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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Bill Gates: Bioterrorism could kill more than nuclear war

Bill Gates: Bioterrorism could kill more 

than nuclear war — but no one is ready 

to deal with it


 
A genetically engineered virus is easier to make and could kill more people than nuclear weapons — and yet no country on Earth is ready for the threat, Bill Gates warned world leaders Saturday.
No one on his panel at the Munich Security Conference argued with him.
“The next epidemic has a good chance of originating on a computer screen,” said Gates, who made a fortune at Microsoft, then spent much of it fighting disease through his global foundation.
Whether “by the work of nature or the hands of a terrorist,” Gates said, an outbreak could kill tens of millions in the near future unless governments begin “to prepare for these epidemics the same way we prepare for war.”
His co-panelists shared some of the same fears.
“Disease and violence are killing fewer people than ever before, but it's spreading more quickly,” said Erna Solberg, the prime minister of Norway. “We have forgotten how catastrophic those epidemics have been.”
She recalled the Black Death, which she said killed more than half her country's population and created a 200-year recession in Europe.
“It's not if, but when these events are going to occur again,” said Peter Salama, executive director of the World Health Organization. “We need to ramp up our preparedness.”
Gates, who founded the Bill & Melinda Gates Foundation with his wife in 2000, has been worrying about the world's ability to stop a deadly pandemic since Ebola killed thousands two years ago, while governments and militaries struggled to stop it from spreading through West Africa.
“NATO countries participate in joint exercises in which they work out logistics such as how fuel and food will be provided, what language they will speak, and what radio frequencies will be used,” Gates wrote in 2015 in the New England Journal of Medicine. “Few, if any, such measures are in place for response to an epidemic.”
He took the same message to Reddit a year later, when a commenter asked which technologies the world was better off without.
'"I am concerned about biological tools that could be used by a bioterrorist,” Gates wrote. “However the same tools can be used for good things as well.”
Before his panel on Saturday, Gates told the Telegraph: “It would be relatively easy to engineer a new flu strain” by combining a version that spreads quickly with one that kills quickly. Unlike a nuclear war, such a disease would not stop killing once released.
At Munich, Gates ran down all the ways that the world's great powers were unprepared: governments out of touch with the companies that make vaccines, international health departments out of touch with each other, and militaries that may not have considered responding to a biological threat.
“Who's this alternate group that's going to deal with the panic?” Gates said. “Who's got the planes and the budget? Maybe the fire department?”
While some others on the panel — “Small Bugs. Big Bombs” — focused on the threat of natural diseases, Gates called for “germ games” simulations, better monitoring to spot outbreaks early, and systems to develop vaccines within weeks — rather than the 10-year lead time he said was more common.
“We need a new arsenal of weapons, antiviral drugs, antibodies, vaccines and new diagnostics,” he said.
The Centers for Disease Control and Prevention's website lists seven agents — including anthrax, plague and bleeding fevers such as Ebola — as potential ingredients in a bioterrorist's cookbook.
The center's sections on surveillance and “planning for all bioterrorism” cite research papers that are mostly more than a decade old.
In his New England Journal of Medicine article, Gates said the United States's last epidemic simulation took place in 2001. At the end of President George W. Bush's administration, a bipartisan report accused the U.S. government of doing too little to address the threat of bioterrorism. Two years into Barack Obama's presidency, a congressional panel gave the government an 'F' in preparedness.
On Saturday, the Munich panelists named only a handful of countries working fast enough to identify and address the threat.
“Rwanda is a leader,” Gates said. “If an epidemic started there, we'd see it quickly.”
More reading:

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Bill Gates contra Petrobras: mais um crime economico do PT, contra o Brasil e os brasileiros tambem...

No caso, além de um crime econômico, se tratou de um crime comum também, pois os companheiros no poder fraudaram deliberadamente contratos e compras da Petrobras, enganando investidores nacionais e estrangeiros. Bilhões foram desviados, repito: BILHÕES!!!
Gostaria de chamar a atenção dos leitores para os seguintes aspectos deste caso escandaloso.
A companhia deverá pagar um preço altíssimo, por todas as perdas incorridas, pelas multas milionárias que será obrigada a pagar aos investidores americanos a serem certamente decretadas pela Justiça americana (que não falha, e não tarda tanto quanto a brasileira), eventualmente também em processos similares em outros países (na Europa, por exemplo).
E os investidores brasileiros, os próprios funcionários da Petrobras, que tinham e tem ações da companhia (que agora viraram pó), vão ficar quietos, absorver o prejuízo, não vão fazer nada, nem a Justiça brasileira vai tomar providências em face das perdas incorridas, por fraude e roubo deliberado?
Em minha opinião, todos os gestores deveriam ser responsabilizados criminalmente e serem obrigados a ressarcir a companhia de todas as perdas incorridas por cada centavo desviado.
Vai ocorrer? Vamos ver...
Paulo Roberto de Almeida

