O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 5 de maio de 2018

Henry Kissinger at 95: alive and kicking - Paulo Roberto de Almeida

Não diria que se trata exatamente de uma homenagem. Era para ser um "obituário" preventivo, mas o homem se recusa a morrer, como o velho George Kennan (nenhuma semelhança entre os dois, inclusive porque Kennan tinha, como diria Adam Smith, "sentimentos morais").
Não mudo nada do que escrevi dez anos atrás, apenas acrescentaria alguns novos comentários sobre as "afinidades" pouco eletivas entre Mr Kissinger e a China, como realista cínico que ele sempre foi.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5 de maio de 2018

O legado de Henry Kissinger, por Paulo Roberto de Almeida

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p style=”text-align:justify;”>Não, o velho adepto da realpolitik ainda não morreu. Mas tendo completado 85 anos em maio de 2008, o ex-secretário de Estado e ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA Henry Kissinger aproxima-se das etapas finais de sua vida. Seus obituários – não pretendendo aqui ser uma ave de mau agouro – devem estar prontos nas principais redações de jornais e revistas do mundo inteiro, e os comentaristas de suas obras preparam, certamente, revisões de análises anteriores para reedições mais ou menos imediatas, tão pronto este “Metternich” americano passe deste mundo terreno para qualquer outro que se possa imaginar (na minha concepção, deverá ser o mundo das idéias aplicadas às relações de poder).
Talvez seja esta a oportunidade para um pequeno balanço de seu legado, que alguns – por exemplo Cristopher Hitchens, em The Trial of Henry Kissinger – querem ver por um lado unicamente negativo, ou até criminoso, como se ele tivesse sido apenas o inimigo dos regimes “progressistas” e um transgressor consciente dos direitos humanos e da autodeterminação dos povos. Ele certamente tem suas mãos manchadas de sangue, mas também foi o arquiteto dos acordos de redução de armas estratégicas e da própria tensão nuclear com a extinta União Soviética, além de um mediador relativamente realista nos diversos conflitos entre Israel e os países árabes, no Oriente Médio. Sua obra “vietnamita” é discutível, assim como foi altamente discutível – ou francamente condenável – o prêmio Nobel da Paz concedido por um simplesmente desengajamento americano, que visava bem mais a resolver questões domésticas do que realmente pacificar a região da ex-Indochina francesa.
Pode-se, no entanto, fazer uma espécie de avaliação crítica de sua obra prática e intelectual, como reflexão puramente pessoal sobre o que, finalmente, reter de uma vida rica em peripécias intelectuais e aventuras políticas. Sua principal obra de “vulgarização” diplomática, intitulada de maneira pouco imaginativa Diplomacia simplesmente, deve constituir leitura obrigatória em muitas academias diplomáticas de par le monde. Seu trabalho mais importante, uma análise do Congresso de Viena (1815), é mais conhecido pelos especialistas do que pelo grande público, mas ainda assim merece ser percorrido pelos que desejam conhecer o “sentido da História”.
O legado de Henry Kissinger é multifacético e não pode ser julgado apenas pelos seus atos como Conselheiro de Segurança Nacional de Richard Nixon, ou como Secretário de Estado desse presidente e do seguinte, Gerald Ford, quando ele esteve profundamente envolvido em todas as ações do governo americano no quadro da luta anti-comunista que constituía um dos princípios fundamentais da política externa e da política de segurança nacional dos EUA. Esse legado alcança, necessariamente, suas atividades como professor de política internacional, como pensador do equilíbrio nuclear na era do terror – doutrina MAD, ou Mutually Assured Destruction -, como consultor do Pentágono em matéria de segurança estratégica, e também, posteriomente a seu trabalho no governo, como articulista, memorialista e teórico das relações internacionais.
