Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
A humilhacao do Senado - Merval Pereira
sábado, 9 de fevereiro de 2013
O novo Congresso brasileiro: pequeno retrato
Maioria da Mesa do Senado está sob investigaçãoDos 11 integrantes do novo comando da Casa, seis respondem a inquérito ou ação penal no Supremo. Na Câmara, três dos novos membros da direção também são investigados na corte
Cotado para corregedor da Câmara também é investigadoAlém do novo 3º secretário, Maurício Quintella Lessa, o primeiro vice-presidente e um suplente da Mesa são alvos de investigação no Supremo Tribunal Federal
Henrique Alves tenta reverter condenação por improbidadeTribunal de Justiça do Rio Grande do Norte examina recurso do novo presidente da Câmara, condenado em primeira instância. Ele também responde em Brasília por enriquecimento ilícito
Sem comentários (e precisa?)
Paulo Roberto de Almeida
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Eleitor-Contribuinte-Pagador Compulsorio: saiba aonde vao seus impostos...
quinta-feira, 10 de março de 2011
Um congresso vendido (e que quer ser comprado) - Marco Antonio Villa
Marco Antonio Villa
9/03/2011
O governo obteve o que desejava. Aprovou o novo salário mínimo. Usou do rolo compressor, da maioria confortável que detém no Congresso Nacional. Um dos destaques foi a fidelidade de alguns partidos, como o PMDB, principalmente na Câmara. Evidentemente que tem um preço. O pagamento são os rendosos cargos de segundo escalão. Dada a desmoralização da política brasileira, isto é visto como algo absolutamente natural. E alguns até teorizam: isto é fruto do presidencialismo de coalização. Só no Brasil...
As votações na Câmara e no Senado permitem várias observações sobre o funcionamento daquelas Casas. E não foram simplesmente sessões ordinárias. Não. Foram, provavelmente, as mais importantes deste semestre. O desenrolar dos trabalhos causa enorme estranheza, inclusive visual. A maioria fica de pé durante a maior parte das sessões. É a minoria que permanece sentada, como ocorre em qualquer parlamento digno deste nome. Quando um orador vai à tribuna, poucos prestam atenção pois sequer conseguem ouvi-lo. O barulho, a dispersão, as conversas em paralelo impedem que os congressistas possam acompanhar o andamento da sessão. Mas quem está se importando com isso?
É fabulosa a quantidade de parlamentares ao redor da mesa diretora, todos querendo ter um segundo de fama. Acreditam que um cochicho com o presidente, caso apareça na televisão, dará ao parlamentar uma enorme importância, sinal de poder para seus eleitores. Um sorriso e um sinal de concordância do presidente, então, é o máximo. Os parlamentares buscam incessantemente locais onde possam aparecer nas imagens, como o corredor central do plenário ou os microfones para os apartes. Na política congressual, a imagem é mais importante que o discurso.
Outro estranho procedimento é a permanência de um funcionário sentado ao lado dos presidentes da Câmara e do Senado durante as sessões, dando as orientações regimentais. Ele interfere nas decisões, sugere encaminhamentos, nega solicitações, como se fosse um parlamentar. É uma espécie de babá. Os presidentes acabam reféns do funcionário que tem mais poder que a maioria dos parlamentares, mesmo não tendo recebido nenhum voto popular. Isto porque o regimento substituiu o debate. Em vez da discussão política, tivemos uma enfadonha batalha regimental.
Em meio às questões de ordem e breves discursos, a maioria dos parlamentares continuava conversando, dando risadas, lendo jornais, consultando a internet ou trocando largos cumprimentos. Sabiam que estavam sendo vistos e alguns até devem ter reforçado a tintura dos cabelos, que varia do preto graúna ao acaju. O desinteresse pelo desenrolar da sessão era compreensível. O resultado da votação era conhecido. Não estavam lá para debater a proposta do governo. Foram simplesmente obedecer às determinações do Palácio do Planalto.
