Acabo de assistir o Estado orwelliano em ação, e os leitores deste blog poderão, ou não, confirmar minha suposição (por certo malévola e mal intencionada).
A CNN está comemorando 30 anos de atividades ininterruptas (não em todos os países, por certo), a partir de sua primeira transmissão a partir da Georgia, em 1980. Como parte da retrospectiva, a cadeia, que já foi depreciativamente chamada, quando começou, de Chicken Noodles Network, mostrou imagens dos seus 30 anos de reportagens, incluindo o desastre do Space Shuttle Columbia e a queda do muro do Berlim.
De repente, tudo fica cinza em meu aparelho Philips made in China (e como), com aqueles chuviscos tradicionais de interrupção de transmissão de imagem, durante quase 20 segundos, e depois tudo volta ao normal.
Minha hipótese, a ser confirmada pelos que eventualmente assistiram à mesma matéria em outros países (a ser repassada diversas vezes, suponho, nos próximos dias), é a de que as imagens suprimidas se referissem aos episódios da Praça (sem ironia) da Paz Celestial, ou Tian An Men, quando, em junho de 1989, tanques chineses afogaram no sangue os protestos dos estudantes por mais democracia. Aparentemente, cerca de 3 mil manifestantes desapareceram ou foram mortos (vocês escolhem) e China voltou ao seu regime político "normal" dos últimos 4 mil anos.
Aqui na China, diga-se de passagem, só tenho direito a assistir à versão asiática da CNN, à CNBC (uma rede de negócios) e à versão asiática da BBC News, além de uma versão pasteurizada (e horrível) de um canal francês (nem vale a pena mencionar o nome). Todo o resto é China, em vários molhos e apresentações, inclusive um canal da CCTV (a estatal local) em inglês, palatável em sua inocuidade bem comportada (ainda assim, muito melhor do que a porcaria que nos servem como TV estatal no Brasil).
Fico na espera da confirmação de minha hipótese, por parte de alguma alma caridosa e atenta à CNN. Confirmando-se, também imagino que fique confirmada a hipótese de transmissão diferida por alguns segundos, para dar tempos aos pequenos big brothers (devem existir milhares deles, sempre atentos em frente de todos os canais transmitidos do estrangeiro) de cortarem a transmissão. Se questionados, os responsáveis poderão sempre dizer que se tratou apenas de um "problema técnico".
Sorry, Dalai Lama, no chances for you...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 1.06.2010)
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
terça-feira, 1 de junho de 2010
Politica Nuclear do Iran (15): Mais duas opinioes (abalizadas)
O que o Brasil ganha e perde com o acordo nuclear iraniano?
Dois personagens acostumados ao jogo diplomático avaliam a questão.
Os embaixadores Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral avaliam até que ponto o Brasil ganhou e perdeu mediando o polêmico acordo nuclear com o Irã.
link:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1594711-17665-384,00.html
Dois personagens acostumados ao jogo diplomático avaliam a questão.
Os embaixadores Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral avaliam até que ponto o Brasil ganhou e perdeu mediando o polêmico acordo nuclear com o Irã.
link:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1594711-17665-384,00.html
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Flotilha da "Liberdade" e ataques de Israel: duas notas a imprensa
(A) Uma nota do MRE:
Nota à Imprensa do MRE nº 349
31 de maio de 2010
Ataque israelense à "Flotilha da Liberdade"
Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.
O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.
Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.
Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.
A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.
O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.
O original desta nota encontra-se disponível no seguinte endereço:
http://kitplone.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/ataque-israelense-a-201cflotilha-da-liberdade201d
(B) Um Comunicado à Imprensa da Embaixada de Israel
31 de maio de 2010
Enviamos abaixo as reações oficiais do governo de Israel acerca dos eventos ocorridos nesta madrugada entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a flotilha que seguia em direção à Faixa de Gaza.
1. Atividades e declarações do Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman, segue conduzindo uma série de diálogos com Chanceleres de vários países e informou nesta manhã em Israel que os membros da embarcação não estavam em missão de paz e são, na verdade, terroristas que atacaram os militares das FDI quando estes abordaram a embarcação que se dirigia à Faixa de Gaza.
O Chanceler também explicou que todas as tentativas de Israel para dialogar e alcançar um entendimento com os organizadores da flotilha foram rejeitadas. Lembrou também que todas as solicitações de Israel ao Hamas para que fosse autorizada a entrada da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza, com o fim de visitar e atender o soldado israelense seqüestrado, Gilad Shalit, foram negadas. O que aconteceu nesta manhã foi uma violência pré-planejada pelo grupo que atacou as FDI e Israel não permitirá qualquer ofensiva ao seu Estado por parte de grupos terroristas ou seus apoiadores.
2. Reação do Vice-Ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon.
O Vice-Ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon, informou nesta manhã em Israel, durante uma coletiva de imprensa, que “a armada de ódio e violência em apoio à organização terrorista Hamas foi uma provocação premeditada e ultrajante”. Os organizadores da flotilha são bem conhecidos por suas ligações com o Jihad, Al-Qaeda e o Hamas, tendo em sua trajetória um histórico de contrabando de armas e outros materiais bélicos. Ayalon informou ainda que “a bordo do navio, foram encontradas armas que estavam preparadas com antecedência e usadas contra as FDI. A intenção dos organizadores era a utilização de métodos violentos e, infelizmente, houve fortes resultados”.
Ayalon também informou que a chamada ajuda humanitária não tinha uma finalidade pacífica e se assim fosse, os organizadores teriam aceitado a oferta israelense em realizar a entrega dos materiais através dos canais apropriados, como a ONU ou a Cruz Vermelha. Na verdade, o grupo afirmou repetidas vezes que a intenção era romper o bloqueio marítimo em Gaza. Este bloqueio, realizado por Israel, é legal e justificado, levando em consideração o terror imposto pelo Hamas em Gaza. Permitir que esses navios entrassem de forma ilegal no território teria aberto um corredor de contrabando de armas e terroristas na Faixa de Gaza, resultando em morte de milhares de civis e a disseminação da violência em toda a área.
Após os repetidos avisos aos organizadores de que não seria permitido romper o bloqueio e de acordo com a lei marítima, Israel impôs o seu direito. Infelizmente os membros da flotilha não atenderam nenhuma das propostas israelenses, incluído a de hoje pela manhã, onde as FDI solicitaram que a flotilha os acompanhasse, encerrando de forma pacífica este evento.
Nenhum país soberano iria tolerar este tipo de violência contra sua população civil, contra a sua soberania, contra a lei internacional. Israel lamenta as vítimas e informa que foram usadas todas as opções e alternativas para evitar esta situação.
