O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador fraude eleitoral. Mostrar todas as postagens
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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Por que o Brasil não se junta aos demais países latino-americanos na questão das eleições venezuelanas? O que está faltando?

Declaração da OEA:

 “Ao longo de todo este processo eleitoral, viu-se a aplicação por parte do regime venezuelano de seu esquema repressivo, complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, fazendo com que esse resultado ficasse à disposição da manipulação mais aberrante. O regime de Maduro zombou de importantes atores da comunidade internacional durante esses anos e, novamente, entrou em um processo eleitoral sem garantias”.

Os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, em conjunto, aderiram a esta declaração da Organização dos Estados Americanos (OEA) . 

Por que o Brasil ainda não o fez? 

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Impedir voto de venezuelanos no exterior é fraude eleitoral disfarçada Editorial O Globo

 Impedir voto de venezuelanos no exterior é fraude eleitoral disfarçada

O Globo, 18/07/2024

Depois de acenar com distensão, Maduro manobra para tentar vencer eleição e ficar no poder

Comunidades venezuelanas no exterior não têm conseguido se inscrever para votar nas eleições marcadas para 28 de julho. Dos 21 milhões de eleitores venezuelanos, calcula-se que entre 3,5 milhões e 5 milhões vivam no exterior. Desses, apenas 69 mil estão registrados para votar, segundo noticiou o New York Times.

Em países com grandes comunidades venezuelanas, há dificuldade nos consulados e embaixadas para registrar eleitores. Em Madri, a fila costuma se estender pelo quarteirão. Uma cidadã que deixou a Venezuela em 2018 tentou por dois dias, durante oito horas, apenas para ouvir dos funcionários que não podiam mais continuar com os registros. Cidadãos acompanhados de crianças pequenas, deficientes, idosos chegam às 4 horas da manhã, cinco horas antes da abertura do expediente, mesmo assim não conseguem ser atendidos. Os casos se repetem em cidades da Argentina, do Chile e da Colômbia.

Há fortes indícios de que o regime venezuelano tem impedido os eleitores no exterior de exercer o direito ao voto por considerá-los majoritariamente de oposição. E essa é apenas a última manobra do ditador Nicolás Maduro para tentar se manter no poder. Com o controle da Justiça Eleitoral, ele inabilitou a candidatura da maior liderança oposicionista, María Corina Machado, favorita nas pesquisas, e de outros que tentaram substituí-la. No fim, foi registrada a do veterano político Edmundo González. Em entrevista ao GLOBO, María Corina pediu apenas que “os votos sejam contados” e, em caso de vitória da oposição, acenou a Maduro com a negociação de uma transição, “como está ocorrendo com muitos setores do chavismo que começam a se aproximar”.

María Corina considera importante que todos os presidentes latino-americanos atuem em prol de eleições livres, mas destaca o peso do brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que tem comunicação direta com Maduro. Lula o recebeu na posse em Brasília com honras de chefe de Estado. Ainda o aconselhou publicamente a criar uma “narrativa” que levasse o mundo a considerar a Venezuela uma democracia.

Depois de afagos de Lula em Maduro — entre eles a declaração absurda de que a democracia é um “conceito relativo” —, o governo brasileiro só esboçou mudança de posição quando a candidatura de María Corina foi inabilitada em março. Uma nota do Itamaraty manifestou preocupação com a forma como Caracas tentava impedir a apresentação de candidaturas oposicionistas que pudessem ameaçar o chavismo.

No início do ano, Maduro deu sinais de distensão, recebidos de modo positivo — os Estados Unidos chegaram a suspender temporariamente o boicote ao petróleo venezuelano. Mas não demorou a ficar claro que tudo não passava de jogo de cena. A tentativa de impedir os venezuelanos no exterior de votar é apenas uma fraude eleitoral disfarçada. O regime chavista completa 25 anos cheio de fissuras, e o aceno de María Corina deveria ser levado a sério por Maduro. Infelizmente é difícil acreditar que isso acontecerá.

 

terça-feira, 26 de março de 2024

Eleições na Venezuela: governo brasileiro se manifesta pela primeira vez (timidamente)

 NOTA À IMPRENSA Nº 134

Processo eleitoral na Venezuela  

Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país.

Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.

Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitaria.

O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.

