O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Impacto dos acessos em Academia.edu, em 30 dias e 30 meses; Origem geográfica

Verifico agora que o impacto dos acessos a meus papers colocados na plataforma Academia.edu, em 30 dias e em 12 meses.
Ao final, transcrevo a origem geográfica dos acessos: 171 países

Your Impact from October 14, 2019 to November 13, 2019 (3meses)

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                   Minha pequena ONU: 171 países

Country
All-Time Views
1)      Unknown
93,967
2)      Brazil
93,618
3)      United States
10,648
4)      Portugal
2,306
5)      Mozambique
1,623
6)      Unknown
1,588
7)      France
1,407
8)      Spain
1,214
9)      Angola
980
10)   United Kingdom
822
11)   Argentina
793
12)   Germany
539
13)   Canada
474
14)   Belgium
445
15)   Italy
388
16)   Russian Federation
366
17)   Mexico
362
18)   Uruguay
270
19)   Colombia
270
20)   Switzerland
255
21)   Netherlands
247
22)   Unknown
246
23)   Peru
236
24)   Ecuador
225
25)   India
219
26)   Japan
207
27)   Paraguay
199
28)   Chile
197
29)   Australia
183
30)   Romania
166
31)   Turkey
141
32)   Cape Verde
140
33)   South Africa
138
34)   Venezuela
133
35)   Korea, Republic of
124
36)   China
115
37)   Indonesia
114
38)   Ukraine
93
39)   Nigeria
86
40)   Greece
85
41)   Poland
83
42)   Sweden
80
43)   Morocco
76
44)   Denmark
74
45)   Senegal
72
46)   Austria
68
47)   Bolivia
68
48)   Ireland
67
49)   Philippines
67
50)   Côte D'Ivoire
64
51)   Egypt
59
52)   Slovenia
55
53)   Israel
52
54)   Belarus
51
55)   Dominican Republic
51
56)   Hong Kong
47
57)   Unknown
46
58)   Bosnia and Herzegovina
45
59)   Sao Tome and Principe
45
60)   Singapore
44
61)   Hungary
44
62)   Cuba
43
63)   Nicaragua
43
64)   Pakistan
42
65)   Finland
41
66)   Slovakia
41
67)   Guatemala
39
68)   Czech Republic
38
69)   Viet Nam
37
70)   Panama
37
71)   Guinea-Bissau
36
72)   Timor-Leste
35
73)   Algeria
34
74)   Lebanon
33
75)   Serbia
31
76)   New Zealand
31
77)   Kenya
31
78)   El Salvador
31
79)   Norway
30
80)   Malaysia
29
81)   Ethiopia
29
82)   Togo
27
83)   Bulgaria
25
84)   Cameroon
25
85)   Zambia
24
86)   Taiwan
24
87)   Namibia
24
88)   Thailand
23
89)   Honduras
22
90)   Oman
21
91)   Haiti
21
92)   Luxembourg
21
93)   Estonia
20
94)   Costa Rica
20
95)   United Arab Emirates
19
96)   Tanzania
17
97)   Puerto Rico
17
98)   Sri Lanka
17
99)   Tunisia
16
100)Ghana
15
101)Iran, Islamic Republic Of
15
102)Moldova, Republic of
14
103)Gabon
14
104)Congo, Democratic Republic
14
105)Saudi Arabia
13
106)Madagascar
13
107)Macedonia
12
108)Bangladesh
12
109)Uganda
11
110)Zimbabwe
10
111)Nepal
10
112)Croatia
10
113)Congo
10
114)Benin
10
115)Macao
9
116)Kuwait
9
117)Jordan
9
118)Belize
9
119)Mali
8
120)Kazakhstan
8
121)Azerbaijan
8
122)Albania
8
123)Martinique
7
124)Lithuania
7
125)Jamaica
7
126)Iraq
7
127)Guadeloupe
7
128)French Guiana
7
129)Georgia
7
130)Sierra Leone
6
131)Sudan
6
132)Guinea
6
133)Trinidad and Tobago
5
134)Rwanda
5
135)Qatar
5
136)Palestinian Territory
5
137)Mauritius
5
138)Montenegro
5
139)Armenia
5
140)Afghanistan
5
141)Réunion
4
142)Malta
4
143)Cambodia
4
144)Kyrgyzstan
4
145)Burundi
4
146)Unknown
4
147)Cyprus
4
148)Burkina Faso
4
149)Papua New Guinea
3
150)Mongolia
3
151)Liberia
3
152)Yemen
2
153)Suriname
2
154)Somalia
2
155)Niger
2
156)Malawi
2
157)Mauritania
2
158)Myanmar
2
159)Latvia
2
160)Saint Lucia
2
161)Iceland
2
162)Guyana
2
163)Fiji
2
164)Botswana
2
165)Bahrain
2
166)Bhutan
2
167)Saint Vincent-Grenedines
1
168)Uzbekistan
1
169)Chad
1
170)Swaziland
1
171)Unknown
1
172)New Caledonia
1
173)Lesotho
1
174)Equatorial Guinea
1
175)Bahamas
1
176)Aruba
1
177)Andorra
1
  




terça-feira, 12 de novembro de 2019

Atlas dos Viajantes no Brasil - Biblioteca Mindlin da USP

Biblioteca Brasiliana lança o “Atlas dos Viajantes no Brasil”