Informações Adicionais (em inglês)
Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=bU12KW-XyZE&feature=player_embedded veja um vídeo onde membros da flotilha utilizam de alta violência contra os soldados israelenses durante a embarcação destes no navio. O evento ocorreu nesta manhã.
Clique aqui http://www.terrorism-info.org.il/malam_multimedia/English/eng_n/pdf/hamas_e107.pdf acesse um documento que aponta ligações do grupo IHH (Insani Yardim Vakfi, IHH, “Fundo de Ajuda Humanitária”) com os grupos terroristas Hamas, Irmandade Mulçumana e Al-Qaeda.
Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=Q8zVD6C3C1k veja um vídeo onde um soldado israelense é atacado com golpes de pé-de-cabra.
Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=qKOmLP4yHb4 veja um vídeo onde as Forças de Defesa de Israel abordam a embarcação que se aproxima da Faixa de Gaza e oferecem o Porto em Ashdod como alternativa para que a flotilha desembarque os suprimentos e estes sejam transportados por via terrestre à Faixa de Gaza sob supervisão. A opção de transporte via terrestre é a mais segura, haja visto que algumas embarcações que supostamente levam suprimentos à Faixa de Gaza, transportam também armamentos e outros materiais bélicos. No vídeo, claramente vê-se que a embarcação recusa a proposta. Após a recusa, a flotilha atacou as FDI.
Clique aqui http://www.livestream.com/newchannel/popoutplayer?channel=insaniyardim&clip=pla_f18a073c-35dc-4288-92b0-bd0f9c37c61d assista um vídeo, feito antes dos recentes acontecimentos, onde os organizadores da flotilha admitem utilizar a força caso os soldados israelenses embarquem em algum navio da flotilha.
Clique aqui http://www.mfa.gov.il/MFA/Government/Law/Legal+Issues+and+Rulings/Gaza_flotilla_maritime_blockade_Gaza-Legal_background_31-May-2010.htm acesse o documento “The Gaza flotilla and the maritime blockade of Gaza - Legal background”, com informações acerca da legalidade do bloqueio marítimo em Gaza.
Departamento de Comunicação
Embaixada de Israel no Brasil
(C) Uma Nota à Imprensa do Embaixador de Israel no Brasil
31 de maio de 2010
O Embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, encontrou-se hoje com a Subsecretária-Geral de Assuntos Políticos I do Itamaraty, Embaixadora Vera Lúcia Barrouin Crivano Machado, às 17 horas, no Itamaraty, após ser convocado.
Durante a reunião, a Embaixadora Vera Machado reiterou a posição brasileira informada, nesta data, em nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Em resposta, o Embaixador de Israel reafirmou a posição Israelense de que a flotilha não seguia com uma ação humanitária, mas chegou como uma provocação com o intuito de apoiar o regime ilegal e terrorista do Hamas em Gaza.
O Embaixador manifestou ainda que não existe crise humanitária em Gaza, uma vez que todo o tipo de ajuda tem ingressado diariamente na região. Israel ofereceu aos organizadores da flotilha a alternativa de seguirem para o porto de Ashdod, onde os suprimentos de ajuda humanitária seguiriam para Gaza por via terrestre. Os organizadores não aceitaram esta opção.
Foi mencionado ainda, pelo Embaixador, que os soldados israelenses embarcaram sem empunhar suas armas e foram atacados violentamente, com ameaças às suas vidas, pelos manifestantes que não foram pacifistas. Somente após sofrerem os violentos ataques, os soldados israelenses reagiram em legítima defesa.
O Brasil manifestou ainda sua preocupação sobre as negociações de paz com os Palestinos. O Embaixador Giora Becher informou que Israel quer continuar com o processo de paz, mas o Hamas está contra estas negociações contando com o apoio dos organizadores da flotilha.
Questionado sobre a cineasta Iara Lee, o Embaixador informou ao Itamaraty que minutos antes do encontro ocorrer em Brasília, Israel localizou seu nome na lista de passageiros, mas como cidadã norte-americana. O Embaixador certificou o Itamaraty de que Israel trabalhará para localizar a cineasta e que tão logo tenha novas notícias, a Chancelaria brasileira e a imprensa serão informadas.
Assessoria de Imprensa
Embaixada de Israel
Nota à Imprensa do MRE nº 349
31 de maio de 2010
Ataque israelense à "Flotilha da Liberdade"
Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.
O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.
Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.
Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.
A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.
O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.
O original desta nota encontra-se disponível no seguinte endereço:
http://kitplone.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/ataque-israelense-a-201cflotilha-da-liberdade201d
(B) Um Comunicado à Imprensa da Embaixada de Israel
31 de maio de 2010
Enviamos abaixo as reações oficiais do governo de Israel acerca dos eventos ocorridos nesta madrugada entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a flotilha que seguia em direção à Faixa de Gaza.
1. Atividades e declarações do Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman, segue conduzindo uma série de diálogos com Chanceleres de vários países e informou nesta manhã em Israel que os membros da embarcação não estavam em missão de paz e são, na verdade, terroristas que atacaram os militares das FDI quando estes abordaram a embarcação que se dirigia à Faixa de Gaza.
O Chanceler também explicou que todas as tentativas de Israel para dialogar e alcançar um entendimento com os organizadores da flotilha foram rejeitadas. Lembrou também que todas as solicitações de Israel ao Hamas para que fosse autorizada a entrada da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza, com o fim de visitar e atender o soldado israelense seqüestrado, Gilad Shalit, foram negadas. O que aconteceu nesta manhã foi uma violência pré-planejada pelo grupo que atacou as FDI e Israel não permitirá qualquer ofensiva ao seu Estado por parte de grupos terroristas ou seus apoiadores.
2. Reação do Vice-Ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon.
O Vice-Ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon, informou nesta manhã em Israel, durante uma coletiva de imprensa, que “a armada de ódio e violência em apoio à organização terrorista Hamas foi uma provocação premeditada e ultrajante”. Os organizadores da flotilha são bem conhecidos por suas ligações com o Jihad, Al-Qaeda e o Hamas, tendo em sua trajetória um histórico de contrabando de armas e outros materiais bélicos. Ayalon informou ainda que “a bordo do navio, foram encontradas armas que estavam preparadas com antecedência e usadas contra as FDI. A intenção dos organizadores era a utilização de métodos violentos e, infelizmente, houve fortes resultados”.
