reparos internacionais caso se confirme a versão de que Zelaya comunicou seus planos com antecedência às autoridades brasileiras."
Bem, só falta pagar os vencimentos de embaixador e verba de representação. Não se aconselha, porém, o uso do carro com motorista por enquanto...
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
1387) Seguranca no uso de banking online
Serviço de utilidade pública:
Serviços bancários pela Internet
Para quem acessa o Home Banking de casa.
Vale a pena ler e se prevenir.
Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:
1 - Minimize a página.
Se o teclado virtual for minimizado também, está correto.
Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata!
Não tecle nada.
2 - Sempre que entrar no site do banco, digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez .
Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmente do banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada.
Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal.
Sites piratas não têm como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.
3 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da página aparece o ícone de um cadeado; além disso clique 2 vezes sobre esse ícone; uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer.
Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas uma imagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.
Os 3 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão que você jamais seja vítima de fraude virtual.
Serviços bancários pela Internet
Para quem acessa o Home Banking de casa.
Vale a pena ler e se prevenir.
Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:
1 - Minimize a página.
Se o teclado virtual for minimizado também, está correto.
Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata!
Não tecle nada.
2 - Sempre que entrar no site do banco, digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez .
Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmente do banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada.
Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal.
Sites piratas não têm como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.
3 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da página aparece o ícone de um cadeado; além disso clique 2 vezes sobre esse ícone; uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer.
Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas uma imagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.
Os 3 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão que você jamais seja vítima de fraude virtual.
1386) Nao intervencao, pelo menos no papel...
Artigo 19 da Carta da OEA (não custa lembrar):
Nenhum Estado ou grupo de Estados tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, seja qual for o motivo, nos assuntos internos ou externos de qualquer outro. Este princípio exclui não somente a força armada, mas também qualquer outra forma de interferência ou de tendência atentatória à personalidade do Estado e dos elementos políticos, econômicos e culturais que o constituem.
Nenhum Estado ou grupo de Estados tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, seja qual for o motivo, nos assuntos internos ou externos de qualquer outro. Este princípio exclui não somente a força armada, mas também qualquer outra forma de interferência ou de tendência atentatória à personalidade do Estado e dos elementos políticos, econômicos e culturais que o constituem.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
1385) Começa o festival da corrupção em torno do pré-sal
Isto é apenas uma amostra do que está por vir. E tem gente que bate no peito de ufanismo patrioteiro e acha a maior maravilha a reestatizacao do petróleo no Brasil.
Tudo que é estatização no Brasil, acaba virando uma ação entre amigos, um convite à corrupção, com efeitos deletérios sobre as contas públicas e, em última instância, favorecendo a concentração de renda.
TCU questiona Petrobras sobre licitações
Juliano Basile, de Brasília.
Valor Econômico, 21.09.2009
Nove dias depois do lançamento do pré-sal, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) se reuniram para exigir a realização de licitações abertas pela Petrobras. Os ministros julgaram, no dia 9, uma série de contratos para aumentar a produção de óleo e gás natural da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Ao todo, os contratos somam R$ 933,5 milhões. Em alguns casos, o TCU identificou aumentos de até 100% nos preços iniciais,
após a estatal dispensar a realização de concorrência pública para a prestação dos serviços. A estatal se defendeu junto ao TCU alegando que segue regime licitatório próprio. Mas isso não convenceu o tribunal, que notificou diretores da empresa para que expliquem os aumentos nos preços iniciais dos contratos e sinalizou, com isso, que pretende entrar no debate a respeito da falta de concorrência no pré-sal, cuja proposta de marco regulatório foi apresentada dia 31.
R$ 26 mi em convênios da Petrobras sob suspeita
Estadao Nacional 22/09/09 23:14
Três convênios no valor de R$ 26 milhões da Petrobras com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), celebrados entre 2004 e 2007, estão sob suspeita, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) concluído anteontem. A auditoria levanta ainda problemas graves em mais 26 contratos...
Tudo que é estatização no Brasil, acaba virando uma ação entre amigos, um convite à corrupção, com efeitos deletérios sobre as contas públicas e, em última instância, favorecendo a concentração de renda.
TCU questiona Petrobras sobre licitações
Juliano Basile, de Brasília.
Valor Econômico, 21.09.2009
Nove dias depois do lançamento do pré-sal, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) se reuniram para exigir a realização de licitações abertas pela Petrobras. Os ministros julgaram, no dia 9, uma série de contratos para aumentar a produção de óleo e gás natural da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Ao todo, os contratos somam R$ 933,5 milhões. Em alguns casos, o TCU identificou aumentos de até 100% nos preços iniciais,
após a estatal dispensar a realização de concorrência pública para a prestação dos serviços. A estatal se defendeu junto ao TCU alegando que segue regime licitatório próprio. Mas isso não convenceu o tribunal, que notificou diretores da empresa para que expliquem os aumentos nos preços iniciais dos contratos e sinalizou, com isso, que pretende entrar no debate a respeito da falta de concorrência no pré-sal, cuja proposta de marco regulatório foi apresentada dia 31.
R$ 26 mi em convênios da Petrobras sob suspeita
Estadao Nacional 22/09/09 23:14
Três convênios no valor de R$ 26 milhões da Petrobras com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), celebrados entre 2004 e 2007, estão sob suspeita, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) concluído anteontem. A auditoria levanta ainda problemas graves em mais 26 contratos...
sábado, 19 de setembro de 2009
1384) Keynes de volta à preeminencia: nao acho que ele merece todos esses elogios...
Comento, rapidamente, a transcrição abaixo, na verdade uma resenha da biografia resumida de Keynes por Robert Skidelsky.
O mais importante do ensinamento de Keynes é isto aqui, que supostamente resumiria o seu pensamento: "markets are not self-correcting".
Sinto muito, mas trata-se de um erro monumental de Keynes: os mercados SEMPRE se corrigem, ainda que não o façam de acordo com a vontade dos agentes presentes nesses mercados, distribuindo penalidades e prêmios ao acaso das posições de cada participante.
QUEM IMPEDE os mercados de se auto-corrigirem, na verdade, são os governos, ou as autoridades econômicas, pois elas se dão ao trabalho de fixar taxas de juros SEM QUALQUER CORRESPONDENCIA COM OS DADOS DO MERCADO, emitir dinheiro sem respeitar equilibrios basicos da economia -- obviamente os governos dispoem do monopólio de emissão justamente por isso, para impedir que outros lhes façam concorrencia, e criar inflação, que é o que os políticos mais fazem -- e muitas coisas mais que distorcem as regras do jogo, posto que justamente feitas para evitar perdas aqui e permitir ganhos acolá.
