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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Um botafoguense terminal escreve um hino em homenagem ao seu time do coração para um neto genial - Sergio Florêncio

 [Pode haver um botafoguense assim fanático? Pode…]

[O titulo é meu, PRA]

Recebido em 14/11/2023, do embaixador Sergio Florêncio, o mais humano dos diplomatas que conheci. PRA

Sergio Abreu e Lima Florencio

Carioca de Vila Isabel, diplomata, Tricolor de Coração,Botafoguense por admiração. A família ampliada de tios, primos, filhos e netos tem cerca de 40 Tricolores e apenas 1 exceção, que confirma a boa regra !

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2023

Meu neto Omar tem cinco anos de vida e muito mais de imaginação.  Ele tem Poderes Especiais adquiridos na Patrulha Canina,  talento.para percussão e forte vocação para Diretor de teatro. Quando vê mais de três pessoas, inventa logo um enredo e vai transformando os familiares em personagens de uma peça imaginária. Sua paixão pelo futebol é tanta, que lembra  Sócrates com a  Democracia Corintiana. É tão democrático que  torce por três times ao mesmo tempo. O Botafogo da avó Célia, o Flamengo da mãe Cris e o Fluminense do pai Thiago e do avô Sergio. Nasceu carioca mas vive nordestino no  Cariri cearense.

Ontem descobri que ele pode resolver a angústia da avó Célia doente pelo seu Botafogo. 

O time que teve gigantes da estatura de Nilton Santos, Garrincha, Didi e Jairzinho,  vinha brilhando com liderança isolada no Brasileirão. Com confortável  distância de 13 pontos para o vice-líder,o Fogão tinha toda pinta de campeão.  Já estava com uma mão no título. Mas eis que, nas últimas rodadas, a sombra do  anti-Sobrenatural de Almeida passou a perseguir o Glorioso Fogão.  Com um ataque ágil e talentoso, abria logo três gols de vantagem sobre o adversário.  Mas acabava perdendo pelo placar elástico de 4x3.  Nesta triste semana,perdeu a liderança.  E aquela vantagem maiúscula de 13 pontos ameaçava virar pó.

Mas ontem eu descobri que o neto Omar tem tudo para ser a salvação da lavoura para o Glorioso Fogão. A verdadeira esperança do Alvinegro. 

Por que, perguntaria o inquieto leitor? A razão insofismável para o neto Omar salvar o Botafogo é simples, e  clara!

No fundo, qual é o grande problema botafoguense? É a ameaça de "morrer na praia". 

Nosso poeta baiano Dorival Caymmi ensinou, com inspirados  versos, que " é doce morrer no mar ... nas ondas verdes do mar".

Meu neto Omar tem uma natural e nominal identificação com Caymmi. 

Ontem, ao ver a praia e o mar de Copacabana, pensei no destino cruel  que ameaça o Glorioso Fogão.  Assustado com o perigo de morrer na praia, lembrei que o neto com Poderes Especiais poderia ajudar o Bota a evitar a cruel injustiça de " morrer na praia", depois daquela confortável liderança 

 de 13 pontos para o segundo colocado. 

Olhei a praia ameaçadora, lembrei do neto Omar, evoquei Caymmi com seu " é doce morrer no mar". Num estalo de Vieira, mandei um whatsapp para o neto Omar no  Cariri.  Expliquei que   Omar , com esse nome, era a salvação do Botafogo dele e da avó Célia. Com espon taneidade infantil e lógica imediata, retrucou logo, lá do Cariri. " Não tô entendendo nada,  vô". Expliquei então que bastava o Fogão evocar,com fé, seu  nome - Omar- que estaria salvo do fantasma de " morrer na praia". Ele insistiu- "Piorou. Agora é que não é tô ente de do nada mesmo". Aí eu voltei a explicar porque ele, O mar, podia salvar o Botafogo, o impedindo de " morrer na praia". Agora eu explicava com a calma de um tricolor recém Campeão da Libertadores. Disse então que ele, O mar, com esse lindo nome tão marítimo,  nunca podia " morrer na praia". Simplesmente porque " O mar nunca morre na praia". Ele ficou em silêncio.

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Essa historinha vai para a avó Célia e.para meu primo médico Wilson, ambos apaixonados pelo Fogão. E para todos os botafoguentes angustiados com a ameaça de morrer na praia. Saudações Tricolores. (SF)