Ayalon também informou que a chamada ajuda humanitária não tinha uma finalidade pacífica e se assim fosse, os organizadores teriam aceitado a oferta israelense em realizar a entrega dos materiais através dos canais apropriados, como a ONU ou a Cruz Vermelha. Na verdade, o grupo afirmou repetidas vezes que a intenção era romper o bloqueio marítimo em Gaza. Este bloqueio, realizado por Israel, é legal e justificado, levando em consideração o terror imposto pelo Hamas em Gaza. Permitir que esses navios entrassem de forma ilegal no território teria aberto um corredor de contrabando de armas e terroristas na Faixa de Gaza, resultando em morte de milhares de civis e a disseminação da violência em toda a área.
Após os repetidos avisos aos organizadores de que não seria permitido romper o bloqueio e de acordo com a lei marítima, Israel impôs o seu direito. Infelizmente os membros da flotilha não atenderam nenhuma das propostas israelenses, incluído a de hoje pela manhã, onde as FDI solicitaram que a flotilha os acompanhasse, encerrando de forma pacífica este evento.
Nenhum país soberano iria tolerar este tipo de violência contra sua população civil, contra a sua soberania, contra a lei internacional. Israel lamenta as vítimas e informa que foram usadas todas as opções e alternativas para evitar esta situação.
Informações Adicionais (em inglês)
Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=bU12KW-XyZE&feature=player_embedded veja um vídeo onde membros da flotilha utilizam de alta violência contra os soldados israelenses durante a embarcação destes no navio. O evento ocorreu nesta manhã.
Clique aqui http://www.terrorism-info.org.il/malam_multimedia/English/eng_n/pdf/hamas_e107.pdf acesse um documento que aponta ligações do grupo IHH (Insani Yardim Vakfi, IHH, “Fundo de Ajuda Humanitária”) com os grupos terroristas Hamas, Irmandade Mulçumana e Al-Qaeda.
Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=Q8zVD6C3C1k veja um vídeo onde um soldado israelense é atacado com golpes de pé-de-cabra.
Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=qKOmLP4yHb4 veja um vídeo onde as Forças de Defesa de Israel abordam a embarcação que se aproxima da Faixa de Gaza e oferecem o Porto em Ashdod como alternativa para que a flotilha desembarque os suprimentos e estes sejam transportados por via terrestre à Faixa de Gaza sob supervisão. A opção de transporte via terrestre é a mais segura, haja visto que algumas embarcações que supostamente levam suprimentos à Faixa de Gaza, transportam também armamentos e outros materiais bélicos. No vídeo, claramente vê-se que a embarcação recusa a proposta. Após a recusa, a flotilha atacou as FDI.
Clique aqui http://www.livestream.com/newchannel/popoutplayer?channel=insaniyardim&clip=pla_f18a073c-35dc-4288-92b0-bd0f9c37c61d assista um vídeo, feito antes dos recentes acontecimentos, onde os organizadores da flotilha admitem utilizar a força caso os soldados israelenses embarquem em algum navio da flotilha.
Clique aqui http://www.mfa.gov.il/MFA/Government/Law/Legal+Issues+and+Rulings/Gaza_flotilla_maritime_blockade_Gaza-Legal_background_31-May-2010.htm acesse o documento “The Gaza flotilla and the maritime blockade of Gaza - Legal background”, com informações acerca da legalidade do bloqueio marítimo em Gaza.
Departamento de Comunicação
Embaixada de Israel no Brasil
(C) Uma Nota à Imprensa do Embaixador de Israel no Brasil
31 de maio de 2010
O Embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, encontrou-se hoje com a Subsecretária-Geral de Assuntos Políticos I do Itamaraty, Embaixadora Vera Lúcia Barrouin Crivano Machado, às 17 horas, no Itamaraty, após ser convocado.
Durante a reunião, a Embaixadora Vera Machado reiterou a posição brasileira informada, nesta data, em nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Em resposta, o Embaixador de Israel reafirmou a posição Israelense de que a flotilha não seguia com uma ação humanitária, mas chegou como uma provocação com o intuito de apoiar o regime ilegal e terrorista do Hamas em Gaza.
O Embaixador manifestou ainda que não existe crise humanitária em Gaza, uma vez que todo o tipo de ajuda tem ingressado diariamente na região. Israel ofereceu aos organizadores da flotilha a alternativa de seguirem para o porto de Ashdod, onde os suprimentos de ajuda humanitária seguiriam para Gaza por via terrestre. Os organizadores não aceitaram esta opção.
Foi mencionado ainda, pelo Embaixador, que os soldados israelenses embarcaram sem empunhar suas armas e foram atacados violentamente, com ameaças às suas vidas, pelos manifestantes que não foram pacifistas. Somente após sofrerem os violentos ataques, os soldados israelenses reagiram em legítima defesa.
O Brasil manifestou ainda sua preocupação sobre as negociações de paz com os Palestinos. O Embaixador Giora Becher informou que Israel quer continuar com o processo de paz, mas o Hamas está contra estas negociações contando com o apoio dos organizadores da flotilha.
Questionado sobre a cineasta Iara Lee, o Embaixador informou ao Itamaraty que minutos antes do encontro ocorrer em Brasília, Israel localizou seu nome na lista de passageiros, mas como cidadã norte-americana. O Embaixador certificou o Itamaraty de que Israel trabalhará para localizar a cineasta e que tão logo tenha novas notícias, a Chancelaria brasileira e a imprensa serão informadas.
Assessoria de Imprensa
Embaixada de Israel
Politica Nuclear do Iran (14): Confesso que nao consigo entender
Vou confessar, numa brevíssima nota, uma frustração e uma dúvida:
Não consigo entender por que, como, em que condições, tantos comentaristas brilhantes de nossa imprensa e de outros veículos não conseguem se concentrar no que é básico: o programa nuclear do Irã.
A quase totalidade deles fica comentando o "acordo de Teheran", os avanços dos emergentes em terrenos antes reservados aos "grandes", as motivações perversas do imperialismo americano e outras coisas do gênero.
Confesso que não entendo, sobretudo porque não tenho praticamente encontrado nenhum artigo sobre o que realmente interessa: o programa nuclear do Irã e seus compromissos com a AIEA ao abrigo do TNP.
Será que seria pedir muito pedir artigos sobre isso?
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 1 de junho de 2010)
Não consigo entender por que, como, em que condições, tantos comentaristas brilhantes de nossa imprensa e de outros veículos não conseguem se concentrar no que é básico: o programa nuclear do Irã.
A quase totalidade deles fica comentando o "acordo de Teheran", os avanços dos emergentes em terrenos antes reservados aos "grandes", as motivações perversas do imperialismo americano e outras coisas do gênero.
Confesso que não entendo, sobretudo porque não tenho praticamente encontrado nenhum artigo sobre o que realmente interessa: o programa nuclear do Irã e seus compromissos com a AIEA ao abrigo do TNP.
Será que seria pedir muito pedir artigos sobre isso?
