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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Em nota, Planalto ataca Ricupero e o chama de 'desantenado' - Nota do Planalto


Em nota, Planalto ataca Ricupero e o chama de 'desantenado'

Marlene Bergamo/Folhapress



O ex-ministro Rubens Ricupero concede entrevista à Folha em seu apartamento em São Paulo
DE BRASÍLIA, 26/09/2017 15h50
O governo do presidente Michel Temer atacou nesta terça-feira (26) o embaixador Rubens Ricupero e disse que ele está "desantenado" e fazendo "autopropaganda".
Em nota, o Palácio do Planalto criticou declaração feita pelo diplomata, em entrevista à Folha, de que deve ter pouca gente que queira atualmente sair ao lado do presidente em fotografias.
Segundo o embaixador, o oposto ocorria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que durante seus dois mandatos era um "vitorioso".
"Ricupero parece saudoso de uma atuação espalhafatosa, que chamava muita atenção e não rendia frutos concretos. Ricupero se mostra desantenado, escondendo fatos e propagandeando falsidades para justificar suas afinidades eletivas", criticou o governo.
No documento, o Palácio do Planalto afirma que autoridades internacionais pediram audiências ao presidente em viagem aos Estados Unidos e que o diplomata "esconde o que é ruim e mostra o que é bom à sua autopropaganda".
*
Leia a íntegra da nota:
O ex-embaixador Rubens Ricupero continua fiel à própria lei: esconde o que é ruim e mostra o que é bom à sua autopropaganda. Ele espalha que ninguém quer aparecer na fotografia com o presidente Michel Temer.
Aos fatos: em recente viagem a Nova Iorque, foram várias as audiências pedidas por chefes de Estado, inclusive o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem Ricupero afirma não ter procurado o chefe de governo do Brasil.
Consulta ao site da Presidência da República mostrará reunião entre o israelense e o presidente Temer na semana passada. E mais imagens com Narendra Modi (Índia), Donald Trump (EUA), Xi Jinping (China), Shinzo Abe (Japão), Angela Merkel (Alemanha), Wladimir Putin (Rússia) entre outros.
Foram várias as visitas de Estado a convite ou pedidos de reunião bilateral ao presidente Temer. O Brasil hoje exerce a liderança do processo de negociação do Mercosul com a União Européia e com a Aliança do Pacífico. É integrante ativo e relevante do Brics, preside a CPLP.
A diplomacia do governo brasileiro prevaleceu em relação a situação da Venezuela, seguindo a tradição do diálogo e do respeito aos fundamentos da Declaração dos Direitos Humanos.
Ricupero parece saudoso de uma atuação espalhafatosa, que chamava muita atenção e não rendia frutos concretos. Ricupero se mostra desantenado, escondendo fatos e propagandeando falsidades para justificar suas afinidades eletivas.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A Ucrania sumiu do mapa diplomatico brasileiro? Em todo caso das notas do Itamaraty (site do MRE)

Morando fora, nem sempre acompanho tudo o que acontece naquele cantinho de planeta redondo, inclusive porque sendo ele redondo, e atendida a curvatura da terra, não consigo enxergar tudo o que se passa lá embaixo, estando eu aqui em cima (ou vice-versa, se nos fiarmos nos mapas bolivarianos e nos comunicados da TeleSur, que colocam o Sul no norte e o Norte no sul, ou vice-versa, vocês decidem). Enfin, passons...
Procurando saber o que nós, profissionais do ramo, teríamos a dizer sobre o infausto acontecimento do avião da Malásia que simplesmente foi obliterado nos céus da Ucrânia, ou procurando saber o que gente mais graúda tinha a dizer sobre o infausto, etc., fui ao único lugar onde se pode encontrar notas desse tipo, que é justamente o da instituição encarregada de falar, em nome do governo brasileiro, o que este tem a dizer sobre acontecimentos infaustos desse tipo.
Salvo miopia da minha parte, não consegui ver, e olha que repassei todas as notas, antes, durante e depois do infausto acontecimento...
Conclusão: à diferença de terremotos na Ásia, inundações um pouco em todas as partes, e até atos reprováveis cometidos por esses caras que andam por aí, perturbando a paz do mundo, nós não temos nada a dizer sobre o infausto acontecimento. Tem até uma nota sobre o conflito atual entre "Israel e a Palestina" (sic), que é um primor de equilíbrio, com linguagem ponderada, etc. Mas não achei nada sobre o tal de avião da Malásia sobrevoando a Ucrânia. Certamente vamos esperar pelas investigações para nos pronunciarmos. Assim espero.
Mas é curioso: sempre pensei que a gente emitisse notas quase automaticamente...
Paulo Roberto de Almeida

PS.: Addendum em 22/07/2014:
Descobri porque o governo, não o Itamaraty, ainda não emitiu nenhuma nota sobre o caso do avião abatido nos céus da Ucrânia: poderia ter sido o avião do Putin, assim, melhor esperar as investigações, com a ajuda do próprio, por sinal. Esta é, aliás, a explicação oficial dada nas mais altas esferas, com a linguagem que lhe é peculiar:
"É prudente tomar cuidado, porque tem um segmento da imprensa dizendo que o avião que foi derrubado estava na rota da volta do avião do presidente Putin. Coincidia com o horário e o percurso (...) Então, o governo brasileiro não se posicionará quanto a isso até que fique mais claro (...)"