Nova plataforma interativa dá acesso a documentos sobre o Brasil produzidos a partir do século 16
Nesta quarta-feira, dia 13, às 14h30, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da USP promove o lançamento da plataforma interativa Atlas dos Viajantes no Brasil. A nova plataforma será apresentada pelo curador da biblioteca, João Cardoso, e pelo geógrafo que produziu os mapas do Atlas, Ian Rebelo Chaves.


Atlas dos Viajantes no Brasil foi concebido para ser um instrumento inovador de divulgação de uma das coleções mais importantes da BBM – os relatos e imagens produzidos por viajantes brasileiros e estrangeiros que percorreram o País entre o século 16 e início do século 20. No site que abriga o Atlas, o usuário poderá acessar esses conteúdos de diversas maneiras – acompanhando a rota percorrida por um viajante específico, comparando informações sobre um local determinado produzidas por dois ou mais viajantes ou filtrando as informações por assuntos e temas do seu interesse.
Os relatos e imagens que os viajantes produziram formam uma vasta enciclopédia sobre o Brasil, tratando de temas como natureza, sociedade, economia, cultura e vida cotidiana. “O objetivo do Atlas dos Viajantes no Brasil é justamente recolher e organizar esses materiais para em seguida criar uma forma enriquecedora e estimulante de divulgá-los para estudantes, professores, pesquisadores e interessados em geral”, afirma o curador João Cardoso.
Após o evento de lançamento, a plataforma será liberada ao público e estará disponível no endereço viajantes.bbm.usp.br.

