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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Pierre Salama, brasilianista francês, publica novo livro, sobre a pandemia na América Latina

 Caras amigas, caros amigos


Gostaria de anunciar que a tradução do meu livro sobre a pandemia na América Latina será publicada nos próximos dias pela editora Contracorrente.Escrevi-o há apenas um ano e acrescentei um posfacio bastante longa sobre o que a gestão da pandemia no Brasil nos pode ensinar.
Coloco abaixo o “flyer” para obter o livro.

pré-venda do livro no site da Contracorrente: https://loja-editoracontracorrente.com.br/produto/contagio-viral-contagio-economico-e-riscos-politicos-na-america-latina/

Gostaria de lhe o ter oferecido mas, infelizmente, é impossível. 
Este correio é colectivo. Lamento, mas prometo escrever-lhe pessoalmente se fizer algum comentário sobre o conteúdo deste livro, que é muito importante para mim e que estou feliz por ter publicado em espanhol e hoje em português.
Se estiver interessado no livro, que espero que esteja, não hesite em contar aos seus amigos sobre ele.
Obrigado.
Seu amigo Pierre

Apresentação:

A pandemia está em curso na América Latina. No Brasil, o número oficial de mortos está próximo dos 500.000 no final de Maio.

No momento de escrever este livro, entre março e junho de 2020, ela ainda parecia distante, e seu pico ainda não parecia ter sido alcançado no Peru, México e Brasil, já fortemente impactados. Você pode se perguntar por que não esperar para escrever este livro, e alguns de meus amigos me fizeram essa pergunta. É um pouco perigoso embarcar nesta análise quando a história ainda não foi escrita. É sempre mais fácil contar quando você a conhece. No que me diz respeito, sou daqueles que não pensam que a História segue um caminho inevitável, sempre há bifurcações possíveis de ordem econômica e ou política e, por isso, prefiro me antecipar, sob pena de errar, em vez de me situar depois. Parafraseando Marx: “Os homens fazem livremente a sua História, mas sob condições que não são livremente decididas por eles”. Em outras palavras, existe uma margem entre idealismo e determinismo. A História que está sendo feita é fruto deste idealismo dos Homens, da sua vontade e do determinismo das leis econômicas. Nenhum desses pode ser ignorado, a menos que mergulhemos no idealismo puro ou no determinismo vulgar. É esta margem que me interessa e que é fascinante e, acima de tudo, que pode ser útil para quem pensa que a partir de uma análise aprofundada podemos tanto atuar sobre o curso dos acontecimentos, quanto nos preparar para enfrentar uma repetição da pandemia ou o aparecimento de um novo vírus.

A pandemia atuou como um indicador das fraquezas de um sistema. Todas as fraquezas e novas dependências foram pontilhadas com a hiperglobalização. Não foi a globalização que produziu a pandemia, embora tenha contribuído para ela com o sofrimento causado à Natureza e o surgimento de novos vírus. O vírus SARS-CoV-2 agiu sobre um “corpo já doente” na América Latina. Ele já estava doente? A resposta infelizmente é positiva. Desde o final dos anos 1980, a famosa "década perdida" para a América Latina, a taxa de crescimento do PIB per capita em média tem sido mais do que modesta, na maioria das vezes inferior a 1%. Em contraste com muitas economias asiáticas, que experimentaram seu “milagre” econômico com a ajuda de um estado desenvolvimentista nos últimos quarenta anos, uma tendência de estagnação econômica se enraizou na América Latina, em contraste com o boom observado nessa região no período que foi do pós-guerra até os anos 1970.

Com a pandemia, um novo período está se abrindo. Não será mais possível reatar com o passado como se nada tivesse acontecido. Porém, no futuro imediato, existe um grande risco de retorno às velhas políticas econômicas, com exceção, no entanto, de algumas medidas destinadas à realocação industrial estratégica. A pandemia derrubou dogmas econômicos. É provável, todavia, que eles voltarão à vida após esse parêntese intervencionista ultra-keynesiano. É também possível que, com uma mudança de presidência e a chegada de Lula ao jogo político, tanto as perspectivas sociais como econômicas sejam diferentes. Do ponto de vista social e do ponto de vista econômico, o futuro pode ser diferente com uma nova presidência, desde que o governo tenha aprendido com os erros do passado, e procure estimular tanto uma reindustrialização como um esforço substancial na investigação.

