Este texto foi elaborado em novembro de 2009, e não parece ter tido maior efeito sobre os visitantes e os muitos comentaristas neste blog.
Talvez nem esta nova postagem venha a produzir maiores efeitos, tampouco, mas sempre se deve confiar no imponderável...
Recomendações aos comentaristas
Paulo Roberto de Almeida
Postado uma primeira vez neste Diplomatizzando em 9.11.2009
Tenho recebido um número crescente de comentários neste e em meus outros blogs – sim, tenho vários, mas eles são voltados para objetivos diversos: resenhas de livros, eleições, textos de referência, etc. – e muito frequentemente nesses comentários surge um problema de postagem apropriada ou de pertinência quanto ao assunto.
Por essas razões, e tendo em vista preservar um ambiente de cordialidade e de saudável debate acadêmico neste espaço, permito-me fazer as seguintes recomendações quanto aos critérios que vou observar em relação aos eventuais comentaristas aqui aparecendo:
1) Evite linguagem vulgar ou depreciativa, pelo menos própria; por vezes a linguagem ofensiva faz parte do próprio texto que se pretende citar, de um terceiro, mas preferiria não ter um vocabulário muito “ofensivo”;
2) Concentre-se no foco do post, pois isto evita desvios muito grandes do assunto que está sendo tratado. Se desejar me escrever por qualquer outro motivo, mande uma mensagem pelo formulário de contato de meu site: www.pralmeida.org;
3) Você pode discordar de mim, mesmo em termos veementes, mas procure concentrar-se em argumentos objetivos, atacando as minhas idéias ou opiniões, não a minha pessoa, que não tem nada a ver com os argumentos (sou apenas o transportador material de certas idéias que existem na sociedade e raramente reivindico direito de autor sobre elas); evite adjetivos exclamativos, prefira substantivos contundentes, se for preciso; o importante, como sabemos, é a busca de um argumento embasado em fatos e também sustentado na possibilidade de verificação empírica (como se faz em trabalhos científicos), sem muitos impressionismos ou subjetivismos;
4) Não creio que necessite me ameaçar de algo; sou absolutamente transparente quanto a minhas opiniões e idéias; elas estão expostas em todos os meus trabalhos, quase sempre disponíveis em meu site. Portanto, se você não gostou de algumas delas, procure escrever o seu próprio artigo, embasado, segundo as regras clássicas do scholarly work; terei prazer em publicá-lo, mesmo contra as minhas idéias, desde que seja bem escrito e contenha argumentos de qualidade;
6) Nunca faço propaganda de ninguém, nem pretendo trabalhar para qualquer partido ou movimento de opinião; não assino manifestos e não participo de qualquer tipo de corrente. Portanto, não pretenda ver em mim o porta-voz de qualquer grupo, tendência ou partido. Escrevo o que eu mesmo penso, e jamais subscrevo às idéias de outrem, a menos que concorde com elas e assim o direi expressamente;
7) Sou absolutamente antiracista e não religioso (ou irreligioso), as duas únicas coisas absolutas que acredito ser. Portanto, não veja em minhas idéias qualquer defesa de grupos sociais ou étnicos ou qualquer defesa ou ataque a religiões. Não sou contra religiões, apenas indiferente a elas, a todas elas. Considero-as no mesmo plano antropológico, ou seja, crenças desenvolvidas pelas sociedades humanas ao longo da história, apenas isto. Não tenho nenhum sentimento religioso e não pretendo ter e este não é o espaço para debater crenças religiosas, a não ser no plano puramente histórico ou intelectual;
8) Outras “surpresas” sob forma de comentários serão resolvidas por mim em bases ad hoc. Tenho princípios e valores, mas não regras fixas para todas as situações da vida e acredito que devamos aplicar a racionalidade para tratar de casos imprevistos.
Uma última palavra aos “Anônimos” (eles são inúmeros a freqüentar estas paragens): eu não tenho objeção ao anonimato, pois entendo que muitas pessoas, por posição pessoal ou profissional, preferem não se expor a possíveis retaliações; escrevendo anonimamente, elas se sentem inclusive mais livres para expressar posições ou inquirir este blogueiro, do que o fariam de modo aberto; portanto, o anonimato pode servir à “economia política” da boa argumentação. No entanto, não abuse do seu direito de ser anônimo para ser grosseiro ou tentar fazer propaganda indevida, ou veicular idéias pouco recomendáveis (racistas, por exemplo) neste espaço. Eu tampouco me presto a propaganda política, mas aceito debater de boa fé questões políticas relevantes para o Brasil, não para grupos ou movimentos.
Eu lhe desejo satisfação intelectual ao frequentar este espaço, pois esta é a única motivação que me leva a escrever, a transcrever, a copiar, a refletir sobre coisas importantes da vida social e a tentar fazer deste mundo um espaço melhor do que o que existe atualmente. Meus objetivos, aqui e alhures, são essencialmente didáticos e pedagógicos: acredito na melhoria das pessoas pelo poder do estudo, da reflexão, da convivência intelectual...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de novembro de 2009
PS (ou Addendum) em 5.06.2010:
Não aceito duelos, só os de ideias; não uso armas, pelo menos não pontiagudas, cortantes, furantes ou perfurantes. Só as armas da crítica, que não são as da crítica das armas. Quem sentir raiva do que escrevo e quiser ou pretender duelar comigo, intelectualmente, quero dizer, pode escolher as armas, mas como em todo duelo, existem regras básicas, que antigamente eram acertadas previamente ao enfrentamento. As minhas duas regras básicas são simples: lógica formal (ou seja, consistência na exposição de ideias) e fundamentação empírica (ou seja, dados concretos, embasamento na realidade, se possível com provas em apoio). Se me acharem arrogante por colocar essas condições, não tem importância: eu sou assim mesmo, e não peço licença a ninguém para ser assim.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 5 de junho de 2010
Politica Nuclear do Iran (Epilogo): nao ha mais nada a acrescentar
Não sou o autor, nem subscrevo às palavras do jornalista abaixo. Apenas que estava tentando ver o vídeo israelense satírico, enviado por várias pessoas e não estava dando certo (talvez por excesso de visualizações). Agora consegui neste post, e por isto o coloco aqui. A despeito das muitas deformações culturais, o vídeo chega a ser engraçado (não para todo mundo, claro). Que me perdõem os mais sensíveis, política também é um divertimento, e por uma vez, a política externa...
O gerente da fábrica de mentiras
Augusto Nunes
3 de junho de 2010
O presidente Lula aproveitou a visita à fábrica da Volkswagen no ABC paulista para ampliar a fábrica de mentiras montada em sociedade com o amigo Mahmoud Ahmadinejad. “Todo mundo falava mal do Irã, mas ninguém tinha sentado no tête-à-tête”, reincidiu o campeão da gabolice. “Aquilo que os americanos não estavam conseguindo em 31 anos de negociações com o Irã o Brasil conseguiu em 18 horas de conversa”.