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 1 de junho de 2010)
Um digressao sobre o pecado (quero dizer, os lucros)
Extraio, literalmente, do Blog do Richard Sylvestre (Depósito de...) este post singelo sobre o lucro.
Acho que pode ajudar muita gente que tem o coração e a mente atormentada por todas essas mensagens cristãs contra o lucro, a usura, a exploração, o capitalismo, enfim, todas essas coisas perversas que os brilhantes teólogos soltos por aí não cessam de condenar e de acusar dos piores malefícios causados à humanidade...
Paulo Roberto de Almeida (31.05.2010)
Breve comentário sobre lucros
Richard Sylvestre: Depósito de
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Todos nós, seres humanos adultos, em qualquer época da nossa relez existência, maximizamos lucro. É inconcebível logicamente alguém que prefira cursos de ação onde os custos superam os benefícios. Custos já significam “o que deve ser evitado, o que é ruim”. Benefícios já significam “o que deve ser buscado, o que é bom”. Dizer que seres humanos não maximizam lucro é o mesmo que dizer que “prefiro o pior” o que nada mais é do que dizer que “melhor é pior” – uma contradição.
Em termos práticos, nas relações de mercado impessoais, ou seja, relações onde nós não temos pelo “outro” nenhum sentimento especial como temos pelos nossos familiares ou por nossos inimigos, isso significa comprar o mais barato que pudermos e vender o mais caro possível. Do pobre trabalhador desqualificado ao banqueiro, todos fazemos isso. Obviamente o diferencial entre custos e benefícios que o segundo recebe é bem maior que o primeiro, mas a essência da escolha de ambos não é em nada diferente – a busca por maximizar lucro.
Lucro maior, mantendo tudo o mais constante, significa maior bem estar. Existe uma relação monótona entre essas duas coisas. Lucrar significa que os benefícios superam os custos, ou seja, aumenta o nosso bem estar. A sobrevivência humana, no sentido mais básico e corriqueiro, depende do sucesso em se obter lucro. Um caçador da idade das pedras, que gastou tempo e trabalho para fazer uma lança de madeira, ou seja, incorreu em um custo, não sobreviverá se não conseguir caçar nada (nenhum benefício) ou se caçar um bicho muito pequeno, venenoso etc.. (baixo benefício). Mas prosperará, perpetuará a espécie se o que ele criou, facilitar em muito a caça e ele conseguir muito alimento (muito beneficio e conseqüentemente muito lucro). Tanto alimento, a um custo tão baixo, que ele pode “perder um tempo” do seu dia pensando e produzindo novas invenções, desenvolvendo novas formas de produzir alimento, como plantações fixas, rebanhos em cercado etc..
Toda ação bem sucedida do ponto de vista do bem estar humano, implica em uma ação que obteve, de fato, lucro. Nesse sentido, a efetiva obtenção de lucro, é um dos pilares da ética humana. Considerar a obtenção de lucro algo imoral, errado é o mesmo que condenar o homem à morte, é a negação do seu direito de viver, de desenvolver suas potencialidades. Ideologias e éticas que condenam o lucro, são ideologias anti-humanas, ideologias assassinas.
O lucro é simplesmente a contabilização do sucesso de uma ação. Se a ação gerou bem estar – os benefícios superaram os custos, então ela obviamente foi lucrativa. O inverso também é verdadeiro, se é lucrativo, então aumentou o bem estar. O prejuízo é a diminuição do bem estar humano, é a contabilização do fracasso, da destruição. Uma moral que condena o lucro, basicamente condena o sucesso, condena ações que melhoram a vida humana e valoriza ações desastrosas, ações que geram perda de bem estar. O resultado final de uma ética anti-humana é a transformação dos homens em bestas, em miseráveis que vivem da “mão para a boca”.
Não é atoa que o socialismo, ideologia que tem como um dos seus pilares a condenação do lucro, gerou tantas mortes e miséria. O socialismo é a negação do direito de viver. É a negação do sucesso, da prosperidade humana. A origem de tantos erros é uma teoria do valor absurda, que considerava o valor de troca dos bens, como fruto direto do trabalho humano. O fato de um empresário obter lucro, vendendo um bem cujo valor supostamente veio todo do trabalho dos seus operários, foi encarado como roubo, como um ato imoral, como exploração. Não passou pela cabeça dos economistas marxistas, a idéia de utilidade marginal e a relação entre utilidade marginal e os valores de troca. É o exemplo mais gritante sobre como erros científicos em ciências sociais, principalmente em economia, levam a catástrofes – e também da sua importância frente a outras ciências consideradas mais nobres como a física.
Muitos intelectuais e jornalistas, inspirados por essas visões socialistas, costumam culpar “a busca por lucros” como a origem de todos os males do mundo. Seria mais próximo da verdade, culpar “a busca por lucros” por todas as maravilhas, mas o ponto nem é esse: o que geralmente é apontado como uma conseqüência ruim da busca por lucros, é na verdade ações bem pouco lucrativas, que apenas se passam por lucrativas devido à distorções do sistema de preços e de direitos de propriedade estabelecidos erroneamente. Um primeiro fato importante que nenhum desses comentaristas leva em consideração nas suas declarações, é que, como já foi explicado, toda ação humana visa lucros. Sejam ações moralmente repulsivas, sejam ações consideradas corretas. Nesse sentido, considerar toda ação que visa lucro como imoral, é considerar toda ação humana como imoral. Uma moral que contraria a natureza humana, que não é possível para um ser humano segui-la, é uma contradição em termos. É uma má compreensão do próprio conceito de moral Obviamente é tão ou mais nocivo considerar as ações bem sucedidas nessa busca por lucro, imorais.
O outro fato deixado de lado nas condenações é a correta contabilização dos custos e benefícios de uma dada política. Quando, por exemplo, um ladrão rouba R$10, ele o fez visando “obter lucro” – assim como a Madre Teresa de Calcutá, quando ajudava os pobres. O roubo, pelo menos para a maioria num primeiro momento, foi um ato imoral e lucrativo. Como atos lucrativos podem ser sempre morais? Não estaria aí um exemplo de ato lucrativo e imoral? O problema é que, em geral, as pessoas esquecem do custo da vitima não pago pelo ladrão. Se o ladrão teve um custo de R$2 para roubar os R$10, as pessoas dirão: olha que maravilha. Lucrou R$8! O que elas esquecem é que o ato de roubar não tem apenas o custo do ladrão, ele gera um custo de R$10 da vitima. Objetivamente (considerando todos os custos e benefícios que existem e são relevantes) a ação gera um prejuízo de R$2.
