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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Evasao fiscal: a Franca buscando punir os seus milionarios que colocam dinheiro na Suica

A edição do Le Monde desta segunda-feira 9 de Fevereiro, tem um dossiê completo sobre os SwissLeaks sobre os "evadidos fiscais", ou seja, o pessoal de alta renda que pretende fugir do "leão" tributário, para não pagar mais impostos sobre sua riqueza ou patrimônio do que já pagam normalmente.
Os cidadãos contribuintes, que somos todos nós, geralmente aplaudimos esse tipo de "punição" contra ricos evadidos fiscais, mas uma questão permanece subjacente ao problema, e ele vale inteiramente para o Brasil igualmente.
Haveria tantos evadidos se as pessoas não tivessem a sensação de que pagam impostos demais, e que o Estado continua a avançar sobre um dinheiro que custou muito a ser adquirido pelo trabalho honesto. Não estou falando dos bandidos, dos que desviam dinheiro e que o colocam justamente nos paraísos fiscais, mas de empresários, artistas, cidadãos que fizeram fortunas com atividades honestas e que, de repente, descobrem que o Estado quer avançar sobre pelo menos um terço do patrimônio e da riqueza acumulados. Com que direito? Apenas porque é justo fiscalmente, ou socialmente distributivista?
Acho que os Estados, em geral, já recolhem bastante dinheiro, direta e indiretamente, dos cidadãos.
Será que esse é o bom caminho para a criação de riqueza?
Paulo Roberto de Almeida
    
« SwissLeaks » : artistes, avocats, hommes d’affaires, ces clients français chez HSBC
Gad Elmaleh, Christophe Dugarry, la famille Mentzelopoulos... Du show-biz au milieu des affaires, le compte en Suisse se révèle une stratégie financière partagée par les professions les plus rémunératrices.

Qui sont les Français de la liste HSBC ?
Sur l'ensemble des fichiers, quelque 3 000 noms de Français suspectés de fraude ont pu être exploités par le fisc et la justice.  
      
« SwissLeaks » : des patrons allergiques aux taxes
Le consentement à l’impôt n’est pas le principe le mieux partagé dans le milieu des affaires.
             
Les 1001 visages des évadés fiscaux
Personnalités, médecins, avocats, dirigeants d’entreprise, mais aussi femmes au foyer se côtoient dans la liste HSBC.
             
« SwissLeaks » : révélations sur un système international de fraude fiscale
« Le Monde » a eu accès aux données bancaires de plus de 100 000 clients de la filiale suisse d’HSBC. Elles révèlent l’étendue d’un système de fraude fiscale encouragé par la banque. Des personnalités étrangères et françaises sont impliquées.
       
« SwissLeaks » : la réponse de la banque HSBC
La banque, contactée par « Le Monde », a assuré « coopérer et continuer de coopérer dans la mesure du possible pour répondre aux demandes d’information des gouvernements concernant les titulaires de comptes ».

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Um servidor publico contra o Servico Publico?!? E por que nao?

Um leitor deste blog escreveu o seguinte a propósito de uma frase minha neste post:

quarta-feira, 28 de maio de 2014


[xxx] compartilhou a postagem de seu blog no Google+
"Ao contrário, todos querem viver à custa dos demais, fazendo concursos públicos para terem estabilidade e ganhar mais. " [Frase PRA]

Engraçado ouvir isso de um servidor público. [Comentário do leitor]

Comento, no que me concerne (PRA):

A postagem era vinculada ao fato de o Governo pagar quase um terço dos salários nas contas nacionais, a despeito de ter uma proporção menor do que o setor privado nas atividades produtivas. Sim, os salários no setor público são também muito superiores aos do setor privado, quase o dobro, e não me consta que a produtividade no setor público seja duas vezes superior ao do setor privado, muito pelo contrário.

Não tenho nenhum problema em dizer, como Bastiat, que o Estado é esta grande ficção coletiva na qual cada um pretende viver às custas de todos os demais.

O Brasil justamente encarna à perfeição essa concepção deformada da economia, e das atividades produtivas, que pretende que o Estado é o grande organizador e disciplinador dos mercados, e que os governos existem para corrigir as perversidades do sistema capitalista ou uma suposta anarquia dos mercados, sempre desiguais, assimétricos, concentradores.
Não partilho desse tipo de concepção e considero a situação atual no Brasil uma deformação completa.
O Brasil não é um país normal, justamente em função da preeminência do Estado na vida social.

Como não sou do tipo que deixa o cérebro em casa quando vai trabalhar, não renuncio a pensar com minha própria cabeça nessas matérias que interessam a todos os brasileiros, e não apenas aos mandarins estatais.

O Estado já foi, no Brasil, um indutor do desenvolvimento. Mas isso ficou muito atrás...
Hoje ele se converteu num OBSTRUTOR do desenvolvimento, ao extrair -- extorquir seria o termo exato -- dois quintos da riqueza criada pela sociedade e não devolve praticamente nada em termos de investimentos produtivos, serviços coletivos de qualidade ou infraestrutura necessária para que o setor privado possa ser competitivo.

Por isso vou continuar falando contra o setor público e os marajás que o povoam, extorquindo recursos de toda a sociedade em seu benefício exclusivo.
Acho que fui bem claro...
Paulo Roberto de Almeida 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Economia brasileira: companheiros continuam asfixiando, sufocando oempresariado...

... com seu instrumento fascista por excelência.
Paulo Roberto de Almeida 

Carga tributária bruta em 2012 foi 35,85% do PIB

A alta se deve à combinação dos crescimentos do PIB e da arrecadação tributária nos três níveis de governo

Produção de cédulas de notas de 20 reais na Casa da Moeda no Rio de Janeiro
A carga tributária líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo (Marcelo Sayão/EFE)
A carga tributária bruta em 2012 foi de 35,85% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 35,31% em 2011. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Receita Federal. Já a carga tributária líquida foi de 19,82% no ano passado, ante 20,17% em 2011.
Segundo explica a Receita, a alta de 0,54 ponto porcentual na carga tributária bruta de 2012 em relação a 2011 resulta da combinação dos crescimentos, em termos reais, de 1,0% do PIB e de 2,44% da arrecadação tributária nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal). A Receita Tributária total do ano passado foi de 1,574 trilhão de reais, frente a um PIB de 4,392 trilhão. De todo esse conjunto, uma fatia de 69,05% ficou com a União (1,087 trilhão de reais); uma parcela de 25,16% foi para os Estados (396 bilhões); e 5,79%, com os municípios (91 bilhões).
"Esta queda, explicada pelo fato das transferências (TAPS) terem crescimento mais que a carga tributária bruta, se deve principalmente à ampliação da rede de proteção social no Brasil, que inclui a política de valorização do salário mínimo, que elevou o seu valor em 14,1% em 2012 em relação a 2011, e a ampliação da cobertura dos programas sociais", cita nota da SPE sobre o tema.
A carga tributária líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo, deduzido dos subsídios ao setor privado e das transferências previdenciárias, assistenciais e subsídios, efetuadas pelo governo às famílias e às instituições privadas sem fins lucrativos, explica a Secretaria de Política Econômica. As transferências para a Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS) em 2012 representaram 16,03% do PIB, ante 15,14% em 2011.