O Brasil não conseguiu coisa nenhuma. O presidente só conseguiu o de sempre: o papel de otário megalomitômano no espetáculo do cinismo. Lula nem imagina o que é fundamentalismo xiita, nunca ouviu falar do aiatolá Khomeini e talvez ignore que o regime instituído em 1979 fez a opção preferencial pelas cavernas em 1979. Mas sabe que o Irã não quer conversa com interlocutores sérios. Ele baixou em Teerã não como negociador, mas como cúmplice.
A discurseira na Volkswagen reafirma uma constatação e conduz a uma descoberta. Lula constatou que a política externa influencia, sim, o comportamento do eleitorado. E o Brasil que pensa descobriu que o presidente se faz de ingênuo por vigarice. Capricha na pose de mediador esforçado, iludido em sua boa fé pelos americanos, para apresentar Ahmadinejad como o bom moço enganado por vilões e, simultaneamente, apresentar-se como vítima da inveja de Barack Obama.
De volta aos palanques domésticos, Lula tenta agora transformar em vitória um fiasco e convencer plateias grávidas de credulidade de que só não foi promovido a pacificador do planeta por culpa de Hillary Clinton. É provável que muitos companheiros da Volks tenham engolido a farsa que já vai sendo desmontada em outros países. Em Israel, por exemplo, o candidato a secretário-geral da ONU já virou piada (veja o vídeo). É só o começo.
“Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles”, prometeu José Serra no primeiro discurso como candidato à presidência. É hora de riscar esse restritivo “sobre nós” e rechaçar sem reverências nem eufemismos qualquer tipo de mentira. No caso do Irã, por exemplo, Lula finge lidar com uma democracia como tantas, injustamente impedida pelo imperialismo ianque de recorrer à energia nuclear para melhorar a vida dos cidadãos.
É preciso destruir sem demora a fábrica de mentiras. Cumpre à oposição mostrar aos brasileiros o que o regime iraniano efetivamente é: uma ditadura singularmente brutal, que estupra os direitos humanos, frauda eleições, odeia a liberdade de expressão, prende, tortura e mata quem não capitula, sonha com a eliminação física de todos os inimigos, envergonha o mundo civilizado e afronta todo o tempo a consciência universal.
Regimes assim não negociam. Tramam. Não têm interlocutores. Têm comparsas.
Cliquem no link do post para ver o vídeo, ou diretamente neste vídeo do YouTube.
O gerente da fábrica de mentiras
Augusto Nunes
3 de junho de 2010
O presidente Lula aproveitou a visita à fábrica da Volkswagen no ABC paulista para ampliar a fábrica de mentiras montada em sociedade com o amigo Mahmoud Ahmadinejad. “Todo mundo falava mal do Irã, mas ninguém tinha sentado no tête-à-tête”, reincidiu o campeão da gabolice. “Aquilo que os americanos não estavam conseguindo em 31 anos de negociações com o Irã o Brasil conseguiu em 18 horas de conversa”.
O Brasil não conseguiu coisa nenhuma. O presidente só conseguiu o de sempre: o papel de otário megalomitômano no espetáculo do cinismo. Lula nem imagina o que é fundamentalismo xiita, nunca ouviu falar do aiatolá Khomeini e talvez ignore que o regime instituído em 1979 fez a opção preferencial pelas cavernas em 1979. Mas sabe que o Irã não quer conversa com interlocutores sérios. Ele baixou em Teerã não como negociador, mas como cúmplice.
A discurseira na Volkswagen reafirma uma constatação e conduz a uma descoberta. Lula constatou que a política externa influencia, sim, o comportamento do eleitorado. E o Brasil que pensa descobriu que o presidente se faz de ingênuo por vigarice. Capricha na pose de mediador esforçado, iludido em sua boa fé pelos americanos, para apresentar Ahmadinejad como o bom moço enganado por vilões e, simultaneamente, apresentar-se como vítima da inveja de Barack Obama.
De volta aos palanques domésticos, Lula tenta agora transformar em vitória um fiasco e convencer plateias grávidas de credulidade de que só não foi promovido a pacificador do planeta por culpa de Hillary Clinton. É provável que muitos companheiros da Volks tenham engolido a farsa que já vai sendo desmontada em outros países. Em Israel, por exemplo, o candidato a secretário-geral da ONU já virou piada (veja o vídeo). É só o começo.
“Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles”, prometeu José Serra no primeiro discurso como candidato à presidência. É hora de riscar esse restritivo “sobre nós” e rechaçar sem reverências nem eufemismos qualquer tipo de mentira. No caso do Irã, por exemplo, Lula finge lidar com uma democracia como tantas, injustamente impedida pelo imperialismo ianque de recorrer à energia nuclear para melhorar a vida dos cidadãos.
É preciso destruir sem demora a fábrica de mentiras. Cumpre à oposição mostrar aos brasileiros o que o regime iraniano efetivamente é: uma ditadura singularmente brutal, que estupra os direitos humanos, frauda eleições, odeia a liberdade de expressão, prende, tortura e mata quem não capitula, sonha com a eliminação física de todos os inimigos, envergonha o mundo civilizado e afronta todo o tempo a consciência universal.
Regimes assim não negociam. Tramam. Não têm interlocutores. Têm comparsas.
Cliquem no link do post para ver o vídeo, ou diretamente neste vídeo do YouTube.
Cotas raciais: efeitos nefastos - Editorial O Globo
PESQUISA MOSTRA DANOS DAS COTAS RACIAIS
Editorial O Globo, 3 de junho de 2010
Blog Contra a Racialização do Brasil
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Quanto mais se usam dados objetivos e referências históricas em debates contaminados por emoção, partidarismo, política e ideologia, menor o risco de se cometer graves equívocos na hora de tomar decisões. No caso da proposta de instituição de cotas raciais visando à criação de uma reserva de vagas para negros no ensino superior, este cuidado é imprescindível, pois estão em jogo questões-chave: da qualificação de profissionais, imprescindível para o país poder competir no mundo globalizado, à preservação de características saudáveis na formação de uma sociedade miscigenada, como a brasileira, sem as tensões raciais verificadas, por exemplo, nos Estados Unidos.
Esta proposta, importada ainda na Era FH dentro das chamadas ações afirmativas, ganhou mais força na gestão Lula, porque, nela, a militância racialista aumentou a presença no Executivo em Brasília. Com articulações no Congresso, o lobby conseguiu fazer tramitar entre deputados e senadores uma lei específica de criação dessas cotas e um projeto de estatuto, o qual estende a reserva de mercado em função da cor da pele à publicidade, à concessão de emprego no setor público, entre outras aberrações.
Na discussão que se trava de maneira mais acesa desde o início do atual governo, já existe um rico acervo de argumentos fundamentados contra as cotas raciais, mecanismo, inclusive, já revisto pela Justiça dos Estados Unidos, onde elas surgiram e se firmaram.
