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domingo, 19 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: quao fiaveis sao as urnas eletronicas e o processo de agregacao de votos?

Não partilho da paranoia corrente sobre as fraudes inevitáveis no atual sistema de votação eletrônica administrado pelo TSE.
ATENÇÃO: não confio tampouco em que o TSE seja perfeito.
Acredito, sinceramente, que as urnas são frágeis, podem ser fraudadas, assim como podem ser fraudadas as transmissões ao TSE e o próprio processo de agregação final dos votos.
Acredito que tudo isso possa ser feito. O que não quer dizer que esteja sendo feito, de fato.
Ou seja, a possibilidade existe, mas sua probabilidade também precisa ser provada e documentada.
Não atuo apenas por suposições, mas todas elas são possíveis.
Sou favorável a um grande debate público sobre isso e, paralelamente, um processo de verificação, teste, verificação, teste, comprovação da fiabilidade de todo o processo, envolvendo os tecnocratas do TSE, auditores independentes, professores universitários, técnicos de empresas e representantes de partidos, todos reunidos, examinando cada etapa do processo, num plano eminenentemente técnico.
Desde já estou fora disso: não me julgo competente, mas gostaria de ler matérias a respeito.
Apenas por esta razão que coloco abaixo esta mensagem recebido de um cidadão, patriota como podem ser os militares, e que também se preocupa com o assunto.
Concluo: não sou paranoico, mas acredito que certas pessoas podem sim nos atacar...
Paulo Roberto de Almeida

Mensagem recebida em 19/10/2014, 16h43

Caríssimas(os) amigas(os):

Considero totalmente sem importância quem irá votar e como; mas o que é muito importante é quem irá contar os votos, e como !" 
        Iosif Vissarianovich Stalin

 Tem havido frequentes e bem embasadas denúncias sobre a não confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, em total contradição com a propaganda ufanista do TSE.  Confira em:

https://www.youtube.com/watch?v=1GKkNR9fdX0

Nossas urnas eletrônicas foram desenvolvidas pacientemente, em um projeto genuinamente nacional e utilizadas progressivamente, atingindo 100%  dos municípios brasileiros em 2000, em uma eleição proporcional. Ninguém em sã consciência pode diminuir o êxito desse trabalho e/ou contestar a honestidade de propósitos de seus executores.

Naquela época, seria impensável fraudar uma urna. Hoje, com  o PT  no poder, aparelhando todos os setores do Estado brasileiro, inclusive o TSE, o risco que isso ocorra é muito alto.  Além disso, nossas urnas  estão ultrapassadas pois não permitem qualquer auditoria no resultado da votação uma vez que todos os resultados ficam gravados apenas  no cartão de memória que a cada releitura fornecerá sempre as mesmas respostas.

O Artigo 5º da Lei Eleitoral 12.034/2009, aprovada pelo Congresso, visava  impedir a fraude eletrônica, exigindo a emissão de um comprovante físico (voto impresso) conferido pelo eleitor no momento da votação. Isso permitiria a recontagem e/ou a verificação aleatória dos resultados.

O Ministro Lewandowski, então Presidente do STE, incentivou a Procuradoria Geral da Republica a entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que conseguiu anular esse Artigo, alegando que ele prejudicava a privacidade do voto (!!!???). O absurdo dessa decisão é que esse procedimento é hoje obrigatório em todos os países do mundo que usam esse tipo de urna. Isso está muito bem explicado em

 http://www.brunazo.eng.br/voto-e/textos/ADI4543.htm

Para que a sociedade pudesse avaliar a qualidade dos resultados emitidos pelas urnas eletrônicas, elas são periodicamente submetidas a testes de desempenho, por parte de especialistas de fora do TSE. A ideia seria que esses testes dispusessem do tempo e dos meios necessários e suficientes para uma avaliação completa do sistema e que as vulnerabilidades encontradas fossem imediatamente corrigidas.

O comportamento do TSE por ocasião do último desses testes, ocorrido em 2012 foi muito estranho. Ele impôs inúmeras restrições ao livre trabalho dos investigadores, limitou drasticamente a duração dos testes, e não liberou mais tempo mesmo depois que várias vulnerabilidades foram detectadas e nem tomou providências para sanar as irregularidades detectadas.

Mesmo assim, foi descoberto que o sigilo do voto é protegido por um conjunto de instruções infantis, que podem ser quebradas por qualquer iniciante em informática; que é possível a agentes internos ou externos manipular o software para alterar o resultado da votação. E isso for feito alterando certos comandos, esse comportamento malicioso pode ser estendido a várias delas simultaneamente, derrubando o argumento de que, como as urnas são, em princípio, isoladas umas das outras, seria necessário contaminá-las uma a uma. A ação é facilitada pelo fato de que o TSE insiste em que a chave criptográfica, armazenada no sistema de forma insegura, seja a mesma para as mais de 500.000 urnas. Assistam:

https://www.youtube.com/watch?v=BaicDqJ5juU

Quando o chefe da equipe da Universidade de Brasília insistiu com o TSE para que tomasse providências para corrigir os problemas detectados, foi acusado de estar "ameaçando da democracia". Se não estivéssemos vivendo tempos de PT, isso seria inacreditável.  Confiram:

Se somarmos todas essas informações e levarmos em conta que o Sr. Franklin Martins criou um grupo de mais de dois mil militantes para serem treinados em técnicas digitais, basicamente para perturbar as campanhas dos adversários, mas com capacitação para muito mais, o cenário da fraude, os protagonistas e o enredo da trama ficam bem claros.

