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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: a importancia de S. Paulo - Ricardo Setti

Surrupio na íntegra o post do jornalista Ricardo Setti, que chama atenção para o importante colégio eleitoral de São Paulo. Com a grande maioria que, certamente, obterá em Minas Gerais, e um amplo apoio dos paulistas, o candidato do PSDB estará a um passo do Palácio do Planalto. Enfim, o Brasil terá alternância de poder, depois de 12 anos de péssima gestão petista, coberta de escândalos:

Vocês certamente viram, na segunda-feira passada, dia 4, no Jornal Nacional, campeão de audiência da Rede Globo: com a emissora começando uma cobertura da eleição presidencial e atribuindo o mesmo tempo de exposição para cada um dos três candidatos à Presidência, todos os três — a presidente Dilma (PT), o senador tucano Aécio Neves e o aspirante do PSB, Eduardo Campos — apareceram realizando atividades em São Paulo, a maior cidade do Brasil.

Não por acaso, foi em São Paulo — e não em Belo Horizonte — que o PSDB realizou sua convenção nacional que escolheu o mineiro Aécio para disputar o Planalto.

Nem foi sem caso pensado que a escolha de Aécio do candidato a vice-presidente para compor sua chapa tenha recaído num político do Estado, Aloysio Nunes Ferreira, que em 2010 obteve o galardão de senador mais votado do Brasil, com mais de 11 milhões de votos.

Não é por acaso, também, que as eleições deste ano tenham levado, pela primeira vez na história da República, um candidato que não nasceu nem reside no Estado a instalar em São Paulo o quartel-general de sua campanha, como é o caso do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Na campanha de 1989, a primeira após o longo jejum da ditadura, Fernando Collor, então governador de Alagoas, manteve uma importante operação em São Paulo, a cargo de seu irmão, Leopoldo, mas a sede central ficou sendo em Brasília.

O ex-governador de Pernambuco, porém, não apenas tem seu QG na maior cidade do Brasil como passou a morar em São Paulo. E está certíssimo. Sem familiarizar-se com um Estado que tem 645 municípios, 8 deles entre os 30 mais populosos do país, sem um bom desempenho em São Paulo, suas chances são muito pequenas, por mais que eventualmente obtenha excelentes números em seu Nordeste de origem e em outras regiões.

Capital econômica e cultural do país, origem e sede dos dois partidos políticos que se revezam na disputa pelo poder na República — PSDB e PT –, sede das grandes centrais sindicais, dono de um Produto Interno Bruto de 630 bilhões de dólares (dados de 2013), que representa um terço da economia brasileira e é superior ao de países inteiros, como a Argentina e a Colômbia, São Paulo precisa ser “conquistado”, e muito bem, por qualquer dos três principais candidatos à Presidência.

Mas papel crucial que o Estado de São Paulo jogará na eleição presidencial de outubro próximo reside, é claro, nas dimensões enormes de seu eleitorado — que dos 22% do total de eleitores do país que representou no pleito anterior, em 2010, subiu quase meio ponto, passando para 22,4%, ou 32 milhões de eleitores.

É em São Paulo que está boa parte das fichas que o presidenciável tucano Aécio Neves jogará para tentar derrotar a presidente Dilma.

Em 2010, tendo São Paulo como terra natal e base política, o tucano José Serra venceu a presidente Dilma, com uma vantagem de 1,8 milhão de votos. Foi pouco — poderia e deveria ser mais. O governador Geraldo Alckmin, em 2006, disparou no primeiro turno 4 milhões de votos à frente do adversário petista — e ele era ninguém menos do que o próprio Lula, o “Deus” da ministra Marta Suplicy.

Se, neste outubro, Aécio Neves conseguir o mesmo que Alckmin em 2006, somada à quase certa grande vantagem que obterá em sua Minas Gerais natal, a vida da presidente Dilma estará complicada — sobretudo porque o confiável Instituto Datafolha aponta que, no Estado, sua rejeição é altíssima: 47% dos eleitores dizem que não votarão nela em nenhuma hipótese, cifra que atinge espantosos 49% na capital, que, sozinha, tem 8,8 milhões de eleitores — 1 milhão mais do que todo o Estado do Paraná.

A importância de um desempenho esmagador junto ao eleitorado paulista fica mais clara quando se constata que o candidato tucano tem condições muito melhores do que José Serra alcançou em 2010 para equilibrar as coisas em Estados cruciais como a Bahia, com seus 10 milhões de eleitores — e onde Dilma derrotou Serra por 2,8 milhões de votos de vantagem, uma margem muito maior do que a que o tucano obteve em seu próprio Estado.

Agora, o candidato ao governo baiano que apóia Aécio, o ex-governador Paulo Souto (DEM), está disparado à frente nas pesquisas de intenção de voto. É claro que seu desempenho no Rio de Janeiro ainda é incerto — a chapa que o apoia, tendo à frente o governador Pezão (PMDB), está embolada com outros três candidatos.

Mas se repetir ou superar o feito de Alckmin em 2006 em São Paulo, melhorar a situação em Estados em que agora o PSDB tem boa estrutura de apoios, como o Ceará, Amazonas e Maranhão, constatar uma derrocada de Dilma diante de Eduardo Campos em Pernambuco (onde ela venceu Serra por incríveis 2,3 milhões de votos) e repetir as vitórias tucanas anteriores em Estados importantes como Rio Grande do Sul (a candidata que lidera as pesquisas, a senadora do PP Ana Amélia, está em seu palanque), Santa Catarina, Paraná, os dois Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Acre e Roraima, Aécio estará perto do Palácio do Planalto.