Entao, agora, desfrute da sua leitura; pré-venda do livro no site da Contracorrente: 

 https://loja-editoracontracorrente.com.br/produto/contagio-viral-contagio-economico-e-riscos-politicos-na-america-latina/

Derniers livres parus en 2020: *

Contagion virale, contagion économique, risques politiques en Amérique latine, aux éditions du Croquant, publié en espagnol, édition ALAS-CLACSO (disponible gratuitement sur le site de Clacso), publié en portugais par Contracorrente

L’économie de l’Amérique latine, avec Mylène Gaulard aux éditions Breal

MA PAGE (ancienne) : htpp://perso.wanadoo.fr/pierre.salama/ mes articles en français, espagnol, portugais, quelques uns en anglais sont gratuitement disponibles ainsi que certains de mes livres


sexta-feira, 23 de maio de 2014

A "financeirizacao": um fantasma da esquerda economica - Pierre Salama(Attac France)

A "financeirização" é um monstro metafísico que costuma constituir a obsessão especial dos economistas de esquerda, sempre vitimados pelo stalinismo industrial que os caracteriza.
Paulo Roberto de Almeida 


Financiarisation au Brésil : « un tigre en papier, avec des dents atomiques » ?

Attac France, dimanche 11 mai 2014par Pierre Salama
À l’inverse, cette singularité brésilienne masque-t-elle un processus souterrain de décomposition en cours, cache-t-elle des menaces réelles sur l’emploi et les salaires ? Poursuivant dans la métaphore suggérée par le débat entre la Chine et l’URSS concernant les États-Unis, si la financiarisation est un tigre en papier, a-t-elle des « dents atomiques » ou, dit autrement, a-t-elle, à terme, des conséquences très graves au niveau de l’emploi et des salaires ?
Il en est de la financiarisation comme des miracles : ce sont le plus souvent des mirages. La désindustrialisation se rapproche d’un point de non retour au Brésil, les importations augmentent vertigineusement, surtout celle des biens industriels de moyenne et haute technologie, la vulnérabilité externe s’accroît et la dépendance vis-à-vis de l’exportation de matières premières est de plus en plus périlleuse, la croissance ralentit fortement et déjà la hausse des salaires réels devient de plus en plus modeste. L’essor de la financiarisation est-il principalement responsable de la désindustrialisation et des nouvelles formes de vulnérabilité au Brésil, ou bien faut-il chercher les principales causes de celles-ci à la fois dans la financiarisation et dans l’exportation de matières premières en plein essor dans les années 2000 ?
Après avoir défini ce qu’on entend par financiarisation et désindustrialisation et souligné l’originalité de la voie brésilienne, nous chercherons à expliquer pourquoi les salaires et les emplois ont augmenté alors que dans d’autres pays ils ont régressé, nous analyserons les limites de ce modèle et nous montrerons combien le « tigre en papier » qu’est la financiarisation peut s’avérer dangereux tant pour les emplois que pour les salaires.
Ler a íntegra no site da Attac France (attac.org.fr)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pierre Salama: as formigas asiaticas e a grande cigarralatino-americana ( o Brasil, claro...)

Le Brésil face aux autres économies émergentes d’Amérique latine et d’Asie
Paulo Paranagua
Le Monde, 20 Decembre 2012

Un émergent à la mode, le Brésil, peut en cacher d’autres, comme le Mexique, la Colombie, le Chili ou encore l’Argentine. L’ouvrage de Pierre Salama sur Les économies émergentes latino-américaines : entre cigales et fourmis (qui vient de paraître aux éditions Armand Colin) replace dans son contexte l’engouement suscité actuellement par les Brésiliens.

Salama privilégie le comparatisme et la mise en perspective, l’histoire économique au long cours.

Il ne se limite pas à comparer les performances des principales économies d’Amérique latine, il les confronte aux dragons et tigres asiatiques et à l’émergence de la Chine comme une nouvelle puissance, qui bouscule le vieux schéma sur le centre et la périphérie.

En même temps, il ne perd jamais de vue ses lecteurs français, soucieux d’une Europe en crise qui risque d’imiter des expériences latino-américaines révolues depuis deux décennies.

La comparaison entre l’Amérique latine et l’Asie tempère sérieusement l’optimisme des analystes incapables de prendre en compte les ombres et lumières du tableau. La croissance latino-américaine, notamment la brésilienne, reste très modeste par rapport à celles de la Chine et de l’Inde. Il ne faut pas prendre l’acronyme des BRICS (Brésil, Russie, Inde, Chine, Afrique du Sud) pour argent comptant.