Um exemplo mais complicado de roubo, uma ação imoral, mas que poderia gerar lucro sob a mesma ótica discutida no exemplo anterior, porém não a maximização de lucro seria o seguinte: um quadro que vale R$10 no mercado e um comprador que valora o mesmo quadro em R$40. O sujeito pode roubá-lo a um custo de R$2 ou comprá-lo a um custo de R$10. A resposta mais óbvia é que ele roubará o quadro e terá um lucro de R$38. Mas o roubo custa a perda do proprietário também, que é R$10, gerando um custo total de R$12. Se você entender roubos ou trocas como mecanismos de transferências de bens, qual é o mais barato? O que minimiza os custos da transferência? Obviamente é a compra. Em um certo sentido, ela não tem custos, enquanto o roubo tem um custo de R$2 (ou ainda, o quadro sai por R$10 em um modo e sai por R$12 do outro modo). O lucro total (levando em consideração todos os custos e benefícios) é R$2 a menos no modo de transferência roubo. Em uma troca, o lucro total seria R$30 (a diferença de valoração entre o vendedor e o comprador), ou seja, só mudar o quadro de mãos através de uma troca voluntária gerará R$30. No caso do roubo, existem os R$2 adicionais a serem “pagos”, por conta do custo do roubo (R$40 do vendedor menos R$10 do roubado e R$2 de custo do roubo). Vendo dessa forma, o roubo é ainda lucrativo, mas não é a ação “mais lucrativa”, ou seja, é ineficiente e economicamente gera prejuízo. Se considerarmos o custo de oportunidade, podemos colocar o problema da seguinte forma: temos duas tecnologias, uma que gera R$30 (modo de transferência trocas) e outra que gera R$28 (modo de transferência roubo), escolher o de R$28 implica em perder o de R$30 (e um conseqüente prejuízo econômico de R$2), o que nos mostra a relevância e a “naturalidade” da maximização de lucros. Ninguém escolheria implementar a tecnologia que gera um lucro menor se o seu bem estar fosse função do saldo final das transações. Como problema adicional, ainda não consideramos o custo de longo prazo que a escolha por tornar o roubo “normal” geraria, o que praticamente nos daria um prejuízo mesmo sem levar em conta o "artifício" do custo de oportunidade.
A mesma não contabilização correta de custos e benefícios pode ser vista em inúmeras outras situações, por exemplo, empresas lucrativas devido à proteção ou monopólios. É comum alguns esquerdistas soltarem a seguinte pérola: “políticas que ajudam empresas a lucrarem, como protecionismo para protegê-las ou subsídios, são benéficas e fazem parte do capitalismo, pois geram maiores lucros”. Gera lucro para a empresa beneficiada, mas de forma alguma gera lucro se considerarmos todos os fatos (custos e benefícios) relevantes. É o mesmo tipo de evasão do caso do roubo: só se contabiliza custos internos ao “agente central” da situação, mas não são só esses custos que existem. Esse erro leva a considerarmos ações que geram prejuízo (ou um menor lucro), como sendo maximizadoras de lucro.
Em uma escala macro, lucros e prejuízos funcionam como bússolas para a coordenação e alocação de inúmeros fatores de produção e cadeias produtivas. Setores onde a taxa de lucro é mais alta são atratores de investimentos, setores onde a taxa é mais baixa são repulsores. Se as pessoas desejam muito um produto, aceitam pagar muito por esse produto, o sistema de preços através dos sinais de lucro e prejuízo garantirá que mais desse bem desejado será produzido. A livre entrada de competidores nos garante que esses produtos serão produzidos ao menor custo conhecido e vendidos ao menor preço. A distorção desse sistema, seja através de intervenções diretas em preços, seja criando leis que não alocam benefícios e custos de forma adequada, produzirão ruídos nos sinais e conseqüentemente gerarão ineficiente e desperdício, sendo nocivos ao bem estar humano. Esse é o motivo da busca por lucros não ser a causa dos males do mundo, muito pelo contrário, a verdade está bem mais próxima do oposto: a busca por lucros, aliada a um sistema adequado de direitos de propriedade, é o que gera as benesses do mundo. Graças a essa busca, graças ao fato de que quem buscou e conseguiu ficou com o lucro é que nós temos coisas maravilhosas como computadores, telefones e não precisamos nos preocupar com a caça do dia seguinte.
Postado por Richard às 16:51
Acho que pode ajudar muita gente que tem o coração e a mente atormentada por todas essas mensagens cristãs contra o lucro, a usura, a exploração, o capitalismo, enfim, todas essas coisas perversas que os brilhantes teólogos soltos por aí não cessam de condenar e de acusar dos piores malefícios causados à humanidade...
Paulo Roberto de Almeida (31.05.2010)
Breve comentário sobre lucros
Richard Sylvestre: Depósito de
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Todos nós, seres humanos adultos, em qualquer época da nossa relez existência, maximizamos lucro. É inconcebível logicamente alguém que prefira cursos de ação onde os custos superam os benefícios. Custos já significam “o que deve ser evitado, o que é ruim”. Benefícios já significam “o que deve ser buscado, o que é bom”. Dizer que seres humanos não maximizam lucro é o mesmo que dizer que “prefiro o pior” o que nada mais é do que dizer que “melhor é pior” – uma contradição.
Em termos práticos, nas relações de mercado impessoais, ou seja, relações onde nós não temos pelo “outro” nenhum sentimento especial como temos pelos nossos familiares ou por nossos inimigos, isso significa comprar o mais barato que pudermos e vender o mais caro possível. Do pobre trabalhador desqualificado ao banqueiro, todos fazemos isso. Obviamente o diferencial entre custos e benefícios que o segundo recebe é bem maior que o primeiro, mas a essência da escolha de ambos não é em nada diferente – a busca por maximizar lucro.
Lucro maior, mantendo tudo o mais constante, significa maior bem estar. Existe uma relação monótona entre essas duas coisas. Lucrar significa que os benefícios superam os custos, ou seja, aumenta o nosso bem estar. A sobrevivência humana, no sentido mais básico e corriqueiro, depende do sucesso em se obter lucro. Um caçador da idade das pedras, que gastou tempo e trabalho para fazer uma lança de madeira, ou seja, incorreu em um custo, não sobreviverá se não conseguir caçar nada (nenhum benefício) ou se caçar um bicho muito pequeno, venenoso etc.. (baixo benefício). Mas prosperará, perpetuará a espécie se o que ele criou, facilitar em muito a caça e ele conseguir muito alimento (muito beneficio e conseqüentemente muito lucro). Tanto alimento, a um custo tão baixo, que ele pode “perder um tempo” do seu dia pensando e produzindo novas invenções, desenvolvendo novas formas de produzir alimento, como plantações fixas, rebanhos em cercado etc..