É esperar para ver. E não falta muito, não: são apenas 56 dias até o Dia D, 5 de outubro.

domingo, 22 de junho de 2014

Eleicoes 2014: como Aecio vai bater Dilma - Ricardo Setti

Uma longa postagem, inclusive com os comentários de leitores da Veja.com, mas que são importantes para apreciar a mudança de expectativas na população. Talvez não existam estadistas no Brasil, mas as pessoas tendem a se posicionar com o que consideram ser melhor para o país. Em 2014 contará muito a frase de Aécio: "Já deu PT!".
Ou então, a adaptação da publicidade: "Ela outra vez? Nem a pau Juvenal!"
Paulo Roberto de Almeida 


19/05/2014
 às 19:46, Ricardo Setti (Veja.com) \ Blog Política & Cia

POR QUE AÉCIO PODE GANHAR ESTA ELEIÇÃO: leitura do mapa eleitoral de 2010 mostra que as coisas mudaram, para MUITO melhor, favorecendo o candidato tucano em 2014 

Aécio é celebrado por partidários ao ser eleito presidente do PSB, a 18 de maio do ano passado: quadro em 2014, com ele no páreo, é muito diferente do que Serra protagonizou em 2010 -- e é melhor (Foto: Gazeta do Povo)
Aécio é celebrado por partidários ao ser eleito presidente do PSDB, a 18 de maio do ano passado: quadro em 2014, com ele no páreo, é muito diferente do que Serra protagonizou em 2010 — e é melhor (Foto: Gazeta do Povo)
A presidente Dilma venceu o tucano José Serra no segundo turno das eleições de 2010 por 12 milhões de votos — em percentual, ela teve 56,05% dos votos válidos, Serra, 43,95%.
Este texto pretende mostrar, com FATOS e NÚMEROS, como é perfeitamente possível que o candidato tucano em 2014, Aécio Neves, apresente um resultado muito diferente — podendo vencer as eleições.
Não estou levando em conta pesquisas de intenção de voto (em que Aécio vem subindo, bem como o outro candidato de oposição, Eduardo Campos, do PSB, ao passo que Dilma cai).
E, por ora, vamos SUPOR que Eduardo Campos, menos conhecido, com menos estrutura, menos apoios e menos bases estaduais do que as de Aécio, não consiga chegar ao segundo turno.
É claro que poderemos ter uma disputa Dilma x Eduardo Campos, ou, quem sabe — em política quase nada é impossível  — até uma disputa Eduardo x Aécio.
O cenário deste texto, portanto, refere-se exclusivamente a uma disputa entre Dilma e Aécio.
Vou de início considerar o perfil muito diferente dos candidatos tucanos em 2010 e em 2014 e, principalmente, as alianças partidárias que Serra NÃO conseguiu estabelecer em Estados vitais e que, com Aécio, vêm sendo formadas ou estão se esboçando.
Depois disso, tratarei dos resultados eleitorais do segundo turno de 2010 e tentarei mostrar como eles poderão mudar, dramaticamente, neste ano — mudar para melhor para o PSDB.
E este post vai apresentar NÚMEROS. Vamos precisar somar para chegar à conclusão que apresento no segundo parágrafo acima.
Comecemos por rápidas considerações sobre diferenças de perfil entre os dois candidatos.
Dilma e Serra se cumprimentam antes do último debate da campanha passada, a 30 de setembro de 2010: o adversário da presidente este ano tem perfil bem diferente (Foto: Bruno Domingos/Reuters)
Dilma e Serra se cumprimentam antes do último debate da campanha passada, a 30 de setembro de 2010: o adversário da presidente este ano tem perfil bem diferente (Foto: Bruno Domingos/Reuters)
Serra, sem dúvida um notável administrador público, é um político individualista e criador de arestas; Aécio é agregador por natureza, circula em diferentes áreas, costura alianças com facilidade. Serra tem 72 anos de idade; Aécio, 54. Nem os mais ferrenhos admiradores de Serra consideram-no carismático; Aécio tem esse dom difícil de definir. Serra consegue se desentender e afastar correligionários; Aécio transita bem até com adversários. Serra já perdeu 2 eleições para prefeito e 2 para presidente; Aécio ganhou todas as 3 últimas eleições majoritárias que disputou.
Posso estar redondamente enganado, mas parece-me que Aécio terá um índice de rejeição muito inferior ao que Serra alcançou nas eleições presidenciais que travou. Posso também estar redondamente enganado, mas penso que Aécio tem potencial para obter votos onde Serra não conseguiria.
Agora, vamos analisar a situação em vários Estados que definiram a eleição de 2010 em favor do lulopetismo — e nos quais a situação, neste 2014, tem tudo para ser bem diferente.
Iniciemos por MINAS GERAIS, o Estado que Aécio governou por 8 anos e que atualmente representa no Senado. Em Minas, Dilma massacrou José Serra no segundo turno, com 1,8 milhão de votos a mais.
Pimenta da Veiga (centro) com o ex-governador Antonio Anastasia (esq.) e Aécio: quer que o tucano ganhe em seu Estado, Minas, por 3,5 milhões de votos. Serra perdeu por 1,8 milhão em 2010 (Foto: otempo.com.br)
MINEIROS — Pimenta da Veiga (centro) com o ex-governador Antonio Anastasia (esq.) e Aécio: o candidato ao governo quer que o tucano ganhe em seu Estado, Minas, por 3,5 milhões de votos. Serra perdeu por 1,8 milhão em 2010 (Foto: otempo.com.br)
Com Aécio, que deixou o governo de Minas em 2010 com mais de 80% de popularidade após dois mandatos e se elegeu com votação recorde para o Senado, alguém duvida de que a história será outra?
