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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Responsabilidade ao Proteger?

É preciso exercer os poderes do Conselho de Segurança com muita responsabilidade. Afinal de contas, não se pode sair por aí autorizando intervenções contra governos legítimos, que podem provocar perda de muitas vidas humanas, mesmo se esses governos legítimos estão provocando perdas ainda maiores de vidas humanas.
Melhor não tomar posição, nesses casos, ficar em cima do muro como bons tucanos, exercer seu grau habitual de restrição mental, e ver como nossos amigos dos Brics, sempre tão sábios, estão votando. Quem sabe até nem soltar nota nenhuma, ficar quieto, pois a melhor política, quando não se tem política, é ficar quieto, justamente.
Mas e as famosas doutrinas tão cuidadosamente elaboradas?
Bem, elas precisam de alguns retoques conceituais, ou novas pesquisas de terreno, talvez...
Paulo Roberto de Almeida

Death Toll Is Said to Rise in Syrian City of Homs

Activists said the death toll climbed to 260 in an attack Saturday on Homs, a claim the Syrian government flatly denied ahead of a meeting scheduled for Saturday at the United Nations Security Council.


Addendum oportuno: 

Ah nossos amigos dos Brics, como eles são defensores da soberania nacional (deles e dos outros). Nós também, por sinal.
Soberania über alles...

Russia and China Veto U.N. Security Council Resolution Condemning Syria

Russia and China on Saturday vetoed a United Nations Security Council resolution on Saturday condemning the Syrian government’s crackdown on protests for the second time. At the meeting in Manhattan, 13 countries voted for the resolution proposed by European and Arab nations that gave strong support to an Arab League plan to end the crackdown and call for President Bashar al-Assad to step aside. But Russia and China both vetoed the measure.

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sábado, 28 de janeiro de 2012

Siria: nossos aliados nos Brics...


Posted: 28 Jan 2012 08:52 AM PST
O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se na sexta-feira para discutir uma proposta de resolução contra o governo da Síria, acusado de reprimir violentamente manifestações pelo país. Com apoio de líderes da Liga Árabe, diplomatas da Grã-Bretanha, França e Alemanha redigiram uma proposta de resolução que pede que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deixe o poder.


Outra não deve ser a posição da China...
Maravilha das maravilhas...
Vamos encontrar explicações aceitáveis para nossa abstenção, por certo...
Paulo Roberto de Almeida

Um governo que bombardeia o seu proprio povo?: alguma nota em vista???

Du jamais vu dans le monde, como diriam os franceses.
Um governo que bombardeia o seu próprio povo, na ausência de guerra civil -- ou seja, forças combatentes dos dois lados -- e apenas em face de manifestações da população desarmada???!!!
Inacreditável!
O que teriam a dizer os companheiros, cujo partido, como todos sabem, estabeleceu vínculos formais com o Partido Bath, dominante, na Síria, prometendo laços de cooperação e amizade?
Eles vão emitir alguma nota demonstrando sua indignação antes os fatos?
A diplomacia companheira vai tomar posição?



BEIRUT — Violence surged in Syria on Friday, with government forces using heavy artillery to bombard several towns, while the United Nations debated a resolution on ways to end the bloodshed, intensifying the diplomatic pressure on Damascus.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Siria: nossos aliados do Brics (quando a Turquia ja cansou...)

Parece que a coordenação política nos Brics funciona muito bem: todo mundo tem a mesma posição, ou seja, opor-se a sanções, ou mesmo simples censura, ao regime sírio, que dentro em pouco ultrapassará a marca dos 3 mil manifestantes mortos nas cidades e aldeias da Síria...
Supõe-se que o Brasil concorda com essas posições, ou que ele as estimule. Do contrário, do que adianta ser Brics? Como não cabe veto ao Brasil, melhor mesmo ficar com a abstenção...
Paulo Roberto de Almeida 

China and Russia veto UN resolution condemning Syria



China and Russia have vetoed a UN Security Council resolution condemning Syria over its crackdown on anti-government protesters.
The European-drafted resolution had been watered down to try to avoid the vetoes, dropping a direct reference to sanctions against Damascus.
But Moscow and Beijing said the draft contained no provision against outside military intervention in Syria.
The US envoy to the UN said Washington was "outraged" by the vote.
The result is a huge blow to European and US efforts on the Syria issue, the BBC's Laura Trevelyan in New York says.
More than 2,700 people have been killed across Syria since the crackdown began in March, the UN estimates.
The government of Syrian President Bashar al-Assad says it is in the process of introducing reforms and is speaking to members of the opposition. It blames the unrest on armed gangs.
'Unacceptable'
Nine countries backed the resolution in the 15-member council, while four more abstained during the vote late on Tuesday.
But the resolution - which was drafted by France with the co-operation of Britain, Germany and Portugal - was still defeated because of the vetoes from two of the council's five permanent members.