Pesquisa feita pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), primeiro estabelecimento de ensino superior do país a aderir ao sistema de cotas raciais, contribui para este acervo. Realizado a partir dos dados do vestibular feito pela universidade em 2009, o levantamento comprova uma das mais cortantes críticas às cotas: criadas para supostamente corrigir injustiças, as cotas impedem a entrada no ensino superior de pessoas mais bem preparadas. É a confirmação do perigoso abandono do princípio do mérito.
Das 2.396 vagas abertas naquele vestibular para cotistas, apenas 1.384 foram preenchidas, pois os candidatos não conseguiram obter a nota mínima: 2. Mesmo que a relação entre candidatos cotistas e vagas fosse quase um para um, enquanto entre os não cotistas 11 disputaram cada vaga. Entenda-se: se não são exigidas maiores qualificações aos cotistas, muitos merecedores de entrar na universidade ficaram de fora. Ainda com base na mesma pesquisa, a Uerj tenta justificar as cotas afirmando que o índice de reprovação é maior entre os não cotistas. A constatação, no entanto, tem importância relativa, pois o dano maior, o de impedir o desenvolvimento de talentos apenas porque eles não são negros, já foi causado no vestibular.
Também não surpreende que, em várias disciplinas, cotistas tenham notas inferiores às dos demais estudantes. Até o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves de Castro, em entrevista ao “Jornal Nacional”, admitiu que ficam de fora estudantes mais bem preparados. Mas ele continua a defender as cotas, mesmo que haja tantas evidências de que, ao reduzir a importância do princípio do mérito em nome da “raça”, o Brasil não terá profissionais qualificados como a realidade requer e, como inadmissível subproduto, já começa a inocular o racismo no convívio cotidiano da juventude.
Que esta pesquisa ajude o Congresso e o STF, onde o tema tramita, a refletir.
Editorial O Globo, 3 de junho de 2010
Blog Contra a Racialização do Brasil
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Quanto mais se usam dados objetivos e referências históricas em debates contaminados por emoção, partidarismo, política e ideologia, menor o risco de se cometer graves equívocos na hora de tomar decisões. No caso da proposta de instituição de cotas raciais visando à criação de uma reserva de vagas para negros no ensino superior, este cuidado é imprescindível, pois estão em jogo questões-chave: da qualificação de profissionais, imprescindível para o país poder competir no mundo globalizado, à preservação de características saudáveis na formação de uma sociedade miscigenada, como a brasileira, sem as tensões raciais verificadas, por exemplo, nos Estados Unidos.
Esta proposta, importada ainda na Era FH dentro das chamadas ações afirmativas, ganhou mais força na gestão Lula, porque, nela, a militância racialista aumentou a presença no Executivo em Brasília. Com articulações no Congresso, o lobby conseguiu fazer tramitar entre deputados e senadores uma lei específica de criação dessas cotas e um projeto de estatuto, o qual estende a reserva de mercado em função da cor da pele à publicidade, à concessão de emprego no setor público, entre outras aberrações.
Na discussão que se trava de maneira mais acesa desde o início do atual governo, já existe um rico acervo de argumentos fundamentados contra as cotas raciais, mecanismo, inclusive, já revisto pela Justiça dos Estados Unidos, onde elas surgiram e se firmaram.
Pesquisa feita pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), primeiro estabelecimento de ensino superior do país a aderir ao sistema de cotas raciais, contribui para este acervo. Realizado a partir dos dados do vestibular feito pela universidade em 2009, o levantamento comprova uma das mais cortantes críticas às cotas: criadas para supostamente corrigir injustiças, as cotas impedem a entrada no ensino superior de pessoas mais bem preparadas. É a confirmação do perigoso abandono do princípio do mérito.
Das 2.396 vagas abertas naquele vestibular para cotistas, apenas 1.384 foram preenchidas, pois os candidatos não conseguiram obter a nota mínima: 2. Mesmo que a relação entre candidatos cotistas e vagas fosse quase um para um, enquanto entre os não cotistas 11 disputaram cada vaga. Entenda-se: se não são exigidas maiores qualificações aos cotistas, muitos merecedores de entrar na universidade ficaram de fora. Ainda com base na mesma pesquisa, a Uerj tenta justificar as cotas afirmando que o índice de reprovação é maior entre os não cotistas. A constatação, no entanto, tem importância relativa, pois o dano maior, o de impedir o desenvolvimento de talentos apenas porque eles não são negros, já foi causado no vestibular.
Também não surpreende que, em várias disciplinas, cotistas tenham notas inferiores às dos demais estudantes. Até o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves de Castro, em entrevista ao “Jornal Nacional”, admitiu que ficam de fora estudantes mais bem preparados. Mas ele continua a defender as cotas, mesmo que haja tantas evidências de que, ao reduzir a importância do princípio do mérito em nome da “raça”, o Brasil não terá profissionais qualificados como a realidade requer e, como inadmissível subproduto, já começa a inocular o racismo no convívio cotidiano da juventude.
Que esta pesquisa ajude o Congresso e o STF, onde o tema tramita, a refletir.
"Ao menos, permaneci decente. Não participei" - um romance de resistencia
A frase acima expressa a consciência moral do personagem central de um romance de desespero, que foi traduzido para o inglês e publicado na Inglaterra, depois de 62 anos de sua primeira edição em alemão:

Hans Fallada:
Alone in Berlin
(Jeder stirbt für sich allein, 1947)
translated by Michael Hofmann
London: Penguin, 2009, 608pp, £20
Segundo as resenhas que li desse livro, de cuja publicação em inglês tomei conhecimento através de um programa literário da BBC, trata-se de um romance anti-fascista baseado na história verdadeira de um casal de alemães ordinários, ele um marceneiro, ela uma dona de casa, ambos desprovidos de educação refinada e completamente apolíticos. Otto e Elise Hampel recebem a triste notícia da morte do filho único, na invasão da França em 1940, e começam a distribuir postais e panfletos com propaganda anti-nazista, até serem descobertos e executados em Berlim em 1944.
Hans Fallada escreveu esse romance em apenas 24 dias e morreu pouco antes de sua publicação.
A frase que eu selecionei em epígrafe não figura em nenhuma das resenhas que li (The Guardian, Daily Telegraph), mas estava em destaque no programa da BBC, com dois autores e críticos literários (possivelmente o tradutor), a que assisti apenas de relance, em busca de notícias do mundo.
Por vezes, pequenas frases são altamente significativas do momento em que se vive...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 5 de junho de 2010)
Mais sobre Hans Fallada nesta mini-biografia na Wikipedia.
