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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Heranca maldita dos companheiros: inflessao e desemprego

Parabens aos companheiros: eles conseguiram desmentir o seu querido mestre, Keynes, em pessoa (mas não em carne e osso, para sorte dele).
Keynes sempre esteve associado a essa dupla contraditória: um pouquinho de inflação, para salvar o emprego, mantendo o crescimento positivo.
Essa fórmula começou a ser desmentida nos anos 1970, quando ainda antes do primeiro choque do petróleo se começou a ter aquilo que era julgado impossível no receituário keynesiano: inflação E estagnação, o que foi consagrado na fórmula stagflation (na verdade enganosa, pois primeiro ocorreu inflação, depois veio a estagnação, ou recessão).
Esta a razão de porque classifico a atual situação, produzida inteiramente pelos companheiros no poder, incompetentes tanto em keynesianismo quanto em simples bom-senso econômico, de inflessão, ou seja, uma combinação de inflação com recessão, na qual já estamos de fato...
Paulo Roberto de Almeida

BACEN (21/07/2014) – BOLETIM SEMANAL FOCUS. PREVISÕES DO MERCADO.

PORTAL G1. BACEN. 21/07/2014. 08h33. Mercado financeiro já prevê alta do PIB menor que 1% em 2014. Expectativa de alta recuou de 1,05% para 0,97% na 8ª queda seguida. Analistas do mercado também baixam previsão para o IPCA para 6,44%.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A economia brasileira deve crescer menos de 1% este ano, segundo os economistas do mercado financeiro. É a primeira vez que a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano fica abaixo dessa marca. De acordo com o relatório de mercado, divulgado pelo Banco Central, a previsão para o PIB caiu de 1,05% para 0,97%. Foi a oitava queda seguida.
As previsões do mercado financeiro, coletadas pelo BC por meio de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, confirmam o cenário de desaceleração da economia brasileira. Em 2013, o PIB registrou crescimento de 2,5%. Para 2015, a previsão do mercado de alta do PIB ficou estável em 1,5%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia. Para conter a inflação, o BC subiu os juros entre abril do ano passado e maio deste ano, influenciando também o ritmo de atividade.
No fim de maio, o IBGE informou que a economia do país registrou expansão de 0,2% nos três primeiros meses de 2014, em relação ao quarto trimestre de 2013, com destaque para o bom desempenho da agropecuária.
A expansão do PIB do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro, de 0,97%, continua abaixo do estimado no orçamento federal, de 2,5%, e também menor que a previsão divulgada pelo Banco Central na semana passada, de alta de 1,6%.
Menos inflação
O mercado financeiro também previu menos inflação para este ano. Os economistas dos bancos reduziram de 6,48% para 6,44% sua previsão de 2014 para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o valor se distanciou um pouco do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para o ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto em abril, mas depois recuou. Para 2015, a expectativa dos economistas dos bancos para o IPCA, porém, subiu de 6,10% para 6,12%.
Pelo sistema que vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de juros
A previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, por sua vez, foi mantida em 11% ao ano até o fechamento de 2014. Na semana passada, o BC manteve a taxa estável neste patamar pelo segundo encontro seguido do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o fim de 2015, a previsão dos analistas para o juro básico da economia permaneceu em 12% ao ano.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 recuou de R$ 2,39 para R$ 2,35 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,50 por dólar.
A projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 permaneceu em US$ 2 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial subiu de US$ 9,4 bilhões para US$ 9,8 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou estável em US$ 55 bilhões.



PORTAL UOL. BACEN. Projeção do PIB cai pela 8ª semana seguida e fica abaixo de 1%, diz BC
Do UOL, em São Paulo. 21/07/2014. 08h38.

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer 0,97% neste ano, de acordo com as projeções mais recentes das principais instituições financeiras do país, divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (21). É a primeira vez no ano que a previsão fica abaixo de 1%.

Esta é a oitava semana seguida de recuo das projeções, que são agrupadas pelo BC no relatório Focus, publicado semanalmente. Na semana passada, a previsão para a alta do PIB era de 1,05%.

Na quinta-feira (17), o BC divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), indicador que é considerado uma prévia do PIB, apontando para um recuo de 0,18% da economia em maio.

A projeção para inflação recuou de 6,48% na semana passada para 6,44% nesta semana. De acordo com o último dado oficial do IBGE, os preços no país subiram 0,4% em junho.

O governo trabalha com uma meta de inflação de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, a margem vai de 2,5% a 6,5%).

A Selic, taxa básica de juros, deve fechar o ano nos atuais 11%, segundo os analistas consultados pelo BC. A perspectiva para a cotação do dólar passou de R$ 2,39 na semana passada para R$ 2,35.

Previsão para 2015
Para o ano que vem, os economistas subiram a projeção de inflação de 6,1% para 6,12%, segundo o Focus. A previsão de alta do PIB foi mantida em 1,5%.

A taxa básica de juros deve fechar 2015 em 12%, a mesma projeção da semana passada; e a cotação do dólar deve ser de R$ 2,50.

Entenda o que é o boletim Focus
Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de cem instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados (desprezando os menores e os maiores valores).