Até o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), poderá apoiar Aécio, que o tucano ajudou a eleger duas vezes, mesmo tendo o líder de seu partido, Eduardo Campos, como aspirante ao Planalto. O candidato a governador pelo PSDB, Pimenta da Veiga, quer que a aliança de 16 partidos que o apóia — e a Aécio — faça com que o tucano vença Dilma por 3,5 milhões de votos.
Mas vamos supor que a diferença seja menor, seja de 3 milhões de votos. Só aí, levando em conta o 1,8 milhão que Dilma colocou sobre Serra, estará 4,8 milhões de votos menor a vantagem de 12 milhões que a presidente obteve sobre o rival tucano nas eleições passadas.
Sigamos agora para SÃO PAULO, o maior colégio eleitoral do país, com perto de 32 milhões de eleitores (quase 23% do total brasileiro, pouco acima de 141 milhões).
Em São Paulo, terra natal e base política de Serra, ele, naturalmente, venceu em 2010, fazendo 1,9 milhão de votos de vantagem sobre Dilma. Na verdade, foi pouco — poderia ser mais. O governador Geraldo Alckmin, em 2006, disparou no primeiro turno 4 milhões de votos à frente do adversário petista — e ele era ninguém menos do que o próprio Lula, o “Deus” da ministra Marta Suplicy.
Alckmin e Lula durante um dos debates da campanha de 2010: o tucano bateu o "Deus" de Marta Suplicy, no primeiro turno, por 4 milhões de votos em São Paulo. Se Aécio consegue repetir a proeza... (Foto: Jonne Roriz/Agência Estado)
Lula com Alckmin durante um dos debates da campanha de 2006: o tucano bateu o “Deus” de Marta Suplicy, no primeiro turno, por 4 milhões de votos em São Paulo. Se Aécio repetir a proeza no segundo turno deste ano… (Foto: Jonne Roriz/Agência Estado)
Admitamos, então, que, tendo um candidato de Minas e um vice de São Paulo, como se cogita, Aécio cresça em relação ao que obteve Serra. Em vez de 1,9 milhão de votos à frente, que tenha apenas 500 mil votos adicionais em relação a Serra em 2010, e feche o Estado com 2,4 milhões à frente da presidente Dilma.
Guardemos esse número: meio milhão de votos mais do que obteve Serra.
Vamos em frente. Agora, é a vez da BAHIA, quarto maior colégio do país, com mais de 10 milhões de eleitores. Ali, sem ter palanque nem apoio significativo, Serra viu-se esmagado por Dilma em 2010: perdeu por 2,8 milhões de votos!
Agora, a coisa mudou. Dilma não terá um palanque extraordinário no Estado — o candidato do PT, Rui Costa, deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do governador Jaques Wagner, não provocou até agora um levante das massas em favor da bandeira vermelha do PT.
E terá pela frente uma chapa duríssima, que Aécio conseguiu montar aglutinando inimigos históricos irreconciliáveis, desta vez juntos para derrotar o PT no Estado e em nível nacional: o duas vezes ex-governador Paulo Souto (DEM), candidato ao Palácio de Ondina, o ex-deputado e ex-vice-presidente do Banco do Brasil Geddel Vieira Lima (PMDB), aspirante ao Senado, e o ex-deputado Joacy Góes, ex-diretor do jornal Tribuna da Bahia, candidato a vice-governador pelo PSDB.
A chapa tem ainda o apoio decidido do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), um dos dois prefeitos mais bem avaliados do Brasil.
Não é impossível que não apenas Aécio não seja derrotado na Bahia por margem considerável, mas que vença. De todo modo, os 2,8 milhões de votos a mais para Dilma de 2010 vão desabar.
Outro Estado em que as coisas mudaram radicalmente em relação a 2010 é PERNAMBUCO. O massacre ocorrido em Minas e na Bahia, proporcionalmente, se manteve em Pernambuco, onde Dilma saiu-se no segundo turno com 2,3 milhões de votossobre Serra.
Agora o bicho vai pegar: o próprio Estado de Pernambuco tem candidato a presidente, com o ex-governador Eduardo Campos (PSB), eleito duas vezes por grande maioria e sempre bem avaliado nas pesquisas de opinião pública, e que tirou facilmente da Prefeitura do Recife o petista João da Costa Bezerra nas eleições de 2012 em prol do candidato de seu partido, Geraldo Júlio.
Souto (com o microfone), com Aécio (esq.), ACM Neto e Geddel: palanque forte do tucano na Bahia (Foto: ascom/democratas)
O ex-governador Paulo Souto (com o microfone), com Aécio (esq.), o prefeito ACM Neto e Geddel: palanque forte do tucano na Bahia (Foto: ascom/democratas)
Parece não haver dúvida de que Dilma será pulverizada por Campos em seu Estado natal, onde o eleitorado próprio do PSDB e do DEM poderá eliminar diferenças entre Aécio e a candidata do PT na disputa pelo posto de segundo mais votado.
Digamos, então, que os 2,3 milhões de votos caiam para 300 mil em favor de Dilma. São 2 milhões de votos menos naquela vantagem apontada lá em cima, de 12 milhões.
A esta altura, já estamos EMPATADOS, teoricamente, em relação a 2010. Os 12 milhões de votos a mais de Dilma sobre Serra terão desaparecido.
E ATENÇÃO: isso ocorre mesmo supondo que NENHUM dos votos atríbuídos a Dilma mudará de lado em 2014 — ou seja, que TODOS os eleitores que votaram na presidente repetirão seu voto. Se levássemos em conta a possibilidade de que muita gente que elegeu Dilma poderá votar em Aécio, a balança já estaria pendendo para o tucano.
Estamos supondo que, hipoteticamente, TODOS os novos votos obtidos pelo PSDB viriam de pessoas que votaram em outros candidatos, anularam seu voto, votaram em branco ou se abstiveram.