Fundação de Bill Gates entra com processo contra a Petrobrás nos Estados Unidos

A maior instituição filantrópica do mundo entrou com processo contra a estatal brasileira em Nova York para recuperar perdas com investimentos feitos entre 2009 e 2015

Fundação filantrópica de Melinda Gates e Bill Gates processa a Petrobrás
Fundação filantrópica de Melinda Gates e Bill Gates processa a Petrobrás
NOVA YORK - A Fundação Bill & Melinda Gates, a maior instituição filantrópica do mundo, entrou com processo contra a Petrobrás em Nova York para recuperar perdas com investimentos feitos desde 2009 em papéis da empresa brasileira. "A profundidade e a amplitude da fraude na Petrobrás é espantosa", afirma a ação entregue na Corte de Manhattan.
O processo da Fundação de Bill & Melinda Gates tem como objetivo recuperar prejuízos em investimentos feitos na Petrobrás entre 2009 e setembro de 2015. "Pela admissão da própria Petrobrás, o esquema de propina afetou mais de US$ 80 bilhões de seus contratos, cerca de um terço de seus ativos totais", afirma o processo. A Fundação Bill & Melinda Gates foi criada pelo fundador e ex-presidente da Microsoft, Bill Gates, e sua esposa, Melinda Gates, em 2000 e não tem fins lucrativos. Com sede na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, e tem US$ 44 bilhões em ativos. O fundo WGI Emerging Markets Fund, com sede em Boston, também entrou na mesma ação.
Como réus no processo, além da Petrobrás, é citada a PricewaterhouseCoopers, empresa que auditou os balanços da petroleira. "Este caso surge de um esquema de suborno e lavagem de dinheiro realizado pela Petrobrás e deliberadamente ignorado pela PwC", afirma o processo, de 103 páginas. "Este é um caso de corrupção institucional, formação de quadrilha e uma fraude maciça aos investidores", destaca a ação, aberta ontem (24), mas divulgada pela Corte nesta sexta-feira.
"A Petrobrás não apenas escondeu a fraude do público investidor, a empresa repetidamente burlou seus controles internos, suas informações financeiras e a governança corporativa em suas declarações públicas", ressalta o texto, mencionando que a verdade sobre a companhia "começou a vir a tona" em setembro do ano passado, quando ex-executivos da empresa, como Paulo Roberto Costa, começaram a delatar o esquema de corrupção.
Por meio de divulgação de informações "falsas e enganosas" e "omissões", a Petrobrás conseguiu captar quantidade expressiva de recursos nos últimos anos, incluindo US$ 70 bilhões em uma oferta de ações em 2010, de acordo com o processo. Nos últimos anos, o documento conta que os gestores de recursos da Fundação Bill e Melinda Gates e do WGI Emerging Markets participaram de diversas reuniões com executivos da Petrobrás, foram a apresentações para investidores no Brasil e nos EUA e acompanharam a empresa "de perto". Os gestores fizeram "repetidos questionamentos" sobre o ambicioso projeto de investimento da Petrobrás, mas sempre foram convencidos pelo argumento de que a infraestrutura deficiente do Brasil demandava investimentos do tipo.
O processo da Fundação de Bill Gates é a 16ª ação individual aberta contra a Petrobrás nos EUA este ano, com investidores reclamando prejuízos por conta das investigações da Operação Lava Jato. Além dessas, foram abertas mais cinco ações coletivas, que foram unificadas em um único processo pelo juiz federal da Corte de Nova York, Jed Rakoff. Fundos dos Estados Unidos, Irlanda, França, Holanda, Hong Kong, Reino Unido, entre outros países, fazem parte das diversas ações.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Bill e Melinda Gates e os tres mitos sobre a pobreza - The Wall Street Journal