A balbúrdia das sessões foi tão grande que, diversas vezes, as mesas tiveram de informar o que significavam os votos "sim" e "não". Na Câmara, o presidente Marco Maia estava perdido. E, para manter a isonomia com o ambiente, diversas vezes, ficou sentado de costas para os oradores que estavam discursando na tribuna (numa delas, de forma acintosa, quando discursava o líder do governo, Cláudio Vaccarezza, seu adversário dentro do PT). Maia optou dar atenção aos grupos de parlamentares que o procuravam para conversar, em vez de ouvir as intervenções dos deputados. Na sessão do Senado, José Sarney acabou se confundindo várias vezes e a todo momento consultava a funcionária que o assessorava (deve ser registrada a ausência na mesa de Marta Suplicy, tão ciosa, nas sessões ordinárias, no controle do tempo dos oradores).
Em meio à balbúrdia, como em um clube de adolescentes, os parlamentares brincavam, trocavam afagos e elogios. Os membros do baixo clero aproveitaram o raro momento de serem reconhecidos e ouvidos pelos líderes do governo. Estavam ansiosos para votar e ir embora. Afinal, ninguém é de ferro: queriam aproveitar a noite brasiliense.
As votações - a maioria delas não foram nominais - são meteóricas. Os presidentes falam rapidamente: "Quem está a favor, fique como está; quem for contrário, que se manifeste." A fala é tão incompreensível que a maioria do plenário continua conversando. O mais absurdo é que em meio àquela bagunça, o presidente considere uma proposta aprovada. Os contrários à proposta - que não ouviram a "votação" - são obrigados a se dirigir ao microfone para poder registrar seu voto.
Neste jogo do faz de conta quem perde é a democracia. Um jovem interessado por política deve ter ficado decepcionado com o desenrolar das sessões. Não ocorreu nenhum debate. O formalismo regimental - além do grande número de partidos e blocos - impediu que o Parlamento pudesse efetivamente transformar a temática do salário mínimo numa discussão efetivamente política. E não foi um caso isolado: esta é a prática rotineira do Congresso Nacional.
Não há vida parlamentar. E não é por falta de número: no total são 594 representantes do povo. É um dos maiores congressos do mundo democrático. Também não é por falta de recursos: o orçamento anual é de mais de 5 bilhões de reais. Mas quem consegue citar 30 ou 40 nomes de parlamentares que se destacaram na última legislatura?
O Poder Legislativo não consegue desempenhar suas funções constitucionais. O Executivo decide e o Congresso chancela, sem discussão. É tão inexpressivo como um cartório. Mas rendoso. A representação popular foi transformada em um balcão. E para a maioria dos políticos é um ótimo negócio.
Marco Antonio Villa é historiador.
sábado, 5 de junho de 2010
Congresso Internacional da Brazilian Studies Association
O congresso da BRASA será realizado no Centro de Convenções e Eventos “Brasil 21”, localizado no Setor Hoteleiro Sul, entre 22 e 24 de julho.
A BRASA constitui um grupo internacional e interdisciplinar de estudiosos que apóiam e promovem estudos brasileiros em todos os campos, em especial nas humanidades e nas ciências sociais. A BRASA se dedica à pesquisa de temas brasileiros em todo o mundo, particularmente nos Estados Unidos, onde a associação tem sua sede na Vanderbilt University. Em 2007, a BRASA firmou uma parceria com o CEPPAC-UnB para organizar seu décimo congresso bienal.
A escolha de Brasília, como sede do evento, está diretamente vinculada ao cinquentenário da capital em 2010. O congresso, que vai trazer aproximadamente 250 “brasilianistas” diretamente dos Estados Unidos, será um dos maiores eventos acadêmicos internacionais já realizados nos 50 anos de história do Distrito Federal. São esperados cerca de 1000 acadêmicos brasileiros e estrangeiros, divididos em aproximadamente 150 painéis de discussão. A cerimônia de abertura será realizada no Museu Nacional no dia 22 de julho, e o encerramento no Memorial JK no dia 24 de julho.
As inscrições já estão abertas pelo site da Finatec, e há descontos de 20% para inscrições feitas até 15 de junho. Para mais informações sobre a BRASA e o evento, por favor visite o site www.brasa.org.
A programação completa do evento já se encontra no site.