Para não tornar este post interminável, vamos, então, examinar só mais três Estados nos quais Dilma fez a festa sobre Serra em 2010, mas que desta vez exibirão um panorama muito distinto: Ceará, Maranhão e Amazonas.
No CEARÁ, outra derrota impiedosa de Serra em 2010: ficou 2,3 milhões de votos para trás. Naquele ano, Serra se via praticamente sozinho no palanque — estavam com Dilma os irmãos Gomes, Cid, o governador, e o ex-ministro Ciro, que já foram tucanos, o PT local, que é forte, o PCdoB, que não é nanico, e o PMDB, sempre numeroso. Dilma ainda recebeu o reforço da presença constante de Lula na campanha. O único e relutante suporte de Serra no Ceará foi o então senador Tasso Jereissati, que não conseguiu se reeleger.
Desta vez, a ampla coligação que elegeu Dilma está problemática. O PMDB do senador Eunício Oliveira — líder disparado nas pesquisas de intenção de voto, com mais de 40% das preferências — deixou o governo de Cid Gomes (PROS), tem o apoio do PROS nacional e complica a vida dos irmãos Gomes. O PT está dividido entre apoiar o candidato dos Gomes – os quais ainda não se decidiram por um nome — ou lançar a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins.
O três vezes ex-governador Tasso Jereissati decidiu voltar à política e Aécio está tentando costurar uma aliança com Eunício.
Tudo indica que dá para esquecer os 2,3 milhões de votos a mais de Dilma em 2010.
Até no MARANHÃO, onde parece que nada muda nunca, há novidades. O favorito disparado para vencer as eleições, até o momento, fincado em radical oposição ao domínio da família Sarney no Estado, é o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB), também ex-presidente da Embratur, que ofereceu palanque a… Aécio Neves e, posteriormente, a Eduardo Campos. E não fará campanha pela candidata do PT, pelo contrário.
Apesar da aliança histórica do PCdoB com o PT, o PT local, pressionado por Dilma, apoia os Sarney, cujo candidato a governador é o senador suplente do próprio pai Lobão Filho (PMDB), que jamais disputou uma eleição antes e tornou-se candidato há algumas semanas substituindo um secretário de Estado inexpressivo.
Alguma coisa estranha anda acontecendo por lá, porque a governadora Roseana Sarney (PMDB), com quem Dilma contava para, se reconduzida ao Planalto, manter a folgada maioria que tem no Senado, desistiu de disputar o cargo e vai continuar no Palácio dos Leões até o dia 1º de janeiro de 2015.
Parece-me, portanto, que será um otimismo deslavado considerar que, tendo um candidato forte a governador fazendo campanha contra, Dilma repita em 2014 os 1,688 milhão de votos que, em 2010, livrou sobre Serra no Estado com quase todos os piores indicadores sociais do país.
Arthur Virgílio, prefeito de Manaus e o mais popular do país: este ano, o presidenciável tucano terá palanque forte no Amazonas, onde Serra levou de 9 a 1 de Dilma (Foto: psdb.org)
Arthur Virgílio, prefeito de Manaus (PSDB) e o mais popular do país: este ano, o presidenciável tucano terá palanque forte no Amazonas, onde Serra levou de 9 a 1 de Dilma (Foto: psdb.org)
Finalmente, o AMAZONAS. O eleitorado é relativamente pequeno, próximo a 2 milhões de votos, mas o que aconteceu ali em 2010 é altamente expressivo. No primeiro turno, Dilma teve 90% dos votos válidos! Nove em cada dez! Foi, proporcionalmente, a mais severa derrota de Serra no país — e terminou, no segundo turno, com a presidente quase 1 milhão de votos na frente — 866 mil, para sermos mais exatos.
Serra estava solitário, isolado, sem nada e sem ninguém. Agora, Aécio Neves terá no palanque o prefeito mais bem avaliado do Brasil, o ex-senador Arthur Virgílio (PSDB), valendo sempre lembrar que Manaus e região detêm 60% do eleitorado amazonense.
No terceiro maior colégio eleitoral do país, o Rio de Janeiro, não se pode dizer que Dilma repetirá, na certa, a vitória por 1,7 milhão de votos a mais que Serra na disputa com Aécio.
A perspectiva de ter uma surpresa como a ex-presidente do Supremo Ellen Gracie como candidata ao governo, o apoio do PMDB e sua forte capilaridade no interior, e de figuras como Cesar Maia (ele próprio candidato a governador pelo DEM) e de Fernando Gabeira podem diminuir consideravelmente a diferença, sem contar que Aécio, criado no Rio de Janeiro por ser filho de deputado na época em que a Câmara ainda não fora transferida para Brasília, tem fortes conexões cariocas e fluminenses.
Não menciono outros Estados porque, longe de ser problemas para o PSDB e aliados, são terra fértil para eles: os tucanos venceram as eleições de 2006 e de 2010 no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e tendem a voltar ganhar em todo o Sul, com seu enorme contingente de 21 milhões de eleitores. José Serra venceu Dilma nos dois Mato Grosso e em Goiás em 2010, grande cinturão do agronegócio, que anda furioso com o governo petista.
Feitas as contas, vê-se que a leitura do cenário de 2010, com os atores e as mudanças de 2014, tornam perfeitamente possível uma vitória tucana no dia 26 de outubro próximo — data da realização do segundo turno das eleições para presidente e governador.
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371 Comentários


