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domingo, 27 de novembro de 2011

As FARC continuam a matar, a despeito da causa perdida...

Vamos ver, agora, o que dirão os amigos das FARC, os apoiadores do Foro de S.Paulo, bem como seus simpatizantes em vários setores da esquerda brasileira, inclusive no Estado brasileiro (ops, no governo...).


Colombie : les FARC exécutent quatre otages

LEMONDE.FR avec AFP, Reuters | 27.11.11 | 07h47
Le gouvernement colombien a repris l'initiative militaire contre les FARC - ici, un soldat colombien devant l'entrée d'un bunker des FARC, le 25 juillet 2009.
Le gouvernement colombien a repris l'initiative militaire contre les FARC - ici, un soldat colombien devant l'entrée d'un bunker des FARC, le 25 juillet 2009.AFP/LUIS RAMIREZ

L'assaut de l'armée visait à les libérer, ils ont été tués par leurs propres geôliers : quatre otages ont été exécutés par les rebelles colombiens des FARC pendant une tentative de l'armée de les libérer après dix ans de captivité, ont annoncé samedi 26 novembre les autorités.

Les guérilleros, qui ont pour règle de tuer leurs otages si les militaires approchent de leurs camps, ont tué trois de leurs captifs d'une balle dans la tête et le quatrième d'une balle dans le dos, a déclaré le président Juan Manuel Santos. Un cinquième otage, un sergent de la police est cependant parvenu à s'enfuir et a été retrouvé vivant a affirmé le ministre de la défense.
L'opération pour libérer les quatre otages - parmi lesquels trois soldats - avait été lancée il y a 45 jours dans la jungle sur la foi d'un renseignement, a précisé le ministre. Les exécutions se sont produites après une fusillade entre les soldats et les rebelles.
Cette exécution d'otages par les FARC est la troisième en huit ans. En 2003, les FARC avaient exécuté le gouverneur de la province d'Antioquia, abattu avec sonconseiller et huit militaires alors que l'armée tentait de les libérer. En 2007, onze députés avaient été abattus alors que des rebelles avaient cru à tort que les militaires étaient entrés dans leur camp.
Au début du mois, les rebelles ont perdu leur chef Alfonso Cano, tué par les militaires, qui a été remplacé par Timoleon Jimenez, lequel a juré de poursuivre la lutte armée.

sábado, 5 de novembro de 2011

Mataram um companheiro: o Foro de S.Paulo de luto?


Morre na Colômbia 'Alfonso Cano', líder máximo das Farc

Morte teria acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada a identidade do rebelde

O Estado de S.Paulo, 5 de novembro de 2011 | 1h 59
Efe
BOGOTÁ - O líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como "Alfonso Cano", morreu na Colômbia, informou na sexta-feira, 4, à Agência Efe uma fonte do Ministério da Defesa do país.
Alfonso Cano, líder das Farc - Scott Dalton/AP
Scott Dalton/AP
Alfonso Cano, líder das Farc
Embora a fonte não tenha detalhado nem a data nem o local da morte de Guillermo León Sáenz, verdadeiro nome de "Alfonso Cano", se especula que inclusive sua morte teria acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada plenamente a identidade do rebelde.
Horas antes de se confirmar a morte do líder máximo das Farc, se especulou que ele estivesse ferido como resultado de um bombardeio a um acampamento desta guerrilha no sudoeste do país.
O ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, disse anteriormente em entrevista coletiva que em uma ofensiva contra "Alfonso Cano" foram capturados quatro guerrilheiros, entre eles seu chefe de segurança, conhecido como "El Índio Efraín".
Nessa operação, realizada na Salvajina (departamento de Cauca), também morreram um operador de rádio e a suposta companheira de "Cano".
A morte do líder máximo das Farc aconteceu depois da de Luis Edgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes" em março de 2008 em território equatoriano, e a de Víctor Julio Suárez Rojas, conhecido como "Jorge Briceño Suárez ou Mono Jojoy", em setembro de 2010, na Serranía de La Macarena, no sul do departamento de Meta.
"Alfonso Cano" assumiu o comando das Farc após a morte de Manuel Marulanda Vélez conhecido como "Tirofijo".

sábado, 14 de maio de 2011

Amigos muy locos, muchachos...: as FARC e o Brasil

As Farc usaram o Brasil para suas operações, aponta estudo
Por Andrea Murta
Folha de S.Paulo, 14/05/2011

A importância do Brasil como posto e via de trânsito de pessoas e dinheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pelo continente ficou clara no relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), divulgado nesta semana, e é maior do que se pensava. “Viagens [de guerrilheiros] eram típicas, assim como usar o país para deslocar fundos na América do Sul”, disse à Folha James Lockhart Smith, pesquisador do IISS. Segundo Smith, nas comunicações das Farc analisadas pelo instituto há várias menções a viagens de Rodrigo Granda -que era conhecido como “chanceler da guerrilha”- para a Venezuela via Brasil. A Venezuela contesta a autenticidade dos papéis.

De acordo com comunicação de janeiro de 2002, ele chegou a ser parado pela polícia brasileira quando foi certa vez de La Paz a São Paulo, mas não foi preso. Há também menções repetidas de pagamentos feitos em território brasileiro a colaboradores da guerrilha. O analista diz que o venezuelano Amilcar Figueroa, ex-deputado do Parlatino (Parlamento Latino-americano) ligado ao presidente Hugo Chávez, transportava dinheiro para as Farc pelo continente e passava muito pelo Brasil na execução da tarefa.
O IISS afirmou não ter visto evidências de cumplicidade das autoridades brasileiras com as Farc. “Mas é importante verificar daqui para a frente como o Brasil abordou -e não abordou- esse problema que está em seu quintal”, disse Smith.

Ainda há muito a analisar sobre a relação do país com a guerrilha. A documentação, que compõe um arquivo com 6 milhões de palavras, foi apreendida na operação da Colômbia que matou o número dois do grupo, Raúl Reyes, no Equador, em 2008. Sobre Chávez, os documentos mostram que as Farc eram manipuladas pelo presidente venezuelano. “Chávez tinha uma abordagem calculada e instrumental das Farc. Estava sempre preparado para sacrificar os interesses [da guerrilha] se pudesse lucrar com isso”, disse à Folha Nigel Inkster, diretor para risco político e ameaças transnacionais do IISS.

Segundo estudo, novo chanceler dos narcoterroristas opera no Brasil
O relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), elaborado a partir de suposta troca de comunicação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), sugere que opera no Brasil um guerrilheiro cotado como o novo “chanceler da guerrilha”. Em grande parte das menções ao país, aparece Orlay Jurado Palomino como remetente. Ele é citado com diferentes codinomes. Palomino é um dos que citam transferência de dinheiro -incluindo o uso de bancos- e deslocamentos pelo Brasil. Menciona, por exemplo, uma viagem a Fortaleza.

Ele era considerado um dos homens de confiança de Raúl Reyes, o principal nome político e de articulação internacional das Farc, até ser morto no bombardeio colombiano ao Equador, em 2008. É de seus computadores que emergem as mensagens compiladas e analisadas pelo IISS. Há muito a Polícia Federal segue o rastro de guerrilheiros no país, sobretudo os ligados ao narcotráfico.

DETALHES
O que emerge do extenso arquivo de Reyes são detalhes sobre a movimentação do “braço político” da guerrilha no país. Palomino é um interlocutor frequente de Francisco Antônio Cadena Collazos, o Olivério Medina, que tem status de refugiado político no Brasil desde 2006, e do ex-vereador Edson Albertão, do PSOL-Guarulhos. A troca de mensagens mostra dois momentos em que Palomino temeu ser preso no Brasil -quando da breve prisão de Medina, em 2006, e logo após o sequestro e prisão de Rodrigo Granda, o “chanceler das Farc”, dois anos antes, em Caracas.

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Seria o mensalão das FARC?
Quem gosta de mensalão não se importa muito com a origem do dinheiro, neste caso do narcotráfico...

Um peso, duas medidas: Chavez e as FARC (y otras cositas mas...)

Nem tudo está dito: quando do anúncio de um acordo militar entre a Colômbia e os EUA, para o uso de bases militares colombianas por pessoal militar americana engajado em cooperação técnica, certo chanceler brasileiro ficou quase tão histérico quanto os venezuelanos (porque supostamente as bases seriam uma preparação de uma proxy war dos EUA contra o coronel Chávez); o Brasil exigiu que o assunto fosse examinado e que tudo estivesse transparente em reuniões sul-americanas, preferencialmente para sabotar e impedir tal acordo.
Quando da invasão do território equatoriano por forças colombianas que mataram esse líder guerrilheiro das FARC e capturaram o material de que se fala abaixo, o mesmo chanceler ficou ainda mais histérico, e lutou para obter uma condenação da Colômbia na OEA e em outras instâncias latino-americanas. Foi de uma parcialidade exemplar, pois logo depois se anunciou a captura de mísseis manuais venezuelanos em poder das FARC e o mesmo chanceler histérico duvidou que a notícia fosse verdadeira. Jamais uma nota sequer se referiu, por exemplo, ao envio de tanques e aglomeração de tropas venezuelanas nas fronteiras da Colômbia (quando os problemas com o Equador se processavam a centenas de quilômetros dali, na fronteira com o Equador).
Agora, depois de todo este ativismo, talvez se devesse esperar por alguma nota com pedido de esclarecimentos de quem deve explicações.
Seria apenas uma demonstração de equilíbrio, já que histerias parece que passaram de moda...
Paulo Roberto de Almeida

Autoridades da Venezuela pediram às Farc para matarem opositores de Chávez, diz instituto
Fernando Duarte, correspondente
Agências internacionais, 10/05/2011

LONDRES e CARACAS - Um dossiê de 240 páginas publicado nesta terça-feira pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), de Londres, contradiz as afirmações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que as ligações de seu governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teriam sido obra de ações individuais isoladas. Com base em arquivos eletrônicos de Raul Reyes, então o número 2 na hierarquia das Farc, não só Chávez ofereceu financiamento às operações do grupo paramilitar como autoridades venezuelanas ainda pediram apoio para o treinamento de milícias pró-governo e para matar adversários políticos do presidente. Chávez, porém, não estaria ciente dos pedidos de assassinatos. Nesta terça-feira Chávez era esperado no Brasil, mas o presidente cancelou a viagem .

De acordo com o documento do IISS, Chávez via nas Farc um aliado nas divergências com a Colômbia, sobretudo por manter ocupada a cooperação militar entre Bogotá e Washington. Em 2007, teria prometido US$ 300 milhões ao grupo. Ainda que o dossiê seja bastante claro na afirmação de que a chegada das Farc à Venezuela não tenha ocorrido na presidência de Chávez, sua ascensão ao poder, em 1999, fortaleceu os laços e abriu novas portas para a guerrilha, como a possibilidade de obter armas de parceiros comerciais da Venezuela, incluindo a China, por meio de acordos triangulares usando as exportações venezuelanas de petróleo.