Keynes podia não gostar da maneira como os mercados corrigem os desequilíbrios, por vezes de forma muito lenta -- para inverter um ciclo depressivo, por exemplo -- ou em outras vezes de forma muito rápida -- quebrando bancos, empresas, particulares, que dependendo do poder de barganha, sempre encontram alguem no governo quem os salve, para supostamente evitar "perdas sociais", desemprego, colapso de atividades, essas coisas. Que ele não gostasse disso, não tem nada a ver com a incapacidade dos mercados de se corrigirem, pois o que eles mais fazem, justamente, é corrigir os desequilíbrios acumulados redistribuindo ativos de acordo com sua valoração de mercado: esta pode ser certa ou errada (não importa, pois isso depende da percepção de quem está no mercado), mas ela sempre se dá de acordo com o timing de entrada e saída no mercados dos agentes econômicos primários, empresas ou indivíduos.
Portanto, a afirmação de Keynes não tem NENHUM sentido econômico, tratase apenas de um julgamento pessoal, de uma preferência subjetiva de sua parte.
O que Keynes pretendia, assim como outros aprendizes de feiticeiro, era retirar seu pais do ciclo depressivo. Suas politicas podem ter prolongado um pouco mais a depressao.
No plano mais geral, aAs pessoas simplesmente nao se dao conta de que, ao "salvar" empresas e empregos, os governos estão simplesmente retirando dinheiro do conjunto da sociedade -- por via de mais taxação ou de mais emissao inflacionária -- e colocando esse dinheiro no bolso de alguns poucos privilegiados.
Trata-se de uma dificuldade conceitual que é dificil de enfiar na cabeca das pessoas, assim como a questao do livre comércio: sempre voce encontra alguem disposto a proteger os empregos no pais, taxando ou obstruindo a entrada de produtos concorrentes do exterior. As pessoas simplesmente nao conseguem medir as perdas sociais -- que sao pequenas individualmente, posto que distribuidas por toda a populacao -- ao passo que é "facil" medir os ganhos: alguns milhares de empregos "salvos".
Volto a dizer: os mercados sempre se corrigem, mesmo contra a vontade dos keynesianos...
-------------
Paulo Roberto de Almeida
Books of The Times
The Old Economist, Relevant Amid the Rubble
By DWIGHT GARNER
The New York Times, September 18, 2009
Dwight Garner reviews Robert Skidelsky:
Keynes: The Return of the Master
221 pages. PublicAffairs. $25.95
John Maynard Keynes (1883-1946) was, on the page and off, formidable. He was tall, an impeccable dresser in dark suits and homburgs, a product of Eton and Cambridge, a director of the Bank of England. His words could be withering. “When I argued with him,” the philosopher Bertrand Russell said, “I felt that I took my life in my hands.”
Keynes also had, paradoxically, the sensitive soul of a poet. He was a member of the Bloomsbury group and a favorite of Virginia Woolf’s. He collected modern art and rare manuscripts. He married a Russian ballerina. He was an early environmentalist, given to utterances that stick in the mind. “We are capable of shutting off the sun and the stars,” he warned in 1933, “because they do not pay a dividend.”
These things matter about Keynes because his economic ideas, relevant again amid the rubble of the global financial crisis, had a humane and moral dimension, one that Robert Skidelsky underlines in “Keynes: The Return of the Master.”
Mr. Skidelsky is the author of a magisterial three-volume biography of Keynes (the final volume was published in 2000) and is emeritus professor of political economy at the University of Warwick in England. He knows more about Keynes than anyone alive, but his new book is not a pocket-size distillation of his earlier biography. It’s an attempt to translate and update Keynes’s ideas for a sleek, turbulent era.
This is not an obviously simple task. Keynes’s most influential book, “The General Theory of Employment, Interest and Money,” (1936) published during the Great Depression, is famously impenetrable. But its central idea held sway for nearly 30 years after World War II: that markets are not self-correcting.
In “Keynes: Return of the Master,” Mr. Skidelsky surveys the vast body of Keynes’s work. But he boils the thinking down to a few essential points. Central among them is that market economies are fundamentally uncertain; large shocks like the recent meltdown are not anomalies but normal if unpredictable events. Government should intervene in a crisis — as the Obama administration has since the fall of Lehman Brothers last year — supplying a judicious but firm hand on the tiller.
Mr. Skidelsky is righteous in his thunder about how Keynes’s ideas have been spurned in recent decades. He scolds the free-market ethos of the Reagan and Thatcher eras as well as the thinking of anti-Keynesian New Classical economists. He does not entirely blame the usual suspects (banks, hedge funds, credit-rating agencies, the Fed) for the current crisis. He indicts laissez-faire philosophy.
“The root cause of the present crisis lies in the intellectual failure of economics,” Mr. Skidelsky writes. “It was the wrong ideas of economists which legitimized the deregulation of finance, and it was the deregulation of finance which led to the credit explosion which collapsed into the credit crunch. It is hard to convey the harm done by the recent dominant school of New Classical economics. Rarely in history can such powerful minds have devoted themselves to such strange ideas.”
When Mr. Skidelsky pulls out a napkin and begins to scribble down figures, this book is slower going. It is probably safe to say that “Keynes: The Return of the Master” is aimed at the general reader, if that general reader owns excellent reading glasses and enthusiastically devours the daily business section from front to back.
A not entirely untypical sentence is: “The most general I.M.F. commodity-price index (fuel + nonfuel) peaked in July 2008 at 218 (2005 = 100) and dropped to its lowest level in December, when it was down at 98, recovering to 102 in January 2009 and falling again to 100 in March.” Oof.
This book is provocative in its discussion of the moral aspect of Keynes’s thinking. He had the curious and refreshing idea that financial institutions have a duty to the public interest as well as to shareholders. He worried about the pursuit of money at the expense of all else. What ethical value, he asked, attends a life of “moneymaking and bridge”?
Mr. Skidelsky observes: “His conclusion was that the pursuit of money — what he called ‘love of money’ — was justified only to the extent that it led to a ‘good life.’ And a good life was not what made people better off: it was what made them good. To make the world ethically better was the only justifiable purpose of economic striving.”
Keynes’s altruism sometimes made him sound like Custer at the last stand. “I find no shame at being found still owning a share when the bottom of the market comes,” he wrote. “Any other policy is antisocial, destructive of confidence and incompatible with the working of the economic system.” Maybe this was how he explained himself to Virginia Woolf when, in 1920, he lost the money the Bloomsbury group had invested with him. (The debt was later cleared.)
