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domingo, 26 de novembro de 2023

Alberto da Costa e Silva: um gigante da cultura e da historiografia africanista brasileira: homenagem


Faleceu Alberto da Costa e Silva, um grande intelectual, um grande embaixador, que tive o prazer de ter em minha banca de tese no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, depois publicada como Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império, cujo prefácio foi assinado por ele. Isso foi antes que ele organizasse o fabuloso livro, para o qual tentei fazer uma segunda edição, como registro nesta ficha: 

3260. “O Itamaraty na Cultura Brasileira: projeto de nova edição, ampliada”, Brasília, 7 abril 2018. Proposta de terceira edição da obra, com adição de novos nomes; nota enviada aos responsáveis pela primeira edição e aos novos colaboradores; redação de carta aos antigos colaboradores; encaminhada ao embaixador Alberto da Costa e Silva. Obra original colocada à disposição neste link da plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/46849306/O_Itamaraty_na_Cultura_Brasileira_2001_).


O sumário da obra vai reproduzido abaixo: 


O Itamaraty na Cultura Brasileira - Celso Lafer, p. 15

Diplomacia e Cultura - Alberto da Costa e Silva, p. 26

Varnhagen, História e Diplomacia - Arno Wehling, p. 40

Ritmos de Uma Vida: Brazílio Itiberê da Cunha Músico e Diplomata - Celso de Tarso Pereira, p. 58

Joaquim Nabuco - Evaldo Cabral de Mello, p. 88

Pai e Filho - Sérgio Martagão Gesteira, p. 106

Aluízio Azevedo: A Literatura como Destino-  Massaud Moisés, p. 136

Domício da Gama - Alberto Venancio Filho, p. 158

Oliveira Lima e Nossa Formação - Carlos Guilherme Mota, p. 180

Gilberto Amado Além do Brilho - André Seffrin, p. 198

A Vida Breve de Ronald de Carvalho - Alexei Bueno, p. 214

Ribeiro Couto, o Poeta do Exílio - Afonso Arinos, filho, p.  232

Viagem a Beira de Bopp - Antonio Carlos Secchin, p. 252

Guimarães Rosa, Viajante - Felipe Fortuna, p. 270

Antônio Houaiss, A Cultura Brasileira e a Língua Portuguesa - Leodegário A. de Azevedo Filho, p. 288

Vinícius de Moraes O Poeta da Proximidade - Miguel Sanches Neto, p. 302

Poeta e Diplomata, na Música Popular - Ricardo Cravo Albin, p. 316

João Cabral, Um Mestre sem Herdeiros - Ivan Junqueira, p. 336

O Fenômeno Merquior - José Mario Pereira, p. 360

Os Autores, p. 380


Sua introdução, Diplomacia e cultura, é primorosa, e tomei agora o cuidado de colocá-la à disposição dos interessados neste link abaixo, embora já esteja incluída na obra completa, linkada acima: 


https://www.academia.edu/109893965/Diplomacia_e_Cultura_Alberto_da_Costa_e_Silva_2001_


Minhas homenagens a ele e a toda a sua família. Meu preito de gratidão por todo o trabalho intelectual que ele conduziu paralelamente a uma carreira brilhante.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 26 de novembro de 2023

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Um botafoguense terminal escreve um hino em homenagem ao seu time do coração para um neto genial - Sergio Florêncio

 [Pode haver um botafoguense assim fanático? Pode…]

[O titulo é meu, PRA]

Recebido em 14/11/2023, do embaixador Sergio Florêncio, o mais humano dos diplomatas que conheci. PRA

Sergio Abreu e Lima Florencio

Carioca de Vila Isabel, diplomata, Tricolor de Coração,Botafoguense por admiração. A família ampliada de tios, primos, filhos e netos tem cerca de 40 Tricolores e apenas 1 exceção, que confirma a boa regra !

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2023

Meu neto Omar tem cinco anos de vida e muito mais de imaginação.  Ele tem Poderes Especiais adquiridos na Patrulha Canina,  talento.para percussão e forte vocação para Diretor de teatro. Quando vê mais de três pessoas, inventa logo um enredo e vai transformando os familiares em personagens de uma peça imaginária. Sua paixão pelo futebol é tanta, que lembra  Sócrates com a  Democracia Corintiana. É tão democrático que  torce por três times ao mesmo tempo. O Botafogo da avó Célia, o Flamengo da mãe Cris e o Fluminense do pai Thiago e do avô Sergio. Nasceu carioca mas vive nordestino no  Cariri cearense.

Ontem descobri que ele pode resolver a angústia da avó Célia doente pelo seu Botafogo. 

O time que teve gigantes da estatura de Nilton Santos, Garrincha, Didi e Jairzinho,  vinha brilhando com liderança isolada no Brasileirão. Com confortável  distância de 13 pontos para o vice-líder,o Fogão tinha toda pinta de campeão.  Já estava com uma mão no título. Mas eis que, nas últimas rodadas, a sombra do  anti-Sobrenatural de Almeida passou a perseguir o Glorioso Fogão.  Com um ataque ágil e talentoso, abria logo três gols de vantagem sobre o adversário.  Mas acabava perdendo pelo placar elástico de 4x3.  Nesta triste semana,perdeu a liderança.  E aquela vantagem maiúscula de 13 pontos ameaçava virar pó.

Mas ontem eu descobri que o neto Omar tem tudo para ser a salvação da lavoura para o Glorioso Fogão. A verdadeira esperança do Alvinegro. 

Por que, perguntaria o inquieto leitor? A razão insofismável para o neto Omar salvar o Botafogo é simples, e  clara!

No fundo, qual é o grande problema botafoguense? É a ameaça de "morrer na praia". 

Nosso poeta baiano Dorival Caymmi ensinou, com inspirados  versos, que " é doce morrer no mar ... nas ondas verdes do mar".

Meu neto Omar tem uma natural e nominal identificação com Caymmi. 

Ontem, ao ver a praia e o mar de Copacabana, pensei no destino cruel  que ameaça o Glorioso Fogão.  Assustado com o perigo de morrer na praia, lembrei que o neto com Poderes Especiais poderia ajudar o Bota a evitar a cruel injustiça de " morrer na praia", depois daquela confortável liderança 

 de 13 pontos para o segundo colocado. 

Olhei a praia ameaçadora, lembrei do neto Omar, evoquei Caymmi com seu " é doce morrer no mar". Num estalo de Vieira, mandei um whatsapp para o neto Omar no  Cariri.  Expliquei que   Omar , com esse nome, era a salvação do Botafogo dele e da avó Célia. Com espon taneidade infantil e lógica imediata, retrucou logo, lá do Cariri. " Não tô entendendo nada,  vô". Expliquei então que bastava o Fogão evocar,com fé, seu  nome - Omar- que estaria salvo do fantasma de " morrer na praia". Ele insistiu- "Piorou. Agora é que não é tô ente de do nada mesmo". Aí eu voltei a explicar porque ele, O mar, podia salvar o Botafogo, o impedindo de " morrer na praia". Agora eu explicava com a calma de um tricolor recém Campeão da Libertadores. Disse então que ele, O mar, com esse lindo nome tão marítimo,  nunca podia " morrer na praia". Simplesmente porque " O mar nunca morre na praia". Ele ficou em silêncio.

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Essa historinha vai para a avó Célia e.para meu primo médico Wilson, ambos apaixonados pelo Fogão. E para todos os botafoguentes angustiados com a ameaça de morrer na praia. Saudações Tricolores. (SF)