(Com Reuters)


Economistas passam a ver expansão da economia abaixo de 1% em 2014
Reuters. 21/07/2014. 09h34.
Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras passaram a ver expansão econômica no Brasil abaixo de 1 por cento neste ano após novos sinais de fraqueza, ao mesmo tempo em que melhoraram ligeiramente a perspectiva para a inflação e mantiveram o cenário para a política monetária após o Banco Central ter mantido o patamar do juro básico na semana passada mas deixado as portas abertas para eventuais mudanças. Em uma trajetória descendente que já dura oito semanas, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2014 caiu a 0,97 por cento na pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, contra 1,05 projetado anteriormente. No ano passado, o PIB cresceu 2,5 por cento.As expectativas de que a economia deve ter recuado no segundo trimestre aumentaram na semana passada com a queda de 0,18 por cento em maio do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB.

Um dos maiores pesos sobre a economia é a indústria, e no Focus os agentes econômicos voltaram a piorar sua projeção, vendo agora uma contração da atividade de 1,15 por cento, ante queda de 0,90 por cento na semana anterior. Para 2015, a projeção para o crescimento do PIB foi mantida pela terceira semana em 1,50 por cento, enquanto a estimativa de crescimento da indústria caiu a 1,70 por cento, frente a 1,80 por cento.

INFLAÇÃO

Por outro lado, os agentes econômicos consultados no Focus reduziram a projeção para o IPCA, afastando-a um pouco do teto da meta do governo, que é de 4,5 por cento com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. A estimativa para a inflação oficial em 2014 passou agora a 6,44 por cento, contra 6,48 por cento anteriormente. Depois de o IPCA ter estourado o teto em junho com 6,52 por cento em 12 meses, o mercado aguarda a divulgação na terça-feira do IPCA-15 de julho. Para 2015, a projeção no Focus para o IPCA foi elevada a 6,12, contra 6,10 por cento. Para os próximos 12 meses, sofreu alta de 0,03 ponto percentual, a 5,95 por cento. Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, continua vendo estouro da meta este ano, mantendo a projeção para o IPCA em 6,51 por cento. Para a política monetária, não houve alterações na perspectiva de que a Selic encerrará o ano no atual patamar de 11,00 por cento, depois de o BC ter decido na semana passada manter a taxa básica de juros nesse nível pela segunda vez seguida.

Diante da atividade fraca e da inflação elevada, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou as portas abertas para eventual mudança na política monetária, e os olhos agora se voltam para a ata da reunião, a ser divulgada na quinta-feira. Por enquanto, os economistas continuam vendo que novo ciclo de aperto monetário só começará em janeiro de 2015, com alta de 0,25 ponto percentual, sem alteração sobre a semana anterior, segundo o Focus.


Focus: Projeção para o dólar ao fim de 2014 cai pela segunda semana
Valor
21/07/2014. 09h20.
Os analistas de mercado veem o dólar menos valorizado ao fim deste ano e agora estimam que a moeda americana deve fechar 2014 valendo R$ 2,35. Na semana passada, a projeção era de R$ 2,39. Para o fim de 2015 a estimativa mediana segue em R$ 2,50.

O dólar tem estado bastante volátil. Na quinta-feira, subiu 1,67% e, na sexta, devolveu boa parte dessa alta ao cair 1,35%. Essa desavalorização foi intensificada pela queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. Mas a cotação ainda segue bem abaixo do que os analistas veem no fechamento do ano, em R$ 2,2279.

Ainda no setor externo, os analistas aumentaram ainda mais a estimativa para o déficit em conta corrente neste ano; a mediana passou de US$ 80,75 bilhões para US$ 81,5 bilhões. A estimativa para o saldo da da balança comercial ficou praticamente inalterada em US$ 2 bilhões.


Projeção para alta do IPCA em 2014 sai de 6,48% para 6,44%, traz Focus
Valor
21/07/2014. 09h20.
Os analistas do mercado financeiro reduziram suas expectativas para a inflação neste ano, embora tenham aumentado as apostas para 2015 e na leitura em 12 meses, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC).

A mediana das projeções para o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 6,48% para 6,44% em 2014. A estimativa para a inflação no próximo ano, por sua vez, passou de 6,10% para 6,12%. Em 12 meses, os analistas estimam agora elevação de 5,95% no IPCA, ante 5,92% na pesquisa antecedente. A projeção para a inflação em julho foi de 0,24% para 0,22%.

O mercado também vê a inflação medida por outros indicadores menos pressionada neste ano. Para o IGP-M, por exemplo, a projeção cedeu de 5,04% para 5,01%. A mediana das projeções para o IGP-DI caiu de 5,04% para 4,49%. No caso do IPC-Fipe, a expectativa se reduziu de 5,69% para 5,56%. 

Os analistas veem no enfraquecimento da atividade um dos motivos pelos quais a inflação deve ficar menos pressionada e que fariam o BC a manter a taxa de juros inalterada neste momento. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 11% ao ano. O Focus mostra que o mercado espera a manutenção dessa taxa até dezembro. Até o fim de 2015, a Selic subiria para 12%. 

Entre os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, as projeções de inflação seguiram as mesmas - 6,51% neste ano e 6,75% em 2015 -, mas eles elevaram a aposta para o juro no ano que vem, de 11,50% para 12,25%. Todas as estimativas são medianas de médio prazo.


