Perguntar não ofende: o governo não está incentivando o consumo de drogas?
Folha de S.Paulo,
segunda-feira, 27/02/2012
Em 2011, a Previdência liberou 124.947 auxílios-doença a dependentes químicos.
Dados do Ministério da Previdência mostram que o afastamento do trabalho pelo uso de drogas ilícitas, incluindo crack, cocaína, anfetaminas e maconha, é oito vezes maior do que pelo consumo de álcool e cigarro.
R$ 861 de auxílio-doença
Estima-se que o governo tenha gasto, no mínimo, R$ 107,5 milhões no ano passado com essa despesa. Os dependentes químicos recebem, em média, R$ 861 de auxílio-doença.
Desde 2009 a Previdência liberou mais de 350 mil auxílios-doença a usuários de drogas.
2 comentários:
Olá Paulo!
Talvez o auxílio-doença, apesar de aparentemente incentivar o consumo, seja concedido apenas a pessoas já dependentes, que com ou sem pensão continuariam utilizando drogas.
Além disso, seria difícil para a Previdência negar pensão a cidadãos formalmente considerados doentes.
Possivelmente, se "subsidiados", os usuários necessitam recorrer menos à violência para comprar drogas. Uma queda no número de furtos e roubos para sustentar o vício poderia até repercutir positivamente no orçamento da Segurança Pública.
É verdade que, se forem muitos os beneficiários, os traficantes podem ser presenteados com uma alta na demanda e nos preços do entorpecente, às custas do governo, aumentando a violência em vez de reduzi-la. Para não falar do incentivo ao consumo e do impacto direto nas contas da Previdência.
Bom, sei que não te conto nada que você já não tenha pensado, então você deve considerar bem mais prováveis os impactos negativos. Acho que, na prática, todos esses fatores aconteceriam ao mesmo tempo, somados a outras consequências inesperadas...
Abraço!
Sim, Gustavo, essas são as razões alegadas para dar assistência a dependentes químicos. Outras razões existem para dar remédios gratuitos a aidéticos.
E sempre podem ser encontradas milhares de razões para dar ajuda a qualquer pessoa.
Acho que o excesso de "bem estar social" e de generosidade estatal levou a Europa a esse buraco que estamos assistindo.
O Brasil, como cego, reproduz o mesmo caminho.
Vamos para o brejo, meu caro, escreva isso e me cobre em 10 anos...
Paulo Roberto de Almeida
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