O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Ricardo Bergamini. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ricardo Bergamini. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Pesquisa conclui que desoneração não teve impacto na geração de empregos - Ricardo Bergamini (IPEA, mídia)

A opinião de Ricardo Bergamini sobre fatos incontestáveis e dados do próprio governo:

A burrice não tem fronteiras ideológicas (Roberto Campos).

Prezados Senhores.
1 - Governo Dilma aprovou a desoneração da folha de pagamentos, que entrou em vigor no Brasil em 2011, por meio da Lei 12.546. Se considerarmos 2017, o custo dessa renúncia fiscal ultrapassou R$ 80 bilhões.
- Segundo estudo abaixo de autoria do IPEA, datado de janeiro de 2018, mostra que não houve efeitos reais desse programa sobre o número de postos de trabalho.
Pesquisa conclui que desoneração não teve impacto na geração de empregos
Texto para Discussão do IPEA utilizou metodologia inovadora para comparar cenários antes e depois da Lei 12.546
A desoneração da folha de pagamentos entrou em vigor no Brasil em 2011, por meio da Lei 12.546. As empresas aptas eram as não optantes pelo regime Simples de tributação e de alguns setores específicos. Em vez dos 20% de contribuição patronal ao regime de previdência incidente sobre a folha de pagamentos, elas passariam a contribuir com um valor correspondente a algo entre 1% e 2% sobre o faturamento. O objetivo era aliviar a carga tributária das empresas para criar novos empregos, mas o Texto para Discussão nº 2357, publicado pelo IPEA, mostra que não houve efeitos reais desse programa sobre o número de postos de trabalho.
Para o período anterior à lei de desoneração (2009-2011), a média de emprego nas empresas que seriam afetadas pela lei era 32,72. O estudo, intitulado Impacto da Desoneração da Folha de Pagamentos sobre o Emprego: Novas Evidências, chegou à conclusão que, no período posterior à lei (2012-2015), a média de emprego ficou em 32,77, uma variação mínima. Para analisar os efeitos da desoneração, pesquisadores do Ipea utilizaram uma metodologia inovadora do ponto de vista estatístico, em que os dados apresentados possuem mais robustez, e simularam diversos tipos de cenário, factuais e contrafactuais – como, por exemplo, se o PIB caiu, se aumentou, variação do número de empresas que seriam beneficiadas ou mesmo a não existência do programa.
Eles constaram que, em nenhum dos cenários analisados e simulados, a desoneração dada às empresas sobre a folha de pagamentos cumpriu seu objetivo: geração de empregos formais. “Usamos uma metodologia estatística superior, mais sofisticada do ponto de vista econométrico. Os resultados se mantêm e reafirmam constatações anteriores, da não efetividade dessa desoneração”, explica Adolfo Sachsida, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea e um dos autores do estudo. Também assinam o Texto para Discussão nº 2357 o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais, Alexandre Ywata, e Felipe Garcia, professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas.
Para Sachsida, há um desembolso grande de dinheiro público para um programa que não se mostra efetivo, eficaz e eficiente. “Esse programa já chegou a custar R$ 25 bilhões no ano. Entre 2012 e 2016, custou cerca de R$ 80 bilhões, segundo dados da Receita Federal. Se considerarmos 2017, essa renúncia fiscal ultrapassa esses R$ 80 bilhões. É um dinheiro que sai dos cofres públicos”, alerta.
Investigação regional
A pesquisa também investigou se haveria algum impacto regionalizado do programa em cada uma das regiões brasileiras. Os resultados se mantiveram. “A Lei 12.546/2011 não foi capaz de gerar o impacto esperado sobre a criação de empregos nas empresas suscetíveis a serem afetadas pela alteração da legislação. O geral dos resultados observados é de ausência de impacto”, aponta o estudo.
A análise do impacto em amostras de empresas e faixas de tamanho de estabelecimentos também não apresentou divergência dos resultados incialmente encontrados.
Estudo completo clique abaixo:
2 - Em dezembro de 2021, governo Bolsonaro prorroga a desoneração da folha de pagamentos até o fim de 2023. Confirmando que: “No Brasil, esquerda e direita são apenas sinais de trânsito” (Delfim Netto).
- Cabe lembrar que o falso governo liberal de Bolsonaro trocou Roberto Campos pelo miliciano Daniel Silveira (o líder da tentativa de golpe do Bolsonaro).
Desoneração: setores da economia aguardam sanção da prorrogação nos próximos dias
Medida vale para os 17 segmentos da economia que mais empregam no país. Especialistas dizem que sanção ainda neste ano dará maior segurança às empresas.
Por Jornal Nacional — Brasília
28/12/2021
Matéria completa clique abaixo:
3- Em 2023, o governo Lula prorroga mais uma vez a excrescência da desoneração da folha de pagamento para alguns setores amigos do poder. Confirmando que: “No Brasil, a burrice tem passado glorioso e futuro promissor” (Roberto Campos).
Desoneração da folha de pagamento pode ser votada na semana que vem, diz Lira
ESTADÃO CONTEÚDO
15/08/2023
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira, 15, que a desoneração da folha de pagamento para os 17 setores que mais empregam no País pode ser votada na semana que vem. Líderes partidários aguardam uma posição do governo sobre o projeto que prorroga a medida até 31 de dezembro de 2027. Há a expectativa de que um requerimento de urgência seja aprovado para que o texto pule a etapa das comissões e vá diretamente para o plenário.
Matéria completa clique abaixo:
4 - Em 2023, Ministério da Fazenda estuda propor veto total ao projeto de desoneração da folha, mas Planalto resiste.
Fazenda estuda propor veto total ao projeto de desoneração da folha, mas Planalto resiste.
A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúna com ministros para iniciar ainda nesta semana a discussão sobre o projeto