FOLHA DE SÃO PAULO. PORTAL UOL. Mercado estima pela primeira vez PIB abaixo de 1% em 2014
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
21/07/2014 09h07

Pela oitava semana consecutiva, os analistas de mercado cortaram suas estimativas para a expansão da economia brasileira neste ano.

Desta vez, a projeção de alta do PIB (Produto Interno Bruto) ficou em 0,97%. É a primeira vez que o Boletim Focus, do Banco Central, traz expectativa abaixo de 1% para este ano.

Na semana passada, a estimativa era de alta de 1,05%.

A revisão para o PIB acompanha a redução nas projeções para a produção industrial. Agora, os analistas esperam queda de 1,15% nesse setor, ante retração de 0,90% na semana passada.

Há um mês, o mercado via o PIB crescendo 1,16% e a produção industrial caindo 0,16%.

Para 2015, a estimativa para o PIB foi mantida em expansão de 1,50%, mas a da indústria caiu pela quarta semana consecutiva, de alta de 1,80% para 1,70%.

As notícias mais recentes sobre a atividade econômica em geral e industrial têm mantido o sinal negativo.

Na semana passada, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou que o índice de confiança do setor atingiu em julho o menor patamar desde janeiro de 1999.

O indicador de produção de junho despencou para 39,6 pontos, contra 48,4 em maio.

O Banco Central, por sua vez, mostrou que seu IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) teve contração de 0,18% em maio ante abril, refletindo especialmente a forte queda da indústria naquele mês.

Embora o resultado tenha sido um pouco melhor que o esperado, analistas não viram no número um sinal de reversão das expectativas negativas. O dado, afirmaram, aponta atividade mais fraca no segundo trimestre.

A estimativa para o IPCA –a inflação oficial do país– d este ano passou a 6,44%, frente a 6,48% na pesquisa anterior.

A meta do governo é de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

MERCADO DE TRABALHO

Outros números mostraram que o enfraquecimento da atividade chegaram ao mercado de trabalho.

O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) decepcionou novamente em junho ao registrar a criação de 25,3 mil vagas no mês. O resultado foi o pior para os meses de junho desde 1998 e, como em maio, foi puxado pelo fechamento de 28,5 mil vagas na indústria.

Em função da criação menor de vagas, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, reduziu para 1,1 milhão a estimativa de novas vagas este ano. A estimativa anterior era de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos novos.

DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20140718.pdf
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
CNI. 18/07/2014. Produção e emprego caem e estoques estão acima do planejado. Sondagem da CNI mostra que desaquecimento da atividade se agravou em junho e cresceu a preocupação dos empresários com a falta de demanda, a inadimplência dos consumidores e a dificuldade com capital de giro.

O indicador de evolução da produção da indústria caiu para 39,6 pontos e o de número de empregados recuou para 45,2 pontos. As informações são da Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira (18), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores de evolução da pesquisa variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 indicam queda na produção e no emprego.

Conforme a pesquisa, o aumento dos estoques em relação ao planejado completou o cenário de desaquecimento da atividade em junho. O nível de estoque efetivo em relação ao planejado subiu para 52,1 pontos. O indicador varia de zero a cem, acima de 50 revela excesso de estoques. "Certamente há aspectos atípicos em junho e a realização da Copa afetou de forma excepcional os resultados do mês. Todavia, os resultados da Sondagem nos últimos meses indicam que o quadro negativo é antigo e o agravamento de junho deverá ter consequências mais duradouras. É pouco provável a possibilidade de uma recuperação rápida e sustentada da indústria no curto prazo", analisa a CNI.

O índice de evolução da produção ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo oitavo mês consecutivo e alcançou o menor valor desde 2010. O número de empregados caiu em todos os portes de empresas e na maioria dos setores da indústria extrativa e de transformação. A utilização média da capacidade instalada caiu para 68%, o menor percentual da série histórica mensal que começou em 2010.


OBSTÁCULOS - A falta de demanda foi apontada como um das principais dificuldades enfrentadas pela indústria no segundo trimestre. Assinalado por 40,7% das empresas, o problema subiu da quarta para a segunda posição no ranking e só é superado pela elevada carga tributária, que teve 54,5% das menções dos empresários. O problema da falta de demanda ganhou importância para as empresas de todos os portes. No entanto, foi mais significativo para as grandes empresas. No primeiro trimestre do ano, a falta de demanda foi mencionada por 21,6% das indústrias de grande porte. Esse número aumentou para 41,6% no segundo trimestre.

Também estão no topo da lista dos problemas, a competição acirrada, com 31,3% das menções, e o alto custo das matérias-primas, com 25,4% das assinalações. A Sondagem observa ainda que a inadimplência dos clientes, com 18,6% das respostas, e a falta de capital de giro, com 18,9%, ganharam importância entre os obstáculos ao crescimento das empresas.

SITUAÇÃO FINANCEIRA - A pesquisa revela que, no segundo trimestre, aumentou a insatisfação da indústria com as margens de lucro e com a situação financeira. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional caiu para 39,3 pontos, o menor desde o segundo trimestre de 2009. O indicador de satisfação com a situação financeira recuou para 44,6 pontos. Ambos os indicadores se afastaram ainda mais da linha dos 50 pontos, que separa a satisfação da insatisfação. Além disso, os preços das matérias-primas aumentaram e o acesso ao crédito continua difícil.