Le poids du Brésil dans l’économie mondiale peine à dépasser les 1 %, tandis que la Chine est parvenue à atteindre les 10 %. La compétitivité de l’industrie brésilienne se dégrade, alors que celle de l’industrie chinoise s’améliore. Si les Chinois concurrencent désormais les Américains aux yeux des Latino-Américains, l’inverse n’est pas vrai : l’Amérique latine reste marginale pour Pékin.

Pédagogue, l’auteur discute aussi les théories économiques sur le développement et passe au crible les concepts, les indicateurs, les expressions utilisées couramment par les organisations multilatérales, les organisations non gouvernementales et les Etats. Derrière la critique des mots, il y a des nuances et la recherche de précision, de clarté.

L’engagement latino-américaniste de Pierre Salama n’est plus à démontrer. L’intérêt de son nouveau livre est de concilier le didactisme et la lucidité. Le Brésil et d’autres économies d’Amérique latine résistent plus ou moins bien à la crise internationale, mais elles n’ont pas pour autant surmonté leurs faiblesses. Ainsi, la moindre vulnérabilité, selon les critères traditionnels, a été remplacée par d’autres risques de contagion dus à la globalisation financière ou la dépendance à l’égard des cours des matières premières.

La reprimarisation de l’économie et la désindustrialisation relative précoce ne sont pas une fatalité. La mondialisation, l’ouverture économique peuvent être maîtrisés si l’Etat, déjà très présent par des dépenses publiques (et sociales) en hausse, se dote d’une politique spécifique. Des mesures protectionnistes passagères peuvent diminuer la désindustrialisation, mais le nationalisme qui freine l’intégration régionale n’est pas une solution à moyen ou long terme.

Salama décortique aussi les programmes sociaux et évalue leur contribution à la notable réduction de la pauvreté enregistrée dans la région. Il met en lumière l’importance de la croissance, de la création d’emplois et de la hausse des salaires dans l’amélioration du sort des Latino-Américains au bas de l’échelle. Il pointe du doigt la fiscalité régressive, qui n’aide pas à combler le fossé des inégalités.

Le social étant l’autre face de l’économie, l’auteur aborde un défi autrement plus complexe à comprendre et à relever que la dette des Etats : la montée des violences, avec l’explosion du nombre d’homicides à des niveaux insupportables en Amérique centrale, au Mexique, au Brésil, au Venezuela, alors qu’ils sont en baisse en Colombie, malgré l’absence de règlement du conflit armé interne. Salama avance prudemment sur ce terrain, conscient que les explications socio-économiques restent insuffisantes, mais qu’il n’est plus possible d’éluder l’insécurité dans une évaluation des chances de l’Amérique latine à s’imposer comme un partenaire dans le nouvel ordre économique international.

Pierre Salama, Les économies émergentes latino-américaines : entre cigales et fourmis, Armand Collin, collection U, 2012, 230 pages.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pierre Salama: Les économies émergentes latino-américaines: entre cigales et fourmis (livre)


Pierre Salama:
Les économies émergentes latino-américaines: entre cigales et fourmis
Paris: Armand Colin, 2012, collection U.
ISBN : 978-2-200-28132-8

Pierre Salama, professor emérito da Université de Paris XIII, é um grande amigo e conhecedor do Brasil. Sob a sua direção, centenas de professores e economistas brasileiros e franceses, junto a estudantes de pós-graduação de todo o mundo, prepararam as suas dissertações de doutorado na França. Salama foi assistente de Celso Furtado na Universidade de Paris. Tem vários dos seus livros anteriores publicados aqui no Brasil e em outros países da América Latina.

SOMMAIRE
Introduction générale
Chapitre I : Bref retour sur l’histoire économique
Chapitre II : Une globalisation commerciale accompagnée d’une redistribution des cartes
Chapitre III : Globalisation commerciale : désindustrialisation « précoce » en Amérique latine, industrialisation en Asie
Chapitre IV : Globalisation financiere
Chapitre V : Inégalités des revenus et croissance
Chapitre VI : Une pauvreté en régression
Chapitre VII : Politique sociale et pauvreté
Chapitre VIII : Inéluctable, la violence ?
Conclusion générale