O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.


domingo, 24 de julho de 2022

Recado dos embaixadores estrangeiros a Lula - TAG Report 168, 24/07/2022

 RECADOS DOS EMBAIXADORES 

Representantes diplomáticos não podem recusar convites dos chefes de Estado e de Governo dos países onde estão em missão. E nem embaixadores estrangeiros podem sair de encontros assim criticando o que foi dito. Mas muitos recados, públicos ou não, foram dados em apoio à democracia e ao sistema eleitoral — que os embaixadores estrangeiros viram Jair Bolsonaro desancar na reunião do Alvorada. Além das manifestações oficiais nesse sentido de EUA e Reino Unido, e de entrevistas de diplomatas de outros países, como a Itália, interlocutores do ex-presidente Lula também foram procurados por diplomatas estrangeiros. Nesse caso, com mensagens deixando claro que seus governos veem com bons olhos sua eleição. 

Países da União Europeia mais ligados ao Brasil, como Portugal e Espanha, por exemplo, informaram que gostariam de ser incluídos no roteiro internacional que presidentes eleitos costumam fazer antes de tomar posse. Seus chefes de governo ou Estado já declararam intenção de vir à posse no primeiro dia de janeiro se o eleito for o petista. No caso da Espanha, viria o Rei Felipe. Mandaram dizer ainda a Lula que, caso ele se torne presidente, irão defender no ano que vem que seja dada celeridade às tratativas do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.


Nesta semana, Lula deve ter encontro com os embaixadores dos países que compõem o BRICS — Rússia, China, India e África do Sul — , grupo que nunca foi valorizado pela política externa bolsonarista. 


Helena Chagas

Lydia Medeiros

TAG Report 168, 24/07/2022

sábado, 23 de julho de 2022

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Bolsonaro leva sua fraude eleitoral para o mundo todo - Entrevista Paulo Roberto de Almeida (Brazilian Report)

Bolsonaro leva sua fraude eleitoral para o mundo todo

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Trump manipulado pelo KGB-FSB de Putin - Mark Mazzetti and Nicholas Fandos (NYT)

A democracia sendo tolerante com os que minam a democracia.
Um dia acabam destruindo seus fundamentos, mesmo sem potências estrangeiras
Paulo Roberto de Almeida

G.O.P.-Led Senate Panel Details Ties Between 2016 Trump Campaign and Russian Interference

A nearly 1,000-page report confirmed the special counsel’s findings at a moment when President Trump’s allies have sought to undermine that inquiry.
Image

WASHINGTON — A sprawling report released Tuesday by a Republican-controlled Senate panel that spent three years investigating Russia’s 2016 election interference laid out an extensive web of contacts between Trump campaign advisers and Russian government officials and other Russians, including some with ties to the country’s intelligence services.
The report by the Senate Intelligence Committee, totaling nearly 1,000 pages, provided a bipartisan Senate imprimatur for an extraordinary set of facts: The Russian government undertook an extensive campaign to try to sabotage the 2016 American election to help Mr. Trump become president, and some members of Mr. Trump’s circle of advisers were open to the help from an American adversary.
The report drew to a close one of the highest-profile congressional inquiries in recent memory, one that the president and his allies have long tried to discredit as part of a “witch hunt” designed to undermine the legitimacy of Mr. Trump’s stunning election nearly four years ago.
Like the investigation led the special counsel, Robert S. Mueller III, who released his findings in April 2019, the Senate report did not conclude that the Trump campaign engaged in a coordinated conspiracy with the Russian government — a fact that Republicans seized on to argue that there was “no collusion.”

But the report showed extensive evidence of contacts between Trump campaign advisers and people tied to the Kremlin — including a longstanding associate of the onetime Trump campaign chairman Paul Manafort, Konstantin Kilimnik, whom the report identifies as a “Russian intelligence officer.”

The Senate report for the first time identified Mr. Kilimnik as an intelligence officer. Mr. Mueller’s report had labeled him as someone with ties to Russian intelligence.

domingo, 19 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: quao fiaveis sao as urnas eletronicas e o processo de agregacao de votos?