A rigor, ele começou sua vida pública justamente como teórico das relações internacionais, ou, mais exatamente, como historiador do equilíbrio europeu numa época revolucionária, isto é, de reconfiguração do sistema de poder no seguimento da derrocada de Napoleão e de restauração do panorama diplomático na Europa central e ocidental a partir do Congresso de Viena (1815). Sua tese sobre Castlereagh e Metternich naquele congresso (A World Restored, 1954) é um marco acadêmico na história diplomática e de análise das realidades do poder num contexto de mudanças nos velhos equilíbrios militares anteriormente prevalecentes. Depois ele foi um fino analista dessas mesmas realidades no contexto bipolar e do equilíbrio de terror trazido pelas novas realidades da arma atômica. Ele se deu rapidamente conta de que não era possível aos EUA manter sua supremacia militar exclusiva, baseada na hegemonia econômica e militar e no seu poderio atômico, sem chegar a algum tipo de entendimento com o outro poder nuclear então existente, a União Soviética, uma vez que, a partir de certo ponto, a destruição assegurada pela multiplicação de ogivas nucleares torna ilusória qualquer tentativa de first strike ou mesmo de sobrevivência física, após os primeiros lançamentos.
Daí sua preocupação em reconfigurar a equação dos poderes – aproximando-se da China, por exemplo – e em chegar a um entendimento mínimo com a URSS, através dos vários acordos de limitações de armas estratégicas. O controle da proliferação nuclear também era essencial, assim como evitar que mais países se passassem para o lado do inimigo principal, a URSS (o que justifica seu apoio a movimentos e golpes que afastassem do poder os mais comprometidos com o lado soviético do equilíbrio de poder). Numa época de relativa ascensão da URSS, com governos declarando-se socialistas na África, Ásia e América Latina, a resposta americana só poderia ser brutal, em sua opinião,  o que justificava seu apoio a políticos corruptos e a generais comprometidos com a causa anti-comunista. Não havia muita restrição moral, aqui, e todos os golpes eram permitidos, pois a segurança dos EUA poderia estar em jogo, aos seus olhos.
Ou seja, todas as acusações de Christopher Hitchens estão corretas – embora este exagere um pouco no maquiavelismo kissingeriano – mas a única justificativa de Henry Kissinger é a de que ele fez tudo aquilo baseado em decisões do Conselho de Segurança Nacional e sob instruções dos presidentes aos quais serviu. Não sei se ele deveria estar preso, uma vez que sua responsabilidade é compartilhada com quem estava acima dele, mas certamente algum julgamento da história ele terá, se não o dos homens, em tribunais sobre crimes contra a humanidade. Acredito, pessoalmente, que ele considerava as “vítimas” de seus muitos golpes contra a democracia e os direitos humanos como simples “desgastes colaterais” na luta mais importante contra o poder comunista da URSS, que para ele seria o mal absoluto.
O julgamento de alguém situado num plano puramente teórico, ou “humanista” – como, por exemplo, intelectuais de academia ou mesmo jornalistas, para nada dizer de juizes empenhados na causa dos direitos humanos ou de “filósofos morais” devotados à “causa democrática” no mundo -, tem de ser necessariamente diferente do julgamento daqueles que se sentaram na cadeira onde são tomadas as decisões e tem, portanto, de julgar com base no complexo jogo de xadrez que é o equilíbrio nuclear numa era de terror, ou mesmo no contexto mais pueril dos pequenos golpes baixos que grandes potências sempre estão aplicando nas outras concorrentes, por motivos puramente táticos, antes que respondendo a alguma “grande estratégia” de “dominação mundial”. Desse ponto de vista, Kissinger jogou o jogo de forma tão competente quanto todos os demais atores da grande política internacional, Stalin, Mao, Kruschev, Brejnev, Chu En-lai, Ho Chi-min e todos os outros, ou seja, não há verdadeiramente apenas heróis de um lado e patifes do outro. Todos estão inevitavelmente comprometidos como pequenos e grandes atentados aos direitos humanos e aos valores democráticos.