A pesquisa destaca que o agravamento das condições da indústria afetará toda a economia. "A superação desse quadro exige medidas efetivas, amplas e permanentes, capazes de reverter o ciclo negativo de falta de confiança, baixo investimento e queda na produção", recomenda a CNI.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 11 de junho com 2.115 empresas, das quais 849 de pequeno porte, 770 médias e 496 grandes.

SONDAGEM INDUSTRIAL

A Sondagem Industrial tem como objetivo identificar a tendência passada e futura da indústria brasileira. Essa pesquisa de opinião empresarial é realizada desde 1998, e conta com aproximadamente 2.000 empresas das indústrias extrativa e de transformação. Inicialmente com periodicidade trimestral, a Sondagem Industrial passou a ser realizada mensalmente a partir de janeiro de 2010.

A Sondagem abrange o Distrito Federal e os 26 Estados brasileiros e é realizada em parceria com as federações de Indústria. São divulgados resultados por setor de atividade, região geográfica e porte de empresa. Resultados estaduais são divulgados pelas Federações de Indústria.

A amostra é probabilística, feita a partir de uma população de empresas com 10 empregados ou mais. A cada fim de trimestre do ano calendário (março, junho, setembro e dezembro) o questionário de coleta é ampliado, incluindo outras variáveis e o relatório de divulgação apresenta análises econômica, setorial e por porte da empresa.

Os resultados são divulgados na forma de indicadores de difusão.

DOCUMENTO: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2014/07/18/4/SondagemIndustrialJunho20141.pdf

A frase da semana: Zbigniew Brzezinski, sobre o Brics e o Brasil

Apenas reproduzindo, não uma, mas duas frases, ambas provocadoras, e talvez verdadeiras...

O BRIC não existe como bloco. 
É apenas um amontoado de letras e o Brasil precisa parar de pensar que é o país do futuro.
Zbigniew Brzezinski, geopolítico americano

Politica economica companheira: entrevista com Marcos Lisboa

Marcos Lisboa:"O retorno ao desenvolvimentismo deu errado"
por Ludmilla Amaral
IstoÉ, 17/07/2014
Ex-secretário de Política Econômica de Lula, Marcos Lisboa classifica o comportamento da economia brasileira de medíocre e diz que o País deve retomar agenda que antecedeu a 2008

Ex- secretário de Política Econômica do governo Lula, o economista Marcos Lisboa avalia o comportamento da economia do País, desde 2009, como "medíocre". "Quando eu digo medíocre é um baixo crescimento, inclusive em comparação com nossos pares no resto do mundo. As dificuldades dos países desenvolvidos têm contaminado os países emergentes, mas nós temos sofrido mais do que os demais", afirmou Lisboa em entrevista à ISTOÉ concedida na terça-feira 15 na sede do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) em São Paulo, entidade da qual ele é vice-presidente. O economista atribui esse cenário, que, segundo ele, afeta o setor de serviços e ameaça o mercado de trabalho, à volta ao velho nacional-desenvolvimentismo dos anos 50 e 70, baseado na intervenção na economia.
 Para caracterizar esse movimento, ele menciona medidas como o aumento das barreiras protecionistas e da concessão de créditos subsidiados por meio dos bancos públicos, em particular o BNDES, e a reintrodução de políticas públicas discricionárias e intervencionistas em diversos mercados. "Apostava-se que ao proteger a economia e com a concessão pelo governo de subsídios e benefícios, que são pagos com nossos impostos, direcionados para esses setores, se estimularia o crescimento da demanda, do consumo e do investimento e se garantiria a aceleração do crescimento econômico. Má notícia: não funcionou", lamentou.