As alegações não param em Caracas: ainda de acordo com o material analisado pelo IISS, as Farc teriam contribuído financeiramente para a eleição de Rafael Correa à presidência do Equador em 2006, no que representou para a guerrilha o auge dos esforços de infiltração na política e território equatorianos. Embora algumas das informações ligando Chávez e Correa às Farc já tivessem sido divulgadas anteriormente, boa parte da documentação está caindo pela primeira vez em domínio público - ainda que oficialmente, o governo colombiano tenha se recusado a confirmar a entrega de informações ao instituto britânico.

Os documentos foram encontrados em arquivos de computador de Reyes, morto em uma operação em 2008 que resultou num rompimento de relações diplomáticas entre Quito e Bogotá por dois anos. O dossiê também mostrou a relação entre o governo Chávez e os guerrilheiros, embora muitas vezes cooperativa, também teve momentos difíceis e de jogo duplo.

Segundo o ISS, Chávez se colocou ao lado do governo colombiano na luta contra as Farc em algumas ocasiões, especialmente quando havia ganhos políticos envolvidos. Em novembro de 2002, o livro reporta que antes de uma reunião entre o então presidente Álvaro Uribe e Chávez, as Farc pediram ao Exército venezuelano permissão para transportar uniformes pelo território da Venezuela. Os militares permitiram, mas depois cercaram o comboio e prenderam oito membros do grupo e os entregaram à Colômbia, permitindo que Chávez informasse Uribe da operação pessoalmente.

Traições como estas, assim como promessas de grandes quantias de dinheiro, geraram uma considerável tensão entre os guerrilheiros e o líder venezuelano.

Farc estudavam treinar membros do partido comunista para ações terroristas
Em uma das descrições mais reveladores da ação das Farc na Venezuela, o instituto explica como a principal agência de inteligência do país, o Serviço de Inteligência Bolivariano, conseguiu alistar as Farc no treinamento de forças de segurança e na realização de ataques terroristas, incluindo bombardeios, em Caracas entre 2002 e 2003.

O grupo também treinou várias organizações pró-Chávez, como as Forças de Liberação Bolivarianas - um grupo paramilitar que atua na fronteira com a Colômbia -, estudou fornecer técnicas de terrorismo urbano para membros do Partido Comunista Venezuelano.

O relatório ainda cita pedidos do governo Chávez para que a guerrilha matasse ao menos dois de seus opositores. As Farc discutiram um desses pedidos em 2006, quando o assessor de segurança Alí Rodríguez Araque pediu para que matar Henry López Sisco, que dirigia a agência de inteligência venezuelana na época. Sisco deixou o país em novembro do mesmo ano.

No mês passado, o presidente venezuelano admitiu pela primeira vez que alguns de seus aliados políticos colaboraram com os guerrilheiros colombianos, mas insistiu que eles o fizeram "pelas nossas costas".

O estudo do ISS, porém, contradiz a afirmação ao apontar um longo histórico de colaboração do próprio Chávez e de seus principais confidentes.

"(A Venezuela viu as Farc) como um aliado que manteria o poder militar americano e colombiano na região controlados pela contra insurgência, ajudando a reduzir as ameaças contra a Venezuela", diz o relatório.

Em outro trecho, o documento relata um encontro secreto em setembro de 2007 entre Chávez e Reyes, quando o presidente prometeu emprestar uma grande quantia às Farc para a compra de armas.

O porta-voz do presidente não respondeu aos pedidos de entrevista. O governo venezuelano afirma que os arquivos de Reyes são fabricações. Em 2008, a Interpol rejeitou a possibilidade de que os documentos tenham sido alterados.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Agenda diplomatica bolivariana: ops, um escorregao...

Não é difícil desarmar o Cerimonial, quando do súbito cancelamento de alguma viagem de alto nível, mas algumas despesas -- segurança, automóveis, comida, etc., etc., etc. -- já encomendadas terão de ser pagas.
Será que as FARC pagariam as despesas não contabilizadas?


The FARC Files: Venezuela, Ecuador and the Secret Archive of  'Raúl Reyes'
The International Institute for Strategic Studies (London)
Today, the IISS launched its latest Strategic Dossier The FARC Files: Venezuela, Ecuador and the Secret Archive of  'Raúl Reyes'.

The dossier provides unique insights into the thinking and evolution of the Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC). It is based on a study of the computer disks belonging to Luis Edgar Devía Silva (aka Raúl Reyes), head of FARC’s International Committee (COMINTER), that were seized by Colombian armed forces in a raid in March 2008 on Devía’s camp inside Ecuador.
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Buy the FARC Files now

Read Nigel Inkster's remarks at the launch

Read a summary of the dossier

Watch the Launch

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Segundo relatório, Venezuela teve apoio das Farc após golpe de 2002
O Estado de S.Paulo, 10 de maio de 2011

Chávez teria permitido atuação das Farc no país e pedido treinamento de 'grupos paramilitares'

LONDRES - O governo da Venezuela teve apoio das Forças Armadas Revolucionárias da Colômba (Farc) em sua estratégia de segurança, depois do golpe de Estado realizado em 2002, sem sucesso, contra o presidente Hugo Chávez. A informação foi divulgada em Londres nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), que reuniu em um relatório documentação das Farc.

Entre as principais conclusões do relatório no que se refere à relação entre a Venezuela e as Farc, o IISS apurou que o governo Chávez permitiu que o grupo operasse em território venezuelano.

Além disso, o presidente ofereceu ajuda às Farc em dinheiro e pediu aos guerrilheiros que "treinassem grupos paramilitares para defender a revolução de outros golpes de estado ou invasões externas", segundo o autor do estudo, James Lockhart Smith.

Smith disse, no lançamento do relatório, em Londres, que é necessário colocar a revelação em um "contexto estratégico". "Depois do golpe de abril de 2002, o regime (de Caracas) se aterrorizou, porque notou que o golpe esteve perto de ter sucesso, e porque viu também que não podia contar com a lealdade das Forças Armadas", explicou.

Equador
De acordo com a AFP, o presidente do Equador, Rafael Correa, "pediu" e "aceitou" fundos das Farc durante a campanha eleitoral de 2006. O documento do IISS relata que "os arquivos (apreendidos) e outras fontes sugerem que Correa solicitou pessoalmente e aceitou fundos ilegais das Farc na sua primeira campanha eleitoral em 2006".

Ainda segundo o relatório, "o respaldo político e financeiro da guerrilha teve um papel para garantir a ele (Correa) a vitória".

Apreensão de documentos
O IISS desenvolveu um estudo detalhado sobre a evolução do grupo conhecido como Farc-EP (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia - Ejército del Pueblo), ou simplesmente Farc.

O levantamento foi feito com base em informações do grupo, apreendidas pelo Exército colombiano durante uma incursão em território equatoriano em 1 de março de 2008. Na operação, o líder guerrilheiro Luis Edgar Devía Silva, conhecido como "Raúl Reyes", foi morto.


Segundo a Efe, entre o material apreendido na ocasião havia oito "dispositivos de memória" e documentos históricos das últimas três décadas sobre as Farc. O diretor do IISS para Ameaças Transnacionais e Risco Político, Nigel Inkster, disse que o governo colombiano solicitou ao organismo uma análise do material, depois de uma verificação feita pela Interpol de que os documentos não haviam sido manipulados.

Com Efe

Veja também:
Gabeira: Livro denuncia relação da Venezuela com as Farc

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Wikileaks-Brasil: mediando as Farc, ou pelo menos tentando...

Dentro da tragédia americana que representa a revelação de todos esses documentos operacionais, cabe reconhecer que eles auxiliam os historiadores do presente e os analistas políticos a se fazerem uma ideia do duplo discurso das autoridades brasileiras em relação a certos temas, entre eles o do terrorismo das Farc, na Colombia e cercanias.
Eles também revelam quão inconscientes ou ingênuos podem ser certos homens públicos, a menos que seja má-fé deliberada.
Em outros termos, o Brasil reconhece a presença das Farc, reconhece que a Colômbia representa o principal ponto de tensão na região, não faz nada para ajudar o vizinho país a resolver o seu problema, e ainda reclama quando o próprio país adota as soluções que acha mais adequadas para resolver essa ameaça terrorista, inclusive fazendo acordos de cooperação militar com o único país que se declarou disposto a ajudá-la (ainda que por interesse próprio, não importa, mas empenhou recursos, armas, homens, de qualquer maneira, o que o Brasil nunca fez).
Inacreditável, por outro lado, a alegação de que o Brasil pretenderia ser um "mediador" do conflito, o que seria aceitável nas mentes distorcidas dos militantes pró-cubanos e pró-Farc, mas não na cabeça de alguém que se pretende ministro da Defesa do Brasil. Mediar entre um Estado legalmente constituído, com um governo constitucionalmente eleito, e um grupo terrorista, que faz tráfico de drogas, pratica sequestros para sobreviver economicamente e cuja única função atualmente é aterrorisar as populações das regiões onde atua? Em que mundo vivem os dirigentes brasileiros? Num mundo da fantasia?
O Wikileaks ainda vai destruir várias reputações, desmantelar diversas hipocrisias, pegar muita gente mentindo em público e desmoralizar algumas carreiras políticas. Nisso, ele é bem vindo...
Finalmente, mais abaixo, os comentários de alguém, certamente muito odiado nesses meios que tentam "mediar" o conflito entre a Colômbia e as respeitáveis Farc... 
Paulo Roberto de Almeida

Brasil sabia da presença das Farc na Venezuela, segundo Wikileaks

Nelson Jobim, ministro da Defesa, também teria comentado a respeito da situação do Equador

Agencia Efe, 30 de novembro de 2010

O Brasil sabia da "presença" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na Venezuela e considerava a Colômbia como a "principal fonte de instabilidade" na região, mostraram nesta terça-feira, 30, os novos documentos revelados pelo Wikileaks. 


Esta informação aparece em documentos enviados em novembro de 2009 da embaixada dos EUA em Brasília, que mostram conversas de uma funcionária americana, Lisa Kibuske, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
"Falando de temas de segurança regional", diz uma das mensagens, "Jobim reconheceu na prática a presença da guerrilha das Farc na Venezuela e ofereceu sugestões para criar confiança na fronteira entre Colômbia e Equador".
No entanto, Jobim diz que reconhece publicamente a presença das Farc na Venezuela impediria o trabalho de mediação de seu Governo. "Perguntado sobre a presença das Farc na Venezuela, disse que se reconhecesse sua presença poderia arruinar a capacidade do Brasil como país mediador", explica a nota.
Posteriormente, em outra mensagem, Jobim situa a "Colômbia no centro da potencial instabilidade da região" e considera a tentativa do então presidente Álvaro Uribe de optar por um terceiro mandato na Colômbia como "terrível".
Mais adiante, o ministro brasileiro volta a mostrar suas preocupações a respeito de Uribe, a quem "insiste em qualificar como a primeira fonte de tensões" na região andina.
Na conversa entre Lisa e Nelson Jobim, o ministro da Defesa também mostra "inquietação" sobre o acordo de defesa entre EUA e Colômbia, que permitirá que militares americanos utilizem bases no país andino, ao apontar que um dos memorandos que acompanha o acordo deixa em "evidência a falta de compreensão da América Latina" por parte de Washington.
No entanto, a funcionária finaliza com um balanço positivo seu encontro com Jobim, de quem destaca sua "proximidade ao presidente Lula em questões de segurança". "Apesar da tendência do Governo do Brasil de culpar a Colômbia pelas tensões atuais, seus esforços por manter a paz são sinceros e deveriam ser apoiados", afirma na nota.
Trata-se dos primeiros documentos nos quais a Colômbia é citada desde que o Wikileaks começou a publicação em massa no domingo de mais de 250 mil documentos diplomáticos americanos, muitos deles com revelações embaraçosas para Washington e seus aliados.