Não partilho da paranoia corrente sobre as fraudes inevitáveis no atual sistema de votação eletrônica administrado pelo TSE.
ATENÇÃO: não confio tampouco em que o TSE seja perfeito.
Acredito, sinceramente, que as urnas são frágeis, podem ser fraudadas, assim como podem ser fraudadas as transmissões ao TSE e o próprio processo de agregação final dos votos.
Acredito que tudo isso possa ser feito. O que não quer dizer que esteja sendo feito, de fato.
Ou seja, a possibilidade existe, mas sua probabilidade também precisa ser provada e documentada.
Não atuo apenas por suposições, mas todas elas são possíveis.
Sou favorável a um grande debate público sobre isso e, paralelamente, um processo de verificação, teste, verificação, teste, comprovação da fiabilidade de todo o processo, envolvendo os tecnocratas do TSE, auditores independentes, professores universitários, técnicos de empresas e representantes de partidos, todos reunidos, examinando cada etapa do processo, num plano eminenentemente técnico.
Desde já estou fora disso: não me julgo competente, mas gostaria de ler matérias a respeito.
Apenas por esta razão que coloco abaixo esta mensagem recebido de um cidadão, patriota como podem ser os militares, e que também se preocupa com o assunto.
Concluo: não sou paranoico, mas acredito que certas pessoas podem sim nos atacar...
Paulo Roberto de Almeida

Mensagem recebida em 19/10/2014, 16h43

Caríssimas(os) amigas(os):

Considero totalmente sem importância quem irá votar e como; mas o que é muito importante é quem irá contar os votos, e como !" 
        Iosif Vissarianovich Stalin

 Tem havido frequentes e bem embasadas denúncias sobre a não confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, em total contradição com a propaganda ufanista do TSE.  Confira em:

https://www.youtube.com/watch?v=1GKkNR9fdX0

Nossas urnas eletrônicas foram desenvolvidas pacientemente, em um projeto genuinamente nacional e utilizadas progressivamente, atingindo 100%  dos municípios brasileiros em 2000, em uma eleição proporcional. Ninguém em sã consciência pode diminuir o êxito desse trabalho e/ou contestar a honestidade de propósitos de seus executores.

Naquela época, seria impensável fraudar uma urna. Hoje, com  o PT  no poder, aparelhando todos os setores do Estado brasileiro, inclusive o TSE, o risco que isso ocorra é muito alto.  Além disso, nossas urnas  estão ultrapassadas pois não permitem qualquer auditoria no resultado da votação uma vez que todos os resultados ficam gravados apenas  no cartão de memória que a cada releitura fornecerá sempre as mesmas respostas.

O Artigo 5º da Lei Eleitoral 12.034/2009, aprovada pelo Congresso, visava  impedir a fraude eletrônica, exigindo a emissão de um comprovante físico (voto impresso) conferido pelo eleitor no momento da votação. Isso permitiria a recontagem e/ou a verificação aleatória dos resultados.

O Ministro Lewandowski, então Presidente do STE, incentivou a Procuradoria Geral da Republica a entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que conseguiu anular esse Artigo, alegando que ele prejudicava a privacidade do voto (!!!???). O absurdo dessa decisão é que esse procedimento é hoje obrigatório em todos os países do mundo que usam esse tipo de urna. Isso está muito bem explicado em

 http://www.brunazo.eng.br/voto-e/textos/ADI4543.htm

Para que a sociedade pudesse avaliar a qualidade dos resultados emitidos pelas urnas eletrônicas, elas são periodicamente submetidas a testes de desempenho, por parte de especialistas de fora do TSE. A ideia seria que esses testes dispusessem do tempo e dos meios necessários e suficientes para uma avaliação completa do sistema e que as vulnerabilidades encontradas fossem imediatamente corrigidas.

O comportamento do TSE por ocasião do último desses testes, ocorrido em 2012 foi muito estranho. Ele impôs inúmeras restrições ao livre trabalho dos investigadores, limitou drasticamente a duração dos testes, e não liberou mais tempo mesmo depois que várias vulnerabilidades foram detectadas e nem tomou providências para sanar as irregularidades detectadas.