Start Quote

China believes that under the current circumstances sanction or threat of sanction does not help resolve the question of Syria. Rather it may further complicate the situation”
Li BaodongChina's UN Ambassador
This was despite the fact that the text had been changed three times by the European allies, who had tried to accommodate Russia's and China's objections.
The resolution referred to "targeted measures" - instead of sanctions - if the clampdown in Syria continued.
But Russian Deputy Foreign Minister Gennady Gatilov earlier said the resolution was "unacceptable" because it envisaged sanctions and did not call on President Assad's government to start talks with the opposition, Russia's Interfax news agency reported.
Moscow also said that the draft contained no provision against outside military intervention in Syria, or respect for non-interference in its domestic affairs.
China's UN ambassador Li Baodong said that Beijing "believes that under the current circumstances sanction or threat of sanction does not help resolve the question of Syria. Rather it may further complicate the situation".
The Libyan conflict has sharpened divisions among Security Council members, with both Moscow and Beijing saying that the resolution authorising the use of force to protect civilians was misused by Nato to bring down Col Muammar Gaddafi's regime.
Our correspondent says Tuesday's vote exposes the deep rift at the UN between the major powers, and the completely difference of approach in how to deal with Mr Assad's government and its crackdown.
After the vote, France's UN Ambassador Gerard Araud said the veto showed "disdain for the legitimate interests that have been fought for in Syria" since the protests in the country began.
The US envoy, Susan Rice, said: "The United States is outraged that this council has utterly failed to address an urgent moral challenge and a growing threat to regional peace and security."
Washington had said before the vote that it hoped the council would send a strong message to Syria. Germany said the world had to show solidarity with Syrians on the streets.

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Agencia Estado, 4/10/11

A decisão do Brasil de, mais uma vez, abster-se em uma votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas partiu diretamente da presidente Dilma Rousseff e, desta vez, incomodou profundamente o Itamaraty. A resolução votada na noite de hoje teve o Brasil como um de seus principais negociadores e, em sua versão final, foi ainda mais branda do que o texto com o qual os diplomatas brasileiros já haviam concordado. Ainda assim, Dilma, consultada em Bruxelas, onde participava da Cúpula Brasil-União Europeia, instruiu a missão em Nova York a se abster.

A decisão foi tomada pela presidente para manter uma paridade com as posições de outros países dos BRICs, já que a Índia e África do Sul haviam informado sua decisão de se abster, e Rússia e China, sempre mais resistentes em condenar o governo sírio, avisaram que iriam usar seu poder de veto.

Na votação final, além de Índia, Brasil e África do Sul, apenas o Líbano também se absteve. O país do Oriente Médio, que ocupava a presidência do Conselho até a semana passada, sempre resistiu a condenar o regime de Bashar Al-Assad e havia impedido, na sua presidência, o avanço de um texto com sanções.

A avaliação de diplomatas ouvidos pelo Grupo Estado é que o Brasil, depois de mais esse veto, ficou em uma posição de difícil defesa, já que a missão brasileira foi uma das principais negociadoras do texto. O País já tinha concordado com uma resolução que daria um prazo máximo de 30 dias para que o governo sírio parasse com a violência ou embargos econômicos, de armas e viagens poderiam ser colocados em prática. O texto final foi desidratado para tentar conquistar pelo menos a abstenção de China e Rússia, retirando até mesmo menções aos possíveis embargos.

sábado, 30 de julho de 2011

O charme discreto e os "lacos de sangue" (mas de que tipo?)...

Na continuidade do post anterior, o assunto ainda é a Síria e os protestos da população civil por mais liberdade e democracia e a violenta repressão do regime Assad.
Seria o caso de perguntar quais "laços de sangue" vigoram, exatamente, entre o Brasil e o povo sírio, a que se refere o porta-voz da diplomacia brasileira. Esperemos que não sejam os mais indesejados...
Paulo Roberto de Almeida

Forças de segurança matam 20 pessoas na Síria; Ibas promete buscar diálogo com Damasco
Eliane Oliveira
Com agências internacionais, 29/07/2011 às 20h53m

BRASÍLIA - Em mais um dia de violenta repressão, forças de segurança da Síria mataram 20 pessoas no país, informou o grupo de direitos humanos Sawasiah. Ainda nesta sexta-feira, Brasil, Índia e África do Sul anunciaram que vão buscar juntos um diálogo com o governo do presidente Bashar al-Asad.