Keynes ultimately saw economics not as a natural science but a moral one. He was loath to rely on pure mathematics and risk models. Not everything could be reduced to numbers.
When it comes to deciphering Keynes’s ideas for the current moment, we can only speculate about details and particulars. As Mr. Skidelsky points out, “Keynes had little specific to say about financial regulation, since the banking system was not at the center of the storm of the early 1930s.”
But Keynes has always seemed at his most appealing and prophetic at times of roiling financial discontent. Robert Lucas, the University of Chicago economist, joked last year that “everyone is a Keynesian in a foxhole.” If the American economy stabilizes and begins a genuine rebound, there will be plenty of born-again Keynsians outside of those foxholes too.
O mais importante do ensinamento de Keynes é isto aqui, que supostamente resumiria o seu pensamento: "markets are not self-correcting".
Sinto muito, mas trata-se de um erro monumental de Keynes: os mercados SEMPRE se corrigem, ainda que não o façam de acordo com a vontade dos agentes presentes nesses mercados, distribuindo penalidades e prêmios ao acaso das posições de cada participante.
QUEM IMPEDE os mercados de se auto-corrigirem, na verdade, são os governos, ou as autoridades econômicas, pois elas se dão ao trabalho de fixar taxas de juros SEM QUALQUER CORRESPONDENCIA COM OS DADOS DO MERCADO, emitir dinheiro sem respeitar equilibrios basicos da economia -- obviamente os governos dispoem do monopólio de emissão justamente por isso, para impedir que outros lhes façam concorrencia, e criar inflação, que é o que os políticos mais fazem -- e muitas coisas mais que distorcem as regras do jogo, posto que justamente feitas para evitar perdas aqui e permitir ganhos acolá.
Keynes podia não gostar da maneira como os mercados corrigem os desequilíbrios, por vezes de forma muito lenta -- para inverter um ciclo depressivo, por exemplo -- ou em outras vezes de forma muito rápida -- quebrando bancos, empresas, particulares, que dependendo do poder de barganha, sempre encontram alguem no governo quem os salve, para supostamente evitar "perdas sociais", desemprego, colapso de atividades, essas coisas. Que ele não gostasse disso, não tem nada a ver com a incapacidade dos mercados de se corrigirem, pois o que eles mais fazem, justamente, é corrigir os desequilíbrios acumulados redistribuindo ativos de acordo com sua valoração de mercado: esta pode ser certa ou errada (não importa, pois isso depende da percepção de quem está no mercado), mas ela sempre se dá de acordo com o timing de entrada e saída no mercados dos agentes econômicos primários, empresas ou indivíduos.
Portanto, a afirmação de Keynes não tem NENHUM sentido econômico, tratase apenas de um julgamento pessoal, de uma preferência subjetiva de sua parte.
O que Keynes pretendia, assim como outros aprendizes de feiticeiro, era retirar seu pais do ciclo depressivo. Suas politicas podem ter prolongado um pouco mais a depressao.
No plano mais geral, aAs pessoas simplesmente nao se dao conta de que, ao "salvar" empresas e empregos, os governos estão simplesmente retirando dinheiro do conjunto da sociedade -- por via de mais taxação ou de mais emissao inflacionária -- e colocando esse dinheiro no bolso de alguns poucos privilegiados.
Trata-se de uma dificuldade conceitual que é dificil de enfiar na cabeca das pessoas, assim como a questao do livre comércio: sempre voce encontra alguem disposto a proteger os empregos no pais, taxando ou obstruindo a entrada de produtos concorrentes do exterior. As pessoas simplesmente nao conseguem medir as perdas sociais -- que sao pequenas individualmente, posto que distribuidas por toda a populacao -- ao passo que é "facil" medir os ganhos: alguns milhares de empregos "salvos".
Volto a dizer: os mercados sempre se corrigem, mesmo contra a vontade dos keynesianos...
-------------
Paulo Roberto de Almeida
Books of The Times
The Old Economist, Relevant Amid the Rubble
By DWIGHT GARNER
The New York Times, September 18, 2009
Dwight Garner reviews Robert Skidelsky:
Keynes: The Return of the Master
221 pages. PublicAffairs. $25.95
John Maynard Keynes (1883-1946) was, on the page and off, formidable. He was tall, an impeccable dresser in dark suits and homburgs, a product of Eton and Cambridge, a director of the Bank of England. His words could be withering. “When I argued with him,” the philosopher Bertrand Russell said, “I felt that I took my life in my hands.”
Keynes also had, paradoxically, the sensitive soul of a poet. He was a member of the Bloomsbury group and a favorite of Virginia Woolf’s. He collected modern art and rare manuscripts. He married a Russian ballerina. He was an early environmentalist, given to utterances that stick in the mind. “We are capable of shutting off the sun and the stars,” he warned in 1933, “because they do not pay a dividend.”
These things matter about Keynes because his economic ideas, relevant again amid the rubble of the global financial crisis, had a humane and moral dimension, one that Robert Skidelsky underlines in “Keynes: The Return of the Master.”
Mr. Skidelsky is the author of a magisterial three-volume biography of Keynes (the final volume was published in 2000) and is emeritus professor of political economy at the University of Warwick in England. He knows more about Keynes than anyone alive, but his new book is not a pocket-size distillation of his earlier biography. It’s an attempt to translate and update Keynes’s ideas for a sleek, turbulent era.
This is not an obviously simple task. Keynes’s most influential book, “The General Theory of Employment, Interest and Money,” (1936) published during the Great Depression, is famously impenetrable. But its central idea held sway for nearly 30 years after World War II: that markets are not self-correcting.
In “Keynes: Return of the Master,” Mr. Skidelsky surveys the vast body of Keynes’s work. But he boils the thinking down to a few essential points. Central among them is that market economies are fundamentally uncertain; large shocks like the recent meltdown are not anomalies but normal if unpredictable events. Government should intervene in a crisis — as the Obama administration has since the fall of Lehman Brothers last year — supplying a judicious but firm hand on the tiller.
Mr. Skidelsky is righteous in his thunder about how Keynes’s ideas have been spurned in recent decades. He scolds the free-market ethos of the Reagan and Thatcher eras as well as the thinking of anti-Keynesian New Classical economists. He does not entirely blame the usual suspects (banks, hedge funds, credit-rating agencies, the Fed) for the current crisis. He indicts laissez-faire philosophy.