Mais sobre o seu romance e seu sucesso na edição inglesa, nesta matéria:
Hans Fallada's anti-Nazi classic becomes surprise UK bestseller
Dalya Alberge
The Observer, Sunday 23 May 2010
First English translation of novel about Gestapo hunt for German couple who defied Hitler enjoys record sales

Hans Fallada:
Alone in Berlin
(Jeder stirbt für sich allein, 1947)
translated by Michael Hofmann
London: Penguin, 2009, 608pp, £20
Segundo as resenhas que li desse livro, de cuja publicação em inglês tomei conhecimento através de um programa literário da BBC, trata-se de um romance anti-fascista baseado na história verdadeira de um casal de alemães ordinários, ele um marceneiro, ela uma dona de casa, ambos desprovidos de educação refinada e completamente apolíticos. Otto e Elise Hampel recebem a triste notícia da morte do filho único, na invasão da França em 1940, e começam a distribuir postais e panfletos com propaganda anti-nazista, até serem descobertos e executados em Berlim em 1944.
Hans Fallada escreveu esse romance em apenas 24 dias e morreu pouco antes de sua publicação.
A frase que eu selecionei em epígrafe não figura em nenhuma das resenhas que li (The Guardian, Daily Telegraph), mas estava em destaque no programa da BBC, com dois autores e críticos literários (possivelmente o tradutor), a que assisti apenas de relance, em busca de notícias do mundo.
Por vezes, pequenas frases são altamente significativas do momento em que se vive...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 5 de junho de 2010)
Mais sobre Hans Fallada nesta mini-biografia na Wikipedia.
Mais sobre o seu romance e seu sucesso na edição inglesa, nesta matéria:
Hans Fallada's anti-Nazi classic becomes surprise UK bestseller
Dalya Alberge
The Observer, Sunday 23 May 2010
First English translation of novel about Gestapo hunt for German couple who defied Hitler enjoys record sales
Primeiro Congresso da Associacao Internacional dos Trabalhadores - mensagem de Karl Marx
Abaixo seguem trechos selecionados da mensagem enviada por Karl Marx ao primeiro congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores, em sua versão em espanhol.
Eu faço a seleção e indico o que me parece serem os pontos fracos, controversos ou totalmente equivocados dessa mensagem.
Paulo Roberto de Almeida
Manifiesto inaugural de la Iª Internacional
Karl Marx (1864)
Trabajadores:
Es un hecho notabilísimo el que la miseria de las masas trabajadoras no haya disminuido desde 1848 hasta 1864, y, sin embargo, este período ofrece un desarrollo incomparable de la industria y el comercio.
PRA: Erradíssimo; não apenas graças à bondade dos capitalistas, que obviamente não existiu, mas sobretudo suas próprias lutas e ao aumento geral da produtividade, os salários e outros benefícios dos trabalhadores foram aumentando continuamente.
Mais adiante em sua mensagem, Marx reconhece a melhoria de condições de vida de alguns trabalhadores, mas traça um quadro pavoroso para a grande maioria.
(...)
Desde 1848 ha tenido lugar en estos países [europeus] un desarrollo inaudito de la industria y una expansión ni siquiera soñada de las exportaciones y de las importaciones. En todos ellos “el aumento de la riqueza y el poder, restringido exclusivamente a las clases poseedoras” ha sido en realidad “embriagador”. En todos ellos, lo mismo que en Inglaterra, una pequeña minoría de la clase trabajadora ha obtenido cierto aumento de su salario real; pero para la mayoría de los trabajadores, el aumento nominal de los salarios no representa un aumento real del bienestar, ni más ni menos que el aumento del coste del mantenimiento de los internados en el asilo para pobres o en el orfelinato de Londres... Por todas partes, la gran masa de las clases laboriosas descendía cada vez más bajo, en la misma proporción, por lo menos, en que los que están por encima de ella subían más alto en la escala social. En todos los países de Europa –y esto ha llegado a ser actualmente una verdad incontestable para todo entendimiento no enturbiado por los prejuicios y negada tan sólo por aquellos cuyo interés consiste en adormecer a los demás con falsas esperanzas, ni el perfeccionamiento de las máquinas, ni la aplicación de la ciencia a la producción, ni el mejoramiento de los medios de comunicación, ni las nuevas colonias, ni la emigración, ni la creación de nuevos mercados, ni el libre cambio, ni todas estas cosas juntas están en condiciones de suprimir la miseria de las clases laboriosas; al contrario, mientras exista la base falsa de hoy, cada nuevo desarrollo de las fuerzas productivas del trabajo ahondará necesariamente los contrastes sociales y agudizará más cada día los antagonismos sociales. Durante esta embriagadora época de progreso económico, la muerte por inanición se ha elevado a la categoría de una institución en la capital del imperio británico. Esta época está marcada en los anales del mundo por la repetición cada vez más frecuente, por la extensión cada vez mayor y por los efectos cada vez más mortíferos de esa plaga de la sociedad que se llama crisis comercial e industrial.
PRA: O fato é que as condições de vida foram melhorando para o conjunto da classe operária européia. Quanto à crise comercial e industrial, nada mais é do que as flutuações da atividade econômica, tipicas do sistema capitalista, que não o impediram de crescer sempre mais e trazer progresso, renda e riqueza.
Después del fracaso de las revoluciones de 1848, todas las organizaciones del partido y todos los periódicos de partido de las clases trabajadoras fueron destruidos en el continente por la fuerza bruta. (...) El descubrimiento de nuevos terrenos auríferos produjo una inmensa emigración y un vacío irreparable en las filas del proletariado de la Gran Bretaña.
PRA: Marx lamenta que operários emigrem em busca de melhores salários ou novas oportunidades para ficar rico nos Estados Unidos, o que é um contrasenso formidável para um economista, ou para um simples cidadão.
Sin embargo, este período transcurrido desde las revoluciones de 1848 ha tenido también sus compensaciones. No indicaremos aquí más que dos hechos importantes. Después de una lucha de treinta años, sostenida con una tenacidad admirable, la clase obrera inglesa, aprovechándose de una disidencia momentánea entre los señores de la tierra y los señores del dinero, consiguió arrancar la ley de la jornada de 10 horas. (...) Por eso, la ley de la jornada de 10 horas no fue tan sólo un gran triunfo práctico, fue también el triunfo de un principio: por primera vez la Economía política de la burguesía había sido derrotada en pleno día por la Economía política de la clase obrera.
PRA: Marx se contradiz claramente, em relação ao que havia dito antes. Se houve melhorias, como negar esse fato?
Pero estaba reservado a la Economía política del trabajo el alcanzar un triunfo más completo todavía sobre la Economía política de la propiedad. Nos referimos al movimiento cooperativo, y, sobre todo, a las fábricas cooperativas creadas, sin apoyo alguno, por la iniciativa de algunas “manos” audaces. Es imposible exagerar la importancia de estos grandes experimentos sociales que han mostrado con hechos, no con simples argumentos, que la producción en gran escala y al nivel de las exigencias de la ciencia moderna, puede prescindir de la clase de los patronos, que utiliza el trabajo de la clase de las “manos”; han mostrado también que no es necesario a la producción que los instrumentos de trabajo estén monopolizados como instrumentos de dominación y de explotación contra el trabajador mismo; y han mostrado, por fin, que lo mismo que el trabajo esclavo, lo mismo que el trabajo siervo, el trabajo asalariado no es sino una forma transitoria inferior, destinada a desaparecer ante el trabajo asociado que cumple su tarea con gusto, entusiasmo y alegría.