ISTOÉ -  As perspectivas quanto à economia brasileira não são positivas. A inflação está em alta e o crescimento muito aquém das expectativas. Como o sr. analisa esse cenário?
 MARCOS LISBOA - A economia brasileira tem tido um comportamento medíocre nos últimos anos. Quando eu digo medíocre é um baixo crescimento, inclusive em comparação com nossos pares no resto do mundo. O Brasil tem crescido menos do que a média do mundo e menos do que os países comparáveis.  Apesar da crise nos países desenvolvidos, os emergentes como Chile, Colômbia, Peru e mesmo outros países desenvolvidos, como Austrália e Nova Zelândia, têm conseguido manter taxas mais elevadas de crescimento que a economia brasileira. Em particular, a indústria no Brasil sofreu muito nos últimos anos. Até recentemente, no entanto, o setor de serviços no Brasil ainda apresentava um bom desempenho com crescimento robusto, o que garantia a geração de empregos. A má notícia é que recentemente o setor de serviços também começou a demonstrar sinais de enfraquecimento, ameaçando o mercado de trabalho.
ISTOÉ -  A que o sr. atribui isso?
 MARCOS LISBOA - As dificuldades dos países desenvolvidos têm contaminado os países emergentes, mas nós temos sofrido mais do que os demais. Então, existem dificuldades que são específicas da economia brasileira. Nós estamos abaixo, inclusive, da média de crescimento da América Latina. E o Brasil é grande na América Latina. Então, nós estamos puxando a média de crescimento para baixo. Quando analisamos os dados, verificamos que o Brasil estava até os anos de 2008/2009 com um crescimento muito maior do que no passado, chegando a pouco mais de 4%, e isso estava associado ao maior crescimento da produtividade. Com os mesmos recursos, a economia brasileira produzia mais do que antes. Infelizmente, a partir de 2008/2009 a produtividade da economia brasileira declinou.
 ISTOÉ -  Por que a economia brasileira apresentou essa queda?
 MARCOS LISBOA - Esse período de 2008/2009 marca uma significativa inflexão da política econômica no Brasil. O País até 1990 era uma economia fechada, com uma série de restrições ao comércio exterior, muito protegida da concorrência internacional, com forte desequilíbrio fiscal. Isso tudo se traduzia na alta inflação. A partir da década de 90, a economia brasileira entrou em uma agenda de profundas transformações: equilíbrio fiscal, ou seja, acertou as contas públicas, cujo grande passo é a Lei de Responsabilidade Fiscal. A abertura da economia permitiu importar bens de consumo, bens de produção e máquinas. E veio a estabilização dos preços. 
 ISTOÉ -  Qual foi a importância do Plano Real nessa mudança?
  MARCOS LISBOA - O Plano Real conseguiu depois de tanto tempo garantir um nível de inflação compatível com o dos demais países e, do ponto de vista institucional, uma série de reformas modernizando as relações do Estado com o setor produtivo. Essa agenda passou pelo governo Fernando Henrique e foi até o início do segundo mandato de Lula. A partir de 2007/2008, mas sobretudo de 2009 para cá, houve um retorno ao antigo nacional-desenvolvimentismo.
 ISTOÉ -  Como o sr. vê esse retorno?
 MARCOS LISBOA - Há um aumento das barreiras protecionistas, da concessão de créditos subsidiados por meio dos bancos públicos, em particular o BNDES, e a reintrodução de políticas públicas discricionárias e intervencionistas em diversos mercados. Isso é um pouco a volta ao velho nacional-desenvolvimentismo dos anos 50 e dos anos 70, baseado na intervenção na economia. Há uma crítica frequente de que o governo fez um modelo baseado no consumo. Acho injusta essa crítica ao governo. O governo tem um diagnóstico de que o desenvolvimento parte da proteção, do estímulo e da concessão de benefícios e estímulos da demanda. E o governo destinou uma grande parte de recursos ao investimento. Basta olhar o que aconteceu com os recursos do BNDES nesse período, por exemplo, entre 2007 e o começo de 2011. O problema é que deu errado. O investimento não reagiu na proporção com que os recursos foram concedidos. Agora, essa não foi uma agenda apenas do governo. Essa agenda foi defendida por muitas lideranças do setor privado. Apostava-se que ao proteger a economia e com a concessão pelo governo de subsídios e benefícios, que são pagos com nossos impostos, direcionados para esses setores, se estimularia o crescimento da demanda, do consumo e do investimento e se garantiria a aceleração do crescimento econômico. Má notícia: não funcionou. 
 ISTOÉ -   É possível voltar atrás? 
 MARCOS LISBOA - Acho que retomar aquela agenda prévia de 2008 é uma parte importante desse processo. Os trabalhos acadêmicos indicam, por exemplo, que quando você inicia um processo cuidadoso de abertura da economia, há aumento na competição e também no acesso a bens de capital e insumos tecnologicamente mais eficientes. Trabalhos acadêmicos mostram também como a produtividade da indústria aumentou na década de 90 pelo acesso a bens de capital. Uma agenda importante é a que estabeleça justiça econômica e simplificação. Também temos que voltar a fortalecer o Estado. Nos últimos anos a gente enfraqueceu o Estado em favor da discricionariedade do governo. É preciso voltar a fortalecer as agências reguladoras. 
 ISTOÉ – E as políticas públicas? Não acha que é preciso qualificá-las?
 MARCOS LISBOA - Sem dúvida. Certamente outra agenda importante é a da qualidade da política pública. A política social brasileira até 88 estava delegada a um plano inferior. Por exemplo, a educação nunca foi prioridade no Brasil até 88, tal como boa parte da política social, ao contrário de outros países. Para se ter uma ideia, em 1960 o Brasil era quase três vezes mais rico que a Coreia e, no entanto, 20 anos depois, a Coreia ficou tão rica quanto o Brasil e hoje apresenta indicadores de educação impressionantemente superiores. Isso não vale só para a Coréia. Se compararmos com nossos vizinhos, o Brasil destoa deles pelos baixos indicadores de educação. E não à toa o Brasil apresenta uma realidade desigual de renda. E isso está associado à desigualdade dos indicadores de escolaridade.
 ISTOÉ -  Nos últimos 25 anos aumentamos muito o investimento em educação. Mas por que nossos indicadores ainda estão defasados em relação a nações vizinhas e a outros países em desenvolvimento?
 MARCOS LISBOA - Felizmente, o Brasil mudou, em parte. A partir de 1988 começou a destinar mais recursos para a área social. Em particular na educação, o Brasil conseguiu massificar o ensino fundamental e isso foi um avanço. Ainda há um desafio no ensino médio, mas resta, sobretudo, um desafio na qualidade da educação. A nossa educação ainda é de baixa qualidade. Com a descentralização da política de educação, ela passou a ser de responsabilidade tanto do governo federal como do estadual e do municipal. E nós sabemos hoje, com alguns dados disponíveis, que alguns governos foram muito bem-sucedidos em melhorar a qualidade da educação. Sobral, por exemplo, no Ceará, conseguiu melhorar seus indicadores de qualidade de educação em menos de uma década e hoje tem indicadores melhores que São Paulo gastando muito menos. Parece que não tem muita magia aqui. O segredo é boa gestão.
 ISTOÉ -  O que seria uma boa gestão para melhorar a qualidade de educação, na  opinião do sr.?
 MARCOS LISBOA - Primeiro, avaliação, independentemente de resultado. Não pode o próprio gestor avaliar a qualidade daquilo que ele fez. É preciso ter órgãos independentes avaliando, aplicando provas, para saber quanto o aluno aprendeu, quem está ensinando bem e quem não está. Segundo, boa gestão nas salas de aula. Plano de aula bem definido, com acompanhamento periódico do aluno. Nós sabemos hoje que é preciso aprender na idade certa. O atraso na educação é muito custoso para a formação. O impacto que a educação tem na vida das pessoas depende da qualidade e de quão cedo começou. É preciso também valorizar o bom professor. O problema do Brasil é muito mais de gestão da sala de aula do que de recurso.
 ISTOÉ -  O desenvolvimento econômico passa pelo investimento na qualidade da educação?
 MARCOS LISBOA - O desenvolvimento econômico passa pela melhora do bem institucional, regras homogêneas, princípios gerais e criação de mecanismos de resolução de conflitos. Mas passa também, e nós sabemos do peso disso, pelo impacto da educação sobre a produtividade. Uma maior qualidade da educação melhora a produtividade, gera crescimento econômico e provoca uma melhor distribuição de renda. Nesse processo, foram fundamentais as políticas de transferência de renda que começaram no governo Fernando Henrique com o Bolsa Escola, que é a origem do Bolsa Família. O Bolsa Escola era uma política compensatória que procurava garantir condições mínimas de vida a pessoas com dificuldade no mercado de trabalho por causa da baixa escolaridade. Mas também era uma política estrutural, porque a contrapartida desse auxílio era que o filho tinha de ir para a escola. Então, o Brasil tem hoje uma agenda de produtividade pela frente. E a educação é parte dessa equação. Melhorar a qualidade na educação tem um impacto na produtividade da pessoa, na capacidade de geração da renda pessoal e, portanto, da renda do País. Essa agenda de produtividade passa por melhorar a qualidade da política pública em geral, e a educação é parte fundamental.