“The root cause of the present crisis lies in the intellectual failure of economics,” Mr. Skidelsky writes. “It was the wrong ideas of economists which legitimized the deregulation of finance, and it was the deregulation of finance which led to the credit explosion which collapsed into the credit crunch. It is hard to convey the harm done by the recent dominant school of New Classical economics. Rarely in history can such powerful minds have devoted themselves to such strange ideas.”
When Mr. Skidelsky pulls out a napkin and begins to scribble down figures, this book is slower going. It is probably safe to say that “Keynes: The Return of the Master” is aimed at the general reader, if that general reader owns excellent reading glasses and enthusiastically devours the daily business section from front to back.
A not entirely untypical sentence is: “The most general I.M.F. commodity-price index (fuel + nonfuel) peaked in July 2008 at 218 (2005 = 100) and dropped to its lowest level in December, when it was down at 98, recovering to 102 in January 2009 and falling again to 100 in March.” Oof.
This book is provocative in its discussion of the moral aspect of Keynes’s thinking. He had the curious and refreshing idea that financial institutions have a duty to the public interest as well as to shareholders. He worried about the pursuit of money at the expense of all else. What ethical value, he asked, attends a life of “moneymaking and bridge”?
Mr. Skidelsky observes: “His conclusion was that the pursuit of money — what he called ‘love of money’ — was justified only to the extent that it led to a ‘good life.’ And a good life was not what made people better off: it was what made them good. To make the world ethically better was the only justifiable purpose of economic striving.”
Keynes’s altruism sometimes made him sound like Custer at the last stand. “I find no shame at being found still owning a share when the bottom of the market comes,” he wrote. “Any other policy is antisocial, destructive of confidence and incompatible with the working of the economic system.” Maybe this was how he explained himself to Virginia Woolf when, in 1920, he lost the money the Bloomsbury group had invested with him. (The debt was later cleared.)
Keynes ultimately saw economics not as a natural science but a moral one. He was loath to rely on pure mathematics and risk models. Not everything could be reduced to numbers.
When it comes to deciphering Keynes’s ideas for the current moment, we can only speculate about details and particulars. As Mr. Skidelsky points out, “Keynes had little specific to say about financial regulation, since the banking system was not at the center of the storm of the early 1930s.”
But Keynes has always seemed at his most appealing and prophetic at times of roiling financial discontent. Robert Lucas, the University of Chicago economist, joked last year that “everyone is a Keynesian in a foxhole.” If the American economy stabilizes and begins a genuine rebound, there will be plenty of born-again Keynsians outside of those foxholes too.
1383) Relacoes Brasil-EUA: timidez e distanciamento
"O Brasil teme se aproximar dos EUA"
Juliano Machado
Revista Época, 19.09.2009
ENTREVISTA - MATIAS SPEKTOR
As declarações de amizade dos presidentes Barack Obama e Luiz Inácio Lula da Silva, na prática, não melhoraram nada as relações entre Brasil e Estados Unidos. É o que pensa o especialista em relações internacionais Matias Spektor, autor do recém-lançado Kissinger e o Brasil. Para Spektor, a política de aproximação com o Brasil planejada pelo ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger nos anos 70 foi “o único momento de nossa história em que houve a intenção de uma parceria ativa com os americanos". A experiência de Kissinger fracassou, mas abre uma reflexão sobre os prejuízos da visão de que é preciso escolher entre alinhamento automático e distanciamento para lidar com os EUA, afirma Spektor.
MATIAS SPEKTOR
QUEM É
Tem 32 anos. Nasceu em Rosário, na Argentina, mas veio morar no Brasil aos 10 anos
O QUE FAZ
Doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford, é coordenador do Centro de Estudos sobre Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas
O QUE PUBLICOU
Kissinger e o Brasil (Editora Zahar, 2009). Seu segundo livro será uma análise comparativa de países emergentes entre 1961 e 1981
ÉPOCA – O que levou Henry Kissinger a buscar uma aproximação com o Brasil?
Matias Spektor – Os anos 70 marcaram um ciclo de expansão de países periféricos, como se fossem os Brics antes dos Brics (termo cunhado em 2001 para designar as economias do Brasil, da ÃÂÂ ndia, da China e da Rússia). O papel de Kissinger foi perceber, contra a opinião dominante nos Estados Unidos, que o Brasil não só crescia a passos acelerados, como também tinha uma política externa ambiciosa. Portanto, convinha trazê-lo para perto e transformá-lo em parte do pilar do projeto americano de governança global. Era um visionário, mas ao mesmo tempo a maioria de suas apostas foi errada.
ÉPOCA – Por quê?
Spektor – Kissinger apostou na ditadura brasileira, implodida pela crise econômica. Defendeu o apartheid na ÃÂÂ frica do Sul. No Irã, apoiou o xá Reza Pahlevi, expulso pela revolução islâmica. Ele detectou um mundo emergente que devia ser integrado, mas quase sempre errou na maneira de fazer essa integração.
ÉPOCA – Qual foi o significado da assinatura, em 1976, do Memorando de Entendimento entre Brasil e EUA?
Spektor – Foi a primeira vez em que os EUA se comprometeram a manter encontros diplomáticos regulares com um país em desenvolvimento. Reconheceram que o Brasil importava para o cenário mundial. Essa iniciativa de Kissinger, costurada com (Antônio Francisco Azeredo da) Silveira (chanceler brasileiro de 1974 a 1979, durante o governo de Ernesto Geisel), foi o único momento da nossa história em que houve a intenção de uma parceria ativa com os americanos. A expectativa americana era que o Brasil fosse um aliado na Guerra Fria e coordenasse as políticas dos EUA na América do Sul. Mas a cooperação nunca decolou.
ÉPOCA – Quais eram os entraves?
Spektor – Do lado americano, vários oficiais do Departamento de Estado eram contra nomear um país da América do Sul como nação-chave. Eles temiam uma reação negativa de outros países, como a Argentina, que então rivalizava conosco no continente. E recusavam o apoio a uma ditadura brutal, que torturava seus presos. Do lado do Itamaraty, fazer negócio com os americanos parecia arriscado. Engajar-se com os EUA implicava se expor a novas "áreas de conflito" com a superpotência e assumir responsabilidades no continente que o Brasil não queria. O plano de aproximação era um esforço pessoal de Kissinger, que sabia das hesitações do Brasil. Quando Kissinger deixou o poder, com a chegada à Casa Branca do democrata Jimmy Carter (1977-1981), a iniciativa chegou ao fim.