  • Lucas Senger Jacobus
     - 
    Prezado Setti.
    No RS, Serra venceu por margem mínima em 2010. Todavia, como tanto o Governo Tarso e do Prefeito Fortunati estão mal avaliados, não duvido que abra uma grande vantagem no RS, coisa de 300-500mil votos.

  • Bruno Sampaio
     - 
    Perdão, Aécio.

  • Luiiz Antonio
     - 
    Sr. Setti. Muito boa as suas colocações. Com todo respeito nao precisava fazer todas estas contas. Veja: Dilma bateu Serra por 12 milhões de votos, ou seja a grosso modo com 6 milhões a mais de votos o Serra empatava o que o Aécio fará com facilidade. Vejamos: Empatando em Minas 2.500 / Empatando no RJ + 1700 / Empatando na Bahia mais 2,3 milhões. Ele só empatando nestes tres estados em que tem base muito forte já passa de seis milhões. Muito provavelmente ele ganhará em Minas. Se em todos os demais estados se mantiver os votos como em 2010 ( o que jamais ocorrerá ) no Sul ele terá muito mais votos que o Serra em 2010. A eleição está praticamente ganha.

  • Bruno Sampaio
     - 
    Aéco pode e DEVE!!!

  • patricio
     - 
    Analise digna de crystal ball. No Brasil não vemos muito isso.

  • Quaker
     - 
    O PT inteiro está com medo. Quando lê um post deste aí, ele se apavoram.

  • Quaker
     - 
    Será que Lula irá aguentar a pressão alta até as eleições?

  • Pensador
     - 
    Aqui em casa são 7votos confirmados para o Aecio. Estou batendo nessa tecla a muito tempo, Aecio vira esse jogo. Se o Lula ver que a Dilma não vai ganhar, ele entra na disputa e ai vai ser muito difícil.

  • Alexandre Newton
     - 
    Comentário sério, correto e absolutamente pertinente. Parabéns!

  • Quaker
     - 
    Quando os petralhas leem esta análise, vão correndo para o banheiro. Dá aquela dor de barriga que eles jamais imaginaram sentir.
    Não sei se Lula irá aguentar chegar até as eleições. O coração dele é bem capaz de adiantar as coisa. Dá para perceber que ele está tenso e tomando remédio para controle de pressão arterial.

  • rose
     - 
    Avante Brasil!! Excelente pesquisa, no meu estado, tudo que está escrito aí é verdadeiro.

  • odivar meneghetti
     - 
    Caro Ricardo,
    Nas ultimas pesquisas eu já estava vendo uma luz no fim do túnel.
    Agora com estes números que você compilou já vejo um farol.
    Para o bem do Brasil e de todos os brasileiros honestos, que trabalham e amam a democracia e a liberdade vamos nos livrar dos petralhas.

  • zé do matogrosso
     - 
    …excelente Setti. Matou a cobra e mostrou o pau. Não é muito otimismo, mas podemos começar a carreira para aquele abraço. Por stas bandas a prsidNTA ainda não conseguiu um caixote prá trepar e destilar as abobrinhas de sempre. Colocastes muito bem, Nas terrss do agronegócio se trabalha. Vamos às urnas. Que venha o lula, que o velório ficará mais animado, com defunto ilustre.
  • Pelo cenário que você está apresentando esta arrisca Dilma perder no primeiro turno..

  • Andrei Leandro
     - 
    Voce esqueceu de analisar o Rio, e ele pode decidir a eleicao.
    O estado tem o terceiro maior colegio eleitoral e ha tres eleicoes o PT tem ganhado com folga, muita folga (infelizmente).
    DIlma tem um palanque fortissimo no Rio (os quatro principais candidatos) e Aecio e Eduardo nao tem sequer palanque.
    Torco para que nao ignorem o Rio. Os fluminenses desejam mudanca, mas nao ha nenhum candidato de oposicao conversando com eles.
    Eu mencionei o Rio de passagem, sim. O Aécio por enquanto tem o palanque do Cesar Mais, mas, se ele realmente bancar a candidatura da ministra Ellen Gracie, ex-presidente do Supremo, pelo PSDB, será uma novidade interessante — longe dos Cabrais, Garotinhos e outros que tanto infelicitam e infelicitaram o Rio.
    Abraço

  • Roberto
     - 
    Além de ótima, sua definição para as eleições de 2014 , são baseadas em fatos, e não fantasmagóricas pesquisas, muitas vezes compradas, não raro com dinheiro público, esse artigo da um alento a todo brasileiro honesto desse pais. Portanto eu não lhe dou SETTI e sim dez. Parabéns e abraço cordial.