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O antiamericanismo bocó somado ao personalismo jeca-tatu…
Reinaldo Azevedo, 30.11.2010

O problema dos telegramas vazados pelo site WikiLeaks é que muitos tentam ver como política oficial — ou escolhas de governo — o que está na esfera das considerações, das análises, dos chutes, da fofoca. Já falo mais a respeito. Vamos a um caso em particular.

Em conversa com ex-embaixador americano no Brasil Clifford Sobel (20067-2009), Nelson Jobim, ministro da Defesa, teria definido Samuel Pinheiro Guimarães, então segundo homem no Itamaraty e hoje chefe da Sealopra (lembram-se dela?), como antiamericano; teria dito mesmo que ele “odeia os EUA” e “trabalha para criar problemas na relação”. Clifford enviou a mensagem a seu governo, e agora ela está no mundo…

Jobim já ligou para Guimarães para assegurar que não disse nada daquilo; que conversou, sim, com o embaixador, mas ele interpretou mal o sentido de suas palavras etc e tal. Lula  defende o ministro da Defesa. Vamos pensar.

Digamos que Jobim tenha dito o que lhe atribuem: mentira não é, certo? A hostilidade de Guimarães aos EUA e à política americana não precisa de conversa privada ou de fofoca para se manifestar. Está na cara. É pública. Mais: ao longo de oito anos, nas questões relevantes, o Itamaraty sempre procurou contrastar com os americanos: se eles queriam uma coisa, Celso Amorim demonstrava querer o contrário.

Nem Amorim nem Guimarães mandam em coisa nenhuma. Ambos refletiam as opiniões de Lula — é dele a política externa, certo? Tanto é assim que as relações do Brasil com os EUA pioraram com a eleição de Barack Obama. Já durante a campanha eleitoral do atual presidente americano, notava-se o incômodo de Lula. Ainda que pareça estúpido e mesquinho, o Babalorixá de Banânia achava que o outro era a única figura a lhe fazer sombra no mundo…

Some-se esse aspecto megalômano, delirante, à cultura antiamericana de onde deriva Guimarães, e encontraremos o Brasil a defender o programa nuclear do Irã e a se abster numa votação em que aquele país é condenado por violar os direitos humanos. Foi a soma do antiamericanismo bocó com o personalismo jeca-tatu.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasil, Colombia, Venezuela, Farc: um recomeco

'Se quiser a ajuda do Brasil, pedirei'
Patrícia Campos Mello
O Estado de S.Paulo, 02 de setembro de 2010

Em viagem oficial, Santos diz não precisar da intermediação de Lula com as Farc ou com a Venezuela

BRASÍLIA - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou na quarta-feira, 1º, que deu ao presidente Hugo Chávez "o benefício da dúvida" e acredita que o líder venezuelano vá agir contra os acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em seu território. "Chávez disse 11 vezes que não permitiria a presença de grupos terroristas em seu território, e nós queremos acreditar nele", disse Santos ao Estado. A viagem ao Brasil é a primeira visita oficial de Santos a um governo estrangeiro. Abaixo, trechos da entrevista:

O que o governo colombiano vai fazer em relação aos acampamentos das Farc em território venezuelano, que foram denunciados pelo ex-presidente Álvaro Uribe na OEA?
Estamos em um processo com presidente Chávez para normalizar relações. Há cinco grupos, um deles dedicado à segurança, e estamos pondo em marcha em procedimentos para abordar esse tipo de tema. Os ministros de Defesa se reuniram, e vão coordenar com os comandantes militares dos dois países, coisa que não se faz há muito tempo.
Chávez se comprometeu a tirar as Farc da Venezuela?
Ele disse 11 vezes que não permitiria a presença de grupos terroristas em seu território, e nós queremos acreditar nele.

São mais convincentes as promessas de Chávez desta vez?
Não sei se desta vez ou não, mas eu quero acreditar no presidente Chávez, dar a ele o benefício da dúvida e por isso estamos restabelecendo as relações.

O sr. afirmou que não vai negociar com as Farc até que eles libertem os sequestrados e deponham armas. Qual é o seu plano na guerra contra a guerrilha, muda alguma coisa?
Não muda, continuamos com pressão militar, mais forte. As Farc estão cada vez mais alienadas da população, têm 98% de sentimento negativo da população, então politicamente já estão derrotados e militarmente estão cada vez mais fracos.

Qual é a organização mais adequada para tratar de temas regionais, OEA ou Unasul?
Nós não fazemos comparações, ambas são importantes. Somos parte da OEA, e quando começamos na Unasul dissemos que isso de nenhuma forma era excludente.

Em relação às Farc, o que poderia fazer o governo brasileiro para ajudar?
Nada. Por enquanto é um problema nosso, colombiano. Se quisermos ajuda do Brasil, pediremos. Neste momento, queremos respeito à nossa soberania, que é o que o Brasil vem fazendo, e agradecemos muito.

E a Venezuela?
Nada. Nem a Venezuela, nem os Estados Unidos, nem a Europa. É um problema de colombianos, entre colombianos.

O assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse hoje que o Brasil não classificará as Farc como organização terrorista, porque o País não é uma "agência de classificação". O governo colombiano gostaria que Brasil fosse mais enérgico?
Hoje o presidente Lula, em seu discurso, foi bastante claro: nem o Brasil nem outro país vão permitir a coabitação com os grupos terroristas. Alguns consideram as Farc terroristas, outros não. Cada país tem sua maneira. O importante é que o Brasil e todos os países colaborem na luta contra o terrorismo.

Para o sr. não é essencial que o governo brasileiro diga que as Farc são uma organização terrorista?
Essa é uma coisa que depende do Brasil, não depende de nós.

Quem é
Juan Manuel Santos assumiu a presidência da Colômbia no dia 7, depois de ter sido eleito com 68,9% dos votos. Ele foi ministro da Defesa no governo anterior, de Álvaro Uribe, num período marcado por uma dura ofensiva contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e por atritos com países vizinhos, principalmente Venezuela e Equador. Santos, que é formado em economia e administração, também foi ministro de Comércio Exterior em 1991 e sua família é dona do jornal "El Tiempo".

terça-feira, 24 de agosto de 2010

As FARC na Unasul - BBC Brasil

No que depender de certas pessoas, a proposta será acolhida como uma "boa proposta" e instada a ser acolhida. Não preciso dizer quem...

Farc propõem reunião com Unasul sobre conflito na Colômbia
BBC Brasil, 23 de agosto de 2010

O ex-presidente Uribe iniciou uma ofensiva que enfraqueceu as Farc

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) divulgaram uma carta nesta segunda-feira em que propõe apresentar à Unasul (União de Nações Sul-Americanas) sua visão sobre o conflito na Colômbia.
"Presidentes, em qualquer data considerada por vocês apropriada, gostaríamos de apresentar nossa visão do conflito colombiano a uma assembleia da Unasul", disse a mensagem do maior grupo rebelde colombiano.
“O drama humano da Colômbia pede a mobilização e a solidariedade continentais.”

A proposta foi descartada pelo governo colombiano.

O vice-presidente do país, Angelino Garzón, rejeitou a ideia de intermediários para resolver o problema da guerrilha, que já dura quatro décadas, e disse que as Farc devem "dizer ao povo colombiano que a violência não tem sentido".

Segundo ele, os guerrilheiros devem liberar todos os reféns "incondicionalmente" e abandonar o terrorismo se quiserem iniciar negociações de paz com o novo governo, do presidente Juan Manuel Santos.

Proposta
As Farc vêm perdendo força nos últimos anos, quando o governo de Bogotá reforçou a presença militar em áreas da guerrilha, eliminando seus principais comandantes.

O grupo também vem sofrendo com deserções – embora, segundo analistas, ainda tenha força em áreas rurais, usando o tráfico de cocaína para financiar suas operações.

A última vez que o governo colombiano dialogou com as Farc foi entre 1999 e 2002, durante o governo do presidente Andrés Pastrana, quando o governo criou uma área desmilitarizada no sul do país, do tamanho da Suíça, para receber as negociações.

Mas elas fracassaram, e o sucessor de Pastrana, Álvaro Uribe, instituiu uma política de linha-dura, com o aval do governo americano.

Uribe encerrou neste ano seu período de oito anos na presidência colombiana com alta popularidade e viu Santos, seu candidato, sucedê-lo no cargo.

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Matéria no El Nuevo Herald (Miami):

Las FARC quieren la intervención de Unasur
Bogotá – AP – 24/08/2010

En un inusual mensaje regional, las FARC ratificaron su disposición al diálogo político y propusieron exponer su visión sobre el conflicto colombiano ante una cumbre de mandatarios de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), según un mensaje de la guerrilla que se dio a conocer el lunes.

“Aunque el gobierno de Colombia mantiene cerrada la puerta del diálogo con la insurgencia, acicateado por el espejismo de una victoria militar y la injerencia de Washington, queremos reiterar a la Unión de Naciones del Sur, Unasur, nuestra irreductible voluntad de buscar una salida política al conflicto”, dijo la jefatura de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) en un comunicado.

“Señores presidentes: cuando lo estimen oportuno estamos dispuestos a exponer en una asamblea de Unasur nuestra visión sobre el conflicto colombiano”, agregó “el secretariado”, o jefatura de siete comandantes de las FARC en su pronunciamiento, difundido en el sitio de internet de la Agencia de Noticias Nueva Colombia (Anncol), que suele divulgar comunicados de laguerrilla.

Tradicionalmente, las FARC han manifestado su disposición al diálogo o conversaciones de paz con los sucesivos gobiernos colombianos, y en contadas ocasiones hacen tal manifestación a la comunidad internacional en cartas abiertas, como la conocida el lunes.

El gobierno del presidente Juan Manuel Santos, que asumió el cargo el 7 de agosto, ha dicho que su administración está abierto al diálogo con la insurgencia, pero sólo si ésta da señales concretas de paz como el cese de los ataques armados, detiene los secuestros y extorsiones, así como manifiesta su deseo de deponer las armas.

Consultado por reporteros en la casa de gobierno sobre la iniciativa de la guerrilla, el vicepresidente Angelino Garzón ratificó la postura oficial de que la insurgencia debe primero cesar sus actos violentos.

“Esa violencia no tiene sentido, no tiene justificación”, dijo el funcionario, al desestimar además una eventual participación de terceros países para un diálogo.