Notas 

Nota nº 159 - 17/07/2014
Conflito entre Israel e Palestina
Nota nº 153 - 15/07/2014
VI Cúpula BRICS - Declaração de Fortaleza
15/07/2014 - Reunidos da VI Cúpula do BRICS, Chefes de Estado e de Governo do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul aprovaram a "Declaração de Fortaleza" e o "Plano de ação de Fortaleza" 
Nota nº 143 - 04/07/2014
Calendário de eventos entre 05 de julho e 13 de julho de 2014

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Nota do Itamaraty: Livro Branco terá outra cor, para nao ferir sensibilidades

Nota do MRE:

Nota nº 79

Livro Branco da Política Externa: sugestão quanto à designação do documento - Palácio Itamaraty, 1 de Abril de 2014

1/04/2014 -

Como uma das primeiras decisões dos Diálogos sobre a Política Externa, a partir da experiência adquirida nos diversos exercícios conduzidos no Palácio Itamaraty, durante o mês de Março de 2014, e que irão subsidiar a preparação de um documento oficial sobre a política externa brasileira, o Grupo de Trabalho do Ministério das Relações Exteriores encarregado de sua preparação, decidiu oferecer a sugestão de substituir o nome provisório, e tradicional, que se dá a esse tipo de documento, por uma nova designação mais suscetível de refletir o ambiente diverso, inclusivo quanto aos gêneros representados no processo de consulta e diálogo com os representantes da sociedade civil, e que passará a ser chamado de Livro Arco-Iris da Política Externa Brasileira.
O Grupo de Trabalho espera poder oferecer uma primeira versão desse documento nas próximas semanas; ele será oficialmente apresentado em cerimônia no Ministério das Relações Exteriores em data a ser futuramente anunciada.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Existem MORTOS e mortos, existem NOTAS e notas, ou não...

Notas à imprensa

Nota nº 113 - 16/04/2013
Terremoto na Ásia
Nota nº 107 - 09/04/2013
Terremoto no Irã
Nota nº 103 - 03/04/2013
Tempestades na Argentina

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Notas de pesar do governo brasileiro - sempre respeitosas e adequadas.

Algumas notas recentes, com uma pequena particularidade, ao final.
Paulo Roberto de Almeida

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota à Imprensa nº 107
9 de abril de 2013
Terremoto no Irã

O Governo brasileiro tomou conhecimento com grande pesar das mortes e perdas materiais provocadas pelo terremoto de 6,3 graus na escala Richter que atingiu no dia de hoje a província de Bushehr, no sudoeste do Irã.
O Brasil transmite suas condolências e solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao Governo do Irã.

Nota à Imprensa nº 103
3 de abril de 2013
Tempestades na Argentina
O Governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, dos efeitos das recentes tempestades na Argentina, que causaram, até o momento, a morte de mais de 40 pessoas e graves perdas materiais.O Governo brasileiro solidariza-se com as famílias das vítimas e manifesta suas mais sinceras condolências ao Governo e ao povo da Argentina.

Nota à Imprensa nº 73
6 de março de 2013
Falecimento do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, 5 de março de 2013
O Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, se associa ao momento de dor do povo venezuelano e, muito especialmente, dos familiares do Presidente Hugo Chávez.
A Venezuela, sob a liderança do Presidente Chávez, viveu processo sem precedente histórico de aproximação com o Brasil.
O Presidente Chávez será lembrado como o líder venezuelano que maiores vínculos teve com o Brasil e que maior contribuição deu aos esforços de integração regional. Sob sua presidência, a Venezuela tornou-se parceiro estratégico do Brasil e sócio pleno do MERCOSUL.

Nota à Imprensa sem nº 
9 de abril de 2013
Falecimento da ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher
 O Governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, do falecimento da ex-primeira ministra Margareth Thatcher e se associa ao momento de dor do povo britânico, e muito especialmente dos familiares da Baronesa Thatcher, a quem expressa suas mais vivas condolências.
O Reino Unido, sob a liderança da primeira-ministra Margareth Thatcher, empreendeu a mais formidável correção de rumos econômicos de que se tem notícia na história do capitalismo moderno, assentando as bases de uma nação próspera, novamente respeitada, na Europa e no mundo, que conseguiu reverter a decadência provocada por décadas de governos estatizantes e socialistas, que só trouxeram ruina, ao país e à sua economia.
Sob a clarividente conduta da primeira-ministra Margareth Thatcher, o Reino Unido emergiu novamente, no decorrer dos anos 1980, com seu centro financeiro revitalizado, totalmente aberto aos fluxos de capitais e a liberdade de investimentos, aumentando sua taxa de crescimento e reduzindo o desemprego. Recebeu, sozinho, mais investimentos estrangeiros do que toda a Europa reunida, e conseguiu debelar o ciclo de desindustrialização e de perda de competitividade, provocados por décadas de governos equivocados.
O povo brasileiro também acredita que mercados livres e abertura econômica, privatização de estatais ineficientes, constituem os mais poderosos estímulos a uma vibrante economia de mercado, compatível com uma democracia plena, sem qualquer traço autoritário e ranço estatizante. O povo brasileiro espera poder contar, um dia, com personalidade tão corajosa quanto a ex-primeira ministra Thatcher, para empreender o esforço de soerguimento econômico nacional.