ÉPOCA – Como se relacionam hoje o Brasil e os EUA?
Spektor – Muitas das dinâmicas daquele período continuam vigentes, entre elas a percepção, sintetizada numa frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que "quanto menos a gente entrar no radar dos EUA, melhor". O chanceler Silveira dizia na época das negociações com Kissinger que havia o risco de aumentar os "acidentes de rota". Exceção a essa tentativa de parceria ativa, nossa relação com os EUA é regida por duas situações básicas: alinhamento automático, que é o Brasil seguir os EUA a reboque, como ocorreu no pós-Segunda Guerra Mundial e logo depois do golpe de 1964, ou o distanciamento, que é a visão dominante. Isso foi a tônica na Guerra Fria e perdura até hoje. O Brasil tem relações mais distantes com os EUA que qualquer um dos outros Brics.
Se o Brasil quiser ser potência emergente de fato, vai ser forçado a entrar no radar dos EUA
ÉPOCA – Obama disse que o presidente Lula era "o cara". Essa afeição entre os presidentes pode melhorar a relação?
Spektor – Não. É uma percepção fora de lugar. O fato de dois chefes de Estado terem empatia mútua não se traduz, necessariamente, em programas de cooperação. Nos principais pontos da agenda, seja comércio, proliferação nuclear, promoção da democracia ou segurança internacional, Brasil e EUA têm interesses conflitantes. Sorrisos em fotos e o fato de Obama ter usado com Lula uma expressão corriqueira nos EUA não têm relevância estratégica nenhuma. O que existe é uma expectativa americana de o Brasil se tornar um país disposto a pagar os custos de gerir a ordem internacional. E o Brasil tem sido muito relutante.
ÉPOCA – Isso frustra os EUA?
Spektor – De certa forma, sim. Na percepção americana, o Brasil está jogando numa liga menor que seu peso sugere. O Brasil é relativamente tímido, na visão de Washington. Contrariamente ao que se acredita por aqui, os EUA querem que o Brasil se fortaleça. É como me disse Kissinger, quando o entrevistei em 2006 para escrever o livro: "Eu queria muito que o Brasil fosse mais poderoso. Queria acelerar sua ascensão".
ÉPOCA – Qual foi o envolvimento de Kissinger na Operação Condor, uma aliança entre ditaduras do Cone Sul nos anos 1970 para caçar opositores?
Spektor – Não há dúvidas de que Kissinger apoiou ostensivamente a repressão no Cone Sul. É por isso que ele não viaja para países como o Brasil, pois pode ser chamado por um juiz local a depor em processos de violação de direitos humanos. No entanto, em relação à Operação Condor, não há até agora evidências documentais de que nem o Brasil, muito menos Kissinger, tivesse uma posição proeminente. Há uma diferença entre Kissinger conhecer essas estratégias e ter participado delas ativamente.
ÉPOCA – Qual é o legado de Kissinger para as relações entre Brasil e EUA?
Spektor – Kissinger foi um tom destoante da norma diplomática entre os dois países. Se foi bom ou ruim, é difícil dizer, porque durou pouco. Nossa geração ainda vive um dilema enorme: como fazer para lidar com a maior potência do mundo? A decisão não pode se restringir a uma falsa escolha entre alinhamento automático e distanciamento. Se o Brasil quiser ser potência emergente de fato, vai ser forçado a entrar no radar dos EUA. Não adianta fazer a política do pato, que é enfiar a cabeça embaixo d’água na hora que passa o gavião. Kissinger nos faz refletir sobre o que ganharíamos com uma parceria ativa com os EUA. Não estou advogando pela aproximação, mas isso deveria ser debatido na sociedade. Por que ninguém fala numa possibilidade de acordo comercial bilateral? O Brasil tem medo de se aproximar dos EUA. Isso não é necessariamente errôneo, mas não podemos ficar presos a uma dicotomia do passado.
Juliano Machado
Revista Época, 19.09.2009
ENTREVISTA - MATIAS SPEKTOR
As declarações de amizade dos presidentes Barack Obama e Luiz Inácio Lula da Silva, na prática, não melhoraram nada as relações entre Brasil e Estados Unidos. É o que pensa o especialista em relações internacionais Matias Spektor, autor do recém-lançado Kissinger e o Brasil. Para Spektor, a política de aproximação com o Brasil planejada pelo ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger nos anos 70 foi “o único momento de nossa história em que houve a intenção de uma parceria ativa com os americanos". A experiência de Kissinger fracassou, mas abre uma reflexão sobre os prejuízos da visão de que é preciso escolher entre alinhamento automático e distanciamento para lidar com os EUA, afirma Spektor.
MATIAS SPEKTOR
QUEM É
Tem 32 anos. Nasceu em Rosário, na Argentina, mas veio morar no Brasil aos 10 anos
O QUE FAZ
Doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford, é coordenador do Centro de Estudos sobre Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas
O QUE PUBLICOU
Kissinger e o Brasil (Editora Zahar, 2009). Seu segundo livro será uma análise comparativa de países emergentes entre 1961 e 1981
ÉPOCA – O que levou Henry Kissinger a buscar uma aproximação com o Brasil?
Matias Spektor – Os anos 70 marcaram um ciclo de expansão de países periféricos, como se fossem os Brics antes dos Brics (termo cunhado em 2001 para designar as economias do Brasil, da ÃÂÂ ndia, da China e da Rússia). O papel de Kissinger foi perceber, contra a opinião dominante nos Estados Unidos, que o Brasil não só crescia a passos acelerados, como também tinha uma política externa ambiciosa. Portanto, convinha trazê-lo para perto e transformá-lo em parte do pilar do projeto americano de governança global. Era um visionário, mas ao mesmo tempo a maioria de suas apostas foi errada.
ÉPOCA – Por quê?
Spektor – Kissinger apostou na ditadura brasileira, implodida pela crise econômica. Defendeu o apartheid na ÃÂÂ frica do Sul. No Irã, apoiou o xá Reza Pahlevi, expulso pela revolução islâmica. Ele detectou um mundo emergente que devia ser integrado, mas quase sempre errou na maneira de fazer essa integração.
ÉPOCA – Qual foi o significado da assinatura, em 1976, do Memorando de Entendimento entre Brasil e EUA?