PRA: Ilusão completa. O movimento cooperativo não prescindiu da "Economia Política da Propriedade", como Marx chama o sistema capitalista de apropriação privada dos meios de produção. As cooperativas operárias e outras formas coletivas de apropriação convivem ao lado, geralmente à margem e com papel muito restrito, em relação às grandes empresas capitalistas, que são o grande motor da economia moderna.
Al mismo tiempo, la experiencia del período comprendido entre 1848 y 1864 ha probado hasta la evidencia que, por excelente que sea en principio, por útil que se muestre en la práctica, el trabajo cooperativo, limitado estrechamente a los esfuerzos accidentales y particulares de los obreros, no podrá detener jamás el crecimiento en progresión geométrica del monopolio, ni emancipar a las masas, ni aliviar siquiera un poco la carga de sus miserias.
PRA: Marx reconhece, implicitamente, o papel secundário do movimento cooperativo, mas se engana totalmente quando fala de monopólio. O próprio da economia capitalista é ficar aberta a novas iniciativas e empreendimentos, que vão destruindo velhos monopólios, sempre temporários e instáveis, em favor de desenvolvimentos novos, inéditos, muitas vezes trazidos por pequenas empresas individuais ou feitas em associação com empresários inovadores. Isso Marx deixou de reconhecer.
Para emancipar a las masas trabajadoras, la cooperación debe alcanzar un desarrollo nacional y, por consecuencia, ser fomentada por medios nacionales. Pero los señores de la tierra y los señores del capital se valdrán siempre de sus privilegios políticos para defender y perpetuar sus monopolios económicos.
PRA: Ou seja, Marx queria ajuda estatal para as cooperativas, o que seria totalmente contraditória com seus princípios de que toda a riqueza deriva do trabalho. É certo que capitalistas dominantes tentem preservar seus monopólios, mas trata-se de uma tentantiva sempre frustrada pela própria dinâmica da economia capitalista.
(...)
La clase obrera posee ya un elemento de triunfo: el número. Pero el número no pesa en la balanza si no está unido por la asociación y guiado por el saber. La experiencia del pasado nos enseña cómo el olvido de los lazos fraternales que deben existir entre los trabajadores de los diferentes países y que deben incitarles a sostenerse unos a otros en todas sus luchas por la emancipación, es castigado con la derrota común de sus esfuerzos aislados.
PRA: Marx se enganou quanto ao número, ao considerar, equivocadamente, que os trabalhadores industriais logo fariam a maioria na sociedade, desconsiderando o setor agrícola e mais ainda o de serviços, que ele, absurdamente, considerava "improdutivo". Quanto à solidariedade dos trabalhadores, as guerras entre os países europeus logo demonstrariam que se tratava de mais uma ilusão.
(...)
Si la emancipación de la clase obrera exige su fraternal unión y colaboración, ¿cómo van a poder cumplir esta gran misión con una política exterior que persigue designios criminales, que pone en juego prejuicios nacionales y dilapida en guerras de piratería la sangre y las riquezas del pueblo? No ha sido la prudencia de las clases dominantes, sino la heroica resistencia de la clase obrera de Inglaterra a la criminal locura de aquéllas, la que ha evitado a la Europa Occidental el verse precipitada a una infame cruzada para perpetuar y propagar la esclavitud allende el océano Atlántico.
PRA: Marx deforma completamente o sentido da ação inglesa em relação à Guerra Civil nos EUA, que opôs estados escravocratas aos partidários da emancipação. Desde o começo do século 19, a Inglaterra se batia pela eliminação do tráfico e pela abolição da escravidão.
(...) los trabajadores [tienen] el deber de iniciarse en los misterios de la política internacional, de vigilar la actividad diplomática de sus gobiernos respectivos, de combatirla, en caso necesario, por todos los medios de que dispongan; y cuando no se pueda impedir, unirse para lanzar una protesta común y reivindicar que las sencillas leyes de la moral y de la justicia, que deben presidir las relaciones entre los individuos, sean las leyes supremas de las relaciones entre las naciones. La lucha por una política exterior de este género forma parte de la lucha general por la emancipación de la clase obrera.
PRA: A luta por uma política externa com fundamentos morais não foi exclusiva de trabalhadores, e sim de toda uma categoria de trabalhadores intelectuais -- como Marx, aliás -- e de movimentos progressistas, vários deles de inspiração cristã, que contribuiram para moldar princípios de direito internacional sensivelmente diferentes daqueles mobilizados pelos velhos imperialismos.
¡Proletarios de todos los países, uníos!
PRA: Bem, acho que isso ocorreu, mas com enormes limitações e rupturas, como as guerras do século 20 puderam demonstrar. A internet, atualmente, une bem mais os povos do planeta, sem distinções classistas como as que Marx pretendia demarcar.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 5 de junho de 2010)
Eu faço a seleção e indico o que me parece serem os pontos fracos, controversos ou totalmente equivocados dessa mensagem.
Paulo Roberto de Almeida
Manifiesto inaugural de la Iª Internacional
Karl Marx (1864)
Trabajadores:
Es un hecho notabilísimo el que la miseria de las masas trabajadoras no haya disminuido desde 1848 hasta 1864, y, sin embargo, este período ofrece un desarrollo incomparable de la industria y el comercio.
PRA: Erradíssimo; não apenas graças à bondade dos capitalistas, que obviamente não existiu, mas sobretudo suas próprias lutas e ao aumento geral da produtividade, os salários e outros benefícios dos trabalhadores foram aumentando continuamente.
Mais adiante em sua mensagem, Marx reconhece a melhoria de condições de vida de alguns trabalhadores, mas traça um quadro pavoroso para a grande maioria.
(...)