Não creio, assim, que ele tenha sido mais patife, ou criminoso, do que Pinochet – que ele ajudou a colocar no poder – ou de que os dirigentes norte-vietnamitas – que ele tentou evitar que se apossassem do Vietnã do Sul (e, depois, jogou a toalha, ao ver que isso seria impossível cumprir pela via militar, ainda que, na verdade, os EUA tenham sido “derrotados” mais na frente interna, mais na batalha da opinião pública doméstica, do que propriamente no terreno vietnamita). Ou seja, Kissinger não “acabou” com a guerra do Vietnã: ele simplesmente declarou que os EUA tinham cumprido o seu papel – qualquer que fosse ele – e se retiraram da frente militar.
Seu legado também pode ser julgado como “comentarista” da cena diplomática mundial, como memorialista – aqui com imensas lacunas e mentiras, o que revela graves falhas de caráter – e como consultor agora informal de diversos presidentes, em geral republicanos (mas não só). Ele é um excelente conhecedor da História – no sentido dele, com H maiúsculo, certamente – e um grande conhecedor da psicologia dos homens, sobretudo em situações de poder. Trata-se, portanto, de um experiente homem de Estado, que certamente serviu ardorosamente seus próprios princípios de atuação – qualquer que seja o julgamento moral que se faça deles – e que trabalhou de modo incansável para promover os interesses dos EUA num mundo em transformação, tanto quanto ele tinha analisado no Congresso de Viena.
Desse ponto de vista, pode-se considerar que ele foi um grande representante da escola realista de poder e um excelente intérprete do interesse nacional americano, tanto no plano prático, quanto no plano conceitual, teórico, ou histórico. Grandes estadistas, em qualquer país, também são considerados maquiavélicos, inescrupulosos e mentirosos, pelos seus adversários e até por aliados invejosos. Esta é a sina daqueles que se distinguem por certas grandes qualidades, boas e más. Kissinger certamente teve sua cota de ambas, até o exagero. Não se pode eludir o fato de que ele deixará uma marca importante na política externa e nas relações internacionais – dos EUA e do mundo – independentemente do julgamento moral que se possa fazer sobre o sentido de suas ações e pensamento.
Por uma dessas ironias de que a História é capaz, coube a um dos presidentes mais ignorantes em história mundial (Ronald Reagan) enterrar, praticamente, o poder soviético com o qual Kissinger negociou quase de igual para igual durante tantos anos. Ele, que considerava o resultado de Viena um modelo de negociação – por ter sido uma paz negociada, justamente, não imposta, como em Versalhes – deve ter sentido uma ponta de inveja do cowboy de Hollywood, capaz de desmantelar o formidável império que tinha estado no centro de suas preocupações estratégicas – e que ele tinha poupado de maiores “desequilíbrios” ao longo dos anos. Seu cuidado em assegurar o “equilíbrio das grandes potências” saltou pelos ares com o keynesianismo militar praticado por Reagan, um desses atos de voluntarismo político que apenas um indivíduo totalmente alheio às grandes tragédias da História seria capaz. Talvez Kissinger tivesse querido ser o arquiteto do grande triunfo da potência americana, mas ele teve de se contentar em ser apenas o seu intérprete tardio. Nada mal, afinal de contas, para alguém que foi, acima de tudo, um intelectual…
Paulo Roberto de Almeida é Doutor em ciências sociais pela Universidade de Bruxelas (1984); diplomata de carreira do serviço exterior brasileiro desde 1977; professor de Economia Política Internacional no Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasilia (Uniceub); autor de diversos livros de história diplomática e de relações internacionais (www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com).