Toda ação bem sucedida do ponto de vista do bem estar humano, implica em uma ação que obteve, de fato, lucro. Nesse sentido, a efetiva obtenção de lucro, é um dos pilares da ética humana. Considerar a obtenção de lucro algo imoral, errado é o mesmo que condenar o homem à morte, é a negação do seu direito de viver, de desenvolver suas potencialidades. Ideologias e éticas que condenam o lucro, são ideologias anti-humanas, ideologias assassinas.
O lucro é simplesmente a contabilização do sucesso de uma ação. Se a ação gerou bem estar – os benefícios superaram os custos, então ela obviamente foi lucrativa. O inverso também é verdadeiro, se é lucrativo, então aumentou o bem estar. O prejuízo é a diminuição do bem estar humano, é a contabilização do fracasso, da destruição. Uma moral que condena o lucro, basicamente condena o sucesso, condena ações que melhoram a vida humana e valoriza ações desastrosas, ações que geram perda de bem estar. O resultado final de uma ética anti-humana é a transformação dos homens em bestas, em miseráveis que vivem da “mão para a boca”.
Não é atoa que o socialismo, ideologia que tem como um dos seus pilares a condenação do lucro, gerou tantas mortes e miséria. O socialismo é a negação do direito de viver. É a negação do sucesso, da prosperidade humana. A origem de tantos erros é uma teoria do valor absurda, que considerava o valor de troca dos bens, como fruto direto do trabalho humano. O fato de um empresário obter lucro, vendendo um bem cujo valor supostamente veio todo do trabalho dos seus operários, foi encarado como roubo, como um ato imoral, como exploração. Não passou pela cabeça dos economistas marxistas, a idéia de utilidade marginal e a relação entre utilidade marginal e os valores de troca. É o exemplo mais gritante sobre como erros científicos em ciências sociais, principalmente em economia, levam a catástrofes – e também da sua importância frente a outras ciências consideradas mais nobres como a física.
Muitos intelectuais e jornalistas, inspirados por essas visões socialistas, costumam culpar “a busca por lucros” como a origem de todos os males do mundo. Seria mais próximo da verdade, culpar “a busca por lucros” por todas as maravilhas, mas o ponto nem é esse: o que geralmente é apontado como uma conseqüência ruim da busca por lucros, é na verdade ações bem pouco lucrativas, que apenas se passam por lucrativas devido à distorções do sistema de preços e de direitos de propriedade estabelecidos erroneamente. Um primeiro fato importante que nenhum desses comentaristas leva em consideração nas suas declarações, é que, como já foi explicado, toda ação humana visa lucros. Sejam ações moralmente repulsivas, sejam ações consideradas corretas. Nesse sentido, considerar toda ação que visa lucro como imoral, é considerar toda ação humana como imoral. Uma moral que contraria a natureza humana, que não é possível para um ser humano segui-la, é uma contradição em termos. É uma má compreensão do próprio conceito de moral Obviamente é tão ou mais nocivo considerar as ações bem sucedidas nessa busca por lucro, imorais.
O outro fato deixado de lado nas condenações é a correta contabilização dos custos e benefícios de uma dada política. Quando, por exemplo, um ladrão rouba R$10, ele o fez visando “obter lucro” – assim como a Madre Teresa de Calcutá, quando ajudava os pobres. O roubo, pelo menos para a maioria num primeiro momento, foi um ato imoral e lucrativo. Como atos lucrativos podem ser sempre morais? Não estaria aí um exemplo de ato lucrativo e imoral? O problema é que, em geral, as pessoas esquecem do custo da vitima não pago pelo ladrão. Se o ladrão teve um custo de R$2 para roubar os R$10, as pessoas dirão: olha que maravilha. Lucrou R$8! O que elas esquecem é que o ato de roubar não tem apenas o custo do ladrão, ele gera um custo de R$10 da vitima. Objetivamente (considerando todos os custos e benefícios que existem e são relevantes) a ação gera um prejuízo de R$2.
Um exemplo mais complicado de roubo, uma ação imoral, mas que poderia gerar lucro sob a mesma ótica discutida no exemplo anterior, porém não a maximização de lucro seria o seguinte: um quadro que vale R$10 no mercado e um comprador que valora o mesmo quadro em R$40. O sujeito pode roubá-lo a um custo de R$2 ou comprá-lo a um custo de R$10. A resposta mais óbvia é que ele roubará o quadro e terá um lucro de R$38. Mas o roubo custa a perda do proprietário também, que é R$10, gerando um custo total de R$12. Se você entender roubos ou trocas como mecanismos de transferências de bens, qual é o mais barato? O que minimiza os custos da transferência? Obviamente é a compra. Em um certo sentido, ela não tem custos, enquanto o roubo tem um custo de R$2 (ou ainda, o quadro sai por R$10 em um modo e sai por R$12 do outro modo). O lucro total (levando em consideração todos os custos e benefícios) é R$2 a menos no modo de transferência roubo. Em uma troca, o lucro total seria R$30 (a diferença de valoração entre o vendedor e o comprador), ou seja, só mudar o quadro de mãos através de uma troca voluntária gerará R$30. No caso do roubo, existem os R$2 adicionais a serem “pagos”, por conta do custo do roubo (R$40 do vendedor menos R$10 do roubado e R$2 de custo do roubo). Vendo dessa forma, o roubo é ainda lucrativo, mas não é a ação “mais lucrativa”, ou seja, é ineficiente e economicamente gera prejuízo. Se considerarmos o custo de oportunidade, podemos colocar o problema da seguinte forma: temos duas tecnologias, uma que gera R$30 (modo de transferência trocas) e outra que gera R$28 (modo de transferência roubo), escolher o de R$28 implica em perder o de R$30 (e um conseqüente prejuízo econômico de R$2), o que nos mostra a relevância e a “naturalidade” da maximização de lucros. Ninguém escolheria implementar a tecnologia que gera um lucro menor se o seu bem estar fosse função do saldo final das transações. Como problema adicional, ainda não consideramos o custo de longo prazo que a escolha por tornar o roubo “normal” geraria, o que praticamente nos daria um prejuízo mesmo sem levar em conta o "artifício" do custo de oportunidade.