Vale um comentário, mas virá em seu tempo.
Paulo Roberto de Almeida 

Os mitos da pobreza, segundo Bill e Melinda Gates

The Wall Street Journal, 20/01/2014

Com base em quase qualquer indicador, o mundo está melhor agora do que jamais esteve antes. Os níveis de pobreza extrema foram reduzidos pela metade nos últimos 25 anos, a mortalidade infantil está em queda e muitos países que por um longo tempo dependeram da ajuda externa são hoje autossuficientes.
Então, por que tantas pessoas parecem pensar que a situação global está piorando? Grande parte da razão é que muitos se agarram a três mitos altamente prejudiciais sobre a pobreza e o desenvolvimento global. Não se deixe levar por eles.
PRIMEIRO MITO: Os países pobres estão condenados a permanecerem pobres.
Eles realmente não estão. A renda familiar e outros indicadores de bem-estar humano estão subindo em quase todos os lugares, inclusive na África.
Considere, por exemplo, a Cidade do México. Em 1987, quando a visitamos pela primeira vez, a maioria das casas não tinha água potável e vi muitas vezes pessoas caminhando longas distâncias para encher jarros de água, algo parecido à zona rural da África. O executivo que dirigia o escritório da Microsoft MSFT -1.38% na Cidade do México mandava os filhos para fazer exames nos Estados Unidos, para verificar se a poluição não estava afetando a saúde deles.
Crianças brincam numa escola primária em Dacar, no Senegal. A mortalidade infantil está em queda e muitos países que por um longo tempo dependeram da ajuda externa são agora autossuficientes, escrevem Bill e Melinda Gates.
Hoje, a Cidade do México está impressionantemente diferente, exibindo imponentes arranha-céus, um ar mais limpo, novas estradas e pontes modernas. Você ainda encontra bolsões de pobreza, mas quando visitamos a cidade agora, pensamos: "Uau, a maioria das pessoas aqui é de classe média. Que milagre." Vemos uma transformação semelhante em Nairóbi, Nova Delhi, Xangai e muitas outras cidades ao redor do mundo.
Em nossas vidas, a imagem global de pobreza foi completamente redesenhada. A renda per capta na Turquia e no Chile é similar a dos EUA em 1960. A Malásia está quase lá e o Gabão também. Desde 1960, a renda real per capta da China se multiplicou por oito; a da Índia quadruplicou; a do Brasil quase quintuplicou. E o minúsculo Botsuana, com uma gestão perspicaz de seus recursos minerais, viu a renda per capta real se multiplicar por 30. Uma nova classe de países de renda média que mal existia 50 anos atrás agora inclui mais da metade da população do mundo.
E isso é verdade mesmo na África. A renda anual per capta na África subiu 33% desde 1998, de pouco mais de US$ 1.300 para quase US$ 2.200 hoje. Sete das dez economias que mais cresceram nos últimos cinco anos estão na África.
Nossa previsão é a seguinte: Até 2035, não haverá quase nenhum país pobre no mundo. Sim, alguns países mal afortunados ficarão para trás por causa de guerras, realidades políticas (como a Coreia do Norte) ou geografia (como os países sem litoral da África Central). Mas todos os países da América do Sul, Ásia e América Central (exceto, talvez, o Haiti) e a maioria dos da região costeira da África se tornarão nações de renda média. Mais de 70% dos países terão uma renda per capta maior do que a da China hoje.
SEGUNDO MITO: A ajuda externa é um grande desperdício.
Na verdade, é um investimento fenomenal. A ajuda externa não só salva vidas, mas também estabelece as bases para o progresso econômico duradouro no longo prazo.
Muitas pessoas pensam que a ajuda externa representa uma fatia grande dos orçamentos dos países ricos. Quando os pesquisadores perguntam a americanos quanto do orçamento federal vai para a ajuda externa, a resposta mais comum é "25%". Na verdade, é menos que 1%. (Mesmo a Noruega, o país mais generoso do mundo, doa menos de 3%.) O governo dos EUA gasta mais que o dobro em subsídios aos agricultores do país do que em ajuda internacional para projetos de saúde. E investe acima de 60 vezes mais em gastos militares.
Uma queixa comum sobre a ajuda externa é que boa parte dela é desperdiçada com corrupção — e, obviamente, parte dela é. Mas as histórias de horror que ouvimos — de que a ajuda internacional só é usada para construir novos palácios para ditadores — vêm de uma época em que a ajuda era projetada para ganhar aliados para a Guerra Fria, em vez de melhorar a vida das pessoas.