Introduction générale
Pays semi-industrialisés avant-hier, nouveaux pays industrialisés hier, économies émergentes aujourd’hui, ces changements de qualicatifs traduisent à la fois les transformations que connaissent ces pays et un déplacement du centre de gravité du monde.
Avant-hier, dans les années 1960 à 1970, on les appelait des économies semi-industrialisées. Elles n’étaient pas nombreuses : Argentine, Brésil, Mexique, peut être Colombie et déjà apparaissant à l’horizon ce que l’on a nommé les « dragons » en Asie, la Corée du sud, Taïwan, Singapour  et Hong-Kong. Elles étaient industrialisées mais leur industrie, héritière d’un mode de développement économique « tiré de l’intérieur » dès les années 1940, était en quelle que sorte tronquée, c'est-à-dire incomplète. Leur poids dans l économie mondiale était alors négligeable. Certes elles exportaient des produits manufacturés au lieu des produits primaires, mais elles étaient relativement fermées, protégées par des barrières douanières, des réglementations voir des contingentements sur certains produits. Protégées de la concurrence extérieure, les entreprises prospéraient à l’abri malgré leurs coûts élevés. Le modèle s’épuisait.
Hier dans les années 1980, on cessa de les nommer économies semi-industrialisées, l’expression étant devenue obsolète. Les dragons asiatiques s’imposaient de plus en plus, leur croissance reposant sur la conquête de marchés extérieurs, les économies latino-américaines, empêtrées dans les problèmes de gestion de leurs dettes externe, sombraient dans l’hyperinflation et dans de sérieuses crises économiques. Décennie heureuse dans quelques pays asiatiques, « décennie perdue » en Amérique latine, réduction de la pauvreté chez les premiers, augmentation des inégalités chez les seconds caractérisent cette période. Leur seul point commun étant l’épuisement des dictatures et les ouvertures démocratiques. Tout semblait nouveau. Aussi les nomma-t- on « nouveaux pays industriels », connus sous l’anagramme de NPI. Certes les dragons ne pouvaient être confondus avec les grandes économies latino-américaines, ouverture, croissance vive d’un côté, fermeture et stagnation de l’autre, les premiers dépassant très rapidement les seconds tant du point de vue de leur revenu par tête que de l’essor de leur productivité, de la composition de leurs exportations comportant plus de produits manufacturés. Mais on ne pouvait décidemment conserver la qualification d’économies semi-industrialisées pour les une et dénommer les autres de nouveaux pays industrialisées. La taxinomie eût été trop complexe, aussi, dans le même élan les dénomma-t-on tous nouveaux pays industrialisées, en prenant soin toutefois de ne pas trancher une question épineuse : sont-elles ou ne sont-elles plus des pays sous développés (ou encore plus diplomatiquement des économies en voie de développement. Les instituions internationales ont préféré alors désigner les économies non industrialisées, du Sud dirait-on aujourd’hui, « d’économies moins développées », les autres étant des NPI…Quant à Patrick Tissier et moi-même (1982), nous avons préféré alors conserver le terme de pays sous- développés et intituler un livre « Industrialisation dans le sous-développement », consacré aux dragons et aux économies latino-américaines. L’expression « sous-développés » n’est pas péjorative, elle indique seulement le fait que ces pays ont connu un développement distinct de celui des pays avancés, la pénétration des rapports marchands et capitalistes s’effectuant dans un espace temps très dense dans les pays « sous-développés ».  
Déjà à cette époque les « dragons » asiatiques, rejoints très vite par les « tigres (Malaisie, Thaïlande, Indonésie, Philippines, puis, un peu plus tard, Vietnam) commençaient à bouleverser les équilibres du commerce international. Sans encore vraiment peser sur les échanges internationaux, ces pays prenaient de plus en plus d’importance : investissements - délocalisation de plus en plus nombreux des pays avancés (Etats-Unis, Japon surtout) dans ces économies (dragons et tigres), des dragons vers les tigres, densification relative des échanges dans la zone asiatique. Mis à part le Mexique, à la fin des années 1980, l’Amérique latine était absente de ces évolutions, marginalisée.
Les années 1990 sont celles de l’émergence de la Chine (1,3 milliards d’habitants), puis de l’Inde (1 milliard d’habitants). Cette fois, il ne s’agit plus de petits pays, à population relativement faible, mais quasiment de pays continentaux qui entrent dans l’économie mondiale avec force, marginalisant progressivement et relativement les dragons et les tigres, participant à la densification des relations entre pays asiatiques, attirant de plus en plus d’ investissements étrangers en quête de délocalisations mais aussi attirés par leur vaste marché intérieur. Timidement, les économies latino-américaines amorcent un retour sur les marchés extérieurs.