Academia.edu: universidades de origem dos que acessaram meus trabalhos



Paulo Roberto de Almeida: página em Academia.edu 

Levantamento realizado em 5/05/2018

Trabalhos mais acessados nos 30 dias anteriores:

211
176
71
65
47
46
39
34

Algumas universidades estrangeiras, origem dos que acessaram os meus trabalhos:

McGill University: Department of History
Chiang Mai University: International Affairs; Faculty Member; Leeds, United Kingdom
Habib University: School of Arts, Humanities and Social Sciences; Faculty Member; Nottingham, United Kingdom
GIGA German Institute of Global and Area Studies: ILAS Institute of Latin America
University of Ottawa: School of International Development and Global Studies; Faculty Member
Universidad Santo Tomás, Bucaramanga: Negocios Internacionales; Adjunct; Bogotá, Colombia
Universidad Autónoma de Nuevo León: Facultad de Ciencias Politicas y Administracion Publica; Post-Doc; San Nicolás, Mexico
University of Gloucestershire: Law; Faculty Member; Nottingham, United Kingdom
Université Paris III - Sorbonne Nouvelle: ILPGA; Docteur/PhD; Besançon, France
National Scientific and Technical Research Council: Unicen; Post-Doc; Quilmes, Argentina
Observatório Cultural de Moçambique: researcher; Maputo, Mozambique
California State University, San Marcos: Public Health; Faculty Member; San Diego, United States
Universidad Andina Simon Bolivar: Estudios Sociales y Globales; Faculty Member; Quito, Ecuador
Bucharest, Romania: Latin American Studies
Bissau, Guinea-Bissau: International Economic Relation
Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires: Buenos Aires; Lic. en Relaciones Internacionales; Argentina
Goa University: UGC Centre for Latin American Studies; Graduate Student; Pune, India
Moscow, Russian Federation: Roman Historiography
Iran, Islamic Republic of: International Relations
UNLP: Instituto de Historia del Arte Argentino y Americano; Faculty Member; La Plata, Argentina
Purdue University: Computer Science; Undergraduate; West Lafayette, United States

(… e muitas outras mais…)

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Argentina: fragilidade e política contraditória

La Nación, Buenos Aires – 4.6.3028
Los mercados perciben que la Argentina es más vulnerable
José Luis Brea

Por primera vez en la era Macri, los mercados le plantean al país una objeción. Lo hacen por una combinación de factores internos y externos, y a partir de una fecha precisa: el 28 de diciembre de 2017. Fue el día de la inusual conferencia de prensa en la que el equipo económico, el jefe de Gabinete y el presidente del Banco Central anunciaron un relajamiento de las metas de inflación y anticiparon una baja de la tasa de interés. Señales que los mercados juzgaron contradictorias pero que, por sobre todo, alarmaron por lo que implicaban en materia de pérdida de autonomía del BCRA a manos del Gobierno.
A ese ruido interno pronto se le sumó el externo: con Donald Trump en la Casa Blanca, se esperan una economía y una inflación en crecimiento. Por eso la Reserva Federal de EE.UU. subió la tasa de interés de referencia en diciembre y en marzo, y si bien ayer la mantuvo en el rango de 1,50/1,75%, prevé un recalentamiento de la economía que la llevará a aplicar nuevas alzasEl panorama hace subir el rendimiento de los bonos del Tesoro de EE.UU., que atraen a los inversores como activo de refugio y encarece el financiamiento para el país, ya que hay que darles un mayor interés para que elijan apostar por deuda local en vez de norteamericana.
Para colmo, justo cuando la tasa del bono de EE.UU. tocaba el 3% entraba en vigor aquí el impuesto a la renta financiera para los extranjeros, que los llevó a deshacer posiciones en pesos, volcarse al dólar e irse.
Con el fortalecimiento de la economía norteamericana, alentada por una rebaja impositiva, mayor empleo y consumo, se fortalece el dólar, lo cual, como contrapartida, hace perder valor a las demás monedas, en particular a las de los países emergentes. Otro factor de presión para que el peso retroceda y, por ende, suba la cotización local del dólar.
En este contexto complejo, la Argentina aparece más frágil. A sabiendas de que el gradualismo elegido por el Gobierno para ajustar la economía requiere un alto endeudamiento, los mercados perciben que la vulnerabilidad es superior a la de otros países. Lo refleja el índice de riesgo país. La Argentina arrancó el año en 347 puntos y hoy está en 431, un salto mucho mayor al de, por ejemplo, Brasil, Uruguay o México.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O Brasil que Queremos: livro, Jaime Pinsky (org.)