Além disso, a instalação e as providências preparatórias para a votação foram terceirizadas regionalmente neste ano. Com isso, inúmeros funcionários, de diversas empresas, que podem ser cooptados, por questões ideológicas ou por dinheiro, terão acesso a procedimentos capazes de manipular à vontade os cartões de memória, inclusive introduzindo neles  vírus que atendam a seus interesses.

Inúmeras denúncias de irregularidades no funcionamento das urnas foram registradas durante o primeiro turno como, documentadamente, na urna da Seção nº 47 da 22ª Zona Eleitoral de Porto Velho, por exemplo, na qual, quando digitado o número 1, a máquina imediatamente completava para 13. Em São Paulo, houve urnas que não aceitavam o número 45.

Todas as fraudes reportadas beneficiavam o PT.

Nestas eleições, pela primeira vez o PT tem enormes chances de ser derrotado no segundo turno. Sempre foram reportados problemas pontuais, mas a alteração maciça de resultados de urnas, que foi desnecessária nas eleições anteriores, agora tem uma possibilidade muito elevada de ocorrer.

Palavras do grande timoneiro Lula: “vocês não tem ideia daquilo que o PT pode fazer para vencer as eleições".

Quando o Ministro Lewandovsky detonou o Art 5º em 2009, já se sabia que o Ministro Toffoli estaria na presidência do TSE em 2014, tendo em vista que existe a tradição de eleger como presidente o Ministro do Supremo cujo mandato na Corte eleitoral se iniciou há mais tempo, neste ano, o Ministro  Toffoli.

Existem três gerações de urnas eletrônicas em uso no mundo. A primeira é a nossa.  A segunda (IVVR ou VVPAT) proporciona um comprovante físico do voto do eleitor e a  terceira (E2E)  torna essa comprovação muito mais transparente e eficaz. O Brasil é o ÚNICO PAÍS DO MUNDO que ainda usa urnas da primeira geração. Esse tipo foi abandonado ao longo do tempo por Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Bélgica, Argentina, México, Paraguai, Índia e Equador, onde gerações mais modernas são utilizadas.

 É inacreditável que ainda haja pessoas que digam que o sistema de votação brasileiro é “referência mundial”. Talvez o seja, mas exatamente por sua obsolescência.

Assistam:

http://www.folhapolitica.org/2014/07/brasil-e-o-unico-pais-que-ainda-utiliza.html

 Para ter sucesso em uma fraude dessas dimensões, além do controle total do processo, que o TSE possui, basta desenvolver um software dedicado para trocar votos, programado para se apagar no final da votação. Em princípio, os resultados fraudados devem ser coerentes com as pesquisas de intenção de votos, mantendo-se dentro de limites eufemisticamente chamados de “margens de erro”. Por exemplo, com uma margem de erro de ± 2 pontos, é possível escamotear até 4 pontos de um dos candidatos, mantendo-se dentro do  “esperado”.  Isso é extremamente fácil de ser feito. Assista:

http://youtu.be/VnH_ElxR6jY  

A obtenção de resultados destorcidos nas pesquisa de intenção de votos pode ser induzida  pelos Institutos: a) com o emprego de uma metodologia viesada; b) com perguntas estimuladas ou induzidas e c) com uma escolha adequada da qualificação, localização e volume do universo de entrevistados.  Houve informações na rede, por exemplo, que as intenções de votos de pessoas com formação superior não foram levadas em consideração para o primeiro turno.

Ressalte-se que tanto as pesquisas de intenções de votos, em todos os Institutos de pesquisa chapa branca, foram completamente diferentes do resultado no primeiro turno. Seria uma preparação de espíritos para que uma discrepância grande também no segundo seja considerada normal?

Causa muita preocupação um cenário em que a diferença de intenções de voto entre Dilma e Aécio seja mantida artificialmente apertada pelos Institutos de pesquisa amestrados. E, até hoje, eles o tem mantido em 2 ± 2  pontos, ideal para uma fraude. Mas o ISTOE/Sensus desde o começo do segundo turno vem mostrando coisa diferente. Confira o vídeo abaixo, referente a 18 de outubro:

http://www.istoe.com.br/reportagens/388139_AECIO+ESTA+13+PONTOS+A+FRENTE+DE+DILMA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage


Além da fraude na urna, os pacotes de informações enviados via rede segura, entre Cartórios Eleitorais, TSE´s e o TSE, podem ser invadidos. Para diminuir esse risco, sugiro que todos colaborem patrioticamente com a proteção dessas informações entrando em  http://somos.vocefiscal.org/   .

Eu já sou um orgulhoso Fiscal em Cachoeira Paulista - SP

Negar as vulnerabilidades cientificamente demonstradas da urna eletrônica é um desserviço e uma deslealdade para com a sociedade brasileira. Deixar de observar que existe toda uma estranha conjugação de circunstâncias, criada pelo governo, que facilitam a exploração dessas vulnerabilidades é uma displicência reprovável e omitir que o PT dispõe de um núcleo cibernético perfeitamente capaz de fazê-lo é uma imprudência inaceitável.

O único ponto discutível consiste em acreditar ou não que essas facilidades serão usadas para fraudar as eleições.

O assunto é muito importante e merece que vocês, por favor, assistam todos os vídeos. Depois, formem suas próprias opiniões a respeito.

Um patriótico e fraterno abraço.
José Gobbo Ferreira, PhD

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