Aujourd’hui, les années 2000  sont celles de la consécration de la Chine et d’un changement d’appellation. Un taux de croissance soutenu, une balance commerciale devenue excédentaire, des réserves en devises considérables, la Chine devient l’atelier du monde. Avec la Russie, l’Inde, le Brésil et aujourd’hui l’Afrique du Sud, elle constitue un ensemble dénommé BRICS, certes profondément hétérogène, aux intérêts souvent divergents, mais dont le poids aujourd’hui est tel que rien ne peut plus se décider sans leur participation. Le déplacement du centre de gravité du monde a commencé. Rejoints pas d’autres pays asiatiques et latino-américains, ces économies dénommées à présent économies émergentes, ont acquis un poids considérable dans l’économie mondiale. Avec la crise de 2007-2008 dans les pays avancés, elles ont montré leurs capacités à résister à la contagion internationale, résistances élevées en Asie, modérées en Amérique latine au point que de nombreux économistes se sont interrogés de savoir non seulement s’il existait un découplage des conjonctures entre les économies avancées et les économies émergentes, mais aussi et surtout si les économies émergentes pouvaient permettre aux économies avancées de sortir de leur crise. Au prix toutefois de nouvelles spécialisations internationales : aux économies émergentes l’exportation de produits manufacturés (Chine), de services (Inde) avec pour conséquence une désindustrialisation non seulement dans certaines économies avancées mais aussi dans les économies émergentes latino-américaines ; aux économies avancées et à deux dragons, la Corée du sud et Taïwan, la production de produits et de services de haute technologie, aux autres économies émergentes (dont l’Amérique latine), l’exportation de matières premières d’origine agricole et minière produites avec des techniques sophistiquées.      .
Une nouvelle carte du monde est-elle en train d’apparaître ? Une nouvelle Amérique latine est-elle en train de naître ? Fait-elle partie de ce nouveau monde ou bien son développement est-il conditionné par le déplacement du centre de gravité vers ce nouveau monde, à l’occasion à la fois des mouvements longs en faveur des économies asiatiques et de la crise des finances internationales venant des pays avancés ?
Les premiers signes sont présents, mais encore insuffisants pour apporter une réponse claire. Un bref voyage dans le passé est riche d’enseignements. Les années 1980, la « décennie perdue », alimentent le pessimisme et la désespérance. L’Amérique latine, rattrapée puis dépassée par les dragons asiatiques, se marginalise. Les années 1990 renouent avec une croissance non inflationniste, mais les perspectives d’avenir sont plombées par un taux de croissance moyen médiocre. Au lieu de converger avec les économies émergentes asiatiques, l’Amérique latine continuer à diverger, l’écart se creuse avec les « dragons » asiatiques (Corée du sud, Taïwan, Hong-Kong et Singapour). Pessimisme de nouveau. Et puis les années 2000 renouent avec une croissance plus vive, certes en deça de celles que connaissent les économies émergentes asiatiques auxquelles il convient d’ajouter les « tigres » (Thaïlande, Malaisie, etc.,) l’Inde et surtout la Chine. Cette reprise de la croissance ouvre la voie à un optimisme démesuré au Brésil, un peu plus modéré en Argentine. Optimisme donc. Seul le Mexique, à la traîne, surdéterminé par la montée de la violence et l’incapacité de relancer sa croissance, fait défaut à ce nouveau concert pour différentes raisons : choc de la crise plus important qu’ailleurs, explosion de la violence liée au narcotrafic..
Une nouvelle Amérique latine est en train de naître. Cela concerne non seulement les pays émergents comme le Brésil, l’Argentine, le Mexique, le Chili et la Colombie, mais aussi de « petits » pays qui, forts de leurs ressources naturelles, exigent une redistribution des gains tirés de leur exploitation et surtout entreprennent une démarche difficile, mais oh combien symbolique, d’intégrer les populations indiennes, primo-arrivantes, hier exclues politiquement et socialement. Un Etat, deux Nations…richesses naturelles mais tentations de séparatisme comme réponses à cette nouvelle citoyenneté imposée par les luttes des exclus ; reconnaissance politique des Indiens mais problèmes sociaux et environnementales dus à l’exploitation des mines à ciel ouvert, excessivement polluante, dont ils subissent de plein fouet les principaux effets, y compris à un niveau symbolique lorsque la terre des « anciens » est meurtrie par ces exploitations.