  • Eduardo L. da Silva
     - 
    Olá.
    Fico muito contente em saber que seu texto traz boas notícias e embasado em realidade.
    A eleição neste ano será duríssima, mas temos chances de vencer o PT. E são chances reais!!!
    Vamos colaborar e convencer um “voto branco/nulo” em Aécio.
    Abs

  • Jane
     - 
    Vejam essa pesquisa feita em Londrina.
    Nas eleições de outubro deste ano, Beto Richa (PSDB) e Aécio Neves (PSDB) têm a preferência do eleitorado de Londrina, como aponta a pesquisa divulgada na manhã desta sexta-feira (16) pela rádio Paiquerê AM e o Instituto Multicultural, registrada sob o protocolo 00111/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
    A estimulada mostra que o atual governador do Paraná, Beto Richa, tem 48,5% das intenções de voto, com chances de obter a reeleição. Ele é seguido por Gleisi Hoffmann (PT) com 15,5%, Roberto Requião (PMDB) com 11%.
    O PSDB ainda leva a melhor em Londrina nas eleições para presidente, mantendo uma rejeição histórica ao PT. Aécio Neves tem 39,5% das intenções de voto, Dilma Rousseff (PT) 10%, Eduardo Campos (PSB) 9%, Eduardo Jorge (PV) 0,8% e Eymael (PSDC) 0,7%.
    No caso da gestão de Dilma Rousseff como presidente, 34% consideram péssima, 29% regular, 17,5% ruim, 13% bom, 4% não souberam responder e 2,5% ótimo.
    Isso colabora com sua matéria, ela vai perder muito feio nos Estados que ela perder pro Serra. Isso vai tirá-la da disputa. Se Aécio crescer muito ele ganhará no primeiro turno. Fará o que fez FHC quando disputou com Lula. Acredite!
    Muito obrigado, cara Jane. Tenho família no Paraná, meu Estado de adoção, lá estão sepultados meu inesquecível Pai, meu avô, meu bisavô e muitos outros queridos. E sei que o Paraná não dá moleza para o lulopetismo, graças a Deus.
    Abração

  • Basta
     - 
    A Dilma sai da copa com aprovacao < 30%. Durante os jogos da copa vamos todos gritar em coro: Fora PT e leva a Dilma com voce! Todos os jogos, sem parar, em cadeia nacional de televisao.

  • Lord keynes do sec xxi
     - 
    Tudo bonito,pra quem acredita q essas urnas eletronicas não são fraudáveis
    É uma tecnologia tão boa que nenhum país sério quer

  • Rita
     - 
    Sonho que esse dia. Pt perdendo as eleiçoes! Felicidade é pouco.

  • Epaminondas
     - 
    Ah se o clima “já ganhou” ganhasse eleições.
    Qual o único problema do Aécio? Quando surgiu um boato que o Bolsa-Família seria descontinuado, a turba ficou em desespero. Na hora que começarem a colar em Aécio a pencha de “matador de Bolsa”, os dependentes que o PT nos legou sem nenhuma via de escape do programa irão pesar profundamente a questão “rouba mas faz” e votar em quem tiver contando a mentira.
    O PT que “faz o diabo” não vai deixar barato. Tem que bater duro, não ver melindre em perguntar sobre Celso Daniel, sobre Dirceu, sobre doleiro, sobre a Petrobrás.
    E se sobrar tempo, mostrar propostas.

  • Jane
     - 
    Não haverá segundo turno. Aécio vai vencer no primeiro, tudo conspira para isso, próximo a eleição haverá um clima favorável ao tucano que crescerá e esmagará o PT. Pode cofiar. Na pior das hipóteses será Aécio x Campos. Anota aí.

  • estela
     - 
    mineiros e paulistas……….osso duro,imprevisiveis!

  • januario de souza neto
     - 
    Que balela, isso não é nem futurologia é invencionice. Quem é POBRE-NEGRO-ESTUDANTE-GAY vota em DILMA PRESIDENTA, é veja vai ser em vão tantas asneiras como essa.

  • Jackson
     - 
    Legenda da primeira foto fala que ele foi eleito presidente do PSB, é PSDB. Excelente texto, parabéns pelo blog!
    Já corrigi e agradeço sua gentileza em apontar o erro, caro Jackson.
    Um abração!

  • Moacir 1
     - 
    Prezado Setti,
    Muito informativo seu post. Eu não tinha feito essa análise 2014 versus 2010 ,a partir dos palanques estaduais. A seus números – indiscutíveis – eu apenas acrescentaria uma informação que obtive na FSP de ontem, sobre a última pesquisa Datafolha.
    O artigo menciona que, no setor do eleitorado denominado de subproletariado – com renda familiar até 2 salários mínimos – a candidatura de Aécio Neves teve um incremento de 6 pontos percentuais.E atenção.Entre os mais pobres Dilma perdeu 7 pontos percentuais.Ou seja ,quase a totalidade dos pontos migraram para o PSDB. Daí a nova orientação do marketing petista e o conteúdo terrorista do último spot do partido.Apostando no medo ,o PT busca o voto retrospectivo.Uma postura perigosa já que numa eleição o que está em jogo é o futuro,que teria ,segundo o jornal,mais a ver com os votos prospectivos.
    Portanto, eu considerei muito oportunos os vídeos que surgiram hoje na net ,fazendo justamente essa inversão: colocando o PT no passado e a oposição lá na frente ,como esperança daquilo que “difusamente” as pesquisas juram de pés juntos que os brasileiros desejam: mudança.
    Na realidade a única coisa que me preocupa é a massacrante vantagem de tempo de exposição que a PresidentA está tendo na TV,nas rádios e no noticiário ,sem mencionar os 12 minutos que terá na propaganda eleitoral.De resto o mineiro está mandando muito bem.
    Vamos em frente.
    Abraço