“El propio Presidente de la República ha dicho que él, para construir caminos de paz, no necesita intermediarios”, indicó Garzón.

Las FARC, surgida en 1964, es actualmente la guerrilla activa más antigua de la región.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mais Foro de Sao Paulo: desta vez com FARC como membro fundador

Tem gente que mente desabridamente, e a imprensa, bocó ou conivente, não se encarrega de desmentir o mentiroso. E no entanto é muito fácil, basta ler as atas do Foro de São Paulo, para saber que as Farc foram dos fundadores do movimento e participaram abertamente de suas reuniões até 2004 pelo menos, e depois deixaram de comparecer abertamente (mandaram observadores incógnitos) apenas porque certos companheiros não queriam ser vistos ao lado de narcoterroristas e traficantes.
Basta transcrever e remeter ao link original para ver o filme:
Paulo Roberto de Almeida

Dirigente do PT mente sobre a presença das Farc em foro criado por Lula. Sim! Ele mente!
Reinaldo Azevedo, 19.08.2010

O “companheirismo” do jornalismo brasileiro ainda acabará fazendo mal ao PT. Por quê? Porque os petistas já foram mais sofisticados para mentir. Agora, eles falam qualquer porcaria. Como sabem que ninguém vai apurar se o que dizem procedem ou não, tudo se resolve na base do “aspismo”: Fulano “diz que…” Leiam o que está publicado no Estadão Online. Em seguida, recorrendo à memória, eu provo que o petista está mentindo. Não deixem de ler. Estamos diante de um caso que ainda será um clássico destes tempos.

As Farc nunca participaram do Foro de São Paulo’, diz Valter Pomar
Por Rodrigo Alvares
O Estado de S.Paulo, 19.08.2010

O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “As Farc não participam e nunca participaram do Foro de São Paulo”, disse Pomar, em entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º encontro da organização.
A Agência Estado insistiu na indagação sobre se nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. “Eu estava lá. Não participou nem como um setor de partido”, afirmou. Segundo ele, todos os representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse assunto voltou à tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e Farc.
“O Serra e o Indio adotam uma postura infantil, que é tratar o conflito da Colômbia como se fosse um caso de crime organizado contra o Estado”, afirmou. “Este jeito não resolve o problema. O que precisa ser discutido é como construir um processo de paz na Colômbia.” Pomar destacou a presença de bases militares dos Estados Unidos na América Latina para recomendar: “Diante desse cenário de uma forte presença e uma expansão militar dos EUA na América Latina, coincidindo com um momento em que há governos de esquerda, a Colômbia é um nó que precisa ser desatado.” Segundo ele, “a Colômbia serve de pretexto para a ampliação da presença militar norte-americana”.
“A posição de 100% dos países do Foro é de que se precisa de paz na Colômbia”, afirmou. “A paz na Colômbia remove um dos pretextos para a presença dos EUA na América Latina.” Para o petista, o problema da Colômbia vai além da questão do crime organizado. “No conflito militar colombiano tem o governo, a guerrilha, os paramilitares e o narcotráfico, tem tudo isso misturado. Não é só o crime. Porque se fosse, como é que se explica uma guerrilha que tem 50 anos? É um problema social, econômico e político que tem de ser solucionado.” Nesse sentido, a declaração final do foro, que termina na sexta-feira, vai representar um forte chamado à paz colombiana.


Comento [Reinaldo Azevedo]:
É mentira! Mentira documentada! As Farc são membros-fundadores do Foro de São Paulo, junto com o PT e o Partido Comunista de Cuba, entre outros democratas… Notem que Valter Pomar não condena os métodos dos narcoterroristas em nenhum momento. Ao contrário: ele ataca, como é praxe no PT, o governo constitucional da Colômbia. Já volto a esse aspecto. Agora, quero que vocês vejam este vídeo. É importante que vocês o façam:
(video ver no link: http://feedproxy.google.com/~r/ReinaldoAzevedo/~3/al23OS_0tNM/)
Como viram, Chávez presta tributo ao chefe terrorista Raúl Reyes, morto por forças colombinas no Equador, onde se abrigava um núcleo do terror, sob a proteção do presidente daquele país, o filoterrorista Rafael Corrêa. ATENÇÃO: RAÚL REYES É AQUELE CUJO LAPTOP TRAZ A TROCA DE CORRESPONDÊNCIAS COM OLIVÉRIO MEDINA, QUE ESTÁ NO BRASIL. A MULHER DE MEDINA TRABALHA NO MINISTÉRIO DA PESCA, CONTRATADA POR DILMA ROUSSEFF. Falemos mais do vídeo:

2min55s - Chávez diz que, quando saiu da prisão, em 1994 (ele fora preso porque tentara um golpe militar em 1992), recebeu um convite para participar do Foro de São Paulo. Isto mesmo: o Foro de São Paulo, de que Lula era um dos chefões, convidou um notório golpista para a sua reunião. Só um golpista? Nãããããõoooo!!! Também um terrorista!

3min40s - Chávez, não mais do que um golpista então, diz que já conhecia “Lula entre outros”. Por que Lula se relacionava com um sujeito que tentara um golpe militar na Venezuela?

AGORA, A PROVA DA MENTIRA:
3min44Ss - Chávez diz que estava na “mesa de trabalho” do Foro quando chegou para saudá-lo ninguém menos do que Raúl Reyes, do comando central das Farc.

Entenderam?
O Foro de São Paulo não chamava para a reunião apenas um golpista como Hugo Chávez. Também estava presente, sim, Raúl Reyes, o chefão do narcoterrorismo. Chávez, evidentemente, não está mentindo neste caso porque se refere a um fato historicamente comprovado. Assim, quem mente é Valter Pomar, como mentem todos os petistas que negam os vínculos do partido as Farc. Chávez comete um equívoco quanto às datas: se esteve com Reyes na reunião do Foro havida em El Salvador, então foi em 1996, não em 1995, como diz.

José Eduardo Martins Cardozo, que faz a linha “sou-petista-mas-não-sou-como-eles” — não deixa de ser o pior tipo porque pretende ter do petismo só os benefícios; nesse particular, Berzoini é mais legítimo porque é o que é até na cara —, resolveu participar do Foro, levou aquela carta em que Lula ataca a “direita”, mas diz que esse negócio de Farc é acusação puramente eleitoral. Não neste blog, que denuncia essa história há muito tempo.

Chega de papo furado! Eis aí: Chávez confessa ter conhecido o narcoterrorista na reunião do Foro, de que Lula era o grande comandante.

Encerrando
Quanto a Pomar, dizer o quê? Entre criticar as Farc e criticar o governo constitucional da Colômbia, ele elege o segundo como alvo. Trata-se de uma escolha: a escolha do PT. Entre o governo legal e as Farc, as Farc!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O PT e as FARC: por que todo esse medo da verdade?

O PT não gosta que se lembre que ele tem vínculos com as FARC. Mas por que tanto medo de reconhecer o que é uma simples verdade? Só porque as FARC são um grupo narcoterrorista, que "ganha a vida" sequestrando pessoas, matando adversários ou simples soldados, traficando cocaína e destruindo a democracia? Só por isso?
Poderia ser pior: as FARC, por exemplo, poderiam ser como certos ditadores que existem por aí, que matam seus povos de fome. Na verdade, ela É como eles, só que ainda não conseguiu dominar a Colômbia. Se dependesse dos cubanos e dos petistas, elas já o teriam conseguido.
O PT poderia, por exemplo, começar explicando porque a ex-ministra-chefe da Casa Civil, hoje sua candidata a presidente(a), requisitou a mulher do representante das FARC no Brasil para trabalhar num ambiente acolhedor em Brasília, com DAS e tudo... Não precisa nem dizer quanto ganha, basta dizer por que mesmo foi feita esse ato administratico, incompreensível para tantos brasileiros que também gostariam de ganhar um emprego, asi no más...
Bem, não custa lembrar alguns episódios dessa ligação do PT com as FARC. Não precisa ficar envergonhado; agora que tudo é possível, basta reconhecer o que já está documentado.

O Foro de São Paulo não é uma fantasia
Reinaldo Azevedo, 30.01.2008

"Os petistas falam do Foro sem receio. Fizeram-no no vídeo preparado para o 3º Congresso do partido, no fim de agosto e início de setembro do ano passado. Procure no YouTube. Parte do jornalismo brasileiro, no entanto, pretende que tratar do assunto é dar asas a uma fantasia paranóica. Eis uma prática antiga da esquerda.
Ela sempre foi craque em ridicularizar a verdade, transformando-a numa caricatura, de modo que |seus adversários intelectuais ou ideológicos não encontrem senão a solidão e o desamparo"

Vivemos os últimos dias de 2007 e os primeiros de 2008 sob o signo do terror. Setores da imprensa do Brasil e do mundo se deixaram seduzir pela pauta dos bandidos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Co-estrelaram a farsa protagonizada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que "libertou" duas reféns (há oitocentos!), os governos do conservador Nicolas Sarkozy, presidente da França, e do "progressista" Luiz Inácio Lula da Silva. Os maus herdeiros de Tocqueville (1805-1859), autor de Democracia na América, querem apenas resgatar do coração das trevas Ingrid Betancourt, uma cidadã que também tem nacionalidade francesa – e depois esquecer aquele canto amaldiçoado das... Américas. Já Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula e representante brasileiro na "negociação", estava lá como um utopista. Ele é fundador de uma entidade internacional chamada Foro de São Paulo, que tem como sócios tanto o PT como as Farc. Existe, portanto, uma entidade em que essas duas organizações são parceiras, companheiras e partilham objetivos comuns.

O tal Foro foi criado em 1990 por Lula e pelo ditador Fidel Castro. Reúne partidos e grupos de esquerda e extrema esquerda da América Latina. Era a resposta local ao fim do comunismo – a URSS seria oficialmente extinta no ano seguinte. Há dois anos e meio, no aniversário de quinze anos da entidade, a reunião dos "companheiros" se deu no Brasil. E Lula discursou para a turma. Não acredite em mim, mas nele. A íntegra de sua fala está no endereço oficial www.info.planalto.gov.br. Clique no terceiro item da coluna à esquerda, "Discursos e entrevistas", e depois faça a procura por data: está lá, no dia 2 de julho de 2005.

Em sua fala, o presidente brasileiro:

- exalta a atuação de Marco Aurélio Garcia no Foro:

"O companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990";

- explicita as vinculações da organização com Chávez:

"O Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos (...) a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela";

- canta as conquistas internacionais da patota:

"E eu quero dizer para vocês que muito mais feliz eu fico quando tomo a informação, pelo Marco Aurélio ou pela imprensa, de que um companheiro do Foro de São Paulo foi eleito presidente da Assembléia, foi eleito prefeito de uma cidade, foi eleito deputado federal, senador (...)";

- expõe os tentáculos internos de que o Foro se serve:

"Vejam que os companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. (...) A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa, porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra";

- e reafirma a marcha rumo ao poder no continente e, se der, fora dele:

"Por isso, meus companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência tranqüila de que esse filho nosso, de quinze anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. (...) Logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento (...)."

