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terça-feira, 3 de março de 2015

Malucos nucleares: iranianos, israelenses, norte-coreanos, paquistaneses, russos, etc...

Que o mundo anda cheio de malucos, isto a gente já sabe. Que alguns ocupem o poder supremo em seus próprios países, isso a gente também já sabe, inclusive por experiência própria, ou acontecendo por aí, nas periferias da vida...
Mas que alguns desses malucos estejam na posse de armas nucleares, e talvez até dispostos a usá-los, isto já é preocupante, e no entanto isso também existe, e as matérias deste dia refletem essa situação maluca em torno de malucos proliferadores, e outros que tentam reverter a situação...
Não bastasse os impasses das negociações do Irã com o P5+1 em torno do seu programa nuclear, e o provável fracasso da fase atual (que deve terminar na última semana de março), vamos ter provavelmente sanções mais fortes contra o Irã a serem aprovadas pelo Congresso americano contra esse país, o que vai melar ainda mais as negociações, provavelmente interrompendo-as por mais alguns meses, talvez até um ano mais.
O primeiro ministro de Israel acaba de se dirigir ao Congresso americano, contra a vontade e até a oposição do executivo, mas pode ter convencido mais alguns a aprovar as sanções.
Em todo caso, temos muitas notícias ruins esta semana, que eu coleciono aqui, para os malucos por informação (como este que aqui escreve) em torno dos malucos da proliferação que existem por ai...
Paulo Roberto de Almeida


Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu waves as he steps to the podium prior to speaking before a joint meeting of Congress on Capitol Hill, March 3, 2015. (AP)

Iran Already Has Nuclear Weapons Capability
Op-ed by Graham Allison
Foreign Policy

There is no way to erase from the minds of thousands of Iranian scientists and engineers the knowledge and skills to produce weapons-grade uranium. There is no way to eliminate Iran’s indigenous capacity to mine uranium, manufacture centrifuges, or operate them. Thus, there is no conceivable end to this story in which Iran will not retain the capability to build nuclear weapons.
...
If we accept what we cannot deny, the strategic question becomes how to persuade Iran’s supreme leader that while Iran has an irreversible technical capability, it does not have — and will not be allowed to acquire — an exercisable nuclear weapons option.
Read more...

Netanyahu says U.S. is on verge of ‘bad deal’ with Iran over nuclear program
In a rousing speech before Congress punctuated by more than 40 bursts of applause, Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu assailed the Obama administration’s nuclear negotiations with Iran, asserting bluntly that the United States was on the verge of making “a bad deal.” (The Washington Post, March 3, 2015)

Proliferation News, March 3, 2015

Netanyahu Warns That Nuclear Deal 'Paves Iran's Path' to a Bomb
Katie Zezima | Washington Post
Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu forcefully argued against a nuclear deal with Iran, telling a joint meeting of Congress that such an agreement would have the opposite effect of what the international community intends, by effectively supplying Iran with the means to produce a nuclear weapon. Any agreement "doesn't block Iran's path to the bomb, it paves Iran's path to the bomb," Netanyahu said. "So why would anyone make this deal?"

Iran Calls Obama's 10-Year Nuclear Demand 'Unacceptable'
Arshad Mohammed | Reuters
Iran on Tuesday rejected as "unacceptable" U.S. President Barack Obama's demand that it freeze sensitive nuclear activities for at least 10 years, but said it would continue talks aimed at securing a deal, Iran's semi-official Fars news agency reported.

James Acton | Can Iran Sell a Nuclear Deal Domestically?

IAEA: Iran Still Withholding Key Information
Haaretz
The head of the United Nations' nuclear watchdog said on Monday Iran had still not handed over key information to his staff, and his body's investigation into Tehran's atomic programme could not continue indefinitely.

Iran Looking Into Developing Small Reactors
Tehran Times
"During the recent talks with U.S. negotiators in Geneva, U.S. Energy Secretary Ernest Moniz said Washington is also looking into the same strategy," AEOI chief Ali Akbar Salehi said.