A mesma não contabilização correta de custos e benefícios pode ser vista em inúmeras outras situações, por exemplo, empresas lucrativas devido à proteção ou monopólios. É comum alguns esquerdistas soltarem a seguinte pérola: “políticas que ajudam empresas a lucrarem, como protecionismo para protegê-las ou subsídios, são benéficas e fazem parte do capitalismo, pois geram maiores lucros”. Gera lucro para a empresa beneficiada, mas de forma alguma gera lucro se considerarmos todos os fatos (custos e benefícios) relevantes. É o mesmo tipo de evasão do caso do roubo: só se contabiliza custos internos ao “agente central” da situação, mas não são só esses custos que existem. Esse erro leva a considerarmos ações que geram prejuízo (ou um menor lucro), como sendo maximizadoras de lucro.
Em uma escala macro, lucros e prejuízos funcionam como bússolas para a coordenação e alocação de inúmeros fatores de produção e cadeias produtivas. Setores onde a taxa de lucro é mais alta são atratores de investimentos, setores onde a taxa é mais baixa são repulsores. Se as pessoas desejam muito um produto, aceitam pagar muito por esse produto, o sistema de preços através dos sinais de lucro e prejuízo garantirá que mais desse bem desejado será produzido. A livre entrada de competidores nos garante que esses produtos serão produzidos ao menor custo conhecido e vendidos ao menor preço. A distorção desse sistema, seja através de intervenções diretas em preços, seja criando leis que não alocam benefícios e custos de forma adequada, produzirão ruídos nos sinais e conseqüentemente gerarão ineficiente e desperdício, sendo nocivos ao bem estar humano. Esse é o motivo da busca por lucros não ser a causa dos males do mundo, muito pelo contrário, a verdade está bem mais próxima do oposto: a busca por lucros, aliada a um sistema adequado de direitos de propriedade, é o que gera as benesses do mundo. Graças a essa busca, graças ao fato de que quem buscou e conseguiu ficou com o lucro é que nós temos coisas maravilhosas como computadores, telefones e não precisamos nos preocupar com a caça do dia seguinte.
Postado por Richard às 16:51
La toilette de Madame Pompadour (ops...)
Corta, corta...
O filme é outro.
Não é bem Madame Pompadour e sim um outro personagem.
E não é bem toilette, senão um serviço completo de cama, mesa, banho, cabeleireiro, manicure, sais perfumados, gravatas finas, festas de arromba, you name it...
O personagem é nosso conhecido: ele está sempre aqui, por deferência especial deste postador mal-intencionado.
As mordomias de Chávez
ALBERTO BARRERA TYSZKA
O GLOBO, 31.05.2010
Quem pode gastar US$264 mil (R$475,2 mil) por ano em roupas? Um rico! Quem mais? Um muito rico, com um maço de dinheiro na mão, que não se preocupa com os preços. Quantas calças se pode pagar com esse monte de dinheiro? Quantas camisas? Com essa quantidade, seguramente se pode resolver problemas do pronto-socorro de algum hospital. Sem dúvida, é preciso ser muito rico para poder dispor de tantos salários mínimos diante de uma vitrine.
Quem tem um orçamento de US$18,5 mil (R$33 mil) por ano para gastar em sapatos? Um milionário, obviamente! Alguém que pode calçar quase um par de sapatos diferentes a cada dia. E, é claro, não estamos falando de produtos-pechinchas encontráveis em qualquer mercado popular. Esses sapatos custam muitos zeros na Itália, na França, na Inglaterra... Não podem ser comprados com base no câmbio oficial.
Mais: que tipo de pessoa pode gastar a cada ano cerca de US$150 mil (R$270 mil) em shampoo, em creminhos, desodorante ou em perfume? Então, como dizer, um pouco fina, provavelmente uma pessoa delicada, sensível, muito consciente da sua aparência... mas, com certeza, ricaça, com dinheiro suficiente para pulverizar cada manhã.
O leitor já deve, no mínimo, suspeitar que apenas estou destrinchando um pouco o orçamento da despesa pessoal da Presidência da República da Venezuela em 2010.
Segundo um relatório, baseado em dados aprovados pela Assembleia Nacional e que apareceu no "The Miami Herald", as despesas pessoais do presidente venezuelano para este ano, aumentaram 600%, ultrapassando o orçamento previsto para o Ministério da Cultura. Alguém lembrou dos museus? A história tem outras prioridades.
Com esses dados, qualquer um se sente atingido no bolso e na dignidade quando ouve o presidente dizer que ser rico é "a maldição", uma "perversão humana". Seu orçamento pessoal para este ano prevê gastos com festas de nada menos que cerca de US$3 milhões (R$5,4 milhões). Maldita perversão!
O procedimento é simples, mas eficaz: Chávez converteu a riqueza em um problema moral. A dos outros é um pecado. A dele é um santo milagre. Esse é o seu maior sucesso: ele é o representante do povo e, portanto, a única riqueza legítima que pode existir no país é a sua.
A grande conquista da sua "revolução" não está nas condições objetivas da realidade, mas no território dos símbolos, das representações. Todas as riquezas são ilegais, espúrias, exceto a de Chávez. Esta é uma mudança pequena na aparência, mas crucial, definitiva: a sacralização da pilhagem.
Este governo tem ressuscitado e promovido a ideia de que a riqueza é um bem público, que não se trabalha para ter, que ela já existe e tem sido usurpada por alguns indivíduos desonestos. Felizmente, o deus da história não enviou um novo Messias, destinado a expropriar os traidores, os ímpios, para levar-nos todos ao paraíso original. No cumprimento desse desígnio, o Messias pode fazer qualquer coisa. Como no mais iluminado capitalismo selvagem: para conquistar um objetivo, vale tudo, tudo está permitido.
Estamos vivendo um sinistro processo de substituição do trabalho, da competitividade ou das relações sociais de produção, pela violência. Em qualquer de suas formas. Se demoniza a riqueza para que, cedo ou tarde, qualquer iniciativa pessoal se torne suspeita. Estamos diante de um acelerado processo de privatização e de controle da vida social. Chávez S. A. é o novo monopólio que pretende controlar o país.
É tão trágico como absurdo. Esta é uma lógica que não se move com argumentos, mas com paixão.
Este governo, ao contrário do que apregoa, terminou convertendo a política em fé cega. Por isso, não necessita de nenhuma ideologia. Por isso não a tem. Ou pior: o lugar-comum é a verdadeira ideologia do chavismo. Eles acreditam que uma rede de estereótipos pode ser uma teoria revolucionária. Pouco importa, na realidade. Assim fala o Dalai de Sabaneta — cidade natal de Chávez: "Os ricos (...) perdem a alma, há que ser rico em conhecimento e amor, na humildade."
Gastos anuais com o serviço privado de lavanderia: US$405 mil (R$729 mil).
ALBERTO BARRERA TYSZKA jornalista © El Nacional (Venezuela)/GDA.
O filme é outro.
Não é bem Madame Pompadour e sim um outro personagem.