- O governo continua a reagir com violenta repressão contra manifestantes pacíficos que pedem por liberdade e pelo fim do regime de Asad. Soldados atiraram em civis em várias cidades do país - disse a organização à agência de notícias Reuters.

Segundo o Sawasiah, civis foram assassinados em Latakia, Hama, Homs, na capital Damasco, nos subúrbios de Douma e Qadam, em Kiswa, Deir al-Zor, onde cinco pessoas teriam morrido, e na cidade de Deraa, onde começaram os protestos antigovernistas em meados de março deste ano.

Brasil, Índia e África do Sul prometem diálogo 'construtivo'
Brasil, Índia e África do Sul decidiram realizar gestões conjuntas junto ao governo da Síria em busca de um diálogo construtivo. Os três países, que são membros do Conselho de Segurança da ONU e formam o bloco político denominado Ibas, enviarão a Damasco, na próxima semana, uma missão com a tarefa de estimular um entendimento, para evitar que a situação se agrave ainda mais.

De acordo com o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, a decisão foi tomada na quinta-feira passada. Ele afirmou que o Brasil tem procurado, no Conselho de Segurança, extrair um consenso em torno do assunto.

- Nós achamos que uma decisão sobre a Síria, qualquer que seja ela, que não goze de consenso ficará fragilizada. O Brasil já indicou que uma condenação não seria útil politicamente. Não dá para acirrar o ambiente político interno - disse o diplomata.

Ele lembrou que a condenação ao governo sírio já existia no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e destacou que a saída é resgatar o diálogo. Tovar também citou os "laços de sangue" entre o Brasil e o povo daquele país.

- Diferentemente de todos os outros membros do Conselho de Segurança, o Brasil tem laços de sangue com a comunidade síria, a maioria formada por cristãos que vivem aqui.

O porta-voz garantiu que o governo brasileiro persegue o caminho do diálogo político e afirmou considerar leviano acusar o Brasil de conivência aos abusos de direitos humanos na Síria. Segundo ele, há cerca de dez dias, durante um encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o vice-chanceler sírio, Fayssal Mekdad, Patriota salientou a posição brasileira.

- Ele (Patriota) instou o governo sírio a acelerar a adoção de reformas. E indicou que a situação de violência tornou-se crônica - relatou Tovar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pisando em ovos... (mesmo quebrados e esmagados...)

Hesitação do Brasil em apoiar sanções contra a Síria na ONU irrita potências
Por Gustavo Chacra
Blog no Estadão, 10/06/2011

O sinal de que o Brasil não deve apoiar a resolução contra o regime sírio de Bashar Assad no Conselho de Segurança das Nações Unidas irritou EUA, França, Grã-Bretanha e Alemanha. Diplomatas desses países disseram estar decepcionados com a posição brasileira de não votar a favor do texto que condena o governo sírio pela onda de repressão a opositores que já deixou mais de mil mortos.

Essa posição em relação ao Brasil foi informada ao Estado horas depois de o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ter afirmado em entrevista na ONU que “a Síria é um país central quando se leva em conta a estabilidade no Oriente Médio”. “A última coisa que gostaríamos é contribuir para exacerbar as tensões no que pode ser considerada uma das regiões mais tensas de todo o mundo”, disse o ministro.

O chanceler evitou revelar o voto brasileiro, dizendo que o governo “seguirá monitorando a situação antes de adotar uma posição”. Mas, para os países defensores da resolução, levando em conta as consultas na tarde de ontem, há sinais de que o Brasil não votará a favor.

Um diplomata ocidental disse ontem que “a sensação é de incompreensão com a posição do Brasil”. “Conhecemos os valores democráticos dos brasileiros e esperávamos que eles se colocassem a favor da resolução. Tivemos a preocupação até mesmo de não colocar no texto nenhum trecho que pudesse dar chance para uma intervenção externa na Síria. Pedimos apenas reformas lideradas pelos próprios sírios, libertação dos prisioneiros e o fim da violência contra os opositores. Mas parece não ter sido suficiente para convencer os brasileiros”.