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Reforma tributária e carga fiscal, no Brasil e no mundo - Ricardo Bergamini

 A reforma tributária aprovada é um conjunto vazio sem números, gráficos e tabelas (RICARDO BERGAMINI)

 

Prezados Senhores

 

Somente um país de transloucados seria capaz de ser contra ou a favor da reforma tributária aprovada pela câmara, tendo em vista o abaixo colocado:

 

1 – Não foi definida a taxa do IVA.

 

2- Não sabemos as regras para distribuição desses recursos entre os entes federativos.

 

3 – Somente nos próximos dez anos conheceremos essas informações.

 

4- O aprovado até o momento foi apenas para concorrer ao “OSCAR DE EFEITOS ESPECIAIS”.

 

5 – Após aprovação final desse esqueleto será iniciado o exaustivo debate sobre a reforma tributária. 

 

6 – Reforma tributária sem reforma administrativa é o mesmo que fé sem obras: é morta.

 

7 - Reformas não corrigem imoralidades reinantes no poder público, conforme abaixo:

 

- No Brasil sabemos que 47,21% da carga tributária são destinadas para apenas 13,5 milhões de servidores públicos (união, estados, municípios, civis e militares, ativos e inativos). 


Carga Tributária Brasileira (CTB) - COMPARAÇÃO INTERNACIONAL – Fonte ME

Base: Ano de 2020

 

As comparações dos valores de carga tributária nacional com as de outros países devem ser feitas com cuidado, pois algumas espécies tributárias existentes em um país podem não existir em outros. Um exemplo é a previdência, que em alguns países é privada, não fazendo parte da carga tributária. O gráfico abaixo apresenta, a título ilustrativo, uma comparação da carga tributária nacional com a de alguns países da OCDE para o ano de 2020.

 

Em 2020, a Dinamarca possuía a maior carga tributária (46,5% do PIB); a menor foi do Chile (19,3% do PIB); a média da OCDE foi de (33,5% do PIB), e o Brasil ficou abaixo da média da OCDE (31,5% do PIB).

 

É óbvio e ululante que apenas a apuração nominal do percentual da carga tributária em relação ao PIB de uma nação, não traduz a realidade dessa nação, haja vista que, devemos aprofundar os estudos para cada nação, a fim de apurar o retorno dessa carga tributária para a sociedade. No Brasil sabemos que 47,21% dessa carga tributária são destinadas para apenas 13,5 milhões de servidores públicos (união, estados, municípios, civis e militares, ativos e inativos). 



domingo, 4 de junho de 2023

Ricardo Bergamini reuniu as matérias sobre a "moeda única" da América do Sul propostas nos governos Bolsonaro e Lula



Governo quer moeda única para América do Sul, diz Bolsonaro

 

Agência Brasil, 07/06/2019

:

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse hoje (7) que o governo quer uma moeda única para toda a América do Sul. A proposta foi apresentada ontem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1145221&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1145221&o=node

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-06/governo-quer-moeda-unica-para-america-do-sul-diz-bolsonaro

 


Lula volta a defender moeda única em reunião com chefes de Estado da América do Sul

 

Presidente sugeriu ainda a líderes dos 10 países sul-americanos presentes no encontro a utilização do BNDES para construção de uma poupança regional com presidentes de países da América do Sul, no Palácio do ItamaratyMarcelo Camargo/ Agência Brasil.