Mesmo assim, foi descoberto que o sigilo do voto é protegido por um conjunto de instruções infantis, que podem ser quebradas por qualquer iniciante em informática; que é possível a agentes internos ou externos manipular o software para alterar o resultado da votação. E isso for feito alterando certos comandos, esse comportamento malicioso pode ser estendido a várias delas simultaneamente, derrubando o argumento de que, como as urnas são, em princípio, isoladas umas das outras, seria necessário contaminá-las uma a uma. A ação é facilitada pelo fato de que o TSE insiste em que a chave criptográfica, armazenada no sistema de forma insegura, seja a mesma para as mais de 500.000 urnas. Assistam:

https://www.youtube.com/watch?v=BaicDqJ5juU

Quando o chefe da equipe da Universidade de Brasília insistiu com o TSE para que tomasse providências para corrigir os problemas detectados, foi acusado de estar "ameaçando da democracia". Se não estivéssemos vivendo tempos de PT, isso seria inacreditável.  Confiram:

Se somarmos todas essas informações e levarmos em conta que o Sr. Franklin Martins criou um grupo de mais de dois mil militantes para serem treinados em técnicas digitais, basicamente para perturbar as campanhas dos adversários, mas com capacitação para muito mais, o cenário da fraude, os protagonistas e o enredo da trama ficam bem claros.

Além disso, a instalação e as providências preparatórias para a votação foram terceirizadas regionalmente neste ano. Com isso, inúmeros funcionários, de diversas empresas, que podem ser cooptados, por questões ideológicas ou por dinheiro, terão acesso a procedimentos capazes de manipular à vontade os cartões de memória, inclusive introduzindo neles  vírus que atendam a seus interesses.

Inúmeras denúncias de irregularidades no funcionamento das urnas foram registradas durante o primeiro turno como, documentadamente, na urna da Seção nº 47 da 22ª Zona Eleitoral de Porto Velho, por exemplo, na qual, quando digitado o número 1, a máquina imediatamente completava para 13. Em São Paulo, houve urnas que não aceitavam o número 45.

Todas as fraudes reportadas beneficiavam o PT.

Nestas eleições, pela primeira vez o PT tem enormes chances de ser derrotado no segundo turno. Sempre foram reportados problemas pontuais, mas a alteração maciça de resultados de urnas, que foi desnecessária nas eleições anteriores, agora tem uma possibilidade muito elevada de ocorrer.

Palavras do grande timoneiro Lula: “vocês não tem ideia daquilo que o PT pode fazer para vencer as eleições".

Quando o Ministro Lewandovsky detonou o Art 5º em 2009, já se sabia que o Ministro Toffoli estaria na presidência do TSE em 2014, tendo em vista que existe a tradição de eleger como presidente o Ministro do Supremo cujo mandato na Corte eleitoral se iniciou há mais tempo, neste ano, o Ministro  Toffoli.

Existem três gerações de urnas eletrônicas em uso no mundo. A primeira é a nossa.  A segunda (IVVR ou VVPAT) proporciona um comprovante físico do voto do eleitor e a  terceira (E2E)  torna essa comprovação muito mais transparente e eficaz. O Brasil é o ÚNICO PAÍS DO MUNDO que ainda usa urnas da primeira geração. Esse tipo foi abandonado ao longo do tempo por Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Bélgica, Argentina, México, Paraguai, Índia e Equador, onde gerações mais modernas são utilizadas.

 É inacreditável que ainda haja pessoas que digam que o sistema de votação brasileiro é “referência mundial”. Talvez o seja, mas exatamente por sua obsolescência.

Assistam:

http://www.folhapolitica.org/2014/07/brasil-e-o-unico-pais-que-ainda-utiliza.html

 Para ter sucesso em uma fraude dessas dimensões, além do controle total do processo, que o TSE possui, basta desenvolver um software dedicado para trocar votos, programado para se apagar no final da votação. Em princípio, os resultados fraudados devem ser coerentes com as pesquisas de intenção de votos, mantendo-se dentro de limites eufemisticamente chamados de “margens de erro”. Por exemplo, com uma margem de erro de ± 2 pontos, é possível escamotear até 4 pontos de um dos candidatos, mantendo-se dentro do  “esperado”.  Isso é extremamente fácil de ser feito. Assista:

http://youtu.be/VnH_ElxR6jY  

A obtenção de resultados destorcidos nas pesquisa de intenção de votos pode ser induzida  pelos Institutos: a) com o emprego de uma metodologia viesada; b) com perguntas estimuladas ou induzidas e c) com uma escolha adequada da qualificação, localização e volume do universo de entrevistados.  Houve informações na rede, por exemplo, que as intenções de votos de pessoas com formação superior não foram levadas em consideração para o primeiro turno.