Os petistas, como se vê, falam do Foro sem receio. Fizeram-no, por exemplo, no vídeo preparado para o 3º Congresso do partido, no fim de agosto e início de setembro do ano passado. Procure no YouTube. Parte do jornalismo brasileiro, no entanto, pretende que tratar do assunto é dar asas a uma fantasia paranóica. Eis uma prática antiga da esquerda. Ela sempre foi craque em ridicularizar a verdade, transformando-a numa caricatura, de modo que seus adversários intelectuais ou ideológicos não encontrem senão a solidão e o desamparo. Se você é do tipo que prefere anuir com o crime a ficar sozinho, acaba se comportando como um vapor barato do tráfico ideológico.

Já lembrei no blog a viagem que o escritor francês André Gide (1869-1951) fez à URSS em 1934, para participar do Primeiro Congresso dos Escritores. O evento era organizado por Jdanov, o poderoso ministro da Cultura. Intelectuais de todo o mundo estiveram lá. Só Gide denunciou o regime do ditador soviético Stalin (1879-1953), o que fez no livro Retour de l’URSS. Isso lhe valeu o ódio da esquerda internacional e uma espécie de ostracismo. André Malraux (1901-1976) foi um dos que silenciaram. Fez pior do que isso: afirmou que os Processos de Moscou, farsas jurídicas a que Stalin recorria para eliminar seus adversários (e até aliados), não maculavam a essência humanista do socialismo. De fato, o autor de A Condição Humana era um espião soviético. As esquerdas têm muitos heróis nascidos no solo fertilizado pelos cadáveres de seus adversários. Posso ficar só, mas repudio o crime.

Malograda a primeira expedição de Chávez e dos "observadores" para resgatar os reféns das Farc, o Itamaraty divulgou uma nota no dia 1º de janeiro lamentando o desfecho e concluía: "O governo brasileiro reitera seu apoio ao processo de paz na Colômbia, assim como a disposição de aprofundar sua contribuição a iniciativas de fortalecimento do diálogo interno naquele país". Traduzindo a linguagem diplomática: o Brasil reconhecia as Farc como "força beligerante" – uma reivindicação de Chávez –, e não como grupo terrorista. No dia 14 de janeiro, em seu programa de rádio, foi a vez de o próprio Lula afirmar: "Na medida em que as Farc se dispõem a libertar dois reféns, ela está dando (sic) um sinal de que é possível libertar mais. Portanto, o apelo que eu faço é que o governo colombiano e o meu amigo, o presidente (Álvaro) Uribe, mais os dirigentes das Farc se coloquem de acordo para que se possa (sic) libertar mais pessoas que estão seqüestradas". Os terroristas, que recorrem a assassinatos e seqüestros e vivem da proteção que oferecem ao narcotráfico, eram, assim, reconhecidos como expressão política legítima – agora não apenas no Foro de São Paulo, mas no âmbito da diplomacia e do governo brasileiros.

Isso tudo é irrelevante? Não é, não. Já publiquei no blog a lista dos partidos e organizações que integram o Foro: além do PT, do PC do B e das Farc, estão, entre outros, o também colombiano Exército de Libertação Nacional, o Partido Comunista de Cuba, o Partido Comunista do Chile, o Partido Comunista da Bolívia (aliado de Evo Morales), o Partido Comunista da Venezuela (engolido por Chávez), a Frente Sandinista de Libertação Nacional e o PRD mexicano (Partido da Revolução Democrática), do arruaceiro López Obrador, aquele que não aceita perder eleições.

A recusa em condenar as Farc, a defesa incondicional do governo de Hugo Chávez na Venezuela, o apoio às pantomimas de Evo Morales na Bolívia – mesmo e especialmente quando ele contraria interesses brasileiros – e de Rafael Correa no Equador e as relações sempre especiais com a tirania cubana fazem parte do alinhamento do governo do PT com este "Comintern" (Internacional Comunista) cucaracho, o Foro de São Paulo.

Ah, não. Não haverá uma revolução comunista liderada pelos petistas. É mais lucrativo operar uma "revolução" na telefonia, não é mesmo? Condescender com a hipótese do levante é uma forma de fazer uma caricatura do que vai acima. O que estou afirmando, e isto é inconteste, é que existe uma organização na América Latina, chamada Foro de São Paulo, a que pertencem o PT e as Farc, que coonesta grupos e governos que optaram pelo terror, pela ditadura ou por ambos. O que essa gente faz é chantagear a democracia, cobrando muito caro por aquilo a que temos direito de graça. E isso se dá, como sempre, sob o silêncio cúmplice e medroso dos democratas.

E que se note: por motivos óbvios, os petistas são mais decentes quando silenciam sobre os crimes das Farc do que quando fingem indignação em entrevistas.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O PT e as FARC: precisa de mais comprovacao?

O PT reagiu horrorizado às afirmações -- não insinuações, declarações mesmo -- de que tinha relações com as FARC.
Não é que ele mantenha relações, asi no más. O que acontece, de verdade, é que o partido, ou seus agentes qualificados, estavam, objetivamente, a serviço das FARC, como se depreende da matéria abaixo. Assim como sempre estiveram a serviço dos interesses cubanos e do que mais fosse no gˆ´nero: anti-imperialismo, antiamericanismo, anticapitalismo, antihegemonismo, e outros anti, com alguma coisa a favor, obviamente: pró-socialista, pró-comunista, pró-fascismo bolivariano, etc., etc., etc.
Precisa mais ou estaria bem assim?
Paulo Roberto de Almeida

PT e as Farc
Garcia se ofereceu como “ponte” entre Brasil e Farc

Fernando Mello
Revista Veja, 28.07.2010

Atual assessor especial da presidência pediu audiência no Itamaraty em 1999
O encontro ocorreu no gabinete do então ministro, Luiz Felipe Lampreia, que relatou ter recusado a oferta

No final de 1999, o hoje assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia pediu uma audiência oficial no Ministério das Relações Exteriores. O encontro ocorreu no gabinete do então ministro, Luiz Felipe Lampreia. Garcia se ofereceu ao governo brasileiro para atuar como “ponte” com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Nos últimos dois dias, VEJA.com colheu relatos sobre o encontro.

Nesta quarta-feira, procurou o ex-ministro Lampreia, que confirmou a audiência. Servidor de carreira, com mais de 40 anos de Itamaraty, o ex-ministro não tem filiação partidária. “A proposta era de promover um encontro, uma relação, uma conversa”, afirmou.

Na última semana, o candidato a vice na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM-RJ), provocou reações do PT ao dizer que o partido tem ligações com as Farc. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, chamou Indio de “desqualificado” e “medíocre”.

Em 1999, Garcia era o responsável pela área de assuntos internacionais do PT. Lampreia confirmou a conversa. “Ele pediu uma hora oficialmente, está na agenda”, relata. “Ele me fez essa oferta. Eu agradeci o espírito com que ele fez a oferta, um espírito respeitoso. Mas disse que não aceitava. Como chanceler não tinha nenhum interesse em ter contatos com representantes das Farc. A organização estava combatendo um governo constitucional, amigo do Brasil.”

Lampreia disse a VEJA.com que, recusada a oferta, Garcia não apresentou mais detalhes, nem disse qual seria o representante das Farc escalado para falar com o governo brasileiro. Naquele ano, as Farc tinham muito mais força do que hoje. Seus guerrilheiros se aproximavam da capital, Bogotá, e tinham chances de tomar o poder.

As FARC e o conflito Venezuela-Colombia: proposta de internacionalizacao

Adivinhem quem mais, depois da Venezuela, vai apoiar a proposta de internacionalização do conflito interno da Colômbia, ou seja, a luta de seu governo legal contra um grupo de narcoterroristas, também conhecido como FARC?
Não prometo um doce a quem acertar, pois esta é muito fácil...
Paulo Roberto de Almeida

Uribe rejeita internacionalização de acordo de paz com guerrilhas
BBC Brasil, 28/07/2010

Caracas – O presidente da Colômbia Álvaro Uribe rejeitou nesta terça-feira a possibilidade de internacionalizar um processo de paz com as guerrilhas colombianas, ao afirmar que a medida daria “oxigênio” aos grupos armados.

“Sabemos que a cobra do terrorismo quando sente que está encurralada e que está com uma corda no pescoço pede processos de paz, para que afrouxemos a forca e para que ela possa tomar oxigênio e voltar a envenenar”, disse afirmou Uribe, durante ato de despedida no ministério de Defesa, em Bogotá.

As declarações de Uribe ocorrem em meio ao giro que o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, faz a sete países da região para concertar um “plano de paz” que deve ser apresentado na quinta-feira, na reunião de chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), em Quito, como proposta para solucionar a crise binacional.

Uribe disse que não se deixará “enganar” e que os colombianos sabem “como conduzir processos de paz”, em referência ao controvertido processo de desmobilização de grupos paramilitares.

“Agora querem internacionalizar a solicitação para que levantemos a forca e nessa armadilha, não vamos cair”, afirmou Uribe, que desde que chegou ao poder, em 2002, endureceu a política de combate às guerrilhas.

Venezuela
Logo depois, o chanceler colombiano Jaime Bermudez disse que a proposta venezuelano representa “intromissão” nos assuntos internos de seu país.

“Não há nada mais sensível que uma política de segurança e paz”, afirmou Bermudez.

A saída militar e não negociada do conflito é uma das principais críticas dos opositores do uribismo, por considerar que a medida incrementa a violência no interior do país e afasta a possibilidade real de um acordo de paz, que daria fim à guerra que já dura mais de 60 anos.

Uribe, que deixará o governo em 10 dias, disse que seu governo pede o cumprimento das normas internacionais para combater os grupos armados.

Sem fazer referência direta à Venezuela, Uribe disse que “alguns setores” falam de paz, quando o problema é a segurança regional para que não exista “nenhum bandido”.

As FARC e o governo do Brasil: efeitos do conflito Colombia-Venezuela?

Para os que se interrogam, no próprio PT, sobre a natureza e a extensão das boas relações entre o grupo narcoterrorista colombiano conhecido como FARC e o Partido dos Trabalhadores, atualmente no poder no Brasil, este artigo, de um analista das questões de defesa no Brasil, fornece mais alguns elementos probatórios. Os que discordam podem apresentar outros fatos, ou outra realidade...

Crisis Colombia – Venezuela: um desafio a UNASUR
Marcelo Rech
27/07/2010

El presidente colombiano Álvaro Uribe deja el poder el 7 de agosto luego de ocho años de gobierno.

Si no ha transformado social y económicamente al país, Uribe seguramente ha trabado una lucha sin treguas contra las guerrillas, especialmente las Farc, reduciendo su letalidad a niveles históricos.

Durante eso período, muchos han los altibajos con el vecino Hugo Chávez, lo que puso la región bajo tensión.

Los dos divergen en casi todo.

Uno es aliado de los Estados Unidos que en los últimos diez años, ha destinado US$ 8 mil millones para la lucha contra el narcoterrorismo en Colombia.