 

Diego Mendesda - CNN - São Paulo, 30/05/20231

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/lula-volta-a-defender-moeda-unica-em-reuniao-com-chefes-de-estado-da-america-do-sul/#:~:text=O%20presidente%20Luiz%20In%C3%A1cio%20Lula,propostas%20econ%C3%B4micas%20para%20o%20bloco.Twitter

 


Defendida por Lula e Guedes, “moeda única” não é viável, dizem especialistas

 

Proposta faria com que países da América Latina adotassem uma mesma moeda, facilitando a integração comercial, mas reduzindo autonomia monetária.

 

João Pedro MalarPedro Zanatta do CNN Brasil Business em São Paulo, 17/05/2022

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/presidenciaveis-defendem-moeda-unica-entenda-a-viabilidade-da-proposta/

 

Ricardo Bergamini

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Brasil-Argentina: quem deve ajudar a quem? - Ricardo Bergamini

Brasil-Argentina: quem deve ajudar a quem?

Ricardo Bergamini

 Em 2020, a Argentina tinha um PIB PER CAPITA 24,70% maior do que o do Brasil. 

 

Em 2019, a Argentina tinha um IDH 10,46% maior do que o do Brasil. 

 

"O IDH é uma referência numérica que varia entre zero e um. Quanto mais próximo de zero, menor é o indicador para os quesitos de saúde, educação e renda. Quanto mais próximo de um, melhores são as condições para esses quesitos. No mundo, nenhum país possui o IDH zero ou um."

 

O PIB per capita é calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes da região e mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de um país se todos recebessem partes iguais.

 

Fonte IBGE 

 

1 - Indicadores da Argentina:

 

1.1 – Em 2020, o PIB PER CAPITA era de US$ 8.476,00.

 

1.2 - Em 2019, O IDH era de 0,845.

 

Estudo completo clique abaixo:

 

https://paises.ibge.gov.br/#/dados/argentina

 

2 – Indicadores do Brasil:

 

2.1 – Em 2020, o PIB PER CAPITA era de US$ 6.797,00.

 

2.2 - Em 2019, O IDH era de 0,765.

 

Estudo completo clique abaixo:

 

https://paises.ibge.gov.br/#/dados/brasil

 

Brasil estuda socorro à Argentina, que quer evitar maxidesvalorização em ano eleitoral

 

Por Julia Duailibi

 

Julia Duailibi é comentarista de política e economia da GloboNews.

 

Os presidentes da Argentina e do Brasil se encontram nesta terça-feira (2) - e suas equipes econômicas também. A ajuda brasileira seria um paliativo para uma economia que passa por uma crise histórica e que negociou com o FMI um pacote de resgate de US$ 44 bilhões.

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2023/05/02/brasil-estuda-socorro-a-argentina-que-quer-evitar-maxidesvalorizacao-em-ano-eleitoral.ghtml

sexta-feira, 17 de março de 2023

Previdência Social carece de mais ajustes - Roberto Macedo, Ricardo Bergamini

 Na defesa de interesses corporativos todas as ideologias existentes no Brasil são aliadas históricas, assim sendo, com Bolsonaro ou com Lula, com a esquerda ou com a direita, com os civis ou militares, com a dita(dura) ou a dita(mole) os problemas serão os mesmos. Vamos ajudar a resolvê-los divulgando as informações oficiais do governante de plantão.

 

Prezados Senhores

 

Fico feliz em ver um ilustre brasileiro, como é o caso do professor Roberto Macedo, utilizar o meu trabalho como fonte de seu artigo.