Russia 'Ready to Repel Any Nuke Strike, Retaliate'
RT
"If there's a challenge to repel a lightning-fast nuclear strike in any given conditions – it will be done in fixed time, that's dead true," the Strategic Missile Forces Central Command's chief, Major-General Andrey Burbin, told Russian News Service on Saturday.

Andrew Weiss | Putin the Improviser

Educacao: o que sera' que o Brasil tem a aprender com os Brics, ou Rics? Tambem pergunto...

Vejo uma matéria dessas e fico me perguntando o que o Brasil teria a aprender, em matéria de educação superior, ou técnico-profissional com esses países que ele não poderia aprender com Alemanha, França, EUA, Japão, Reino Unido e outros países produtores de ciência e tecnologia de primeira qualidade.
Por que teríamos de multiplicar canais de cooperação com países de línguas não tradicionais -- russo e chinês, por exemplo -- quando a ampliação e reforço dos laços com países com os quais temos décadas de cooperação e intensos contatos culturais e turísticos podem ser feitos a um custo bem menos e com muito mais retorno do que com os ditos BRICS?
Eu sempre procuro medir qualquer coisa em termos de investimento e retorno, ou seja, o menor investimento e o maior retorno possíveis. Será que os BRICS passam no teste?
Eu sempre me pergunto essas coisas...
Deve ser mania...
Paulo Roberto de Almeida

Brics: países debatem cooperação multilateral na área de educação

Correio do Brasil, 2/3/2015 14:48
Por Redação, com ABr - de Brasília

Na área de educação profissional, o coordenador-geral de Planejamento e Gestão da Rede do MEC, Nilton Nélio Cometti, disse que um dos objetivos é compartilhar experiências dos cinco países
Na área de educação profissional, o coordenador-geral de Planejamento e Gestão da Rede do MEC, Nilton Nélio Cometti, disse que um dos objetivos é compartilhar experiências dos cinco países

Especialistas e representantes dos governos dos países do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estiveram reunidos em Brasília nesta segunda-feira para discutir propostas de cooperação multilateral em educação profissional e tecnológica, educação superior e desenvolvimento de metodologias conjuntas para indicadores educacionais, além dos princípios básicos para a criação de uma rede universitária do bloco.
As propostas serão encaminhadas ao ministro da Educação, Cid Gomes, e aos vice-ministros da África do Sul, Mduduzi Manana, da China, Yubo Du, da Índia, Satyanarayan Mohanty, e da Rússia, Alexander Klimov, que vão se reuniram à tarde no 2º Encontro dos Ministros de Educação do Brics. Nesta segunda-feira, ao final do encontro, os ministros assinaram a Declaração de Brasília com as principais decisões do grupo e recomendações para ações futuras na área,  informou o Ministério da Educação (MEC),.
Os temas debatidos foram educação superior, com foco em mobilidade de alunos e pesquisadores na pós-graduação, indicadores sociais de educação e propostas de cooperação em educação profissional e tecnológica. “A ideia  na parte da manhã foi trabalhar grupos técnicos com os especialistas de cada país. Os ministros receberão relatos dos especialistas para tomarem decisões políticas. Também houve encontros bilaterais entre representantes de universidades do bloco para no futuro desenvolver sistemas de mobilidade (acadêmica entre as instituições)”, disse a assessora internacional do MEC, Aline Schleicher.
Na área de educação profissional, o coordenador-geral de Planejamento e Gestão da Rede do MEC, Nilton Nélio Cometti, disse que um dos objetivos é compartilhar experiências dos cinco países no setor. No caso brasileiro, segundo ele, entre os pontos fundamentais estão orientar a oferta de cursos conforme as demandas do setor produtivo e atender às pessoas que realmente necessitam da educação profissional.
O encontro desta segunda avança nas discussões do plano de ação aprovado na 6ª Cúpula do Brics, em julho do ano passado, em Fortaleza, e da primeira reunião de ministros de Educação do bloco, que ocorreu em novembro de 2013, em paralelo à Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura, em Paris.