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quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Amazonia: a eterna esquecida - Belisario Arce
Compartilho transcrição de meu comentário no Observatório Pan-amazônico desta quinta-feira, transmitido pela CBN Amazônia, FM 101.5. Tema: eleições e oportunidades para a retomada do desenvolvimento econômico na Amazônia.
A Amazônia está engessada. O cenário econômico regional é o pior em muitas décadas. Há um acúmulo de leis que não foram feitas por nós, amazônidas, um excesso de regulamentação que trava o desenvolvimento econômico das sociedades amazônicas.
Entre muitos fatores desfavoráveis, há de salientar-se a agenda ambientalista e a ideologia de esquerda. Ambas têm contribuído muito para esse cenário de apatia socioeconômica.
Exemplo disso são as vastas porções de terras na Amazônia que foram transformadas em áreas de proteção ambiental ou reservas indígenas gigantescas. Uma dela, a propósito, inviabilizou a economia do Estado de Roraima, que hoje passa por situação dificílima.
Outra mazela foi o avanço do assistencialismo das bolsas sociais, como é o caso da bolsa família e da bolsa floresta, tornando reféns da politicagem as populações carentes que as recebem, e as mantendo para sempre na dependência e na pobreza.
A sociedade aparenta estar cansada desses exageros dos ambientalistas e da ideologia de esquerda. As pessoas vão se dando conta de que são discursos oportunistas e mentirosos.
Estas eleições refletem esse cansaço dos eleitores, os quais tendem a votar em candidatos que se opõem a tudo isso e que defendem uma agenda liberal e o desenvolvimento das potencialidades da Amazônia.
Aí, reside uma grande oportunidade.
Uma agenda liberal, essa é a grande oportunidade. A Amazônia precisa de liberdade para desenvolver todas suas potencialidades econômicas e explorar suas vastas riquezas naturais.
É imperioso nos livrarmos dos excessos de regulamentações que engessam a economia. Como está, nenhum empresário investe porque sabe que vai ter de enfrentar um inferno burocrático.
É importante ter clareza de que o desenvolvimento econômico amplo, irrestrito e integral da Amazônia é plenamente compatível com a conservação ambiental. Quem afirma o contrário mente.
O que é incompatível com a proteção de nossas florestas é a pobreza e a miséria que afligem tantos amazônidas.
Nestas eleições, temos uma grande oportunidade de mudar tudo isso. Há candidatos, especialmente, um deles à Presidência da República, inclusive, com boas chances de ser eleito, que defendem de modo muito claro uma agenda liberal e a necessidade de priorizar o desenvolvimento econômico da Amazônia.
Esse posicionamento inequívoco em defesa da prosperidade regional da Amazônia não se via no discurso de presidenciáveis há muito tempo.
É uma oportunidade excepcional para as sociedades da Amazônia. Temos de agarrar essa chance com unhas e dentes, e votar certo, escolhendo o candidato que seja favorável à prosperidade de nossa gente.
Cabe uma última ponderação: se as eleições resultarem mal, e um governo, mesmo que minimamente, de esquerda assumir o poder, o Brasil não aguentará. O que se seguirá será traumático.
Belisário Arce, para o Observatório Pan-amazônico, na CBN Amazônia, FM 101.5
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
O dia da independencia, vista da Amazonia - Belisario Arce
Um texto a ser lido e refletido.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 7 de setembro de 2018
Veja-se o caso da mineração. Enquanto países como Canadá , Rússia, Austrália, China, dominam o mercado mundial, o Brasil, que detém soberania sobre a maior parte do riquíssimo subsolo da Amazônia continental, vai ficando para trás. No Amazonas, o projeto do potássio que prevê a exploração de jazidas de silvinita no município de Autazes há anos não sai do papel por embargos judiciais motivados por ação de ambientalistas.