Ressalte-se que tanto as pesquisas de intenções de votos, em todos os Institutos de pesquisa chapa branca, foram completamente diferentes do resultado no primeiro turno. Seria uma preparação de espíritos para que uma discrepância grande também no segundo seja considerada normal?

Causa muita preocupação um cenário em que a diferença de intenções de voto entre Dilma e Aécio seja mantida artificialmente apertada pelos Institutos de pesquisa amestrados. E, até hoje, eles o tem mantido em 2 ± 2  pontos, ideal para uma fraude. Mas o ISTOE/Sensus desde o começo do segundo turno vem mostrando coisa diferente. Confira o vídeo abaixo, referente a 18 de outubro:

http://www.istoe.com.br/reportagens/388139_AECIO+ESTA+13+PONTOS+A+FRENTE+DE+DILMA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage


Além da fraude na urna, os pacotes de informações enviados via rede segura, entre Cartórios Eleitorais, TSE´s e o TSE, podem ser invadidos. Para diminuir esse risco, sugiro que todos colaborem patrioticamente com a proteção dessas informações entrando em  http://somos.vocefiscal.org/   .

Eu já sou um orgulhoso Fiscal em Cachoeira Paulista - SP

Negar as vulnerabilidades cientificamente demonstradas da urna eletrônica é um desserviço e uma deslealdade para com a sociedade brasileira. Deixar de observar que existe toda uma estranha conjugação de circunstâncias, criada pelo governo, que facilitam a exploração dessas vulnerabilidades é uma displicência reprovável e omitir que o PT dispõe de um núcleo cibernético perfeitamente capaz de fazê-lo é uma imprudência inaceitável.

O único ponto discutível consiste em acreditar ou não que essas facilidades serão usadas para fraudar as eleições.

O assunto é muito importante e merece que vocês, por favor, assistam todos os vídeos. Depois, formem suas próprias opiniões a respeito.

Um patriótico e fraterno abraço.
José Gobbo Ferreira, PhD

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: coisas bizarras na Republica Degenerativa da Companheirada

Não estou acusando a Justiça Eleitoral, não estou contestando o processo de votação, mas desde o domingo 5, logo pela tarde, comecei a ler relatos sobre problemas que ocorreram com vários eleitores, de dois tipos:
1) Eleitores foram votar e descobriram que alguém já tinha votado por eles antes; pode ter sido engano do presidente da mesa e dos mesários que examinaram os documentos e podem ter digitado errado, e o "eleitor" substituto não reparou, ou preferiu não fazer nada; mas também pode ter sido fraude deliberada: afinal de contas, poucos dias antes das eleições, a polícia prendeu um sujeito em GO que tinha mais de 30 títulos falsos consigo. O mesmo pode ter ocorrido em outras circunstâncias e com outros "eleitores" fantasmas.
2) Eleitores foram votar e depararam com uma urna eletrônica rebelde: ditavam um número, aparecia outro, ou simplesmente não confirmava, mas dava por encerrado o processo. Curioso que eu não vi nenhuma reclamação de algum petista reclamando que fez o 13 e deu o 45, ou 40, mas ouvi, ou li, vários casos de gente que colocou 45 e deu 13. Deve ser uma mania dessas urnas.
Abaixo um dos relatos colhidos ao acaso, mas eu li algumas dezenas de outros nos últimos 3 dias.
Suprimi os nomes aqui, mas tenho os registros dos demais casos...
O caso vai passar sem investigação?
Paulo Roberto de Almeida

[A C L] Estou chegando do Cartório eleitoral, no Jardim Botânico. Estou INDIGNADA, IRRITADA, COM GANA DE ESTAPEAR ALGUÉM POR TANTA INDIGNAÇÃO. VOTEI NO AÉCIO E NÃO APARECEU A FOTO E NEM O NÚMERO DELE. APARECEU IMEDIATAMENTE A FAIXA DE PREENCHIMENTO TIPO DOWNLOAD E DEU COMO ENCERRADA A MINHA VOTAÇÃO. Reclamei e me mandaram para o cartório eleitoral registrar a ocorrência.