Spektor – Foi a primeira vez em que os EUA se comprometeram a manter encontros diplomáticos regulares com um país em desenvolvimento. Reconheceram que o Brasil importava para o cenário mundial. Essa iniciativa de Kissinger, costurada com (Antônio Francisco Azeredo da) Silveira (chanceler brasileiro de 1974 a 1979, durante o governo de Ernesto Geisel), foi o único momento da nossa história em que houve a intenção de uma parceria ativa com os americanos. A expectativa americana era que o Brasil fosse um aliado na Guerra Fria e coordenasse as políticas dos EUA na América do Sul. Mas a cooperação nunca decolou.
ÉPOCA – Quais eram os entraves?
Spektor – Do lado americano, vários oficiais do Departamento de Estado eram contra nomear um país da América do Sul como nação-chave. Eles temiam uma reação negativa de outros países, como a Argentina, que então rivalizava conosco no continente. E recusavam o apoio a uma ditadura brutal, que torturava seus presos. Do lado do Itamaraty, fazer negócio com os americanos parecia arriscado. Engajar-se com os EUA implicava se expor a novas "áreas de conflito" com a superpotência e assumir responsabilidades no continente que o Brasil não queria. O plano de aproximação era um esforço pessoal de Kissinger, que sabia das hesitações do Brasil. Quando Kissinger deixou o poder, com a chegada à Casa Branca do democrata Jimmy Carter (1977-1981), a iniciativa chegou ao fim.
ÉPOCA – Como se relacionam hoje o Brasil e os EUA?
Spektor – Muitas das dinâmicas daquele período continuam vigentes, entre elas a percepção, sintetizada numa frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que "quanto menos a gente entrar no radar dos EUA, melhor". O chanceler Silveira dizia na época das negociações com Kissinger que havia o risco de aumentar os "acidentes de rota". Exceção a essa tentativa de parceria ativa, nossa relação com os EUA é regida por duas situações básicas: alinhamento automático, que é o Brasil seguir os EUA a reboque, como ocorreu no pós-Segunda Guerra Mundial e logo depois do golpe de 1964, ou o distanciamento, que é a visão dominante. Isso foi a tônica na Guerra Fria e perdura até hoje. O Brasil tem relações mais distantes com os EUA que qualquer um dos outros Brics.
Se o Brasil quiser ser potência emergente de fato, vai ser forçado a entrar no radar dos EUA
ÉPOCA – Obama disse que o presidente Lula era "o cara". Essa afeição entre os presidentes pode melhorar a relação?
Spektor – Não. É uma percepção fora de lugar. O fato de dois chefes de Estado terem empatia mútua não se traduz, necessariamente, em programas de cooperação. Nos principais pontos da agenda, seja comércio, proliferação nuclear, promoção da democracia ou segurança internacional, Brasil e EUA têm interesses conflitantes. Sorrisos em fotos e o fato de Obama ter usado com Lula uma expressão corriqueira nos EUA não têm relevância estratégica nenhuma. O que existe é uma expectativa americana de o Brasil se tornar um país disposto a pagar os custos de gerir a ordem internacional. E o Brasil tem sido muito relutante.
ÉPOCA – Isso frustra os EUA?
Spektor – De certa forma, sim. Na percepção americana, o Brasil está jogando numa liga menor que seu peso sugere. O Brasil é relativamente tímido, na visão de Washington. Contrariamente ao que se acredita por aqui, os EUA querem que o Brasil se fortaleça. É como me disse Kissinger, quando o entrevistei em 2006 para escrever o livro: "Eu queria muito que o Brasil fosse mais poderoso. Queria acelerar sua ascensão".
ÉPOCA – Qual foi o envolvimento de Kissinger na Operação Condor, uma aliança entre ditaduras do Cone Sul nos anos 1970 para caçar opositores?
Spektor – Não há dúvidas de que Kissinger apoiou ostensivamente a repressão no Cone Sul. É por isso que ele não viaja para países como o Brasil, pois pode ser chamado por um juiz local a depor em processos de violação de direitos humanos. No entanto, em relação à Operação Condor, não há até agora evidências documentais de que nem o Brasil, muito menos Kissinger, tivesse uma posição proeminente. Há uma diferença entre Kissinger conhecer essas estratégias e ter participado delas ativamente.
ÉPOCA – Qual é o legado de Kissinger para as relações entre Brasil e EUA?
Spektor – Kissinger foi um tom destoante da norma diplomática entre os dois países. Se foi bom ou ruim, é difícil dizer, porque durou pouco. Nossa geração ainda vive um dilema enorme: como fazer para lidar com a maior potência do mundo? A decisão não pode se restringir a uma falsa escolha entre alinhamento automático e distanciamento. Se o Brasil quiser ser potência emergente de fato, vai ser forçado a entrar no radar dos EUA. Não adianta fazer a política do pato, que é enfiar a cabeça embaixo d’água na hora que passa o gavião. Kissinger nos faz refletir sobre o que ganharíamos com uma parceria ativa com os EUA. Não estou advogando pela aproximação, mas isso deveria ser debatido na sociedade. Por que ninguém fala numa possibilidade de acordo comercial bilateral? O Brasil tem medo de se aproximar dos EUA. Isso não é necessariamente errôneo, mas não podemos ficar presos a uma dicotomia do passado.
1382) SHANAH TOVAH - 5770! YISRAEL CHAY! ISRAEL VIVE!
Minha homenagem ao povo de Israel, por ocasião do Ano Novo Judaico.
O texto que segue foi recebido de um colega de lista de informação e debates.
Devo dizer, preventivamente, que não concordo com tudo o que ele escreveu, sobretudo no que se refere aos problemas políticos de Israel -- por exemplo, a alegação de que Bernadotte foi assassinado por árabes, quando está comprovado que ele foi assassinado por terroristas judeus, que tambem os há; ou de que o primeiro-ministro Rabin teria sido assssinado "alegadamente" por um desequilibrado israelense, quando este é um fato, sancionado pela Justiça de Israel -- mas existe, sim, muito coisa a ser comemorada na existência do povo judeu e na permanência do Estado de Israel naquela região.
Quanto ao podo judeu, creio que não cabe mais nenhuma dúvida quanto a sua imensa contribuição beneficiosa para o conjunto da humanidade de homens e mulheres que deram muito mais do que sua participação no conjunto humano: inovações, invenções, descobertas, produção científica, humanismo, tudo foi eminentemente positivo nestes 5.550 anos de existência do povo judeu.
Quanto ao Estado de Israel, a despeito de controvérsias sobre os conflitos em torno de fronteiras e do problema palestino, permito-me dizer apenas uma coisa: aquela região seria muito, mas muito mais selvagem, totalitária e intolerante se não fosse pela existência de Israel, que contribui um pouco para civilizar uma região embrutecida por ditadores, fundamentalistas e obscurantistas.