A resolução proposta por Grã-Bretanha, França, Alemanha e Portugal, com o apoio dos EUA, é bem mais branda do que as duas aprovadas contra o regime de Muamar Kadafi, na Líbia. Na primeira delas, que impôs sanções ao líder sírio, o Brasil votou a favor. Na segunda, que estabeleceu uma zona de exclusão aérea, os brasileiros se abstiveram - ao lado de China, Índia, Rússia e Alemanha.

Além dos brasileiros, apenas China, Rússia e Líbano já se manifestaram contra a resolução. A Índia também tende a seguir o caminho dos outros três membros dos Brics. A posição da África do Sul ainda é incerta.

Mesmo sem o apoio destes seis países, a resolução, ainda sem data para ser votada, poderia ser aprovada com os nove votos a favor, que é o mínimo necessário. O risco seria a Rússia e a China usarem o poder de veto para impedir a aplicação do texto. Os dois países são parceiros comerciais de Damasco e os russos mantêm relações políticas próximas com o regime dos Assads há décadas. O porto de Latakia, na costa síria, é o principal entreposto de Moscou no Mar Mediterrâneo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Siria proibe veu nas universidades (demorou...)

Puxa vida, veio bem a calhar para "legitimar" medidas semelhantes que estão sendo adotadas na França e na Bélgica.
Afinal de contas, a despeito de a Síria contar com uma grande população cristã -- também tinha muitos judeus, no passado, mas parece que eles diminuiram sensivelmente nas últimas décadas -- o país é fundamentalmente muçulmano, embora laico, comme il faut.
Nada como o laicismo no funcionamento do Estado, e a "transparência" na vida pública...
Paulo Roberto de Almeida

Addendum em 20.07.2010, respondendo a uma comentário de Vinicius Portella (ver abaixo):

O moderno Estado democrático de direito é um estado laico, que não faz distinção entre religiões, "raças", gêneros e condição social, tratando a todos de modo igualitário.
Um dos principais fatores que explicam o atraso de sociedades islâmicas em geral é a condição subordinada da mulher, embora nem todas as sociedades islâmicas tenham Estados que consagrem legalmente essa subordinação, sendo que algumas se esforçaram para bani-la, por meios talvez autoritários -- como a interdição do véu e outros sinais "encobridores" da mulher -- mas que representam essa tentativa de evitar discriminação de gênero, que acaba redundando em subordinação social e legal.
A Síria, que não é uma democracia, longe disso, é um Estado laico, e como tal já deveria ter adotado todas as medidas legais para evitar e banir sinais "subordinadores" da mulher. Demorou para fazê-lo, mas fez agora.
Aqueles que invocam a "liberdade religiosa" para justificar, legitimar, impor o véu nas mulheres na verdade pretendem mantê-las em condição subordinada, e toda a ideologia construída em volta do véu termina por consolidar também nas mulheres essa "obrigação" do véu, tida como sinal de respeito por elas próprias, quando é o sinal de sua opressão.
Costumes não se mudam por via legal, mas eles podem começar a sofrer essa mudança por meios impositivos, dependendo de como a sociedade se organiza politicamente.
De fato, há uma enorme contradição entre um Estado liberal, que concede plena liberdade aos seres individuais de praticarem suas respectivas religiões da forma que julgarem mais apropriada, e essas imposições autoritárias de proibição de qualquer sinal vestimentar vindas do alto.
Não devemos esquecer, porém, que as mulheres e meninas assim constrangidas a usar véus e outros elementos "encobridores", NUNCA tiveram escolha -- liberal ou democrática -- de NÃO usar, sendo sempre uma imposição costumeira ou tradicional.
Sociedades democráticas podem conviver com o véu, ainda que por razões de segurança -- como a onda fundamentalista terrorista de origem provada muçulmana atualmente existente -- esses mesmos Estados democráticos possam impor limitações a indivíduos com vistas a preservar a segurança coletiva.
Princípios não devem e não podem se opor a medidas de ordem prática que visem resguardam o bem-estar coletivo.
Paulo Roberto de Almeida

Syria bans face veils at universities
By Associated Press Writer Albert Aji
Associated Press, 19.07.2010

