O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 19 de junho de 2007

741) "Se", um poema conhecido...

Se
Rudyard Kiplin
Tradução de Guilherme de Almeida

Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais - tu serás um homem, ó meu filho!

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu tive contato com esse poema aos 15 anos e não me canso de lê-lo.
Aliás, a tradução de Guilherme de Almeida é lindíssima e irei lê-la num almoço de confraternização de fim de ano em minha casa.
Pode soar cafona, mas depois de alguns martinis...
Obrigado por disponibilizar essa poesia no seu blog.
Marcelo.

Anônimo disse...

MARIA CELESTINA GOMES - LÍ ESTE POEMA NA ADOLESCÊNCIA(HOJE ESTOU NA TERCEIRA IDADE).SEMPRE QUE OPORTUNO GOSTO DE CITÁ-LO,PELA FORÇA,CORAGEM,AUDÁCIA QUE NELE SE IMPRIME O CARÁTER DE CADA UM.JÁ RECITEI MUITAS VEZES EM OCASIÕES DE ANIVERSÁRIO DE AMIGOS. CAFONICE? QUE SEJA:CONTINUAREI GOSTANDO ASSIM MESMO.

Regina disse...

Guilherme, pesquisando pelo poema Ser, a tradução, deparei com seu lindo Blog....valeu.
Continue com todo este sucesso....
e muita paz de Deus para você e familiares neste Novo Ano.