Ideias, Gazeta do Povo: rejeicao da ditadura militar e de todas as ditaduras

O que a esquerda não conta sobre a ditadura militar

Gazeta do Povo, 12/11/2019

A Ditadura Militar instalada no Brasil em 1964 faz parte dos livros de história, mas também do debate político diário no Brasil. E até hoje é um tópico hipersensível tanto para esquerda como para a direita.
A Gazeta do Povo evidentemente não apoia qualquer tipo de governo que não preza a democracia. Em suas convicções, o jornal deixa claro que "A democracia é a única forma de governo que respeita plenamente a dignidade humana e permite aos seus cidadãos desenvolver ao máximo as suas potencialidades." Em várias reportagens, revelou como o período ditatorial fez mal ao país, deixando um legado de hiperinflação, corrupção, crime e violência urbana. Houve casos escabrosos, com os quais nenhum ser humano pode compactuar, como a tortura de crianças, de opositores políticos, e até o sequestro de bebês. Também mostrou como nem todos os que se opuseram à ditadura eram comunistas. E a prisão e tortura de uma freira , sem provas. Sendo bem claro: a ditadura militar brasileira não deve ser comemorada.
Ou seja, por aqui nunca se passou pano para o autoritarismo. Por isso mesmo, é preciso abordar algo que raramente ou quase nunca é mostrado com a devida ênfase: a esquerda que combateu a ditadura militar brasileira não queria democracia. O grande objetivo era implantar outra ditadura, de inspiração comunista. 
Embora os guerrilheiros sejam retratados frequentemente como heróis românticos, jovens que buscavam a liberdade, o regime pelo qual lutavam no Brasil já havia matado milhões ao redor do mundo, seja nos gulags soviéticos, nos campos chineses, na ilha-prisão cubana, na monarquia comunista da Coreia do Norte, e na carnificina cambojana
Não estamos falando de teorias da conspiração. São relatos dos militantes de esquerda que pegaram em armas naquela época. “O objetivo imediato era derrubar a ditadura militar. O objetivo de longo prazo era estabelecer uma área libertada, de caráter comunista”, conta Renato Tapajós, cineasta e escritor que participou de um desses grupos armados, a Ala Vermelha do Partido Comunista do Brasil.
A meta era a ditadura do proletariado. A ideia de consolidar uma democracia só surgiu depois de 1979, com a anistia”, afirma a historiadora Beatriz Kushnir. “A ditadura do proletariado iria instaurar uma sociedade em que a pirâmide social fosse invertida.”
Um dos maiores facínoras do período era Carlos Marighella , que ganhou uma hagiografia cinematográfica dirigida por Wagner Moura. Ele até hoje é tratado como herói por alguns setores da esquerda, mesmo que tenha defendido a luta armada mesmo antes do endurecimento do regime militar. Marighella escreveu o infame 'Mini Manual do Guerrilheiro Urbano', no qual propunha execuções (de “um espião norte-americano, um agente da ditadura, um torturador da polícia, ou uma personalidade fascista do governo”, etc.), sequestros (para trocar por guerrilheiros presos) e, finalmente, o terrorismo, mesmo que deixasse vítimas civis pelo caminho — o que de fato aconteceu. Em entrevista a uma revista francesa, Marighella chegou a dizer que o Brasil se tornaria um novo Vietnã, “dezenas de vezes maior”.
Marighella ainda foi o criador da Aliança Libertadora Nacional, um grupo armado cujo objetivo era justamente o de instaurar um “governo popular revolucionário” no Brasil. O que Marighella pregava era tão violento que ele conseguiu ser expulso do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Nem os próprios membros do grupo eram poupados da sanha assassina: militantes considerados traidores ou dissidentes eram executados nos chamados “justiçamentos.
Os justiçamentos, aliás, dão um bom vislumbre do que seria o Brasil sob domínio comunista. Em países como a União Soviética e a China, era comum que membros da elite do Partido Comunista fossem eliminados quando caíam em desgraça, mesmo que fossem inocentes. Entre os vários grupos armados da esquerda no Brasil, a mesma prática foi utilizada, já que ideologias genocidas têm muito em comum
Uma das vítimas foi o estudante de sociologia Márcio Leite de Toledo, de 26 anos. Toledo foi enviado a Cuba para treinamento de guerrilha e voltou ao Brasil clandestinamente. Após o retorno, na mesma época em que comandantes da ALNforam capturados pelos órgãos de segurança do regime militar, Toledo passou a discordar das táticas da organização. Como resposta, o comando da ALNconsiderou Toledo perigoso para a organização e um grupo de quatro guerrilheiros decidiu pela execução dele.
A organização não fez segredo do homicídio e anunciou em um comunicado: “A Ação Libertadora Nacional (ALN) executou, dia 23 de março de 1971, Márcio Leite Toledo. Esta execução teve o fim de resguardar a organização. Uma organização revolucionária, em guerra declarada, não pode permitir a quem tenha uma série de informações, como as que ele possuía, vacilações desta espécie, muito menos uma defecção deste grau em suas fileiras”.
Outro caso semelhante envolveu Francisco Jacques Moreira de Alvarenga, da Resistência Armada Nacionalista (RAN). Alvarenga foi executado com quatro tirospor um comando da ALN em 28 de junho de 1973, na sala dos professores do colégio Veiga de Almeida, no bairro carioca da Tijuca, onde dava aula de história.
São mortes que caíram no esquecimento, porque mostram a face mais cruel e covarde da esquerda brasileira, e não se encaixam na versão épica e heróica que muitos tentam criar da guerrilha armada. Esses assassinatos a sangue frio não entraram na conta da Comissão da Verdade, criada pela presidente Dilma Rousseff para apurar as mortes durante o regime militar.
É possível afirmar que os justiçamentos e a morte de inocentes estão no DNA do comunismo brasileiro. Já em 1936, a jovem menina Elza foi sufocada e morta baseada numa tênue desconfiança que outros membros do Partido Comunista tinham a seu respeito. Seu corpo foi escondido no quintal da casa. Luiz Carlos Prestes — o "Cavaleiro da Esperança" — foi condenado pela morte da jovem (foi ele que ordenou a execução), mas poucos anos depois anistiado. 
Olga Benário (esposa de Prestes, judia alemã, deportada para a Alemanha nazista, morta na câmara de gás) foi também vítima de injustiças, desta vez por parte do regime fascista de Getúlio Vargas, que a entregou aos nazistas. Mas enquanto a história de Olga ganhou atenção mundial, foi objeto de filmes com orçamentos milionários, a de Elza segue no oblívio. Nem a imprensa, nem mesmo militantes (de direita ou de esquerda) comentam sua história.
Outra vítima cuja história não inspirou filmes, seriados ou livros é a do jovem soldado Mário Kozel Filho, que se estivesse vivo teria completado 70 anos em julho deste ano. Sua vida foi roubada por guerrilheiros de esquerda aos 19 anos, em 26 de junho de 1968. Uma caminhonete lotada de explosivos foi acelerada em direção ao Quartel General do 2º Exército, em São Paulo. Kozel teve o corpo despedaçado pela explosão
Os pais de Kozel, um jovem de origem simples, só passaram a ter direito a uma pensão em 2003, no irrisório valor de R$ 330. Foi atualizado para R$ 1.140 em 2005. Mas o casal só foi informado em 2007, pela imprensa, a respeito dos valores. Em comparação, desde 1993 a viúva do guerrilheiro Carlos Lamarca recebe uma pensão de R$ 9.963,98, posteriormente atualizada para R$ 12.152,61. Lamarca era integrante do grupo que realizou o atentado, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Atenciosamente,
Jones Rossi, editor de Ideias

Dez trabalhos mais acessados em outubro 2019 - Paulo Roberto de Almeida


     Os dez trabalhos PRA mais acessados em 30 dias