(Bem, seria mais ou menos isso...).

terça-feira, 9 de abril de 2013

Existem LUTOS e lutos (ou nao); assim sao as coisas no continente...

Existem notas e NOTAS.
Notas à imprensa:
Atuais, e antigas...

Notas à imprensa

Nota nº 103 - 03/04/2013
Tempestades na Argentina
(...)

E agora, algumas antigas: 

Nota do Planalto: 

Nota de pesar da presidenta Dilma Rousseff pelo falecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez

05/03/2013 às 21h55
O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, da morte do Presidente Hugo Chávez.
As transformações econômicas, sociais e políticas que Chávez conduziu, nos últimos 14 anos, na Venezuela, fizeram desse grande líder a mais importante referência da história daquele país e o projetaram em toda a América Latina e Caribe.
Hugo Chávez contribuiu para o fortalecimento do nosso continente, sendo responsável pela constituição da Unasul e da Celac.
O governo e o povo brasileiros perdem um grande amigo, cuja coragem, generosidade e calor humano irmanaram Venezuela e Brasil como nunca antes em nossas histórias.
Hugo Chávez viverá na memória de venezuelanos, brasileiros e latino-americanos e será uma eterna referência para toda a América Latina.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil


Nota nº 73 do MRE

Falecimento do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez - 5 de março de 2013

O Presidente Chávez será lembrado como o líder venezuelano que maiores vínculos teve com o Brasil e que maior contribuição deu aos esforços de integração regional. Sob sua presidência, a Venezuela tornou-se parceiro estratégico do Brasil e sócio pleno do MERCOSUL.
06/03/2013 -
O Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, se associa ao momento de dor do povo venezuelano e, muito especialmente, dos familiares do Presidente Hugo Chávez.
A Venezuela, sob a liderança do Presidente Chávez, viveu processo sem precedente histórico de aproximação com o Brasil.
O Presidente Chávez será lembrado como o líder venezuelano que maiores vínculos teve com o Brasil e que maior contribuição deu aos esforços de integração regional. Sob sua presidência, a Venezuela tornou-se parceiro estratégico do Brasil e sócio pleno do MERCOSUL.
***
El Ministro de Relaciones Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, se asocia al momento de dolor del pueblo venezolano y, muy especialmente, de los familiares del Presidente Hugo Chávez.

Venezuela, bajo el liderazgo del Presidente Chávez, vivió un proceso sin precedente histórico de aproximación con Brasil.

El Presidente Chávez será recordado como el líder venezolano que mayores vínculos tuvo con Brasil y que más contribuyó con los esfuerzos de integración regional. Bajo su presidencia, Venezuela se convirtió en socio estratégico de Brasil y socio pleno del MERCOSUR.

 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O misterio do fazedor de notas: equilibrio entre todas as partes

O Mistério do Fazedor de Notas

Sempre tive curiosidade em saber quem estava por trás das notas elegantes que são liberadas pelo governo e divulgadas regularmente na imprensa, explicando esta ou aquela tomada de posição das autoridades do setor. Eu o imagino um redator onisciente, dotado de uma capacidade indescritível de pronunciar-se sobre os mais diferentes assuntos, sempre com aquela linguagem tão rigorosa, tão escorreita, tão cheia de subentendidos, que seria preciso uma Wikipédia inteira para decifrar suas meias palavras e suas sugestões pouco explícitas.

Estou carente, por exemplo, de notas explícitas que me expliquem um pouco das tomadas de posição em relação a eventos dramáticos da atualidade: pessoas que se movimentam, de um lado para o outro, soldados que também o fazem, no sentido inverso, e algumas vítimas pelo caminho (enfim, collaterals, diria alguém...).
Ainda assim tenho saudade daquelas notas que deploram a perda de vidas, que instam as partes a resolverem suas diferenças por métodos pacíficos, que preservem o diálogo, o respeito aos direitos humanos e os princípios democráticos. Afinal de contas, uma nota sempre é melhor do que nada.
Paulo Roberto de Almeida

Assad broke word, U.N. chief says
UNITED NATIONS — U.N. Secretary General Ban Ki-moon on Monday accused Syrian President Bashar al-Assad of failing to live up to his pledge to halt all security operations against protesters, saying the Syrian leader “has not kept his word.”

Assad assured Ban in a telephone conversation Wednesday that all police and military operations had stopped. On Friday, Syria’s U.N. envoy, Bashar al-Jafari, repeated the assertion.

But there has been no visible slowing of the crackdown. U.N. High Commissioner for Human Rights Navi Pillay said Monday that the steadily mounting death toll in Syria had topped 2,200 civilians, including 39 demonstrators killed since Assad made his pledge to the U.N. chief.