 

Em vista do acima exposto, envio os valores piores, atualizados para o ano de 2022, os quais ratificam a posição do ilustre professor para uma nova e eterna reforma da previdência. Vide abaixo:

 

Em 2022, o déficit previdenciário pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) da União foi de R$ 267,2 bilhões (2,69 % do PIB) e o déficit previdenciário do setor público federal pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) foi de R$ 105,0 bilhões (1,06% do PIB), totalizando déficit previdenciário total da União de R$ 372,2 bilhões (3,75% do PIB). 

 

Em 2022, a receita previdenciária pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$ 534,3 bilhões (5,39% do PIB), com 93,7 milhões de participantes (61,5 milhões de contribuintes e 32,2 milhões de beneficiários) A despesa previdenciária dos benefícios pagos, com salário médio de R$ 1.678,52, foi de R$ 801,5 bilhões (8,08 % do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário tenha sido negativo em R$ 267,2 bilhões (2,69% do PIB).

 

Em 2022, a receita previdenciária pelo Regime Próprio de Previdência Social da União (RPPS) das contribuições dos 1.031.131 servidores ativos do governo federal (662.793 civis e 368.338 militares), com salário médio mensal de R$ 16.762,63 foi de R$ 48,9 bilhões (0,49% do PIB). A despesa previdenciária dos benefícios pagos aos 1.171.148 servidores aposentados e pensionistas do governo federal (774.882 civis e 396.266 militares), com salário médio de mensal de R$ 10.957,90, foi de R$ 153,9 bilhões (1,55 % do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário tenha sido negativo em R$ 105,0 bilhões (1,06% do PIB). 

 

Em 2022, o resumo do resultado previdenciário do RPPS (servidores públicos): União (civis e militares) déficit previdenciário de R$ 105,0 bilhões (1,06% do PIB); governos estaduais (civis e militares) e governos municipais, o déficit previdenciário foi de R$ 121,2 bilhões (1,22% do PIB), totalizando déficit previdenciário do RPPS da ordem de R$ 226,2 bilhões (2,28 % do PIB).

 

Em 2022, a previdência social brasileira total (RGPS E RPPS) gerou um déficit previdenciário de R$ 493,4 bilhões (4,97 % do PIB).

 

 

 

Espaço Democrático Logotipo

 

 

Previdência Social carece de mais ajustes

 

Para o economista Roberto Macedo, entre os pontos carentes de uma nova reforma está a regra de que o valor de aposentadorias do setor privado e de servidores passou a ser calculado com base na média de todo o histórico de contribuições

 

https://espacodemocratico.org.br/wp-content/uploads/2020/10/miniatura-2.jpg

 

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático

 

Edição: Scriptum

 

A Previdência Social brasileira passou por uma reforma em 2019, mas ela carece de mais ajustes, pois ainda tem déficits muito altos. Antes de prosseguir, cabe esclarecer que ela é institucionalmente composta de três partes.

 

A primeira e maior é o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), também conhecido como RGPS (Regime Geral da Previdência Social), cujos contribuintes são sobretudo do setor privado, alcançando um total de 64,9 milhões. Em 2021 teve um déficit de R$ 250,1 bilhões, equivalentes a 2,88% do PIB.

 

A segunda é o RPPS (Regime Próprio de Previdência Socia), dos Servidores da União, com 1.031.188 servidores ativos do governo federal 1.031.188 servidores ativos do governo federal, e cujo déficit foi de R$ 99,9 bilhões ou 1,15% do PIB.

 

O contraste entre os números de contribuintes desses dois sistemas é enorme, e proporcionalmente ao seu número de contribuintes o déficit do RPPS dos servidores da União é muito maior.

 

A terceira parte abrange os governos estaduais, que têm seus próprios RPPS’s, que em 2021 apresentaram um déficit de R$ 77,4 bilhões, equivalentes a 0,90% do PIB, o mesmo acontecendo com governos municipais, cujos RPPS’s tiveram um déficit, em 2021, de R$ 9,8 bilhões, ou 0,11% do PIB.

 

Somando-se essas três partes, em 2021 o déficit total da previdência social foi de R$ 437,2 bilhões (5,04% do PIB). É uma tremenda de uma dinheirama. Para se ter uma ideia do seu significado, o programa Bolsa Família tinha, antes de sua reforma, um gasto próximo de 0,5% do PIB cobrindo cerca de 16 milhões de famílias. Todos esses números foram obtidos do economista Ricardo Bergamini, que por e-mail divulga dados como esses e outros, mantendo os arquivos originais para os interessados.