Shalom!
SHANAH TOVAH - 5770! YISRAEL CHAY! ISRAEL VIVE!
PREZADOS AMIGOS:
1. Nesta sexta-feira (18.09.2009), após o pôr do sol, inicia-se o ano de 5.770, um ano marcado pela Kabalah, porque nele se identificam Israel (5+7=12, as 12 Tribos) e todas as Nações da Terra, representadas pelo número 70, nas quais todos os Povos têm sua origem remota (Bereshit 10). Quero, nessa irmanização dos seres humanos, desejar a todos um FELIZ ANO DE 5770!
2. É verdade que cresce o antissemitismo e que o mundo cambaleia em suas falsas esperanças ideológicas. A velha Pérsia está aí, mais uma vez, para bradar contra os judeus, como há cerca de 2.600 anos atrás: "Existe um Povo, espalhado e disperso entre os povos, em todas as províncias do teu reino, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei; pelo que não convém ao rei tolerá-lo. Se bem parecer ao rei, decrete-se por escrito que sejam mortos..." (Ester 3:8, 9). O Governo da Pérsia 'se mantém em oposição' (Daniel 10:13), pois o Irã já pode construir uma bomba atômica... E a ONU, em sua hipocrisia, o confessa. Nenhum Governo nada fez, e na verdade todos esperam o ataque israelense... Mais uma vez, estamos sozinhos... "Eis que é um Povo que habita só, e entre as Nações não será contado" (Bamidbar 23:9). Como nos lembra a Sra. GOLDA MEIR: "Temos lutado sozinhos por nossa existência e segurança, e por elas pagamos."
3. No anexo, vejam o que ISRAEL tem feito! Um País insignificante, como muitos diriam, ao cotejo com tão poderosas e ricas Nações, mas que tanto tem feito pela Humanidade, um Povo que só existe, com sua cultura, sua religião de 4.000 anos, seu idioma, sua moeda, que é o mesmo nome - Shekel - dos tempos de ABRAHÃO, que só sobreviveu porque, reconheceu o ateu soviético, NICOLAI BERDAYEV, "ao tentar aplicar aos judeus a veracidade do materialismo histórico", suas crenças estilhaçaram-se, porque a "existência [dos judeus] é um fenômeno misterioso e espantoso, um testemunho de que sua vida é regida por força de algum decreto antigo..." (O Sentido da História).
4. E os judeus têm diante de si o textos desse "decreto antigo", como o de Isaías (2:1-5), escrito na entrada da Sede da ONU, em NY: a construção do Terceiro Templo, no Monte Moriah, onde há uma Grande Mesquita e mais o Zimbório da Rocha, cuja derrubada, há uns 30 anos, causaria a Terceira Guerra Mundial... Os judeus amam, acima de tudo, JERUSALÉM, essa cidade que não apenas concentra, mas é a grande questão mundial: "Eis que tornarei Jerusalém uma taça que causa tontura para todos os povos em volta dela. E farei que com que Jerusalém se torne uma pedra pesada sobre todos os povos, e todos os que a levantarem se ferirão gravemente..." (Zacarias 12:2, 3). Entre tantos "feridos" por essa Pedra: o conde FOLKE BERNADOTTE, morto em Jerusalém, em 1948, por árabes... O rei ABDULLAH, assassinado em Jerusalém, em 1951, por árabes... Depois de visitar JERUSALÉM, ANWAR EL-SADAT, para assinar acordos com o Governo israelense, foi assassinado em CAIRO, em 1980, por terroristas árabes... O próprio Primeiro Ministro YITZCHAK RABIN, que assinou Acordo de Paz com os árabes "palestinos", também foi ferido gravemente e morreu em 04 NOV 1995, sendo seu assassinato atribuído ao religioso judeu YGAL AMIR... A busca da Paz tem, ironicamente, causado "ferimentos graves"... E YIERUSHALYIM é a "Cidade Santa" para as três religiões monoteístas.
5. Nosso mundo experimenta cenários de crises econômicas, epidemias terríveis, reações e calamidades naturais em todo o Planeta! E vem o YEHOSHUA COHEN desejar SHANAH TOVAH UMETUKAH? (ANO NOVO BOM E DOCE?...). Como se podem compatibilizar esses cenários?
6. Pessoalmente, porque mantenho firme as tradições de meus Antepassados, sinto que brevemente a Humanidade irá desfrutar um tempo de Paz, sem ideologias, sem escravização, em que a Liberdade prevalecerá, em que todos os Povos se sentarão e tomarão vinho, brindando às conquistas do homem, que são decerto mais belas do que as do Criador... Mais belo, ensinava Rabi AKIVA, é o pão feito pelo homem do que o grão de trigo feito pelo Criador... O infinitamente grande e o infinitamente pequeno devem nortear os rumos da Humanidade, com descobertas espantosas nas Ciências e o assombro de que todas as mensagens da Torah e dos Profetas de Israel eram um código de reforma sistêmica, social, política e economicamente entendidas. E como disse BILAM: "Há júbilo de um Rei em Israel". Creio nisso, e vivo essa esperança com minha querida Esposa, MIRIAM, e meus Filhos, SARAH, YEDID, DINAH, YOSSEF e YONATHAN, biológicos, e mais os adotados, BENYAMIN, YITZCHAK, AVDIEL. E com meus sete netos e mais um que está chegando...
7. Por isso, posso ver além dessas nuvens escuras, e dizer a todos os Judeus e Amigos: FELIZ 5770! Porque "levantar-se o Sol da Justiça trazendo saúde em seus raios" (Malachy 3:20).
Com meu cordial abraço e SHALOM!
YEHOSHUA COHEN
=======
PS.: Correção de um erro factual no texto acima: o filósofo russo Nikolai Berdiaef não era ateu, nem soviético: foi um dos mais importantes existencialistas cristãos.
O texto que segue foi recebido de um colega de lista de informação e debates.
Devo dizer, preventivamente, que não concordo com tudo o que ele escreveu, sobretudo no que se refere aos problemas políticos de Israel -- por exemplo, a alegação de que Bernadotte foi assassinado por árabes, quando está comprovado que ele foi assassinado por terroristas judeus, que tambem os há; ou de que o primeiro-ministro Rabin teria sido assssinado "alegadamente" por um desequilibrado israelense, quando este é um fato, sancionado pela Justiça de Israel -- mas existe, sim, muito coisa a ser comemorada na existência do povo judeu e na permanência do Estado de Israel naquela região.