  • Essas urnas estão roubando voto, porque soube que um rapaz votou na Marina e aconteceu a mesma coisa, em outra zona eleitoral da zona sul.
     [M F O] No caso, o PSDB divulgou esse comentario (e aconselho você a fazer isso pelo bem do Brasil):

    Caso alguma situação diferente tenha ocorrido com você, por favor, avise o mesário e mande uma mensagem para aeciocampanha2014@gmail.com ou para o Whatsapp (11) 95210-4827, com seu nome e telefone, para fazermos contato.
  • segunda-feira, 27 de maio de 2013

    Demagogia e incompetencia do governo criam a falsa crise do Bolsa Familia

    Poucos jornalistas e pouquíssimos acadêmicos -- já nem me refiro aos políticos, pois eles costumam ser demagogos consumados, sejam da situação ou da oposição -- têm a coragem de falar mal do Bolsa Família.
    Não é o meu caso.
    Desde o início do programa, quando ele ainda envolvia "poucos" cinco ou seis milhões de famílias (herdadas, como se sabe, da "herança maldita" do neoliberalismo tucanês), eu já me posicionei contra, e foquei explicitamente no que me parecia ser o seu alvo principal: não reduzir ou eliminar a miséria, longe disso, mas ser um poderoso curral eleitoral a serviço dos companheiros.
    Digo e repito: o objetivo oficial é o menos importante nessa história toda, pois ele sempre foi concebido para ser exatamente o que é: uma máquina corruptora das vontades individuais, fazendo com que brasileiros de modesta extração social se convertam em servos do Estado, em assistidos permanentes, e tudo isso com objetivos eleitoreiros, e corruptores, muito bem montados.
    A oposição sempre foi medíocre, cega e impotente, aliás incapaz, incompetente, e covarde, por não denunciar um programa eleitoreiro que ela talvez também quisesse ter.
    Essa é mais uma desgraça brasileira, que vai prejudicar profundamente o Brasil e os brasileiros durante muitos anos à frente. Infelizmente.
    Mas não com a minha omissão e a minha conivência.
    Sempre vou denunciar a demagogia, a mentira e a fraude.
    Paulo Roberto de Almeida