El otro llego al poder al final de los 90 luego de un intento fracasado de golpe de Estado y nadie tiene idea de hasta cuando quedará.

En la última década, no faltaron denuncias y elementos para uno creer que las guerrillas colombianas actuaban extraterritorialmente.

En Brasil, las Farc mantienen al menos cinco de sus miembros entre Brasília, la región Sudeste y las áreas fronterizas.

Durante las tres ediciones del Foro Social Mundial, realizadas en Porto Alegre (RS), bajo la financiación del Partido de los Trabajadores (PT), han ocupado espacios, realizados debates y firmado alianzas.

Los gobiernos – estadual y municipal – de Olívio Dutra y Tarso Genro recibieron los voceros de las Farc con el status diplomático en la capital gaucha.

En Manaos (AM), la guerrilla es vieja conocida. Hasta apartamentos ocupan en la ciudad.

Campamientos de la guerrilla en Brasil, no se tiene noticia, pero su presencia es explícita.

Olivério Medina, antiguo cura católico y uno de los más importantes enlaces de la guerrilla en América del Sur, recibió de actual gobierno, status de refugiado lo que le da el derecho a tener un salario mensual bajo los auspicios del contribuyente brasileño.

Colombia ha luchado para obtener su extradición, pero varios partidos políticos de izquierda pagaron abogados y ejercieron influencia en la decisión del Comité Nacional para los Refugiados (Conare), subordinado al ministerio de Justicia a la época comandado por Tarso Genro.

Medina ha casado con una brasileña integrante del PT que del estado de Paraná ha sido llamada a trabajar en Brasília en la Secretaría Nacional de Pesca, órgano comandado por el partido.

El mismo gobierno que ha sido incapaz de impedir el ingreso de la guerrilla en Brasil y así dar el ejemplo contundente contra el narcoterrorismo, habla en mediar la crisis que tiene las Farc como centro, involucrando Colombia y Venezuela.

En muchos aspectos, la política exterior del actual gobierno emite señales contradictorios.

Usa la Constitución para reafirmar el respecto a la autodeterminación de los pueblos y de la no injerencia, para en seguida, escoger cirurgicamente dónde y cómo meterse.

De todas formas, importante mismo es el papel que desarrollará la Unión de Naciones Sudamericanas (UNASUR).

Una reunión extraordinaria de cancilleres está marcada para el jueves, 29, en Quito.

Brasil no acepta que la crisis sea solucionada con la participación de actores externos lo que le exigirá llamar la responsabilidad por ver Colombia y Venezuela normalizaren sus relaciones.

Venezuela sabe que las pruebas presentadas ante la Organización de Estados Americanos (OEA), son fuertes. Hay poca margen de maniobra.

Chávez tendrá de aceptar los hechos y mostrar habilidad para convencer la región que los 80 campamientos y 1.500 guerrilleros en su país, no cuentan con su apoyo ni financiación.

La tendencia es que tanto Colombia como Venezuela disminuyan el tono hasta que Uribe entregue el poder al ex ministro de Defensa, Juan Manuel Santos, que tendrá la difícil tarea de restablecer las relaciones con Chávez.

El hecho concreto es que las Farc representan un problema regional que como tal debe de ser atacado.

Ponerlo en la mesa en un mecanismo regional que todavía no ha mostrado la razón de ser, es fundamental para su propia supervivencia y para la credibilidad de América del Sur.

Marcelo Rech es periodista, editor de InfoRel y especialista en Relaciones Internacionales, Estrategias y Políticas de Defensa y Terrorismo y contrainsurgencia. Correo electrónico: inforel@inforel.org

domingo, 25 de julho de 2010

A tensao Venezuela-Colombia e a diplomacia brasileira

Sem comentários, duas matérias sobre o assunto do momento. Leitores inteligentes sabem tirar suas conclusões...

A nova bravata de Chávez
Editorial - O Estado de S.Paulo
24 de julho de 2010

Diante das evidências contundentes sobre a presença de 1.500 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território venezuelano, apresentadas à Organização dos Estados Americanos (OEA), o presidente Hugo Chávez reagiu na sua típica maneira destemperada: invocando a "dignidade" nacional, rompeu relações diplomáticas com o governo de Bogotá e ordenou às Forças Armadas que entrassem em "alerta máximo" na fronteira entre os dois países.

A dignidade da Venezuela estaria mais bem servida se, em primeiro lugar, tivesse um dirigente que não se comportasse como um histrião. Mas Chávez armou o cenário para o anúncio da ruptura com a participação, que acabou sendo ridícula, de seu "correligionário" argentino Diego Maradona, que com ar estuporado ouviu a catadupa de impropérios que dirigiu ao presidente colombiano Álvaro Uribe. Essa foi a resposta às provas exibidas na OEA de que continua dando guarida ao bando de narcotraficantes em que se transformaram as antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que desgraçaram a nação vizinha antes de serem acuadas pela tenaz política de segurança adotada por Uribe.

"A Venezuela deveria romper relações com as gangues que sequestram, matam e traficam drogas, e não com um governo legalmente constituído", comentou o embaixador colombiano na OEA, Luis Alfonso Hoyos. Foi na sede da OEA, em Washington, que os representantes colombianos exibiram vídeos, mapas e fotos aéreas indicando a localização dos acampamentos das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

"São ao menos 87 estruturas completamente armadas em território venezuelano", descreveu Hoyos. Os acampamentos "continuam se consolidando". Nas regiões do país onde se instalaram, geralmente em locais fronteiriços, os farquistas não se conduzem como se estivessem batendo em retirada ou apenas se reagrupando. Controlam com mão de ferro as desafortunadas populações, a ponto de lhes impor o toque de recolher a cada dia.

Foi essa realidade que a Colômbia buscou descortinar na reunião de emergência da OEA, convocada a seu pedido. Além disso, representantes de Bogotá exortaram Chávez a permitir que observadores estrangeiros visitassem as áreas onde se situam os santuários das Farc. Para surpresa de ninguém, a Venezuela se recusou a fazê-lo, o que dá a devida dimensão a suas tentativas de desmentir fatos que constituem uma clara violação das normas da Carta da OEA sobre a convivência pacífica dos países do Hemisfério.

A bravata do rompimento vem sendo, em geral, interpretada como a reencenação do velho truque da transmutação do agressor em vítima. A plateia a que o caudilho se dirige é a população venezuelana. Já se apontou neste espaço a urgência de Chávez em fabricar inimigos internos (a imprensa, a Igreja, o empresariado) e externos (o "Império" e a Colômbia) para mascarar o estado pré-falimentar a que as suas políticas "bolivarianas" reduziram a economia nacional, em recessão pelo segundo ano consecutivo. Ele teme o troco do povo nas eleições legislativas de setembro.

Se os motivos de Chávez são claros, os de Uribe suscitam controvérsias. Segundo uma versão, ele teria resolvido levar o venezuelano ao pelourinho a duas semanas da transmissão do poder ao sucessor Juan Manoel Santos, o ex-ministro a quem apoiou na campanha, para sabotar a sua anunciada política de distensão com a Venezuela. Mais convincente, talvez, parece ser a hipótese de que, tendo só agora reunido as condições para denunciar a proteção chavista às Farc, Uribe quis fechar um ciclo no contencioso bilateral e deixar o campo livre para Santos fazer nova política na matéria.

De seu lado, o governo brasileiro, que até há pouco preferia se envolver nos conflitos do Oriente Médio em vez de se voltar para tensões na vizinhança, mais do que depressa anunciou a intenção de agir como mediador entre Colômbia e Venezuela. Antes tarde do que nunca, seria o caso de dizer, se a oferta já não estivesse contaminada pelas manifestas simpatias do presidente Lula e do seu entorno pelo autocrata venezuelano.

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Lula diz 'estranhar' denúncia de Uribe contra a Venezuela
BBC Brasil, 24 de julho de 2010

Presidente afirma que denúncia feita a poucos dias de fim de mandato causou estranhamento.

Em suas primeiras declarações públicas a respeito da crise entre Venezuela e Colômbia desde que os dois países romperam relações diplomáticas, na última quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou "estranhar" o fato de o governo colombiano ter apresentado as denúncias contra Caracas a poucos dias do fim do mandato de Álvaro Uribe.

"O que eu, na verdade, estranhei é que faltam poucos dias para o companheiro Uribe deixar a Presidência da República. (...) Os sinais estavam andando tudo bem, até que o presidente Uribe resolve fazer uma denúncia na OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a Venezuela", disse Lula durante uma entrevista coletiva em Caetés, Pernambuco, nesta sexta-feira.

Uribe deixa a Presidência da Colômbia no próximo dia 7 de agosto. Na última quinta-feira, no entanto, seu governo apresentou à OEA uma denúncia de que haveria membros de grupos guerrilheiros colombianos abrigados na Venezuela, o que fez com que presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciasse o rompimento das relações entre os dois países.

Durante a coletiva desta sexta-feira, Lula afirmou que pretende discutir a crise na região com os líderes de Colômbia e Venezuela durante visitas a Caracas, no próximo dia 6, e a Bogotá, no dia 7.

"São dois países que dependem um do outro(...), dois países (que) poderão ir para frente com muito mais facilidade se eles estabelecerem uma programação de construir a paz definitiva entre eles", disse.

Negociações
O Brasil tem trabalhado para que a crise entre os dois países seja solucionada no âmbito da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e gestões neste sentido já estão sendo feitas pelo organismo.

Segundo uma fonte do Palácio do Planalto ouvida pela BBC Brasil, a avaliação é de que o grupo, criado por uma iniciativa do Brasil, "está mais próximo à realidade regional" do que outros fóruns, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), que inclui ainda América Central, além de México, Estados Unidos e Canadá.

A estratégia do governo brasileiro tem sido a de atuar nos bastidores, evitando assim qualquer comentário mais contundente sobre a disputa diplomática.

O objetivo é ganhar tempo até que o presidente Lula fale pessoalmente com Chávez e com Uribe.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Entre a mentira e a verdade, nao sou neutro; entre a fraude e a desonestidade, rejeito ambas...