A Ucrania sumiu do mapa diplomatico brasileiro? Em todo caso das notas do Itamaraty (site do MRE)

Morando fora, nem sempre acompanho tudo o que acontece naquele cantinho de planeta redondo, inclusive porque sendo ele redondo, e atendida a curvatura da terra, não consigo enxergar tudo o que se passa lá embaixo, estando eu aqui em cima (ou vice-versa, se nos fiarmos nos mapas bolivarianos e nos comunicados da TeleSur, que colocam o Sul no norte e o Norte no sul, ou vice-versa, vocês decidem). Enfin, passons...
Procurando saber o que nós, profissionais do ramo, teríamos a dizer sobre o infausto acontecimento do avião da Malásia que simplesmente foi obliterado nos céus da Ucrânia, ou procurando saber o que gente mais graúda tinha a dizer sobre o infausto, etc., fui ao único lugar onde se pode encontrar notas desse tipo, que é justamente o da instituição encarregada de falar, em nome do governo brasileiro, o que este tem a dizer sobre acontecimentos infaustos desse tipo.
Salvo miopia da minha parte, não consegui ver, e olha que repassei todas as notas, antes, durante e depois do infausto acontecimento...
Conclusão: à diferença de terremotos na Ásia, inundações um pouco em todas as partes, e até atos reprováveis cometidos por esses caras que andam por aí, perturbando a paz do mundo, nós não temos nada a dizer sobre o infausto acontecimento. Tem até uma nota sobre o conflito atual entre "Israel e a Palestina" (sic), que é um primor de equilíbrio, com linguagem ponderada, etc. Mas não achei nada sobre o tal de avião da Malásia sobrevoando a Ucrânia. Certamente vamos esperar pelas investigações para nos pronunciarmos. Assim espero.
Mas é curioso: sempre pensei que a gente emitisse notas quase automaticamente...
Paulo Roberto de Almeida

PS.: Addendum em 22/07/2014:
Descobri porque o governo, não o Itamaraty, ainda não emitiu nenhuma nota sobre o caso do avião abatido nos céus da Ucrânia: poderia ter sido o avião do Putin, assim, melhor esperar as investigações, com a ajuda do próprio, por sinal. Esta é, aliás, a explicação oficial dada nas mais altas esferas, com a linguagem que lhe é peculiar:
"É prudente tomar cuidado, porque tem um segmento da imprensa dizendo que o avião que foi derrubado estava na rota da volta do avião do presidente Putin. Coincidia com o horário e o percurso (...) Então, o governo brasileiro não se posicionará quanto a isso até que fique mais claro (...)"