Desde 1848 ha tenido lugar en estos países [europeus] un desarrollo inaudito de la industria y una expansión ni siquiera soñada de las exportaciones y de las importaciones. En todos ellos “el aumento de la riqueza y el poder, restringido exclusivamente a las clases poseedoras” ha sido en realidad “embriagador”. En todos ellos, lo mismo que en Inglaterra, una pequeña minoría de la clase trabajadora ha obtenido cierto aumento de su salario real; pero para la mayoría de los trabajadores, el aumento nominal de los salarios no representa un aumento real del bienestar, ni más ni menos que el aumento del coste del mantenimiento de los internados en el asilo para pobres o en el orfelinato de Londres... Por todas partes, la gran masa de las clases laboriosas descendía cada vez más bajo, en la misma proporción, por lo menos, en que los que están por encima de ella subían más alto en la escala social. En todos los países de Europa –y esto ha llegado a ser actualmente una verdad incontestable para todo entendimiento no enturbiado por los prejuicios y negada tan sólo por aquellos cuyo interés consiste en adormecer a los demás con falsas esperanzas, ni el perfeccionamiento de las máquinas, ni la aplicación de la ciencia a la producción, ni el mejoramiento de los medios de comunicación, ni las nuevas colonias, ni la emigración, ni la creación de nuevos mercados, ni el libre cambio, ni todas estas cosas juntas están en condiciones de suprimir la miseria de las clases laboriosas; al contrario, mientras exista la base falsa de hoy, cada nuevo desarrollo de las fuerzas productivas del trabajo ahondará necesariamente los contrastes sociales y agudizará más cada día los antagonismos sociales. Durante esta embriagadora época de progreso económico, la muerte por inanición se ha elevado a la categoría de una institución en la capital del imperio británico. Esta época está marcada en los anales del mundo por la repetición cada vez más frecuente, por la extensión cada vez mayor y por los efectos cada vez más mortíferos de esa plaga de la sociedad que se llama crisis comercial e industrial.
PRA: O fato é que as condições de vida foram melhorando para o conjunto da classe operária européia. Quanto à crise comercial e industrial, nada mais é do que as flutuações da atividade econômica, tipicas do sistema capitalista, que não o impediram de crescer sempre mais e trazer progresso, renda e riqueza.
Después del fracaso de las revoluciones de 1848, todas las organizaciones del partido y todos los periódicos de partido de las clases trabajadoras fueron destruidos en el continente por la fuerza bruta. (...) El descubrimiento de nuevos terrenos auríferos produjo una inmensa emigración y un vacío irreparable en las filas del proletariado de la Gran Bretaña.
PRA: Marx lamenta que operários emigrem em busca de melhores salários ou novas oportunidades para ficar rico nos Estados Unidos, o que é um contrasenso formidável para um economista, ou para um simples cidadão.
Sin embargo, este período transcurrido desde las revoluciones de 1848 ha tenido también sus compensaciones. No indicaremos aquí más que dos hechos importantes. Después de una lucha de treinta años, sostenida con una tenacidad admirable, la clase obrera inglesa, aprovechándose de una disidencia momentánea entre los señores de la tierra y los señores del dinero, consiguió arrancar la ley de la jornada de 10 horas. (...) Por eso, la ley de la jornada de 10 horas no fue tan sólo un gran triunfo práctico, fue también el triunfo de un principio: por primera vez la Economía política de la burguesía había sido derrotada en pleno día por la Economía política de la clase obrera.
PRA: Marx se contradiz claramente, em relação ao que havia dito antes. Se houve melhorias, como negar esse fato?
Pero estaba reservado a la Economía política del trabajo el alcanzar un triunfo más completo todavía sobre la Economía política de la propiedad. Nos referimos al movimiento cooperativo, y, sobre todo, a las fábricas cooperativas creadas, sin apoyo alguno, por la iniciativa de algunas “manos” audaces. Es imposible exagerar la importancia de estos grandes experimentos sociales que han mostrado con hechos, no con simples argumentos, que la producción en gran escala y al nivel de las exigencias de la ciencia moderna, puede prescindir de la clase de los patronos, que utiliza el trabajo de la clase de las “manos”; han mostrado también que no es necesario a la producción que los instrumentos de trabajo estén monopolizados como instrumentos de dominación y de explotación contra el trabajador mismo; y han mostrado, por fin, que lo mismo que el trabajo esclavo, lo mismo que el trabajo siervo, el trabajo asalariado no es sino una forma transitoria inferior, destinada a desaparecer ante el trabajo asociado que cumple su tarea con gusto, entusiasmo y alegría.
PRA: Ilusão completa. O movimento cooperativo não prescindiu da "Economia Política da Propriedade", como Marx chama o sistema capitalista de apropriação privada dos meios de produção. As cooperativas operárias e outras formas coletivas de apropriação convivem ao lado, geralmente à margem e com papel muito restrito, em relação às grandes empresas capitalistas, que são o grande motor da economia moderna.
Al mismo tiempo, la experiencia del período comprendido entre 1848 y 1864 ha probado hasta la evidencia que, por excelente que sea en principio, por útil que se muestre en la práctica, el trabajo cooperativo, limitado estrechamente a los esfuerzos accidentales y particulares de los obreros, no podrá detener jamás el crecimiento en progresión geométrica del monopolio, ni emancipar a las masas, ni aliviar siquiera un poco la carga de sus miserias.
PRA: Marx reconhece, implicitamente, o papel secundário do movimento cooperativo, mas se engana totalmente quando fala de monopólio. O próprio da economia capitalista é ficar aberta a novas iniciativas e empreendimentos, que vão destruindo velhos monopólios, sempre temporários e instáveis, em favor de desenvolvimentos novos, inéditos, muitas vezes trazidos por pequenas empresas individuais ou feitas em associação com empresários inovadores. Isso Marx deixou de reconhecer.
Para emancipar a las masas trabajadoras, la cooperación debe alcanzar un desarrollo nacional y, por consecuencia, ser fomentada por medios nacionales. Pero los señores de la tierra y los señores del capital se valdrán siempre de sus privilegios políticos para defender y perpetuar sus monopolios económicos.
PRA: Ou seja, Marx queria ajuda estatal para as cooperativas, o que seria totalmente contraditória com seus princípios de que toda a riqueza deriva do trabalho. É certo que capitalistas dominantes tentem preservar seus monopólios, mas trata-se de uma tentantiva sempre frustrada pela própria dinâmica da economia capitalista.
(...)
La clase obrera posee ya un elemento de triunfo: el número. Pero el número no pesa en la balanza si no está unido por la asociación y guiado por el saber. La experiencia del pasado nos enseña cómo el olvido de los lazos fraternales que deben existir entre los trabajadores de los diferentes países y que deben incitarles a sostenerse unos a otros en todas sus luchas por la emancipación, es castigado con la derrota común de sus esfuerzos aislados.
PRA: Marx se enganou quanto ao número, ao considerar, equivocadamente, que os trabalhadores industriais logo fariam a maioria na sociedade, desconsiderando o setor agrícola e mais ainda o de serviços, que ele, absurdamente, considerava "improdutivo". Quanto à solidariedade dos trabalhadores, as guerras entre os países europeus logo demonstrariam que se tratava de mais uma ilusão.
(...)
Si la emancipación de la clase obrera exige su fraternal unión y colaboración, ¿cómo van a poder cumplir esta gran misión con una política exterior que persigue designios criminales, que pone en juego prejuicios nacionales y dilapida en guerras de piratería la sangre y las riquezas del pueblo? No ha sido la prudencia de las clases dominantes, sino la heroica resistencia de la clase obrera de Inglaterra a la criminal locura de aquéllas, la que ha evitado a la Europa Occidental el verse precipitada a una infame cruzada para perpetuar y propagar la esclavitud allende el océano Atlántico.