Este blog tem um compromisso com ideias, basicamente, boas ideias, se possivel, ideais sensatas, sempre. E minhas escolhas e princípios são claros: sou pela democracia, contra todas as ditaduras; sou pelos mercados, contras todos os estatismos indevidos; sou pelo indivíduo, sempre, contra todos os Estados opressores. Sou sobretudo pela verdade dos fatos, quando querem nos impingir mentiras, fraudes, propaganda travestida de informação.
Por isso me limito a expor material informativo, com poucos comentários pessoais, pois fatos costumam falar por si (salvo alguns fatos econômicos que são de difícil compreensão para alguns cabeças-duras da academia ou da imprensa).
A questão das Farc, do narco-terrorismo, das ditaduras vagabundas que proliferam pela região me deixam preocupado, pois pretendo um Brasil democrático, com uma economia de mercado, com partidos limpos e não corruptos, com dirigentes que não pratiquem fraudes políticas nem desonestidade intelectual.
Daí alguns posts, que são meras contribuições para o esclarecimento de certos fatos.
Outro dia recebi a ligação de um telefone "bloqueado" -- ou seja, não identificado -- para simplesmente me ofender, desligando em seguida. Deve ser alguém incomodado com o meu blog, pois meus artigos, de escassa leitura mais ampla, não devem ter nenhuma influência maior. Mas, parece que este blog incomoda certas pessoas. Daí ofensas eventuais. Não me intimida. Continuarei fazendo o que sempre fiz: lendo, refletindo, escrevendo, publicando eventualmente, mas simplesmente expondo fatos e tirando conclusões, com base numa análise ponderada da realidade dos fatos, apenas isso.
Abaixo, mais um post que deve deixar incomodado certas pessoas...
Paulo Roberto de Almeida

El 'dossier' brasileño
Revista Cambio (Colombia), Julio 31 de 2008

El computador de 'Raúl Reyes' revela que los vínculos de las Farc con altos funcionarios del gobierno de Brasil, entre ellos cinco ministros, llegaron a niveles escandalosos.

En el atardecer del sábado 19 de julio, en la hacienda Hatogrande, la casa presidencial al norte de Bogotá, el presidente Álvaro Uribe, sonriente y desparpajado como pocas veces, no dudó en ofrecerle a su homólogo brasileño Luiz Inácio 'Lula' Da Silva, una copa de aguardiente antioqueño para mitigar el frío que calaba los huesos.

La copa selló la primera parte de la intensa jornada que había empezado el viernes 18 y que terminaría al domingo en Leticia con la celebración del Día de la Independencia. Una celebración que, como nunca, congregó a artistas de la talla de Shakira y a la cual concurrió también el presidente peruano Alan García.

La agenda 'Lula' y Uribe, alrededor de acuerdos bilaterales, fue condimentada con mutuos elogios públicos. El presidente Uribe les agradeció a su homólogo brasileño y a su gobierno seis años de relaciones dinámicas y de confianza. Sin embargo, en una reunión privada que sostuvieron ante muy pocos testigos, Uribe le hizo a 'Lula' un breve resumen sobre una serie de archivos que las autoridades colombianas encontraron en los computadores de 'Raúl Reyes' que comprometía a ciudadanos y funcionarios de su gobierno con las Farc.

Contrario a lo que pasó con la información relacionada con servidores públicos del Gobierno de Rafael Correa y ciudadanos ecuatorianos, que el Gobierno hizo pública, en el caso de Brasil las instrucciones del Presidente fueron mantenerlas en reserva y manejarlas diplomáticamente para no deteriorar las relaciones comerciales y de cooperación con el gobierno de 'Lula'.

El Gobierno colombiano ha usado en forma selectiva los archivos del PC de 'Raúl Reyes'. Mientras que con Ecuador y Venezuela fueron utilizados para poner en entredicho a Chávez y a Correa, hostiles con Uribe, con Brasil los ha manejado por debajo de la mesa para no comprometer a Lula Da Silva, quien se ha mostrado más hábil y menos pugnaz con Colombia que sus otros colegas.

Aún así, algunos medios brasileños tenían información parcial sobre unos pocos archivos y por eso el 27 de julio consultaron al ministro de Defensa Juan Manuel Santos, quien en una entrevista al diario O Estado de São Paulo confirmó que el Gobierno colombiano había informado a 'Lula' sobre el tema. "Hay una serie de informaciones de conexiones que entregamos al Gobierno brasileño para que pueda actuar como considere más apropiado", dijo Santos, pero se abstuvo de comentar sobre si había o no políticos y funcionarios oficiales con nexos con el grupo que hoy encabeza 'Alfonso Cano'.

A las declaraciones del Ministro respondió en forma inmediata Marco Aurelio García, asesor de política internacional de Brasil, quien calificó como irrelevantes los datos suministrados por Colombia.

'El Cura Camilo'
No se sabe con exactitud cuánta y qué tan detallada fue la información que el presidente Uribe le dio al presidente 'Lula', pero el que podría llamarse "el dossier brasileño" tendría implicaciones más serias que las derivadas de la información relacionada con Venezuela y Ecuador.

CAMBIO conoció 85 correos electrónicos que, entre febrero de 1999 y febrero de 2008, circularon entre 'Tirofijo', 'Raúl Reyes', 'el Mono Jojoy', 'Oliverio Medina' -delegado de las Farc en Brasil- y dos hombres identificados como 'Hermes' y 'José Luis'.

A juzgar por el contenido de los mensajes, la presencia de las Farc en Brasil llegó hasta las más altas esferas del gobierno de Lula, el Partido de los Trabajadores, PT -el partido del Presidente-, la dirigencia política y la administración de Justicia. En ellos son mencionados cinco ministros, un procurador general, un asesor especial del Presidente, un viceministro, cinco diputados, un concejal y un juez superior.

El personaje central de los correos es 'Oliverio Medina', también conocido como 'El Cura Camilo', un sacerdote que ingresó a las Farc en 1983 y quien en su rápido ascenso llegó a ser secretario de 'Tirofijo'. Llegó a Brasil como delegado especial de las Farc en 1997 y estuvo en Colombia durante el proceso del Caguán, en el que hizo de jefe de prensa del grupo.

Tras la ruptura de las conversaciones en febrero de 2002, regresó a Brasil donde continuó su misión, y su influencia llegó hasta altos niveles de la administración de 'Lula', quien asumió el cargo en enero de 2003. Pero gracias a la presión de las autoridades colombianas, fue capturado en agosto de 2005. Colombia lo pidió en extradición, pero el Tribunal Supremo de Justicia de Brasil no solo la negó el 22 de marzo de 2007, sino que le reconoció a 'Medina' la condición de refugiado político.

Hasta el 'curubito'
La cárcel no fue obstáculo para que 'El cura Camilo' suspendiera su labor proselitista y propagandística. Prueba de ello son los numerosos correos que le envió a 'Reyes' y que muestran cómo logró llegar hasta la cúpula del gobierno brasileño.

Cuatro de los correos conocidos por CAMBIO se refieren al presidente 'Lula'. En uno de ellos, fechado el 17 de julio de 2004, 'Raúl Reyes' le dice a 'Tirofijo' que el gobierno de 'Lula' ayudaría con el acuerdo humanitario: "Los curas me enviaron carta pidiendo entrevista con ellos en Brasil -escribe 'Reyes'-. Según dicen hablaron con 'Lula' y este asumió el compromiso de ayudar en lo del acuerdo humanitario, intercediendo ante Uribe para efectuar la reunión en su país".

En el segundo, fechado el 25 de septiembre de 2006, 'Oliverio Medina' le cuenta a 'Reyes': "No le he dicho que hace algunos días 'Lula' llamó al ministro Pablo Vanucchi (ministro de la Secretaría Nacional de DD.HH.), indicándole que telefoneara al abogado Ulises Riedel y lo felicitara por el éxito jurídico en su brillante defensa a favor de mi refugio".

En el tercero, con fecha 23 de diciembre de 2006, 'Medina' le informa a 'Reyes' que "a 'Lula' y dos de sus asesores que nos han ayudado les mandé el afiche de aguinaldo". Los funcionarios son Silvino Heck, asesor especial del Presidente, y Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete, que aparecen mencionados en un correo del 23 de febrero de 2007, también dirigido a 'Reyes': "Es posible que me visite un asesor especial de 'Lula' llamado Silvino Heck, que junto con Gilberto Carvalho ha sido otro que nos ha ayudado bastante".

Entre los 85 correos conocidos por CAMBIO, hay uno sin fecha, también enviado por 'Medina' a 'Reyes', que dice: "Estuve hablando con la diputada federal María José Maninha. Quedamos en que va a abrirme camino rumbo al Presidente vía Marco Aurelio García". García es secretario de Asuntos Internacionales.

No menos comprometedores son aquellos en los que aparecen mencionados algunos ministros. En uno de ellos, dirigido a 'Reyes' el 4 de junio de 2005 por un tal 'José Luis', figura el nombre del ministro de la Presidencia José Dirceo. "Llegó un joven de unos 30 años y se presentó como Breno Altman (dirigente del PT), me dijo que venía de parte del ministro de la Presidencia José Dirceo, que por motivos de seguridad ellos habían acordado que las relaciones no pasaran por la Secretaría de Relaciones Internacionales, sino que se hicieran directamente a través del ministro con la representación de Breno".

Al final del mensaje, 'José Luis' dice que el Gobierno brasileño y el PT le darán protección a 'Medina' mientras avanza el trámite de la extradición: "Le repliqué (sic) si podíamos estar tranquilos, que no lo iban a secuestrar o a deportar a Colombia y me contestó: 'Pueden estar tranquilos' ".

En un correo del 24 de junio de 2004, 'Reyes' le comenta a 'Medina' sobre la posible salida de Dirceo del Gabinete y le dice: "De ser cierto, esta medida en provecho de los detractores de 'Lula' puede afectar la incipiente apertura de las relaciones con nosotros".

Las Farc también intentaron llegar al despacho del ministro de Relaciones Exteriores, Celso Amorín. En un correo del 22 de febrero de 2004, 'José Luis' le escribe a 'Reyes': "Por intermedio del legendario líder del PT Plinio Arruda Sampaio, le llegamos a Celso Amorín, actual ministro de Relaciones Exteriores. Plinio nos mandó a decir con Albertao (concejal de Guarulhos) que el Ministro está dispuesto a recibirnos. Que tan pronto tenga un espacio en su agenda nos recibe en Brasilia".

El Procurador y el Juez
El embajador de las Farc hizo tan bien su oficio que también logró llegar hasta el procurador Luis Francisco De Souza, quien es mencionado en un extenso correo del 22 de agosto de 2004 que 'Medina' y 'José Luis' le enviaron a 'Reyes' y a 'Rodrigo Granda': "Él dio el siguiente consejo: andar con una máquina de fotografía y en lo posible con una grabadora para en caso de volver a parar un agente de información fotografiarlo y grabarlo, teniendo cuidado de no permitirle que agarre la cámara y la grabadora. Que en relación con lo sucedido hagamos una denuncia dirigida a él como Procurador para hacerla llegar al jefe de la Policía Federal y a la Agencia Brasileña de Información".

Algunos correos fueron escritos durante el proceso del Caguán e involucran a un prestigioso juez y a un alto ex oficial de las Fuerzas Armadas brasileñas. Por ejemplo, en uno fechado el 19 de abril de 2001, 'Mauricio Malverde' le informa a 'Reyes': "El juez Rui Portanova amigo nuestro, nos planteó que quiere ir a los campamentos a recibir instrucción y conocer la vida de las Farc. Costea su viaje". Portanova era entonces juez superior de la Corte Estatal de Rio Grande Do Sul, de Portoalegre.