  • Kitty
     - 
    Querido Ricardo, que brilhante analista político resultou ser, fiquei abismada com o seu impecável analise e uma estupenda lógica. Meu coração bateu mais forte porque aumentou a minha esperança de que o senador Aécio possa realmente levar a presidência..Não sou forte em cálculos como Você que os domina tão bem, mas foi uma analise de tirar o chapéu, caro amigo Setti, tomara que acerte em cheio. Eu também acho que Aécio tem muitas chances de vencer, temo e não nego, a intervenção da melancia Marina..ela destila petismo por todos os poros, embora o disfarce muito bem. Em 2010 ela teve uma boa performance e o que me parece ela tem certa ascendência sobre Campos e uma rejeição ao PSDB..Mas, não vou estragar a minha alegria e a curtição da sua perfeita analise com pessimismo antecipado..Aécio tem todas as chances de ser o nosso presidente..o presidente da Mudança, é isso que conta…Arriba el otimismo y, si vencemos, brindaremos aqui en el blog su auspicioso pronóstico!!! Um abração-Kitty

  • Vanderley Farias Ferreira
     - 
    Haveremos de ter a graça de confirmar a sua análise. O Brasil não suporta essa quadrilha de aproveitadores, que jogou no chão todos os valores éticos e morais da Nação. Aécio não apenas venceu todas as eleições que disputou, fez muito mais: honrou os mandatos que recebeu do povo, com trabalho sério e competente. Teremos um presidente jovem na idade, mas veterano no bem administrar. O Brasil voltará a andar nos trilhos da retidão e da competência, deixando no esquecimento os doze tristes anos de descalabros administrativos e roubalheiras. Fora com sindicalistas que nunca trabalharam na vida, com os ratos populistas, enganadores dos mais humildes, que pensam ter neles defensores de boas intenções, mas que na verdade só querem se locupletar. Parabéns pela lúcida análise.

  • Rubens
     - 
    Prezado Setti,
    Na realidade a situação e muito melhor do que seus números apresentam, pois para vencer, Aecio necessita recuperar metade mais um dos votos, ou seja, não precisa de 56% mas somente 50,1%.
    Abracos

  • Alexandre Barbosa Andrade
     -
    Nobre Setti,
    Meus cordiais cumprimentos pelo belissimo trabalho.
    Abcos e otima semana com muita paz.
    Muito obrigado, caro Alexandre.
    O mesmo pra você.
    Abraços!

  • Paulo Marcelo Farias Moreira
     -
    Estou muito contente com essa análise, bem realista.
    Mas como disse Garrincha: E os russos?
    Destaco um trecho: … parece-me que Aécio terá um índice de rejeição muito inferior ao que Serra alcançou …
    Absurdamente os russos jogam pesado e acusaram que a Petrobrás seria privatizada. E aqui no Nordeste disseram que Serra não gostava de nós. A vantagem é que hoje sabemos quem quer tomar a Petrobrás e a água do São Francisco tão prometida até agora não chegou. E não vou citar outras promessas não cumpridas.

  • Alan XY
     - 
    Boa análise, R7. Voto no E Campos mas vejo que o Aécio tem grandes chances de bater Dilma. No primeiru turno.

  • Sylvio Haas
     - 
    Lula não vai deixar o PT perder o Planalto. Se Dilma chegar à situação que V preconiza (e que Deus te ouça), Lula entra como candidato e Dilma aceitará essa inversão “pelo bem do Brasil”. Além disso, Lula sabe que se perder para o PSDB em 2014, não terá mais condições de voltar ao poder. Tem que ser agora. (Sussurrando: e tem que corrigir esta passagem no teu texto – “Aécio disputou as 3 eleições majoritárias que disputou”). Abraço.
    Já corrigi o texto há algum tempo, caro Sylvio.
    Agradeço sua atenção.
    Quanto a Lula, DU-VI-DO. Sabe por quê? Ele estará arriscando toda a sua história nisso.
    Ele só tem a perder.
    Já pensou se ele é derrotado — e pode perfeitamente acontecer?
    Por que você acha que ele não vai assistir a nenhum jogo da Copa em estádio? Por causa da “cervejinha em casa?” Não, ele vai ser vaiado!
    A popularidade do Lula se aproxima da da presidente. Está em queda!
    Será uma enorme desmoralização para ele se a candidata que ele “fez” presidente não se aguentar.
    Vai ser um vexame colossal, ele vai ter que passar a campanha inteira se explicando.
    Pode escrever aí: ele NÃO SERÁ candidato.
  • Setti, você completou o texto graças ao seu profissionalismo e eficiência! Abraços, JB
    Seu toque foi fundamental, caro JB.
    E eu agradeço muito por isso.
    Um abração!

