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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Chines do Deutsche Bank tambem preve deterioracao sob os companheiros: vai ser demitido por isso?

O estrategista do banco usa luva de pelicas, mas não esconde dos clientes que a situação tende a se agravar caso Dilma seja reeleita. E agora, Lula, vai pedir cabeças no Deutsche também?

O banco Deutsche Bank está recomendando os seus clientes a reduzirem sua exposição aos títulos da dívida soberana brasileira denominados em dólar citando como uma das principais razões a perspectiva de reeleição de Dilma Rousseff e o “otimismo” demasiado dos mercados em relação a uma melhora nos fundamentos macroeconômicos do Brasil num eventual segundo mandato da presidente.
O banco alemão espera uma eleição apertada e apenas decidida no segundo turno.
Em nota enviada a clientes ontem, o estrategista para mercados emergentes do Deutsche Bank, Hongtao Jiang, rebaixou o peso dos títulos soberanos do Brasil em dólar de “neutro” para “underweight” (abaixo da média dos títulos que compõem a carteira sugerida para mercados emergentes), o que levaria os investidores a reduzir as suas aplicações nos papéis brasileiros em favor de outros países emergentes.
O Deutsche Bank havia elevado o Brasil para o peso “neutro” em janeiro deste ano, depois de ter deixado os títulos brasileiros por mais de um ano na posição “underweight”. Contudo, diante da recente valorização dos ativos brasileiros e da perspectiva dos fundamentos macroeconômicos, o banco voltou atrás e rebaixou novamente o País.
Jiang também recomenda os investidores favorecerem os títulos com vencimentos mais longos na curva de juros em dólar do País.
“Seguimos esperando que a presidente Rousseff seja reeleita, mas apenas após uma corrida presidencial apertada e com um apelo mais populista”, afirma Jiang em nota a clientes. “Além disso, acreditamos que o mercado está precificando muito otimismo sobre uma melhora potencial de políticas num segundo mandato de Dilma.”
Segundo Jiang, o sub-índice Brasil (na carteira de índices de mercados emergentes globais) registrou uma queda de 25 pontos-base desde o final de março. Uma queda refletiria teoricamente uma melhora na percepção do risco-País. Agora, segundo Jiang, o sub-índice Brasil está sendo negociado a 15 pontos-base abaixo da média dos títulos de países emergentes com rating soberano de grau de investimento, enquanto que no final de janeiro os papéis brasileiros eram negociados a 30 pontos-base acima da média dos países emergentes com nota de risco semelhante.
Esse nível atual de preços dos títulos brasileiros, ressaltou Jiang aos clientes do Deutsche Bank, “não compensa o risco de contínua deterioração dos fundamentos caracterizados por estagflação, piora no balanço de pagamentos, deterioração da qualidade fiscal, e um horizonte desafiador de política econômica antes e depois das eleições”.
O estrategista do Deutsche Bank disse acreditar que as eleições de outubro permanecem como um fator de restrição, limitando o escopo de mudanças significativas de políticas econômicas. O cenário base do banco alemão é que a presidente será reeleita após uma corrida apertada e apenas no segundo turno.
“A popularidade dela (Dilma) continuará provavelmente caindo nas pesquisas de opinião, devido ao ciclo desfavorável da economia, mas também em razão de uma crise de energia, uma investigação no Congresso e dificuldades ao sediar a Copa do Mundo”, disse Jiang. Mas essa queda da popularidade não será suficiente para prejudicar as chances de reeleição ou mesmo trazer de volta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Dilma como candidato do PT, escreveu o estrategista aos clientes.
Essa dinâmica, ressaltou ele, representará um cenário desfavorável ao mercado, pois o PT provavelmente conduzirá a campanha eleitoral com forte apelo populista, o que provavelmente não melhorará a percepção sobre um segundo mandato de Dilma Rousseff. Tal apelo populista, disse Jiang, ficou explícito com o anúncio de reajuste de 10% nos valores do Bolsa Família e a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% para 2015, além da continuidade da política de manter o salário mínimo crescendo a um ritmo maior do que a inflação para além de 2015.
Com base nas estimativas de José Carlos Faria, economista-chefe para Brasil do Deutsche Bank, Jiang disse que a perspectiva para os fundamentos econômicos do Brasil é bastante desafiadora. No lado fiscal, ele cita a projeção de um superávit primário consolidado do setor público de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, em comparação com a meta de 1,9% anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“A inflação permanece sob pressão, agravada por condições climáticas”, afirmou Jiang. “O provável racionamento de energia elétrica neste ano e em 2015 causará uma redução adicional da atividade econômica; a balança comercial tem se deteriorado continuamente e a estagflação parece ser o curso do futuro próximo (ao menos nos próximos dois anos)”, escreveu o estrategista do Deutsche Bank. (Blog do Fábio Alves, no Estadão).

sábado, 18 de maio de 2013

Deutsche Bank analisa as perspectivas economicas globais (2013)

Um excelente relatório analítico de conjuntura, e também de exame das crises financeiras em perspectiva global, comparada e histórica, por parte de economistas do Deutsche Bank.
Agradeço ao meu amigo André Eiras ter me chamado a atenção para este relatório.
Paulo Roberto de Almeida


Deutsche Bank Markets Research
Global Economics
Date: 15 May 2013
Global Economic Perspectives: Financial Crises: Past and Present 
Responsáveis:

Peter Hooper, Chief Economist
Michael Spencer, Chief Economist
Torsten Slok, Chief Economist
Thomas Mayer, Advisor


Sumário:

Financial crises seem to be as old as fractional reserve banking. They are different from pure asset price bubbles in that credit plays a major role. The costs of a financial crisis appear in two forms: (1) directly, in the form of costs for the government to fund the recapitalization or resolution of banks; and (2) indirectly, in the form of output losses.
„ The history of financial crises is long and not all events may have been properly recorded. However, reviews in the economic literature point to the credit cycle as the underlying cause of financial crises since the Middle Ages. Recent estimates of the costs of financial crises point to large output losses associated with these crises, reinforcing the view that policies should be directed towards avoiding credit booms and busts. The empirical evidence suggests that while output losses are larger in advanced economies, the direct fiscal costs of banking crises are lower than in
emerging economies.
„ Apart from Basle 3, the official response to the latest financial crises is reflected in the various plans advanced by Paul Volcker in the US, John Vickers in the UK, and Erki Liikanen in the euro area. All these plans have in common that they seek to separate the "risky" parts of the banking business from its "safe" parts. Proprietary trading (in fact, all trading) and investment banking activities are seen as "risky", while credit extension and deposit taking--the so-called traditional banking activities--are presumed to be relatively safe. However, as it should be clear from our historical review of financial crises, this is a grave error. The (admittedly porous) dividing line between more or less risky banking activities does not run vertically through financial institutions, separating capital markets related (presumably risky) from traditional (presumably safe) banking activities, but horizontally through banking activities according to the leverage employed in these activities.

Ler a íntegra neste link: