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sexta-feira, 4 de março de 2011

Como o Estado rouba os cidadaos: um exemplo prático...

Leio a seguinte chamada na primeira coluna da primeira página do jornal O Globo, desta sexta-feira, 4 de março de 2011:

IR: Mantega já fala em aumentar os impostos

Para garantir a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%, prometida pelo governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem até o aumento de outros tributos. Segundo o ministro, o governo deixará de arrecada R$ 1,6 bilhão com a nova correção. Com isso, terá de fazer novos cortes, ou ajustar algum imposto.

INACREDITÁVEL!!! (palavrões, palavrões)
Eu me pergunto o que passa na cabeça de um personagem patético como esse que responde pelas finanças do país (na verdade avança sempre que pode sobre nossos bolsos e sobre o caixa das empresas). A Receita Federal provavelmente o secunda, dizendo: "vamos perder x bilhões, teremos de cobrar mais em algum outro lado...".

Não sei se o leitor que me lê se deu conta da enormidade do CRIME ECONÔMICO que comete o governo com essa "promessa".

A correção da tabela do IR não é um favor que o governo nos faz, e se fosse ainda assim seria errado e insuficiente.
A correção da tabela é simplesmente a eliminação do imposto inflacionário que o próprio governo criou, em proporção bem maior do que os 4,5%, ao emitir dinheiro de forma irresponsável, ao criar crédito de forma igualmente irresponsável, ao produzir déficit e dívida pública com suas finanças irresponsáveis.
A meta de 4,5% de inflação não foi atingida, foi mais do que superada, e ainda assim o governo quer nos fazer engolir, além da inflação, um imposto adicional que é a erosão do poder de compra da nossa moeda (que eles quando eram oposição se posicionaram contra).

Ou seja, além de corrigir a menos (e nos roubar o naco não coberto pela correção), o governo ainda quer cobrar mais impostos.
Ele não está perdendo absolutamente nada, pois continuará a cobrar os mesmos impostos, apenas que sobre um valor corrigido, que é o que ele nos tirou ao manter uma meta inflacionária muito alta (e esse ministro se opôs a que ela fosse baixada quando a oportunidade se apresentou).

Bando de ladrões, é o que posso xingar...
Paulo Roberto de Almeida