E não é bem toilette, senão um serviço completo de cama, mesa, banho, cabeleireiro, manicure, sais perfumados, gravatas finas, festas de arromba, you name it...
O personagem é nosso conhecido: ele está sempre aqui, por deferência especial deste postador mal-intencionado.
As mordomias de Chávez
ALBERTO BARRERA TYSZKA
O GLOBO, 31.05.2010
Quem pode gastar US$264 mil (R$475,2 mil) por ano em roupas? Um rico! Quem mais? Um muito rico, com um maço de dinheiro na mão, que não se preocupa com os preços. Quantas calças se pode pagar com esse monte de dinheiro? Quantas camisas? Com essa quantidade, seguramente se pode resolver problemas do pronto-socorro de algum hospital. Sem dúvida, é preciso ser muito rico para poder dispor de tantos salários mínimos diante de uma vitrine.
Quem tem um orçamento de US$18,5 mil (R$33 mil) por ano para gastar em sapatos? Um milionário, obviamente! Alguém que pode calçar quase um par de sapatos diferentes a cada dia. E, é claro, não estamos falando de produtos-pechinchas encontráveis em qualquer mercado popular. Esses sapatos custam muitos zeros na Itália, na França, na Inglaterra... Não podem ser comprados com base no câmbio oficial.
Mais: que tipo de pessoa pode gastar a cada ano cerca de US$150 mil (R$270 mil) em shampoo, em creminhos, desodorante ou em perfume? Então, como dizer, um pouco fina, provavelmente uma pessoa delicada, sensível, muito consciente da sua aparência... mas, com certeza, ricaça, com dinheiro suficiente para pulverizar cada manhã.
O leitor já deve, no mínimo, suspeitar que apenas estou destrinchando um pouco o orçamento da despesa pessoal da Presidência da República da Venezuela em 2010.
Segundo um relatório, baseado em dados aprovados pela Assembleia Nacional e que apareceu no "The Miami Herald", as despesas pessoais do presidente venezuelano para este ano, aumentaram 600%, ultrapassando o orçamento previsto para o Ministério da Cultura. Alguém lembrou dos museus? A história tem outras prioridades.
Com esses dados, qualquer um se sente atingido no bolso e na dignidade quando ouve o presidente dizer que ser rico é "a maldição", uma "perversão humana". Seu orçamento pessoal para este ano prevê gastos com festas de nada menos que cerca de US$3 milhões (R$5,4 milhões). Maldita perversão!
O procedimento é simples, mas eficaz: Chávez converteu a riqueza em um problema moral. A dos outros é um pecado. A dele é um santo milagre. Esse é o seu maior sucesso: ele é o representante do povo e, portanto, a única riqueza legítima que pode existir no país é a sua.
A grande conquista da sua "revolução" não está nas condições objetivas da realidade, mas no território dos símbolos, das representações. Todas as riquezas são ilegais, espúrias, exceto a de Chávez. Esta é uma mudança pequena na aparência, mas crucial, definitiva: a sacralização da pilhagem.
Este governo tem ressuscitado e promovido a ideia de que a riqueza é um bem público, que não se trabalha para ter, que ela já existe e tem sido usurpada por alguns indivíduos desonestos. Felizmente, o deus da história não enviou um novo Messias, destinado a expropriar os traidores, os ímpios, para levar-nos todos ao paraíso original. No cumprimento desse desígnio, o Messias pode fazer qualquer coisa. Como no mais iluminado capitalismo selvagem: para conquistar um objetivo, vale tudo, tudo está permitido.
Estamos vivendo um sinistro processo de substituição do trabalho, da competitividade ou das relações sociais de produção, pela violência. Em qualquer de suas formas. Se demoniza a riqueza para que, cedo ou tarde, qualquer iniciativa pessoal se torne suspeita. Estamos diante de um acelerado processo de privatização e de controle da vida social. Chávez S. A. é o novo monopólio que pretende controlar o país.
É tão trágico como absurdo. Esta é uma lógica que não se move com argumentos, mas com paixão.
Este governo, ao contrário do que apregoa, terminou convertendo a política em fé cega. Por isso, não necessita de nenhuma ideologia. Por isso não a tem. Ou pior: o lugar-comum é a verdadeira ideologia do chavismo. Eles acreditam que uma rede de estereótipos pode ser uma teoria revolucionária. Pouco importa, na realidade. Assim fala o Dalai de Sabaneta — cidade natal de Chávez: "Os ricos (...) perdem a alma, há que ser rico em conhecimento e amor, na humildade."
Gastos anuais com o serviço privado de lavanderia: US$405 mil (R$729 mil).
ALBERTO BARRERA TYSZKA jornalista © El Nacional (Venezuela)/GDA.
Via Política: mais recente artigo publicado
Mais um, o da semana, que por vezes costuma valer por mais de uma, mas tento respeitar os prazos desta newsletter de Porto Alegre:
O mundo real e o mundo como ele poderia ser...
Por Paulo Roberto de Almeida, de Shanghai
Via Política, 3105.2010
Imaginemos um viajante estratosférico, vindo para a Terra em sua espaçonave, procurando compreender o que vê, em aproximações sucessivas. Primeiro visualizaria aquele planeta azul de que falam os astronautas, depois veria enormes manchas cinzas ou verdes, segundo os oceanos focalizados, manchas interrompidas aqui e ali por grandes ou pequenas massas de cores distintas, correspondendo às regiões dos cinco ou seis continentes entrevistos do espaço: verde para as densas florestas tropicais, o amarelo ou ocre dos espaços desérticos, as tonalidades mais claras das regiões temperadas e o branco dos pólos. Depois, teria a grande variedade de cores exibida pelas implantações agrícolas e construções urbanas das distintas sociedades humanas.
Ler a íntegra aqui.
O mundo real e o mundo como ele poderia ser...
Por Paulo Roberto de Almeida, de Shanghai
Via Política, 3105.2010
Imaginemos um viajante estratosférico, vindo para a Terra em sua espaçonave, procurando compreender o que vê, em aproximações sucessivas. Primeiro visualizaria aquele planeta azul de que falam os astronautas, depois veria enormes manchas cinzas ou verdes, segundo os oceanos focalizados, manchas interrompidas aqui e ali por grandes ou pequenas massas de cores distintas, correspondendo às regiões dos cinco ou seis continentes entrevistos do espaço: verde para as densas florestas tropicais, o amarelo ou ocre dos espaços desérticos, as tonalidades mais claras das regiões temperadas e o branco dos pólos. Depois, teria a grande variedade de cores exibida pelas implantações agrícolas e construções urbanas das distintas sociedades humanas.
Ler a íntegra aqui.
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