 

Entre os pontos carentes de uma nova reforma, uma injustiça que está a exigir reparos é que na reforma de 2019 o valor de aposentadorias do setor privado e de servidores passou a ser calculado com base na média de todo o histórico de contribuições dos trabalhadores, sem descartar os 20% de contribuições mais baixas, como era a regra anterior. Contudo, para os servidores federais que entraram no serviço público até 31 de dezembro de 2003, a aposentadoria integral, pelo valor do último salário, foi mantida para quem cumprir o limite de idade mínima para a aposentadoria.

 

Pelo que sei, vários Estados e municípios estão atrasados na adaptação das regras da reforma de 2019 para seus servidores.

 

Artigo disponível no link abaixo:

 

https://espacodemocratico.org.br/artigos/previdencia-social-carece-de-mais-ajustes/

 

sábado, 11 de março de 2023

Filho tardio do Bozo já ganhou uma boquinha no Congresso- Ricardo Bergamini, Rudolfo Lago

 Na defesa de interesses corporativos todas as ideologias existentes no Brasil são aliadas históricas, assim sendo, com Bolsonaro ou com Lula, com a esquerda ou com a direita, com os civis ou militares, com a dita(dura) ou a dita(mole) os problemas serão os mesmos. Vamos ajudar a resolvê-los divulgando as informações oficiais do governante de plantão.

 

Prezados Senhores

 

Na união, estados e municípios, existem em torno de 1,2 milhão de assessores parlamentares (fontes primárias de peculato – exemplos: “rachadinhas” do clã Bolsonaro) que poderiam ser dispensados sem restrições constitucionais. 

 

São amigos, parentes e aliados dos políticos, não são concursados, não têm direitos adquiridos, não têm estabilidade de emprego, não são garantidos pelas cláusulas pétreas da Constituição, além de representarem um contingente correspondente a três vezes o efetivo ativo das FFAA.   

 

Extinção imediata desses parasitas, que considerando um salário médio de R$ 8.000,00 mensais, daria uma economia permanente em torno de R$ 113,3 bilhões ao ano.

 

Vamos transformar a mesmice do discurso liberal em realidade.

 

 

Extinção dos assessores parlamentares (não concursados)

 

Ricardo Bergamini

 

 

Esse tema deveria ser unanimidade de todas as ideologias existentes no Brasil: fim da orgia dos assessores parlamentares, um bando refece de parasitas.

 

- São 25 assessores para cada um dos 513 deputados federais – totalizando 12.825 assessores parlamentares.

 

- São 55 assessores para cada um dos 81 senadores – totalizando 4.455 assessores parlamentares.

 

- São 27 câmeras estaduais com 1.059 deputados, com uma média de 20 assessores cada um – totalizando 21.180 assessores parlamentares.

 

- São 56.810 vereadores nos 5.570 municípios, com uma média de 20 assessores cada um – totalizando 1.136.200 assessores parlamentares.

 

- Total de parasitas indicados por políticos, sem nenhum controle dos estados, das prefeituras, da União e dos cidadãos – 1.174.660 assessores parlamentares. 

 

Em 2019 as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) tinham um efetivo ativo de 381.830 militares, ou seja, representando apenas 31,38% do efetivo das “Forças Desarmadas dos Assessores Parlamentares”. E a sociedade brasileira ainda culpa as FFAA, por não defenderem os nossos espaços territoriais de forma eficiente.

 

Além dos assessores parlamentares acima citados, ainda existem os assessores parlamentares concursados efetivos, que em 2019, somente no Congresso Nacional, eram de 7.822 ativos e 14.222 inativos. 

 

São amigos, parentes e aliados dos políticos, não são concursados, não têm direitos adquiridos, não têm estabilidade de emprego, não é garantido pelas cláusulas pétreas da Constituição, além de representarem um contingente correspondente a três vezes o efetivo ativo das FFAA com 381.830 militares.   

 

Extinção imediata desses parasitas, que considerando um salário médio de R$ 8.000,00 mensais, daria uma economia permanente em torno de R$ 113,3 bilhões ao ano.