PRA: Marx deforma completamente o sentido da ação inglesa em relação à Guerra Civil nos EUA, que opôs estados escravocratas aos partidários da emancipação. Desde o começo do século 19, a Inglaterra se batia pela eliminação do tráfico e pela abolição da escravidão.
(...) los trabajadores [tienen] el deber de iniciarse en los misterios de la política internacional, de vigilar la actividad diplomática de sus gobiernos respectivos, de combatirla, en caso necesario, por todos los medios de que dispongan; y cuando no se pueda impedir, unirse para lanzar una protesta común y reivindicar que las sencillas leyes de la moral y de la justicia, que deben presidir las relaciones entre los individuos, sean las leyes supremas de las relaciones entre las naciones. La lucha por una política exterior de este género forma parte de la lucha general por la emancipación de la clase obrera.
PRA: A luta por uma política externa com fundamentos morais não foi exclusiva de trabalhadores, e sim de toda uma categoria de trabalhadores intelectuais -- como Marx, aliás -- e de movimentos progressistas, vários deles de inspiração cristã, que contribuiram para moldar princípios de direito internacional sensivelmente diferentes daqueles mobilizados pelos velhos imperialismos.
¡Proletarios de todos los países, uníos!
PRA: Bem, acho que isso ocorreu, mas com enormes limitações e rupturas, como as guerras do século 20 puderam demonstrar. A internet, atualmente, une bem mais os povos do planeta, sem distinções classistas como as que Marx pretendia demarcar.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 5 de junho de 2010)
Congresso Internacional da Brazilian Studies Association
Deverá realizar-se proximamente em Brasília o Décimo Congresso Internacional da Brazilian Studies Association.
O congresso da BRASA será realizado no Centro de Convenções e Eventos “Brasil 21”, localizado no Setor Hoteleiro Sul, entre 22 e 24 de julho.
A BRASA constitui um grupo internacional e interdisciplinar de estudiosos que apóiam e promovem estudos brasileiros em todos os campos, em especial nas humanidades e nas ciências sociais. A BRASA se dedica à pesquisa de temas brasileiros em todo o mundo, particularmente nos Estados Unidos, onde a associação tem sua sede na Vanderbilt University. Em 2007, a BRASA firmou uma parceria com o CEPPAC-UnB para organizar seu décimo congresso bienal.
A escolha de Brasília, como sede do evento, está diretamente vinculada ao cinquentenário da capital em 2010. O congresso, que vai trazer aproximadamente 250 “brasilianistas” diretamente dos Estados Unidos, será um dos maiores eventos acadêmicos internacionais já realizados nos 50 anos de história do Distrito Federal. São esperados cerca de 1000 acadêmicos brasileiros e estrangeiros, divididos em aproximadamente 150 painéis de discussão. A cerimônia de abertura será realizada no Museu Nacional no dia 22 de julho, e o encerramento no Memorial JK no dia 24 de julho.
As inscrições já estão abertas pelo site da Finatec, e há descontos de 20% para inscrições feitas até 15 de junho. Para mais informações sobre a BRASA e o evento, por favor visite o site www.brasa.org.
A programação completa do evento já se encontra no site.
O congresso da BRASA será realizado no Centro de Convenções e Eventos “Brasil 21”, localizado no Setor Hoteleiro Sul, entre 22 e 24 de julho.
A BRASA constitui um grupo internacional e interdisciplinar de estudiosos que apóiam e promovem estudos brasileiros em todos os campos, em especial nas humanidades e nas ciências sociais. A BRASA se dedica à pesquisa de temas brasileiros em todo o mundo, particularmente nos Estados Unidos, onde a associação tem sua sede na Vanderbilt University. Em 2007, a BRASA firmou uma parceria com o CEPPAC-UnB para organizar seu décimo congresso bienal.
A escolha de Brasília, como sede do evento, está diretamente vinculada ao cinquentenário da capital em 2010. O congresso, que vai trazer aproximadamente 250 “brasilianistas” diretamente dos Estados Unidos, será um dos maiores eventos acadêmicos internacionais já realizados nos 50 anos de história do Distrito Federal. São esperados cerca de 1000 acadêmicos brasileiros e estrangeiros, divididos em aproximadamente 150 painéis de discussão. A cerimônia de abertura será realizada no Museu Nacional no dia 22 de julho, e o encerramento no Memorial JK no dia 24 de julho.
As inscrições já estão abertas pelo site da Finatec, e há descontos de 20% para inscrições feitas até 15 de junho. Para mais informações sobre a BRASA e o evento, por favor visite o site www.brasa.org.
A programação completa do evento já se encontra no site.
Itamaraty abre novas embaixadas nos quatro pontos cardeais
Diplomacia
A cruzada do Itamaraty
Luís Guilherme Barrucho
Revista Veja, edição 2168 - 9 de junho de 2010
Em busca de apoio às suas ambições internacionais, Lula já abriu 68 novas embaixadas e consulados
Resort onde funciona a embaixada brasileira em Basseterre: sete novos escritórios no Caribe

O Arquipélago de São Cristóvão e Névis, no Caribe, é um paraíso para poucos. Tem praias de águas translúcidas, relevo desenhado pela atividade vulcânica e uma população que não ultrapassa 55 000 habitantes. Vive do turismo, atraindo europeus e americanos com seus resorts cinco-estrelas e campos de golfe à beira-mar. Ali foi constituída uma das mais recentes embaixadas brasileiras. Desde o ano passado, o país possui um embaixador em Basseterre, a capital do arquipélago. Sem escritório definitivo, o diplomata despacha de sua suíte do Marriott, na Frigate Bay (foto acima). Essa é uma das 68 representações diplomáticas, entre embaixadas e consulados, que foram abertas desde 2003. Sob Lula e sua pretensão de ampliar a participação brasileira na diplomacia internacional, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, tornou-se uma das pastas mais valorizadas no Planalto. Não se pouparam recursos na contratação de diplomatas, na melhoria de seus salários e também na abertura de representações. O Brasil possui atualmente embaixadas em 133 nações.