Recebi um convite do editor, historiador e amigo Jaime Pinsky, dois meses atrás, para redigir um capítulo sobre relações internacionais e política externa do Brasil para um livro que deveria reunir, de acordo com a recomendação, ensaios não teóricos, mas pragmáticos sobre o que o Brasil deveria fazer para corrigir distorções presentes e assegurar seu desenvolvimento sustentado, com transformações estruturais e justiça social nos anos à frente.
Após alguma hesitação, por razões profissionais, decidi aceitar, pois me permitiria discorrer sobre os aspectos de nossa interface externa que conviria implementar, com vistas à inserção internacional do Brasil, embora eu me tenha limitado às relações econômicas internacionais do país, tema de minhas pesquisas e, supostamente, de minha especialidade.
Este o meu trabalho:

“Relações internacionais”, Brasília, 1 fevereiro 2018, 11 p. Colaboração ao livro organizado por Jaime Pinsky, Brasil: o futuro que queremos (São Paulo: Editora Contexto, 2018; ISBN: 978-85-520-0058-7).

O livro será lançado no dia 22 de maio em São Paulo, conforme o convite que reproduzo abaixo.
Paulo Roberto de Almeida




Sumário

Introdução –Jaime Pinsky, 7
Educação – Claudia Costin, 11
Saúde – Paulo Saldiva, 25
Cidades, Jaime Lerner - 43
Moradia, Nabil Bonduki  - 61
Segurança pública – Eduardo Muylaert,  87
Ciência e tecnologia – Glauco Arbix, 107
Economia e finanças – Luís Eduardo Assis, 141
Política econômica – Antonio Corrêa de Lacerda, 163
Relações internacionais – Paulo Roberto de Almeida, 185
Agricultura – Roberto Rodrigues,203
Meio ambiente – Fabio Feldmann, 223
Esporte – Milton Leite, 237

Os autores, 251

Os gritos de indignação seletiva, que abafaram o debate de ideias nos últimos tempos, tanto no âmbito da política formal quanto no espaço das mídias sociais, poderiam dar a falsa impressão de que somos incapazes de estabelecer um diálogo qualificado e construtivo. Isso não é verdade. O Brasil dispõe de gente preocupada com os rumos do país, de pessoas com ideias e projetos que podem (re)colocá-lo nos eixos. Sem milagres, com propostas concretas, elaboradas a partir de experiência e estudos. E mais ainda, sem palavras de ordem. Sem ofender os que pensam de modo diferente.
Este livro reúne doze desses brasileiros para tratar de áreas fundamentais para o interesse da nação. São especialistas e intelectuais de alto nível, com bons propósitos, detentores de senso de responsabilidade com relação aos caminhos que nosso país pode e deve trilhar, e que oferecem aqui sugestões sólidas para o futuro que queremos. 
Um livro para todos aqueles que acreditam no Brasil.

“Como historiador e cidadão, julguei que poderia ajudar o país promovendo um debate de alto nível sobre alguns dos problemas mais importantes que o Brasil precisa resolver nos próximos anos. Concebemos a obra com o objetivo explícito de qualificar o debate, de avançar na discussão de ideias, de reunir um grupo de brasileiros dispostos a sugerir políticas públicas em sua área de especialização e interesse. O leitor não vai encontrar aqui ensaios acadêmicos, embora todos os autores reunidos tenham competência para formulá-los, com muita qualidade. Simplesmente, não era esse o objetivo que buscávamos atingir. Não se trata também de panfletos destinados a justificar a plataforma de um ou outro partido político. O que não impede que capítulos deste livro inspirem a criação de leis, seja em uma modesta Câmara de vereadores, seja no próprio Congresso Nacional. 
Cada capítulo pode ser um ponto de partida para uma ação efetiva em uma área importante. Embora cada autor seja responsável apenas pelo seu capítulo, pela sua área de especialização, o conjunto de textos forma um livro que se torna um projeto de políticas públicas em diferentes áreas: economia, educação, agricultura, questão urbana, ciência e tecnologia, política externa, saúde pública, política de esporte e meio ambiente. Os autores tiveram total liberdade de colocar suas ideias e estas foram integralmente respeitadas. 
E democraticamente colocamos este maravilhoso conjunto de ideias à disposição de todos.”
Jaime Pinsky