Notas 

Nota nº 159 - 17/07/2014
Conflito entre Israel e Palestina
Nota nº 153 - 15/07/2014
VI Cúpula BRICS - Declaração de Fortaleza
15/07/2014 - Reunidos da VI Cúpula do BRICS, Chefes de Estado e de Governo do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul aprovaram a "Declaração de Fortaleza" e o "Plano de ação de Fortaleza" 
Nota nº 143 - 04/07/2014
Calendário de eventos entre 05 de julho e 13 de julho de 2014

O Fim do Brasil? Uma analise devastadora da situacao economica - FelipeMiranda (Empiricus)

A análise é consistente, e o tom é apocalíptico.
Talvez o Brasil mereça.
Texto muito longo, com inúmeras tabelas e gráficos, transcrito apenas em sua parte inicial.
Recomendo ler a totalidade no site: empiricus.com.br
Grato ao Carlos Pozzobon por ter me chamado a atenção para o autor, o site, o texto.
Paulo Roberto de Almeida 

ALERTA: O que você vai ler nas próximas linhas é polêmico e revelador. O texto pode ser ofensivo a determinadas audiências. Recomenda-se discrição na leitura.

 O Fim do Brasil: www.empiricus.com.br

Olá. Meu nome é Felipe Miranda.
Há quase cinco anos, eu fundei, junto ao Caio Mesquita e ao Rodolfo Amstalden, a Empiricus Research, a primeira casa de pesquisa independente voltada a investimentos do Brasil.
Hoje, a Empiricus é referência em recomendações de investimento, contando com 200 mil leitores diariamente. Chegamos a um tamanho que nem nós mesmos aventávamos quando da criação da Companhia. Agradeço todos os dias por isso. Aos leitores e a nossos profissionais – seria impossível chegar aqui sem tamanhas competência e paixão. É a nossa vocação, de fato.
Talvez a esta altura você já conheça a Empiricus por conta de nossos serviços prestados nos últimos anos. Temos ajudado milhares de investidores a ganhar dinheiro com o cenário de queda da Bolsa brasileira desde nossa fundação, alta dos imóveis e comportamento volátil da taxa de câmbio.
Nós alertamos nossos leitores, por exemplo, a evitar as ações da Petrobras, pouco antes do início de seu derretimento. Também recomendamos vender ações de construtoras às vésperas de problemas emblemáticos de estouro de orçamento, parcerias mal feitas e de práticas que desrespeitavam os acionistas minoritários. Evitamos com isso prejuízos da ordem de até 90%.
Alguns de nossos leitores ficaram ricos apostando na queda das ações de Petrobras ou de grandes incorporadoras. Outros ganharam bom dinheiro seguindo a recomendação de comprar dólar a R$ 1,90.
Em outras palavras, nossos assinantes puderam lucrar mesmo num ambiente extremamente desafiador para o mercado de capitais. Que seja de meu conhecimento, não há uma única empresa de pesquisa e/ou consultoria no Brasil com histórico tão consistente de acerto em suas recomendações de investimento aos clientes.
Aqui cito apenas exemplos mais contundentes. Poderia perder um tempo enorme na lista de acertos. Mas eu não escrevo este texto para isso.
Faço referência à capacidade de fazer nossos assinantes ganharem dinheiro num ambiente difícil tão somente por uma questão: há tempos muito mais difíceis por vir. Projetamos a mais importante crise para o Brasil desde 1994. Ela está aí, batendo à nossa porta.
Só por isso eu tenho dedicado uma enormidade de tempo e dinheiro nos últimos meses preparando este material.
Em resumo, quero falar de um evento específico cuja ocorrência deve se dar num futuro bastante próximo, com implicações pronunciadas sobre as finanças de cada brasileiro e, até mesmo, sobre nosso modo de vida.
Esta esperada crise encontra suas raízes no colapso do sistema financeiro de 2008, cujo ápice é marcado pela quebra do centenário banco norte-americano Lehman Brothers e pelo consequente caos em Wall Street. Para tentar neutralizar impactos do tsunami externo por aqui, o Brasil abandonou os pilares tradicionais de política econômica e seguiu uma série de medidas heterodoxas, com implicações trágicas, conforme será visto um pouco à frente.
Para nosso caso, os problemas a ser vistos nos próximos meses serão muito piores do que os vivenciados em 2008. Se houve quem classificasse a crise de seis anos atrás como uma marolinha para o Brasil, desta vez não existirá espaço para qualquer metáfora parecida. Isso ficará claro em alguns minutos.
Adiantando um pouco, tão logo haja catálise do que eu projeto, teremos disparada da inflação, aumento destacado do desemprego, interrupção do crédito, maior endividamento da população e grande salto do dólar.
Acredite: o argumento aqui, conforme ficará evidente, é estritamente técnico. Não faço uma projeção sequer sem o devido embasamento, tampouco tenho a pretensão de assustar o leitor.
Tenho uma vida dedicada a investimentos e às recomendações financeiras. Comecei a investir em ações ainda aos 14 anos, por influência de meu pai – e também meu herói -, que era um grande investidor de Bolsa. Solidifiquei a prática com a teoria. Cursei Economia na USP e um mestrado em Finanças na FGV, de onde me tornei professor aos 26 anos. Criado em educação jesuíta, eu aceitei ao chamado da minha vocação e tenho me dedicado às finanças integralmente.