Tres días antes, el 16 de abril, 'Medina' le relata a 'Reyes' un encuentro de Raimundo, Pedro Enrique y Celso Brand -al parecer enlaces de las Farc en Brasil- con el brigadier del Aire Iván Flota, ex jefe de la Fuerza Aérea de Brasil. "El hombre se interesó y dijo que le gustaría tener un encuentro personal con nosotros. Dijo que están comenzando a madurar la toma de la base de Alcántara por las fuerzas nacionalistas para impedir que Estados Unidos se quede con 600 kilómetros cuadrados que están bajo su dominio".

La pequeña muestra de los 85 correos electrónicos conocidos por CAMBIO revelan la importancia de Brasil en la agenda exterior de las Farc, manejada por 'Raúl Reyes', y no cabe duda de que 'El cura Camilo', para apuntalar la estrategia continental de la guerrilla, aprovechó la coyuntura creada por el arribo al poder de 'Lula' y su influyente Partido de los Trabajadores para llegar hasta las más altas esferas del Gobierno.

Y si bien es cierto que los correos son apenas indicios de un posible compromiso del gobierno de 'Lula' con las Farc, pues ninguno de los funcionarios envió mensajes personales a alguno de los miembros del grupo guerrillero, despiertan muchos interrogantes que exigen una respuesta del Gobierno brasileño.

LOS CONTACTOS DE LAS FARC
La expansión de las Farc en América Latina no solo incluyó a funcionarios de los gobiernos de Venezuela y Ecuador, sino que también comprometió a destacados dirigentes, políticos y altos miembros del Partido de los Trabajadores, al que pertenece el presidente Luiz Inácio 'Lula' Da Silva. Además el grupo guerrillero mantuvo contactos con procuradores y jueces de Brasil.

- José Dirceu, ministro de la Presidencia.
- Roberto Amaral, ex ministro de Ciencia.
- Erika Kokay, diputada.
- Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete.
- Celso Amorín, canciller.
- Marco A. García, asesor Asuntos Internacionales.
- Perly Cipriano, subsecretario Promoción DD.HH.
- Paulo Vanucci, ministro Secretaría de DD.HH.
- Selvino Heck, asesor presidencial.

SECUESTRO DE NOVARTIS
20 de septiembre de 2001
De: Jorge Briceño 'Mono Jojoy'
A: Secretariado

Edwin, viejo conocido comandante de La Policarpo junto a Julián, se robaron medio millón de dólares por una parte y 700 millones de pesos por otra, del secuestro de Novartis. Se tiraron el negocio que estaba planeado para 10 millones de verdes. Para completar, se armó un lío con México, Suiza y Brasil porque no entregábamos a los tipos. Hablé con representantes de esos países y acordamos que nos daban medio millón de dólares más y nosotros poníamos en libertad a los dos señores. Ordené soltarlos y hasta ahora no han pagado. Si se hacen los pesados pienso asustarlos".

INVITACIÓN AL CAMPAMENTO
12 de junio de 2005
De: 'Raúl Reyes'
A: 'José Luis'

"Al vocero de Brasil hay que invitarlo a que nos visite aquí y explicarle que en función de construir definiciones se hace imprescindible su conversación con el Secretariado. Decirle que tenemos formas seguras de recibirlo en nuestros campamento sin que sea registrado por las autoridades colombianas".

APOYO FINANCIERO
6 de julio de 2005
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

"Solidaridad recibida durante el primer semestre de 2005: diputado Paulo Tadeu US$ 833,33. Sindicato de la Empresa de Energía de Brasilia US$ 666,66. Corriente Comunista Luis Carlos Prestes US$766,66. Señora Solene Bomtempo US$ 250,00. Concejal Leopoldo Paulino US$ 433,33. Sindicato de la Empresa de Acueducto de Brasilia US$ 33,33".

EXTRADICIÓN DE CAMILO'
17 de septiembre de 2005
De: 'Raúl Reyes'
A: 'Roque'

"Bastante significativa la solidaridad de los partidos comunistas de Brasil y de otros países con la lucha de las Farc en el empeño de impedir la extradición del 'cura' (Francisco Medina, 'Cura Medina'). Existe en Brasil un importante grupo de amigos solidarios con nosotros en los que hay sindicalistas, maestros, congresistas, ministros, abogados y personalidades ocupados de presionar la libertad inmediata de Camilo".

EL EMPLEO
17 de enero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

"El lunes 15 inició 'la Mona' su empleo nuevo y para asegurarla o cerrarle el paso a la derecha por si en algún momento les da por molestar, entonces la dejaron en la Secretaría de Pesca desempeñándose en lo que aquí llaman un cargo de confianza ligado a la Presidencia de la República".

GIRA POR BRASIL
15 de febrero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

Los responsables de organizar la gira del camarada Carlos Lozano son: Albertao y Pietro Lora en Guarulhos, São Pablo y Río. En Brasilia: Paulo Tadeo, Erica Kokay. Para la actividad de Río se apoyarán en el ex diputado Federal Milton Temer, del Partido Socialismo y Libertad. Y en Florianópolis un diputado estadual que ellos ayudaron y está dispuesto a ayudar".

ENCUENTRO CON MINISTROS
23 de febrero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

"La defensora pública le está organizando a 'la Mona' un encuentro con el Ministro, el Viceministro y el principal asesor de la Secretaría de Derechos Humanos vinculada a la Presidencia, en su orden Paulo Vannuchi, Perly Cipriano y Dalma de Abreu Dalasi, que es un prestigioso jurista al que el ministro relator le tiene pavor. El viceministro Perly hablará con el presidente de la Comisión de Derechos Humanos de la Cámara Federal. Serán visitadas entidades importantes que nos apoyaron, comenzando por la Comisión Brasileña de Justicia y Paz".

ACTUAR CON CAUTELA
14 de abril de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

"Debo actuar con cautela para no facilitar al enemigo argumentos que lleven a cuestionar el refugio. En ese sentido, el haber conseguido el traslado de 'la Mona' y 'la Timbica' para la capital del país, ha sido importante. Ese bajo perfil lo mantendré hasta la neutralización. Obtenida esta, tendré pasaporte brasileño y lo primero que debo pensar es en irlos a ver".

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MAIS FARC E MAIS PT? TÁ BOM! O DIA EM QUE LULA, JÁ PRESIDENTE, DECIDIU DAR UM CONSELHO POLÍTICO AOS COMPANHEIROS NARCOTERRORISTAS
Reinaldo Azevedo, 20.07.2010

Pois é, leitores… Parece que aquele post do Tio Rei, escrito já sob o calor, conseguiu fazer algum verão neste inverno em que soçobra parte do jornalismo brasileiro. Huuummm… Esse papo de aquecimento global ainda acaba com a qualidade das minhas alegorias… Que esse jornalismo se recuse a veicular mentiras sobre o PT, posso compreender e apóio. De fato, não se deve escrever mentira sobre ninguém, com ou sem “outro lado”. Incompreensível é que se recuse a dizer as verdades. Os vínculos do PT com as Farc não existem porque essa é a opinião de Índio da Costa, de José Serra, minha ou do Mané da esquina. Existem, como deixei claro no post de ontem, porque os fatos o demonstram. Este blog dá sempre um furo permanente: TEM MEMÓRIA!!! Que tal acrescentar um outro ingrediente a esta história? Vamos lá: LULA DEU UMA PRECIOSA DICA ÀS FARC QUANDO JÁ ERA PRESIDENTE: SUGERIU QUE ELAS RENUNCIASSEM À LUTA ARMADA E PASSASSEM A FAZER POLÍTICA, SEGUINDO O EXEMPLO DO PT. Procurem as matérias na Internet. Vocês encontrarão. Voltarei a este ponto. Antes, outras considerações.

Por que tanta resistência em cuidar do binômio PT-Farc? Quando Diogo Mainardi trouxe a público o tal requerimento em que Dilma pede a transferência da mulher de Olivério Medina para o Ministério da Pesca, boa parte dos coleguinhas fez de conta que aquele documento não existia ou de nada valia. Mais tarde, a revista colombiana Cambio revelou os e-mails trocados entre Medina e o chefão terrorista Raúl Reyes: ficou claro que a transferência era uma operação combinada com o governo brasileiro para “proteger Mona” - apelido da mulher de Medina. E, de novo, fez-se silêncio nessa área do jornalismo a que me refiro.

A revista Cambio, diga-se (ver post de ontem), trouxe a lista completa daqueles que os próprios narcoterroristas consideram seus amigos no governo e no PT. Celso Amorim está lá. Esse Megalonanico… Ele não é amigo só de Ahmadinejad… Amorim certamente diria que não tem nada com isso etc. A questão é saber por que os narcos o consideram um companheiro. Num dos e-mails, Medina afirma que Amorim era uma das pessoas com as quais ele contava para permanecer livre no Brasil.

Coisa do passado?
Esse vínculo é “coisa do passado”, como sugere Clóvis Rossi na Folha, segundo vejo aqui? Acho que não. Na crise entre o governo colombiano - democrático - e os narcoguerrilheiros, o Brasil nunca condenou as Farc. Nunca! Mas sobraram hostilidades contra o governo constitucional.

Quando as forças colombianas atacaram o acampamento dos terroristas no Equador, seria até compreensível que o Brasil condenasse a violação do território etc e tal… Mas fez muito mais do que isso: transformou os narcos em vítimas e Álvaro Uribe em bandido. No auge da estupidez, Marco Aurélio Garcia concedeu aquela entrevista ao Le Figaro (ver post de ontem) afirmando que o Brasil era “neutro” (???) sobre o caráter terrorista ou não das Farc. E sentenciou: o governo colombiano estava ficando isolado na América Latina.

É pouco? LULA OFERECEU O BRASIL COMO TERRITÓRIO NEUTRO PARA UMA SUPOSTA NEGOCIAÇÃO ENTRE O GOVERNO CONSTITUCIONAL E OS NARCOTERRORISTAS. Neutro??? Então, entre o terrorismo e a lei, somos território neutro?

De volta a Lula
E agora volto ao ponto que deixei lá no primeiro parágrafo. Quando Lula sugeriu que as Farc abandonassem a luta armada e aderissem à luta política, simplesmente ignorava o caráter do grupo. Para o Babalorixá de Banânia, o “erro tático” dos companheiros - que ele aceitou no Foro de São Paulo quando eles já seqüestravam, assassinavam e mantinham campos de concentração - era a luta armada; O RESTO LHE PARECEU OK. E o resto era nada menos do que o narcotráfico. Nesse assunto, Lula não tocou. Imaginem os companheiros do pó disputando eleições, como queria Lula…

Então não me venham com essa cascata de “assunto do passado”. Não é, não! É assunto do presente. TÃO PRESENTE QUANTO O REQUERIMENTO ASSINADO POR DILMA SOLICITANDO A CONTRATAÇÃO DA MULHER DE MEDINA.

Pronto! Agora voltarei ao calor, que está gelado aqui no “Starbucks Coffee” - música brasileira no som-ambiente… Já ouvi bossa nova de elevador, Gonzaguinha e Beth Carvalho. E escrevi sobre Lula e as Farc… Como dizia uma musiquinha dos anos 80, às vezes, “a vida não presta”… Paro antes que uma das filhas, aqui do lado, fique muito brava…