Semana da Europa em Brasilia: programa

Democracia em debate na Semana da Europa
Seminários na Universidade Católica de Brasília e 
Café com Política no Daniel Briand abordam os valores políticos na União Europeia e no Brasil

Em Brasília, a Semana da Europa, realizada todos os anos entre maio e julho, sempre prestigia o mundo acadêmico. Isso se deve à existência de cursos de relações internacionais de qualidade inequívoca e também à presença das embaixadas na cidade. 
Por isso, a 14ª edição da Semana da Europa é mais uma oportunidade de acompanhar debates sobre assuntos relevantes para o Brasil e países europeus. Este ano, “Democracia” será o tema das discussões da Semana de Relações Internacionais do Curso de Relações Internacionais. 
Promovido pela Universidade Católica de Brasília, em parceria com a EUNIC Brasil (Associação dos Institutos Culturais, Embaixadas e Consulados de países membros da União Europeia) e Delegação da União Europeia, o evento oferece palestras gratuitas de embaixadores e representantes da academia.
“O objetivo desses debates é sempre fomentar a pesquisa e enriquecer a produção acadêmica, trazendo novas perspectivas e referências sobre temas que são comuns à Europa e ao Brasil”, afirma o Embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho. 
Os debates na UCB ocorrem nos dias 7 e 8 de maio, sempre a partir das 8h. As inscrições gratuitas podem ser feitas no mesmo local antes do começo doas debates. A programação pode ser conferida no site da Semana da Europa
Serviço:

Data: 7 e 8 de maio

Horário: Credenciamento das 8h às 8h45

Local: Universidade Católica de Brasília - UCB

          - Auditório do Bloco Central (dia 7)

          - Auditório do Bloco K (dia 8) 

Endereço: QS 07, Lote 01, EPCT, s/n - Águas Claras

Entrada franca - inscrições pelo link: https://bit.ly/2Kgi6du

Dia 07/05: (Auditório do Bloco Central UCB)

8h – 8h45 Credenciamento

9h – 9h30 Mesa de abertura e boas vindas da UCB e Semana da Europa

·         Coordenadora do Curso de RI, Profª. Rosana Tomazini
·         Diretor Escola da Escola de Humanidades e Direito, Prof. José Eduardo Campos
·         Reitor da Universidade Católica de Brasília, Irmão Jardelino Menegat
·         Presidente Eunic Brasília, Rosa Sánchez-Cascado Nogales
·         Embaixador da UE no Brasil, Exmo. Sr. João Cravinho
·         Chefe da Divisão de Europa Meridional e UE Itamaraty, Conselheira Viviane Balbino (a confirmar)

9h35 – 11h25 Europa em transição - como um continente se transformou em União

·         Embaixador da UE no Brasil, Exmo. Sr. João Cravinho
·         Embaixador do Reino dos Países Baixos no Brasil, Exmo. Sr. Hans Peters
·         Colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Cláudio Ribeiro
·         Editor do Irish Times Londres, Denis Staunton
·         Moderadora: Profª. Rosana Tomazini (UCB)

11h30 – 12h Solenidade de premiação do 8º Concurso de Monografias da UE

·         Embaixador da UE no Brasil, Exmo. Sr. João Cravinho e Profª. Karine de Souza Silva (UFSC)

14h – Lançamento da Publicação sobre os Concursos de Monografia da UE 

Dia 8/05 (Auditório do Bloco K - UCB)

8h – 8h45 Credenciamento

9h – 10h30 Painel com Embaixadores dos Estados Membros da UE
(Temas de preferência)