 

 

NOMEADO ASSESSOR DE SENADOR, JAIR RENAN PODERÁ IR TRABALHAR NA PRAIA, EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ

 

RUDOLFO LAGO

 

09.03.2023 

 

 NOTÍCIA Em CONGRESSO

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://congressoemfoco.uol.com.br/area/congresso-nacional/nomeado-assessor-de-senador-jair-renan-podera-ir-trabalhar-na-praia-em-balneario-camboriu/

 

Ricardo Bergamini

www.ricardobergamini.com.br

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Nem o Banco Central, nem o governo definem a taxa de juros, mas sim o credor - Ricardo Bergamini

 Nem o Banco Central, nem o governo definem a taxa de juros, mas sim o credor

Ricardo Bergamini

 

Preados Senhores

 

Abaixo provas cabais e irrefutáveis da afirmação do preâmbulo, senão vejamos:

 

1 - Em 2020, o governo promoveu o “OSCAR DE EFEITOS ESPECIAIS” e manteve a TAXA SELIC em 2,00% ao ano, mas os credores, de forma soberana, rolaram a dívida do governo ao custo de 8,37% ao ano. Tendo sido o IPCA de 4,52% ao ano, o ganho real dos investidores foi de 3,85% ao ano.  

 

- Em 2020, 57,74% do mercado de crédito - R$ 2.319,9 bilhões (31,31% do PIB) - com recursos livres com juro médio de 25,5% ao ano. 

 

2 - Em 2022, o governo manteve a TAXA SELIC em 13,75% ao ano, mas os credores, de forma soberana, rolaram a dívida do governo ao custo de 10,21% ao ano. Tendo sido o IPCA de 5,79% ao ano o ganho real dos investidores foi de 4,42% ao ano.  

 

- Em 2022, 59,61% do mercado de crédito - R$ 3.175,0 bilhões (32,3% do PIB) - com recursos livres com juro médio de 42,0 % ao ano. 

 

Cabe destacar que de 2011/2018 governos (DILMA/TEMER) a taxa média de ganho real dos investidores foi de 5,93% ao ano.

 

O que não se debate no Brasil é a diferença entre os juros pagos pelo governo na rolagem da sua dívida e o pago pelo mercado de crédito livre. 

 

- Em 2020, o governo pagou 8,37% ao ano e o mercado 25,5% ao ano.

 

- Em 2022, o governo pagou 10,21% ao ano e o mercado 42,0% ao ano.

 

 

 

Fonte - ME

 

Diferença entre juros SELIC e juros de longo prazo – ME

 

Base: dezembro de 2022

Ano

1

2

3

4

5

6

7

2011

2.600,7

4.376,4

59,44

11,00

12,83

6,50

6,33

2012

2.887,4

4.814,8

59,97

7,25

11,55

5,84

5,71

2013

3.059,6

5.331,6

57,39

10,00

11,32

5,91

5,41

2014

3.392,8

5.778,9

58,71

11,75

11,84

6,41

5,43

2015

4.055,7

5.995,8

67,64

14,25

16,07

10,67

5,40

2016

4.635,7

6.269,3

73,94

13,75

12,02

6,29

5,73

2017

5.218,8

6.583,3

79,27

7,00

10,29

2,95

7,34

2018

5.671,4

7.004,1

80,97

6,50

9,86

3,75

6,11

2019

6.137,6

7.256,9

84,58

4,50

8,71

4,31

4,40

2020

6.998,6

7.445,7

94,00

2,00

8,37

4,52

3,85

2021

7.643,0

8.599,8

88,87

9,25

8,91

10,06

-1,15

20/22

8.106,8

9.784,8

82,85

13,75

10,21

5,79

4,42

Legenda: 1 – Estoque da dívida da União - R$ Bilhões; 2 – Valor do PIB em R$ bilhões; 

3 – Dívida % do PIB; 4 - Taxa SELIC % ao ano; 5 - Custo de rolagem da dívida % ao ano;

6 - IPCA% ao ano; 7 - Ganho real do investidor % ao ano. 

 

Com base nas informações acima colocadas podemos afirmar que o debate de juros no Brasil é um manicômio amplo, geral e irrestrito.

 

Que Deus tenha piedade da abissal escuridão e ignorância reinante no Brasil (Ricardo Bergamini)