A maior parte dessas novas representações foi aberta em países pequenos e pouco relevantes no cenário político e econômico mundial, quase todos ex-comunistas, nações africanas paupérrimas ou ilhotas caribenhas. São lugares como Albânia e Coreia do Norte, esta uma das nações mais fechadas do planeta; os africanos Benin e Togo; ou Dominica, Bahamas e Santa Lúcia, no Caribe. Por trás dessa multiplicação global dos "itamaratecas" (como são apelidados os alunos formados pelo Instituto Rio Branco, a escola pública de diplomatas) há um misto de ideologia e ambição do governo brasileiro. Pela cartilha da diplomacia, a instalação de representações no exterior se justifica pelos interesses econômicos em jogo, pelo papel geopolítico ou pela presença de uma grande comunidade de imigrantes. Nada disso parece fundamentar as decisões recentes do governo. Explica o especialista em relações internacionais Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington: "Esse aumento do número de embaixadas se deve às prioridades da atual política externa. Uma delas é o incentivo ao relacionamento com os emergentes, em detrimento dos desenvolvidos. Outra é a vontade do país de possuir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Quem conduziu as reformulações na diplomacia brasileira foi o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty até 2009 e agora chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (aquela antes ocupada por Roberto Mangabeira Unger). Guimarães é um dos principais mentores da política externa petista, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. A ideia do trio foi transformar o Brasil num porta-voz dos fracos e oprimidos do planeta – oferecendo um contrapeso às nações mais ricas – e, ao mesmo tempo, estreitar as transações comerciais com nações emergentes. A obsessão, manifestada desde o início do governo Lula, é conquistar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, hoje um privilégio de Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Pelos cálculos do Itamaraty, a ampliação do número de embaixadas traria mais votos favoráveis ao Brasil. Até agora, a iniciativa foi em vão.
Do ponto de vista econômico, a estratégia também colheu poucos frutos. As trocas entre o país e nações africanas e caribenhas respondem por menos de 10% da balança comercial brasileira. As vendas do Brasil para São Cristóvão e Névis foram de apenas 1 milhão de dólares no ano passado, uma insignificância ante os 153 bilhões de dólares do total das exportações. "Há uma desproporção evidente entre as prioridades da política externa brasileira. A eficácia da diplomacia não se avalia pelo número de embaixadas abertas. Quando a seleção não é feita de maneira criteriosa, o país acaba por desperdiçar recursos financeiros e humanos", afirma o diplomata aposentado José Botafogo Gonçalves. Além disso, todo esse investimento não se traduz necessariamente em apoio político. Diz o ex-secretário-geral do Itamaraty Luiz Felipe Lampreia: "Uma representação diplomática cria muitas expectativas nesses países, como ajuda financeira. Nem sempre o Brasil tem condições de prestar essa generosidade".
Desde o século XIX, o Itamaraty tem sido sinônimo de competência e profissionalismo. O concurso de ingresso à carreira diplomática é disputadíssimo e exige uma formação de elite, abrangendo conhecimentos que vão de música clássica a história de civilizações antigas e assuntos da geopolítica contemporânea. Resta torcer para que os interesses de um partido e a proliferação de embaixadas, do Azerbaijão à Zâmbia, não maculem essa tradição.
A cruzada do Itamaraty
Luís Guilherme Barrucho
Revista Veja, edição 2168 - 9 de junho de 2010
Em busca de apoio às suas ambições internacionais, Lula já abriu 68 novas embaixadas e consulados
Resort onde funciona a embaixada brasileira em Basseterre: sete novos escritórios no Caribe

O Arquipélago de São Cristóvão e Névis, no Caribe, é um paraíso para poucos. Tem praias de águas translúcidas, relevo desenhado pela atividade vulcânica e uma população que não ultrapassa 55 000 habitantes. Vive do turismo, atraindo europeus e americanos com seus resorts cinco-estrelas e campos de golfe à beira-mar. Ali foi constituída uma das mais recentes embaixadas brasileiras. Desde o ano passado, o país possui um embaixador em Basseterre, a capital do arquipélago. Sem escritório definitivo, o diplomata despacha de sua suíte do Marriott, na Frigate Bay (foto acima). Essa é uma das 68 representações diplomáticas, entre embaixadas e consulados, que foram abertas desde 2003. Sob Lula e sua pretensão de ampliar a participação brasileira na diplomacia internacional, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, tornou-se uma das pastas mais valorizadas no Planalto. Não se pouparam recursos na contratação de diplomatas, na melhoria de seus salários e também na abertura de representações. O Brasil possui atualmente embaixadas em 133 nações.
A maior parte dessas novas representações foi aberta em países pequenos e pouco relevantes no cenário político e econômico mundial, quase todos ex-comunistas, nações africanas paupérrimas ou ilhotas caribenhas. São lugares como Albânia e Coreia do Norte, esta uma das nações mais fechadas do planeta; os africanos Benin e Togo; ou Dominica, Bahamas e Santa Lúcia, no Caribe. Por trás dessa multiplicação global dos "itamaratecas" (como são apelidados os alunos formados pelo Instituto Rio Branco, a escola pública de diplomatas) há um misto de ideologia e ambição do governo brasileiro. Pela cartilha da diplomacia, a instalação de representações no exterior se justifica pelos interesses econômicos em jogo, pelo papel geopolítico ou pela presença de uma grande comunidade de imigrantes. Nada disso parece fundamentar as decisões recentes do governo. Explica o especialista em relações internacionais Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington: "Esse aumento do número de embaixadas se deve às prioridades da atual política externa. Uma delas é o incentivo ao relacionamento com os emergentes, em detrimento dos desenvolvidos. Outra é a vontade do país de possuir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Quem conduziu as reformulações na diplomacia brasileira foi o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty até 2009 e agora chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (aquela antes ocupada por Roberto Mangabeira Unger). Guimarães é um dos principais mentores da política externa petista, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. A ideia do trio foi transformar o Brasil num porta-voz dos fracos e oprimidos do planeta – oferecendo um contrapeso às nações mais ricas – e, ao mesmo tempo, estreitar as transações comerciais com nações emergentes. A obsessão, manifestada desde o início do governo Lula, é conquistar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, hoje um privilégio de Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Pelos cálculos do Itamaraty, a ampliação do número de embaixadas traria mais votos favoráveis ao Brasil. Até agora, a iniciativa foi em vão.
Do ponto de vista econômico, a estratégia também colheu poucos frutos. As trocas entre o país e nações africanas e caribenhas respondem por menos de 10% da balança comercial brasileira. As vendas do Brasil para São Cristóvão e Névis foram de apenas 1 milhão de dólares no ano passado, uma insignificância ante os 153 bilhões de dólares do total das exportações. "Há uma desproporção evidente entre as prioridades da política externa brasileira. A eficácia da diplomacia não se avalia pelo número de embaixadas abertas. Quando a seleção não é feita de maneira criteriosa, o país acaba por desperdiçar recursos financeiros e humanos", afirma o diplomata aposentado José Botafogo Gonçalves. Além disso, todo esse investimento não se traduz necessariamente em apoio político. Diz o ex-secretário-geral do Itamaraty Luiz Felipe Lampreia: "Uma representação diplomática cria muitas expectativas nesses países, como ajuda financeira. Nem sempre o Brasil tem condições de prestar essa generosidade".
Desde o século XIX, o Itamaraty tem sido sinônimo de competência e profissionalismo. O concurso de ingresso à carreira diplomática é disputadíssimo e exige uma formação de elite, abrangendo conhecimentos que vão de música clássica a história de civilizações antigas e assuntos da geopolítica contemporânea. Resta torcer para que os interesses de um partido e a proliferação de embaixadas, do Azerbaijão à Zâmbia, não maculem essa tradição.
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