·         Embaixadora da Áustria, Exma. Sra. Irene Giner-Reichl
·         Embaixador da Alemanha, Exmo. Sr. Georg Witschel

·         Embaixador da Eslovênia, Exmo. Sr. Alain Brian Bergant,
·         Embaixador da Bélgica, Exmo. Sr. Dirk Loncke
·         Moderador: Prof. Fábio Albergaria (UCB)

10h30 – 12h Painel :Valores democráticos no Brasil à luz da experiência europeia

·         Colunista do jornal O Estado de S.Paulo, Cláudio Ribeiro
·         Prof. Eduardo Viola (UnB)
·         Moderador: Prof. Creomar de Souza (UCB)

14h15 – Painel Estudar na Europa 

·         Friederike Melzner, Assessora de Assuntos Científicos e Intercâmbio Acadêmico na Embaixada da Alemanha
·         Ariane Cassoli, responsável para Brasília da Agência Campus France
·         Juan Fernándes e Maria Martínez - Escritório de Educação da Embaixada da Espanha

Café com Política
Em organização conjunta, a Embaixada do Reino dos Países Baixos e a equipe do Café com Política propõem uma conversa/debate sobre Valores Políticos na União Europeia e no Brasil com base no livro “Europa em transição”, do filósofo político neerlandês Luk van Middellaar.

Para pensar e debater, participam do evento os jornalistas Denise Rothenurg, Claudio Ribeiro e Leonardo Barreto. Em seguida será oferecido um coquetel onde os convidados poderão interagir entre si sobre as questões levantadas no Painel de Debate.

Para participar é necessário preencher o formulário no Eventbrite: https://www.eventbrite.com.br/e/xiv-semana-da-europa-cafe-com-politica-tickets-45499348777 para gerar o convite. Na entrada do evento será solicitado os convites (preferencialmente pelo app) e também 1kg de alimento não perecível (exceto sal) que será doado a uma instituição de caridade. 

Serviço:

Data: 7 de maio
Horário: das 19h às 22h
Local: Daniel Briand Pâtissier & Chocolatier
Endereço: CLN 104 Bl A, s/n lj 62, Brasília
Entrada franca

Sobre a Semana da Europa:
A Semana da Europa faz parte das comemorações do Dia da Europa, celebrado em 9 de maio, data da assinatura da Declaração Schuman, considerada o início do que hoje é a União Europeia.
“O ato em si tinha como finalidade a prosperidade econômica, mas sem perder de vista o ideal de construir uma Europa unida e pacífica, sob os mesmos objetivos e valores”, afirma Rosa Sánchez-Cascado Nogales, presidente da EUNIC Brasília.
​Todos os eventos da Semana da Europa são promovidos pela EUNIC Brasil (Associação dos Institutos Culturais, Embaixadas e Consulados de países membros da União Europeia) junto com a Delegação da União Europeia.
Os integrantes da EUNIC Brasil estão reunidos em clusters, grupos locais de instituições que promovem o aprendizado de idiomas, o diálogo intercultural e desenvolvimento local. Hoje, existem cinco clusters – Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
​ A Semana da Europa no Brasil começou em 2004, como um projeto de apenas três institutos – Aliança Francesa, Cultura Inglesa e Goethe-Zentrum Brasília.
Atualmente, é organizada por uma associação que já reúne 44 instituições, representando estados membros da União Europeia e a Delegação da UE, com a participação de dezenas de parceiros locais e internacionais.  
 A EUNIC é uma rede formada por 36 instituições que representam todos os 28 países membros da EU e tem mais de duas mil filiais e milhares de parceiros locais em mais de 150 países do mundo.

Informações à imprensa:

Agência Atelier
Renata Gonzaga – Assessoria de imprensa
+55 61 98401-2423 regon5771@gmail.com
Karla Beatriz – Assessoria de imprensa
+55 61 99243-6129 redacao@atelierbrasilia.com
Diana Leiko – Diretora
+55 61 98132-4929 diana@atelierbrasilia.com