L’Amérique latine change. Celle d’hier n’est plus celle d’aujourd’hui et pourtant elle en conserve les traits. Les ruptures sont, comme toujours, des dépassements, l’Histoire n’avance pas de manière linéaire. L’Histoire réserve des surprises, tant il est vrai «que « les Hommes font librement leur Histoire, mais dans des conditions qui ne sont librement déterminés par eux ». La connaissance du passé, fût-ce du passé récent, est essentiel pour comprendre le présent …
Qui en effet aurait pu imaginer, il y a quelques décennies, qu’on puisse désigner les principaux pays latino-américains semi -industrialisés comme des économies émergentes de demain, comme capables de réduire leurs retards avec les pays avancés, de leur faire concurrence sur certains marchés, d’être capables de réduire, fût ce légèrement, leurs inégalités de revenus et leur pauvreté, de consolider enfin leur systèmes démocratique ? Qui aurait pu imaginer que certains pays, parmi les plus importants, allaient renouer avec l’exportation de produits primaires, retrouvant ainsi partiellement leur spécialisation internationale du temps jadis, desserrer leurs contraintes externes, attirer les capitaux, certes au prix d’une appréciation de leur taux de change ? L’enchainement des phases  - économies relativement fermées en pleine expansion puis en crise inflationniste, économies plus ouvertes mais stagnationnistes, économies ouvertes et de nouveau en croissance – semble logique aujourd’hui tant il est facile de prédire l’avenir lorsqu’on le connait…mais si on se replace en 1981 (crise des dettes externes), en 1990 ou en 2003, alors tracer les trajectoires possibles est plus compliqué, l’Histoire prenant parfois des bifurcations, avançant par à coups, sous l’influence du jeu complexe de différents groupes d’intérêt nationaux, de leurs poids, de la manière dont ils subissent et répondent aux contraintes externes et internes (notamment aux pressions de l’opinion publique).
Ce livre ne prétend pas retracer les parcours économiques suivis par chacun des pays composant l’Amérique latine, ni traiter de l’histoire économique longue, ni d’être exhaustif sur tous les thèmes. Nous avons faits des choix. Ce livre a pour objet de tirer des leçons de l’Histoire afin de ne pas répéter les erreurs passées. D’étudier l’Amérique latine pour comprendre l’Europe d’aujourd’hui et sa crise des dettes souveraines, leur gestion et les crises économiques qui en découlent, mais aussi comprendre de l’Amérique latine à l’aide des expériences asiatiques.
Nous avons centré l’étude sur les principales économies émergentes : le Brésil, l’Argentine, le Mexique, le Chili et la Colombie et dû en négliger d’autres, quitte à nous référer ici ou là à certaines d’entre elles. Ces pays, locomotives de l’Amérique latine, concentrent l’essentiel à la fois de sa population et de sa production industrielle, agricole et de services. Nous nous sommes limités aux quinze - vingt dernières années, réservant toutefois au premier chapitre un retour bref sur l’histoire économique des quarante dernières années pour rappeler notamment les origines de leur industrialisation et montrer son originalité (une croissance « tirée » d’un marché intérieur en voie de constitution). Les quinze – vingt dernières années, qui seront plus amplement étudiées, sont en effet celles de la croissance retrouvée.
La globalisation commerciale participe au déplacement du centre de gravité du monde avec la montée en puissance des économies émergentes asiatiques et dans une moindre mesure de celles d’Amérique latine (chapitre 2). La croissance peut s’accompagner d’une industrialisation, ce n’est pas le cas en Amérique latine et si « comparaison n’est pas raison », « comparer permet d’apprendre ». En Amérique latine, les quinze – vingt dernières années sont en effet celles où se manifeste dans plusieurs pays une « désindustrialisation précoce » (chapitre 3) et celles où apparaissent de nouvelles vulnérabilités financières (chapitre 4). Ce sont également celles d’une redistribution des revenus un peu moins inégalitaire (chapitre 5), de la baisse de la pauvreté même si elle reste à un niveau élevé (chapitre 6). Les politiques sociales connaissent dans la plupart des pays un certain essor mais une fiscalité « régressive » limite l’efficacité de ces politiques en faveur d’une réduction de la pauvreté plus prononcée (chapitre 7). Et si dans certains pays les causes socio-économiques de la violence conduisent à une réduction des homicides, dans d’autres ils tendent à les augmenter (chapitre 8).