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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 3 de agosto de 2024

Direito ao Ponto: eleições na Venezuela - Max Telesca entrevista Rubens Barbosa

Programa Direito ao Ponto com Max Telesca - 03/08/2024

Entrevista: Embaixador Rubens Barbosa

Tema: Venezuela. 

Vamos falar do tema mais comentado: eleições na Venezuela e a posição do Brasil, com a opinião do Embaixador Rubens Barbosa, especialista em relações internacionais, convidado especial que trará sua visão para todo este cenário.

Youtube: Max Telesca

Rádio: 100,5 FM Sucesso News

#eleiçoes #venezuela #notícias #Advocacia #Justiça #Direitointernacional

https://www.youtube.com/watch?v=c0B3D0Vpkqo 

domingo, 28 de julho de 2024

Eleições na Venezuela: postagens de Paulo Roberto de Almeida

Eleições na Venezuela: postagens de Paulo Roberto de Almeida

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Notas sobre o processo eleitoral venezuelano, em 27 e 28 de julho de 2024.

 

Nos últimos dois dias, até o encerramento da votação na Venezuela, ainda aguardando o anúncio dos resultados das eleições, postei muitas notas sobre esse processo tumultuado. Algumas destas postagens estão aqui, em ordem inversa, ou seja, as mais recentes na frente:

Encerro esta primeira série unificada de notas às 22:39 deste domingo, 21:39 horas de Caracas, mais de TRÊS HORAS E MEIA DEPOIS DA CONCLUSÃO DO PLEITO, sem qualquer resultado, sequer parcial, anunciado pelo CNE do regime, o TSE chavista. Seguirei aguardando, como o mundo inteiro.

A Venezuela está fechada ao mundo: o regime ainda não terminou de FABRICAR OS SEUS RESULTADOS, e se recusa a observar as suas próprias leis. O Brasil de Lula mantém um SILÊNCIO ENSURDECEDOR! Esse silêncio vai terminar por ser ouvido inclusive em Caracas.

O Brasil, o maior país da América Latina, sumiu completamente do mapa. Ninguém sabe onde está: desapareceu por completo da superfície do hemisfério americano. Caso extraordinário na história política da região. 

Se o regime chavista comandar um autogolpe, Lula e Amorim não serão apenas derrotados. Eles serão HUMILHADOS.

Uma postagem sobre uma entidade de pesquisa independente do regime: “Edison Research, which interviewed more than 6,800 voters at 100 locations, said González outpolled Maduro among men and women, rural, suburban and urban voters, and every age group.”

O regime ainda está fabricando os “bons resultados”.

O Brasil já não conta quase nada na América Latina: diversos países da região proclamaram seu desejo de ter uma apuração transparente e fiável na Venezuela. O Brasil NÃO ESTÁ entre eles. Permanece em silêncio.

Um outro ator importante com o qual não contava Celso Amorim: os “coletivos”, as milicias do regime chavista usados para intimidar, eventualmente matar, opositores. Eles estão sendo chamados para se manifestar ativamente a fim de “corrigir” os resultados, que estão errados.

O grande ator do processo eleitoral venezuelano é o CNE, o TSE do regime chavista. Ele agora está reunido com os hierarcas do regime sobre as formas de inverter a fragorosa derrota da ditadura chavista. Precisam definir quais grandes mentiras anunciar. Haverá violência e mortes!

Indiquei quatro grandes derrotados nas eleições venezuelanas: Lula, o PT, Maduro e o processo de transição (ainda indefinido). Não coloquei o MST ou o Celso Amorim pois eles são irrelevantes. Os observadores eleitorais também são totalmente irrelevantes, pois não sabem de nada.

Quatro grandes derrotados nas eleições venezuelanas, por ordem de importância: Lula, o PT, Maduro e, por último, mas não menos relevante, o processo de transição. Maduro deveria tentar um golpe: a transição, nesse caso, seria bem mais rápida. Inch’Allah!

A ditadura venezuelana está fazendo de tudo para dificultar o voto da oposição, mas provavelmente não será suficiente para impedir a onda antichavista. A fraude vai agora se deslocar para a apuração, a ser delongada o máximo.

Dia de eleições na Venezuela. Pode ocorrer qualquer coisa, vindo da parte do poder. De toda forma, a posse é só em 6 meses. Até lá pode ocorrer de tudo, inclusive o governo terminando de destruir o país. Os chavistas terão 6 meses para roubar tudo o que puderem. Triste Venezuela!

A oposição ao chavismo deve ganhar, mas não sabemos ainda se vai levar. Voto na Venezuela é algo muito distante da apuração.

Lula e TSE lavam as mãos nas eleições da Venezuela neste domingo. Ou seja, ambos não pretendem visualizar fraudes e manipulações do regime. Essa é uma forma útil de defender a democracia no país vizinho? Ou é uma inação covarde? Quem ganha com a ausência? Oposição registra esse fato lamentável!

A despeito da projeção de uma grande maioria de votos da oposição venezuelana contra a ditadura chavista, persistem dúvidas sobre essa supremacia na apuração, dadas as manobras fraudulentas que já estão sendo tomadas pelos fraudadores oficiais. O mundo aguarda ansioso o resultado.

Maduro e sua tropa de meliantes já fizeram de tudo para perturbar a marcha “normal” das eleições, que vêm sendo fraudadas desde o início do processo eleitoral. A intenção agora, a um dia do pleito, é a de inviabilizar um resultado que aponta para uma derrota inevitável.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4713, 28 julho 2024, 2 p.

Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2024/07/eleicoes-na-venezuela-postagens-de.html).

terça-feira, 26 de março de 2024

Eleições na Venezuela: governo brasileiro se manifesta pela primeira vez (timidamente)

 NOTA À IMPRENSA Nº 134

Processo eleitoral na Venezuela  

Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país.

Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.

Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitaria.

O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.

O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.