O problema, hoje, é muito menor. Corrupção em pequena escala, como aquele funcionário do governo que apresenta despesas falsas de viagem, é uma ineficiência que equivale a um imposto sobre a ajuda. Devemos tentar reduzi-la, mas eliminá-la é tão difícil quanto eliminar os desperdícios de qualquer programa estatal — ou mesmo de qualquer empresa. Suponha que a corrupção em pequena escala corresponda a um imposto de 2% sobre o custo de salvar uma vida. Devemos tentar reduzir isso. Mas, se não pudermos, deveríamos parar de tentar salvar essas vidas?
Ouvimos muita gente pedindo o encerramento dos programas de ajuda quando um dólar é perdido para a corrupção. Mas quatro dos últimos sete governadores de Illinois foram parar na cadeia por corrupção e ninguém está exigindo que as escolas desse Estado americano sejam fechadas ou que se paralise a construção de suas rodovias.
Também ouvimos críticos reclamar que a ajuda internacional torna os países dependentes da generosidade estrangeira. Mas esse argumento se baseia apenas nos casos de países mais complicados, que ainda lutam para serem autossuficientes. Aqui está uma lista compilada rapidamente de ex- grandes beneficiários da ajuda internacional que vêm crescendo tanto que hoje quase não recebem mais ajuda: Brasil, México, Chile, Costa Rica, Peru, Tailândia, Ilhas Maurícias, Botsuana, Marrocos, Singapura e Malásia.
Ajuda também impulsiona melhorias na saúde, agricultura e infraestrutura que se correlacionam fortemente com o crescimento de longo prazo. Um bebê nascido em 1960 tinha uma chance de 18% de morrer antes de seu quinto aniversário. Para uma criança nascida hoje, esse risco é menor que 5%. Em 2035, será de 1,6 %. Não conseguimos pensar em nenhuma outra melhoria comparável no bem-estar humano ocorrida nos últimos 75 anos. Um desperdício? Não acreditamos que seja.
TERCEIRO MITO: Salvar vidas leva à superpopulação.
Desde pelo menos Thomas Malthus, em 1798, que as pessoas se preocupam com cenários apocalípticos em que a oferta de alimentos não consegue acompanhar o crescimento da população. Esse tipo de pensamento já causou um monte de problemas no mundo. A ansiedade sobre o tamanho da população mundial tem uma tendência perigosa de substituir a preocupação pelos seres humanos que compõem essa população.
Deixar crianças morrerem agora para que elas não padeçam mais tarde não é apenas cruel. É também uma estratégia que não funciona.
Pode ser surpreendente, mas os países que têm mais mortes também estão entre as populações que mais crescem no mundo. Isso ocorre porque as mulheres desses países tendem a ter o maior número de filhos.
Quando mais crianças sobrevivem, os pais decidem ter famílias menores. Considere a Tailândia. Por volta de 1960, a mortalidade infantil começou a cair. Logo, por volta de 1970, depois que o governo investiu em um forte programa de planejamento familiar, as taxas de natalidade começaram a cair. No curso de apenas duas décadas, as mulheres tailandesas passaram de uma média de seis filhos para apenas dois. Hoje, a mortalidade infantil na Tailândia é quase tão baixa quanto a dos EUA, e as mulheres tailandesas têm uma média de 1,6 filho. Esse movimento de queda nas taxas de mortalidade seguida por queda nas de natalidade é observado na grande maioria dos países do mundo.
Salvar vidas não leva à superpopulação. É exatamente o oposto. A criação de sociedades onde as pessoas têm acesso à saúde básica, relativa prosperidade, igualdade fundamental e acesso a contraceptivos é o único caminho para um mundo sustentável.
Mais pessoas, especialmente líderes políticos, precisam entender os equívocos por trás desses mitos. O fato é que, se você olhar para a questão como um indivíduo ou um governo, as contribuições para a promoção da saúde e desenvolvimento internacional oferecem um retorno surpreendente. Todos nós temos a oportunidade de criar um mundo onde a pobreza extrema é a exceção e não a regra.
Este texto é uma adaptação da próxima carta anual da Fundação Bill & Melinda Gates, da qual os autores são copresidentes. Gates é também presidente do conselho de administração da Microsoft.