DAMASCUS, Syria – Syria has banned the face-covering Islamic veil from the country's universities to prevent what it sees as a threat to its secular identity, as similar moves in Europe spark cries of discrimination against Muslims.
The Education Ministry issued the ban Sunday, according to a government official who spoke on condition of anonymity because he is not authorized to speak publicly.
The ban, which affects public and private universities, is only against the niqab — a full Islamic veil that reveals only a woman's eyes — not headscarves, which are far more commonly worn by Syrian women.
The billowing black robe known as a niqab is not widespread in Syria, although it has become more common recently — a move that has not gone unnoticed in a country governed by a secular, authoritarian regime.
"We have given directives to all universities to ban niqab-wearing women from registering," the government official told The Associated Press on Monday.
The niqab "contradicts university ethics," he added, saying the government was seeking to protect its secular identity.
He also confirmed that hundreds of primary school teachers who were wearing the niqab at government-run schools were transferred last month to administrative jobs.
Syria is the latest country to weigh in on the veil, perhaps the most visible hallmark of conservative Islam. The wearing of veils has spread in other secular-leaning Arab countries such as Jordan and Lebanon, as well, with Jordan's government trying to discourage it by playing up reports of robbers who wear veils as masks.
Turkey also bans Muslim headscarves in universities, with many saying attempts to allow them in schools amount to an attack on modern Turkey's secular laws.
European countries including France, Spain, Belgium and the Netherlands are considering bans on the grounds that the veils are degrading to women.
France's lower house of parliament overwhelmingly approved a ban on wearing burqa-style Islamic veils on July 13 in an effort to define and protect French values, a move that angered many in the country's large Muslim community.
Opponents say such bans violate freedom of religion and will stigmatize all Muslims.
Duaa, a 19-year-old university student in Damascus, said she hopes to continue wearing her niqab to classes when the next term begins in the fall despite the ban.
Otherwise, she said, she will not be able to study.
"The niqab is a religious obligation," said Duaa, who asked that her surname not be used because she was not comfortable speaking publicly on the issue. "I cannot go without it."

quarta-feira, 21 de abril de 2010

2053) O pais mais tolo do mundo; sim, existe...

Existem pessoas perfeitamente estúpidas -- ou seja, que são capazes de provocar danos a si mesmas ao agirem da forma como o fazem -- e isso recebeu um notável livreto sobre as leis universais da estupidez humana, do historiador italiano Carlo Maria Cipolla.
Eu mesmo, entusiasmado com suas descobertas geniais, escrevi algo a respeito:

As Leis Fundamentais da Estupidez Humana
Via Política (6.12.2009)

Todas as leis da estupidez humana (suite et fin...)
Via Política (13.12.2009).

Pois bem, existem também países estúpidos, obviamente governados por líderes estúpidos, como parece tentar provar esta matéria do Foreign Policy.

The dumbest country in the Middle East
Foreign Policy, April 15, 2010

So what are we to make of the allegation that Syria is moving, or has moved, Scud missiles, or parts of Scud missiles, into Hezbollah country in Lebanon -- even as the Obama administration tries to send a U.S ambassador back to Damascus for the first time in five years?
On the one hand, it's a little baffling. Why would Syria risk an Israeli strike by taking such a provocative step? With an assist from U.S spy satellites, Israeli jets could easily take out the missiles -- they've already proven their ability to evade Syrian radar with the 2007 raid on an early-stage nuclear plant near the Euphrates River. And the international opprobrium that would result from proof of such a weapons transfer to a terrorist organization would be severe.
Despite all the Syrian bravado about Hezbollah's strong showing against Israel in the 2006 Lebanon war, surely Bashar al-Assad knows that his creaking Soviet weaponry would fare badly in any conflagration -- and that his presidential suite is well within the range of Israel's F-15s. For all the figures you read in the press about the size of Syria's military and its vast arsenal of tanks, the country is essentially a tin-pot dictatorship with little ability to project power beyond Lebanon, where for decades it has dominated its smaller neighbor's domestic affairs.
If you think in regional terms, the (alleged) move makes marginally more sense. Iran, Syria's ally and patron, is looking to show the West that any strike on its nuclear facilities would be extremely costly for the United States and its allies. With pressure escalating, it's not hard to imagine that the powers that be in Iran leaned on Bashar to lend a helping hand next door. (Syria expert Andrew Tabler offers some other plausible motives here.) [See post in FP]
The insane thing about all this is that Syria would be much better off by joining the pro-Western camp. It could get the Golan Heights back, get the sanctions lifted, and attract foreign assistance and investment -- while fending off pressure to open its deeply authoritarian system, just as Egypt has. It could reap billions in tourism revenue, thanks to its incredible archaeological and cultural riches. And it could finally bury the hatchet with other Arab states, which have long been frustrated by Syria's close ties to Iran, its support for militant groups, its meddling in Lebanon, and its intransigence on all things Israel.
But dictatorships are strange animals; they often make poor decisions for reasons that are inscrutable to all but the most informed observers.