Quanto ao podo judeu, creio que não cabe mais nenhuma dúvida quanto a sua imensa contribuição beneficiosa para o conjunto da humanidade de homens e mulheres que deram muito mais do que sua participação no conjunto humano: inovações, invenções, descobertas, produção científica, humanismo, tudo foi eminentemente positivo nestes 5.550 anos de existência do povo judeu.
Quanto ao Estado de Israel, a despeito de controvérsias sobre os conflitos em torno de fronteiras e do problema palestino, permito-me dizer apenas uma coisa: aquela região seria muito, mas muito mais selvagem, totalitária e intolerante se não fosse pela existência de Israel, que contribui um pouco para civilizar uma região embrutecida por ditadores, fundamentalistas e obscurantistas.
Shalom!
SHANAH TOVAH - 5770! YISRAEL CHAY! ISRAEL VIVE!
PREZADOS AMIGOS:
1. Nesta sexta-feira (18.09.2009), após o pôr do sol, inicia-se o ano de 5.770, um ano marcado pela Kabalah, porque nele se identificam Israel (5+7=12, as 12 Tribos) e todas as Nações da Terra, representadas pelo número 70, nas quais todos os Povos têm sua origem remota (Bereshit 10). Quero, nessa irmanização dos seres humanos, desejar a todos um FELIZ ANO DE 5770!
2. É verdade que cresce o antissemitismo e que o mundo cambaleia em suas falsas esperanças ideológicas. A velha Pérsia está aí, mais uma vez, para bradar contra os judeus, como há cerca de 2.600 anos atrás: "Existe um Povo, espalhado e disperso entre os povos, em todas as províncias do teu reino, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei; pelo que não convém ao rei tolerá-lo. Se bem parecer ao rei, decrete-se por escrito que sejam mortos..." (Ester 3:8, 9). O Governo da Pérsia 'se mantém em oposição' (Daniel 10:13), pois o Irã já pode construir uma bomba atômica... E a ONU, em sua hipocrisia, o confessa. Nenhum Governo nada fez, e na verdade todos esperam o ataque israelense... Mais uma vez, estamos sozinhos... "Eis que é um Povo que habita só, e entre as Nações não será contado" (Bamidbar 23:9). Como nos lembra a Sra. GOLDA MEIR: "Temos lutado sozinhos por nossa existência e segurança, e por elas pagamos."
3. No anexo, vejam o que ISRAEL tem feito! Um País insignificante, como muitos diriam, ao cotejo com tão poderosas e ricas Nações, mas que tanto tem feito pela Humanidade, um Povo que só existe, com sua cultura, sua religião de 4.000 anos, seu idioma, sua moeda, que é o mesmo nome - Shekel - dos tempos de ABRAHÃO, que só sobreviveu porque, reconheceu o ateu soviético, NICOLAI BERDAYEV, "ao tentar aplicar aos judeus a veracidade do materialismo histórico", suas crenças estilhaçaram-se, porque a "existência [dos judeus] é um fenômeno misterioso e espantoso, um testemunho de que sua vida é regida por força de algum decreto antigo..." (O Sentido da História).
4. E os judeus têm diante de si o textos desse "decreto antigo", como o de Isaías (2:1-5), escrito na entrada da Sede da ONU, em NY: a construção do Terceiro Templo, no Monte Moriah, onde há uma Grande Mesquita e mais o Zimbório da Rocha, cuja derrubada, há uns 30 anos, causaria a Terceira Guerra Mundial... Os judeus amam, acima de tudo, JERUSALÉM, essa cidade que não apenas concentra, mas é a grande questão mundial: "Eis que tornarei Jerusalém uma taça que causa tontura para todos os povos em volta dela. E farei que com que Jerusalém se torne uma pedra pesada sobre todos os povos, e todos os que a levantarem se ferirão gravemente..." (Zacarias 12:2, 3). Entre tantos "feridos" por essa Pedra: o conde FOLKE BERNADOTTE, morto em Jerusalém, em 1948, por árabes... O rei ABDULLAH, assassinado em Jerusalém, em 1951, por árabes... Depois de visitar JERUSALÉM, ANWAR EL-SADAT, para assinar acordos com o Governo israelense, foi assassinado em CAIRO, em 1980, por terroristas árabes... O próprio Primeiro Ministro YITZCHAK RABIN, que assinou Acordo de Paz com os árabes "palestinos", também foi ferido gravemente e morreu em 04 NOV 1995, sendo seu assassinato atribuído ao religioso judeu YGAL AMIR... A busca da Paz tem, ironicamente, causado "ferimentos graves"... E YIERUSHALYIM é a "Cidade Santa" para as três religiões monoteístas.
5. Nosso mundo experimenta cenários de crises econômicas, epidemias terríveis, reações e calamidades naturais em todo o Planeta! E vem o YEHOSHUA COHEN desejar SHANAH TOVAH UMETUKAH? (ANO NOVO BOM E DOCE?...). Como se podem compatibilizar esses cenários?
6. Pessoalmente, porque mantenho firme as tradições de meus Antepassados, sinto que brevemente a Humanidade irá desfrutar um tempo de Paz, sem ideologias, sem escravização, em que a Liberdade prevalecerá, em que todos os Povos se sentarão e tomarão vinho, brindando às conquistas do homem, que são decerto mais belas do que as do Criador... Mais belo, ensinava Rabi AKIVA, é o pão feito pelo homem do que o grão de trigo feito pelo Criador... O infinitamente grande e o infinitamente pequeno devem nortear os rumos da Humanidade, com descobertas espantosas nas Ciências e o assombro de que todas as mensagens da Torah e dos Profetas de Israel eram um código de reforma sistêmica, social, política e economicamente entendidas. E como disse BILAM: "Há júbilo de um Rei em Israel". Creio nisso, e vivo essa esperança com minha querida Esposa, MIRIAM, e meus Filhos, SARAH, YEDID, DINAH, YOSSEF e YONATHAN, biológicos, e mais os adotados, BENYAMIN, YITZCHAK, AVDIEL. E com meus sete netos e mais um que está chegando...
7. Por isso, posso ver além dessas nuvens escuras, e dizer a todos os Judeus e Amigos: FELIZ 5770! Porque "levantar-se o Sol da Justiça trazendo saúde em seus raios" (Malachy 3:20).
Com meu cordial abraço e SHALOM!
YEHOSHUA COHEN
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PS.: Correção de um erro factual no texto acima: o filósofo russo Nikolai Berdiaef não era ateu, nem soviético: foi um dos mais importantes existencialistas cristãos.
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