Fiz toda minha carreira profissional como analista de investimentos, para, então, fundar a Empiricus. Jamais colocaria uma vida construída sob os pilares da ética, do amor ao trabalho e da dedicação por conta de uma simples tese catastrofista.
Tudo que faço aqui é levar meu esforço de pesquisa dos últimos meses a uma conclusão lógica.
Eu fiz o mesmo quando alertei que as ações da incorporadora PDG, na época a R$ 9,00, atingiriam R$ 1,50. Rigorosamente o mesmo com Gafisa, Brookfield, Hering e Marisa. De novo, apenas alguns exemplos. Quando dos primeiros anúncios, ninguém levou a sério. A princípio, fui taxado de louco. O tempo provou de que lado estava a sanidade.
Já expus em oportunidades anteriores o grosso de meu racional, tanto a nossos leitores quanto em conferências de economia. Alguns ouvintes ficaram furiosos. Mas, veja: nenhum deles conseguiu refutar minha pesquisa, embora sejam incapazes, ao menos por enquanto, de aceitar a intensidade das conclusões previstas.
Por conta disso, antes de prosseguir com a leitura, faço um alerta a você:
As palavras a serem ditas aqui gerarão polêmica. Elas podem ofender bastante gente. Esquerdistas, direitas, petistas, tucanos e qualquer outra classificação semelhante. Com efeito, eu já recebi uma enxurrada de emails de ódio sobre minha tese.
Reconheço que, a princípio, as ideias e soluções a serem apresentadas podem parecer radicais. Talvez até mesmo antipatrióticas.
Minha sensação é de que, ao ler o começo desta carta, você dirá: “Não há espaço para isso acontecer. Não aqui. Não agora.”
Tenha um pouco mais de paciência. Respondo com o pedido de que prossiga até o final da argumentação. E lembre-se:
Ninguém acreditou em mim inicialmente quando eu alertei para os problemas das construtoras, a fragilidade do modelo de negócios das varejistas de moda, a dívida da Petrobras.
Ninguém também supunha que o dólar poderia ultrapassar R$ 2,10 quando ele estava a R$ 1,90 – em poucos meses, a taxa de câmbio voou a R$ 2,45.
Foi exatamente o que aconteceu. E é o que nos traz à data presente.
Os exatos mesmos problemas antes identificados para as empresas acima ou para nossa taxa de câmbio agora ameaçam a economia brasileira como um todo. Vou explicar exatamente como chegamos até aqui. Ficará claro como falamos de algo importante e crítico para você e para cada brasileiro.
A próxima fase desta crise vai afetar cada ponto de nosso modo de vida.
A poupança de milhões de pessoas será dizimada. A mudança vai afetar seus negócios e seu emprego. Veremos impactos dramáticos sobre as poupanças, os investimentos e as aposentadorias.
Além de outras implicações menores, mas também importantes. Os destinos de viagem serão alterados, a escola dos filhos pode ser revista, local e forma sua família faz compras talvez mude.
Mais especificamente, faço referência à volta de condições anteriores ao Plano Real. Os mais antigos sabem do tamanho do problema. Os mais jovens podem perguntar a seus pais.
Falo de inflação alta, perda da metade do poder de compra do salário ao longo do mês, congelamento de preços, problemas de desabastecimento, falta de produtos nas prateleiras, impossibilidade de planejamento por consumidores e empresários.
Vou explicar como cada um desses eventos vai ocorrer. Então você poderá decidir por você mesmo se há ou não embasamento em minha argumentação. De minha parte, eu nunca estive tão convicto a respeito dessa crise quanto de qualquer outra situação em minha vida.
Economia não admite experiências de laboratório. Erros cobram seu preço e as consequências são grandes. Obviamente, o mais importante aqui não é exatamente o que está acontecendo, mas sim o que você pode fazer a respeito.
Dito de outra forma, você estará preparado quando esta crise se materializar?
O que eu proponho neste material é mostrar a você exatamente aquilo que eu mesmo estou fazendo, para proteger e até mesmo aumentar meu próprio patrimônio, da mesma maneira que você poderá fazer.
Note que eu poderia, com quase 100% de certeza, afirmar que a maior parte dos brasileiros não estará preparada quando os preços de produtos básicos dispararem, seu acesso a crédito secar, bancos fecharem e seus cartões de crédito pararem de funcionar.
A forma de viver de cada brasileiro está prestes a mudar – isso eu lhes prometo. Nesta carta, vou mostrar exatamente o que está acontecendo.
Você pode questionar cada um de meus apontamentos. Ao final, vai perceber que estou certo em todas as alegações, uma por uma.
Então, você poderá julgar e decidir por você mesmo.
Daí, pergunta-se: você vai agir agora para proteger a si mesmo e a sua família da catástrofe econômica que está sendo formada?
Eu espero que sim. E é por isso que escrevo esta carta.
Vou levá-lo exatamente pelo caminho que eu mesmo estou seguindo pessoalmente, para que você, caso queira, possa segui-lo também. Infelizmente, não posso garantir que você sairá desta crise sem nenhum ferimento. Mas posso lhe assegurar que você estará muito à frente daqueles que não seguirem os passos propostos.
Peço desculpas. Estou apressando um pouco as coisas.
Deixe-me dar um passo atrás e mostrar, nos termos mais simples possíveis, o que está acontecendo, o porquê de tamanha preocupação e qual é meu prognóstico para os próximos 12 meses…

Leiam a íntegra no site: www.empiricus.com.br,