  • Roberto Souza
     - 
    Outro texto brilhante,caro Setti.
    Trabalho sério, sem “achismos”, fruto de análises e estudos profundos, como devem fazer os jornalistas de verdade.
    Estou na torcida para que suas bem fundamentadas previsões se concretizem em outubro e novembro.
    Um abraço!
    Você é sempre um cavalheiro, caro Roberto.
    Muito obrigado!
    Abração

  • carlos nascimento
     - 
    Ricardo,
    Vou ser bastante sucinto – Direto ao Ponto – para vencer essa eleição, basta que o candidato da oposição, seja verdadeiramente oposicionista, informando de forma clara, até mesmo didática, ao povo brasileiro, as diferenças abissais entre as duas propostas de governar o Brasil, sem “firulas”, sem receio, sem tergiversar , olho firme e direto na lente da telinha, quando dos debates, buscar ser assertivo, cobrando dos adversários as inúmeras imoralidades, dessa forma a missão estará cumprida, a SOCIEDADE está pronta para dar o tiro de misericórdia.
    A oposição só perderá esse embate por covardia.

  • GCOELHO
     - 
    RICARDO,
    FECHA A CONTA E PASSA A RÉGUA.

  • Cidadão Quem
     - 
    Tem uma coisa: se a Tamara Ecclestone entrar na disputa, voto nela. Aliás, ela tem meu apoio. Essa foi de mau gosto…

  • jose almeida
     - 
    Sonhar não custa nada. Lembro que Aécio não terá vida fácil em SP. O que Serra e Alckmin pensam dele é impublicável. Fara s falta dagua. Perdendo em SP, e vai perder, o sonho do Aécio vai virar pesadelo quando ele descobrir os números de Minas Gerais. De resto, esse negócio de prefeito mais bem avaliado não deve ser levado a sério, é o mesmo que dizer que o sujeito é o maior ministro da saúde de todos os tempos, um administrador talentoso e etc.
    Se o Aécio tiver sorte ele perde já no 1º turno, porque se for pro segundo turno em quem os eleitores da Marina e do Campos irão votar?
    Alckmin vai trabalhar muito pelo Serra porque seu próprio destino está em jogo.
    Você pode acreditar no que quiser, estamos numa democracia.
    Aguardemos a eleição.

  • Alexandre Duguinho
     - 
    BRILHANTE análise!

  • João Zuccaratto
     - 
    Prezado Setti, tenho levantado a bola que é capaz do Aécio vencer no primeiro turno. E também a hipótese da incompetenta não passar para o segundo. Além de tudo que você colocou, ele soma atributos que fazem a diferença na campanha: jovem, boa aparência, imagem de competente, fala bem e está casado com uma mulher linda. E tem mais: vai ser pai de gêmeos — ou gêmeas — no início do segundo semestre. Outra coisa: apesar do Estado do Espírito Santo ter pouca influência, em 2010 Dilma perdeu feio por aqui. Tenho certeza de que vai perder de novo. Acredito que por, pelo menos, 500 mil votos.
    Será pai de um casal de gêmeos, conforme aliás eu divulguei aqui, caro João. Júlia e Bernardo, vão se chamar.
    Quanto ao Espírito Santo, também acredito que Dilma perderá de novo.
    Abraço

  • ClaudioSpaz
     - 
    Excelente trabalho Ricardo, e muito gratificante.
    Um detalhe extremamente positivo, além da pesquisa acima: Pela diferença da Dilma de 12 milhões de votos para o Serra, creio que bastaria apenas pouco mais de 6 milhões para o tucano ter sido vitorioso, pois estes sairiam da conta da Dilma.

  • João Leopold
     - 
    Ótimas colocações! Meu palpite é que a Dilma será massacrada. Preferia que o Lula entrasse em seu lugar para ter a destruição que merece.

  • J.B.CRUZ
     - 
    A margem de erro nestes números pró AÉCIO será de 3% a 6% acima..Não se esqueça que em 2.010, Marina Silva despontou com mais de 20.000.000 milhões de votos; e, que com o comportamento dela no momento atual,onde se nota nitidamente em suas palavras a “saudade’ da antiga ideologia…
  • Prezado Setti,
    sugiro corrigir a última linha do parágrafo logo abaixo da foto em que Dilma e Serra se cumprimentam.
    “Aécio VENCEU as 3 eleições majoritárias que disputou”.
    Sobre a sua análise, concordo plenamente. E se você acrescentar os estados da região sul, acredito que o seu argumento ficará ainda mais sólido.
    Parabéns pela análise ampla e consistente!
    Já corrigi e, sim, graças a você, acrescentei a região Sul, que havia já levantado e não incluíra no texto. São 21 milhões de eleitores, e o PSDB ganhou as duas últimas eleições presidenciais nos três.

  • rodrigo santos
     - 
    Eu nao confio no pt ou psdb. Vou tentar eduardo. Mas no segundo turno nao voto no pt de jeito nenhum.

  • Cidadão Quem
     - 
    Sinaliza. Armínio é PRO.

  • Virgínia Souza Pereira
     - 
    Já pensou se Aécio vence no primeiro turno? Aí vai ser festa de outubro até o fim do ano!!!

  • Cidadão Quem
     - 
    Graças a Deus as coisas mudaram. E, concordo, para muito melhor. Espero que Aécio, se vier a eleger-se presidente, consiga reunir, para seu primeiro mandato, uma equipe tão boa quanto a que Fernando Henrique junto quando Ministro da Fazenda e, posteriormente, em seu primeiro termo.
    Acho pouco provável que Aécio consiga, por exemplo, economistas do porte de um Gustavo Franco ou gestores como o jamais lembrado Clóvis Carvalho. De uma forma ou de outra, só nos cabe torcer pelo melhor, e o melhor, disparado, é Aécio Neves. Voto em Aécio de olhos fechados. Graças a Deus.
    Bem, o chefe da equipe de assessores econômicos de Aécio é o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. Isso sinaliza bem, não?
    Abraço

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