    Reinaldo Azevedo, 27/05/2013

    Segundo consta, essa é cara da miséria profunda do Brasil; de famílias que precisam de R$ 32 a R$ 360 para não ficar na inanição…
    É ridículo!
    É patético!
    O governo decidiu empreender uma investigação severa (!!!) para saber quem estava por trás dos tumultos provocados pela boataria envolvendo o pagamento do Bolsa Família. Antes que pudesse encontrar um bode expiatório (ainda está para aparecer um…), a verdade veio à tona: a culpada era a própria Caixa Econômica Federal, que efetua os pagamentos. O banco antecipou a disponibilidade de rendimentos sem prévio aviso, alguém descobriu, a coisa começou a correr de boca em boca, de celular em celular e nas redes sociais — afinal, os pobres e a “pobras” do Brasil já são digitalmente incluídos, certo? —, e aí foi aquilo que se viu.
    Tão forte quanto o boato de que o programa poderia acabar era o de que havia um pagamento extra. Ora, como a CEF fizera, de fato, a antecipação, quem foi verificar seu saldo no caixa eletrônico viu que havia mesmo um dinheiro inesperado lá. O pobrezinho, coitado!, sacou do bolso o celular e ligou para o outro pobrezinho. “Ó, tem dinheiro mesmo…” E aí foi aquela correria de gente gorda e feliz — que bom! — buscar a graninha sem a qual, entendo, não é possível sobreviver, né? Foi um espetáculo melancólico, sob vários aspectos.
    Em primeiro lugar, destaque-se a irresponsabilidade da Caixa e de figurões do governo. É evidente que a antecipação de um benefício que chega a milhões de pessoas deveria ter sido previamente comunicada aos interessados. Bastava emitir uma nota oficial, e ela chegaria às TV e as rádios. E fim de conversa. O banco deu de ombros, e aconteceu o quiproquó. Maria do Rosário, José Eduardo Cardozo e Dilma Rousseff aproveitaram o episódio para imaginar conspirações. A ministra dos Direitos Humanos, que tem o hábito de pôr as palavras adiante do pensamento, acusou a oposição — como se houvesse alguma maneira de os adversários de Dilma se beneficiarem de um boato que seria de pronto desmentido. Cardozo e Dilma preferiram ver coisas estranhas, sem acusar ninguém. Como a ministra já havia feito o servicinho sujo, as palavras ambíguas do ministro da Justiça e da presidente só deram curso à suspeição infundada e estúpida.
    Os bolsistas
    Em segundo lugar, mas ainda mais importante porque a questão remete ao futuro, exclamo: “Que bom que não sou tucano!”. Não sendo, dispenso-me de entrar no campeonato de generosidades e posso, então, relatar o que vejo e me conceder o direito ao estranhamento. Vocês deram uma olhadinha nas fotos dos nossos “miseráveis”, que supostamente dependem do Bolsa Família para sobreviver? Uma foto, sei bem, não é estatística, estudo técnico, prancheta contábil, nada disso. E também não chamo, obviamente, a minha percepção de ciência. Estou apenas exercitando o primeiro passo de uma eventual descoberta, que é estranhar o que vejo, fazendo algumas indagações.
    Então é essa a cara dos muito pobres? Cada família pode receber do governo, a depender do seu perfil, um mínimo de R$ 32 e um máximo de R$ 306. O Bolsa Família, que reuniu várias bolsas já existentes no governo FHC, foi criado, originalmente, para atender à pobreza extrema.
    Quando Lula assumiu o poder, os programas chegavam a 5 milhões de famílias. Hoje, são mais de 13 milhões, atingindo um universo de mais ou menos 40 milhões de… eleitores! Voltem à foto (e procurem outras na rede). Obviamente, esses que correram para a Caixa porque se espalhou a informação de que havia lá um dinheiro inesperado — e não por causa do boato do suposto fim do programa — não constituem a cara da miséria brasileira coisa nenhuma.
    É claro que existe pobreza extrema no país e que programas de renda são necessários. Mas será mesmo que deveria atender a tanta gente? A renda oficial, aquela que pode ser controlada pelo Fisco, não costuma ser a renda real das pessoas e das famílias, que encontram caminhos informais para ganhar dinheiro e sobreviver. O que o Bolsa Família faz, isto sim, e vai durar muito tempo, é cevar milhões com o assistencialismo — com evidente desdobramento eleitoral.
    Virtuoso ou vicioso?
    Aquele espetáculo patético certamente enche os olhos dos populistas: “Ah, finalmente, temos um país mobilizado em defesa de uma causa!”. É nada! Temos uma fatia do país organizada para pegar uns trocos oferecidos pelo Estado. Não! Eu não os chamo de aproveitadores ou coisa do gênero. Nada disso! Se o dinheiro está ali, disponível, dentro da mais estrita legalidade, por que não pegar? A questão é saber que país se está construindo assim e para onde isso nos leva. Não me parece que seja para um bom caminho.
    Mas como falar contra? Como apontar que há algo de estupidamente errado nisso? Precisaríamos ter partidos que falassem em nome de outros valores, que dialogassem também com quem efetivamente paga a conta. Mas não há! Ao contrário. A oposição acaba empurrada para a defensiva.
    Também não estou dizendo que o Bolsa Família deixa o povo vagabundo. Quem afirmava isso era Lula, em 2003. Dizia que as bolsas deixavam os pobres preguiçosos, e eles paravam de plantar macaxeira!!!
    “Olhem o Reinaldo… Critica o Bolsa Família, mas não o Bolsa BNDES!!!” Quem disse que não? E duramente! De novo, os arquivos estão aí. Temos um governo que vai navegando numa fórmula que parece mágica que ensina os pobres do Bolsa Família a ser pobres e os ricos do Bolsa BNDES e a ser ricos — e os dois extremos são, obviamente, muito gratos.
    Caminhando para o encerramento
    A trapalhada feita pela Caixa, cuja direção mentiu ao informar que não havia operado mudança nenhuma nos pagamentos, serviu para trazer à tona um coquetel de mistificações. E demonstrou também a que ponto pode chegar a fala irresponsável de algumas “otoridades”.

    ========
    Addendum informativo (e ilustrativo, e demonstrativo, e dignificante)...


    “Meu dinheiro nunca aumentou. Só ganho 134 reais e não está dando nem para comprar uma calça para a minha filha que tem dezesseis anos. Porque uma calça para uma jovem de dezesseis anos é mais de 300 reais”.
    Francisca Flores, residente em São Luís do Maranhão, beneficiária do Bolsa Família há oito anos, em entrevista ao Jornal da Cidade, revelando o que faz com o dinheiro do maior programa de compra de votos do mundo.

    By Augusto Nunes