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domingo, 18 de agosto de 2013

Quem quer ser ex-bilionario? Mister X e o futuro do dinheiro do BNDES

Acho que a publicação dessas listas de bilionários só interessa ao ego dos próprios e ao Comando Vermelho.
No que me concerne, e a nível de dinheiro público, como diria alguém, só quero saber o que vai acontecer com os 10.000.000.000,00 ( Dez bilhões) que o BNDES enterrou nas empresas do malfadado capitalista promíscuo.
Paulo Roberto de Almeida

Eike Batista é cortado da lista dos mais ricos da ‘Forbes’

Veja.com, 17 de agosto de 2013 | 23h32
Cley Scholz
SÃO PAULO – O empresário Eike Batista, que já foi chamado pela revista Forbes de “Brazil’s Biggest Loser”, ou o maior fracassado do Brasil, não está mais na tradicional lista dos mais ricos da publicação.
A revista divulgou uma prévia com quinze nomes da lista dos brasileiros mais ricos. E deu destaque para a derrocada de Eike Batista, que já esteve no topo do ranking no ano passado com US$ 30,26 bilhões. Depois de aparecer como o quinto mais rico do Brasil e o centésimo mais rico do mundo no ano passado, o empresário ficou fora da lista este ano.
Citando as empresas do Grupo EBX como as que mais perderam dinheiro na bolsa de valores brasileira, a revista excluiu da lista de milionários o homem que ela chamou de ‘o maior perdedor brasileiro’.
loser
 Os altos e baixos de Eike Batista Foto: Fábio Motta/ Estadão
Ranking. A revista diz que as empresas de Eike Batista perderam 60% do seu valor.
Jorge Paulo Lemann,  sócio da AB Inbev, aparece como o mais rico do Brasil na nova lista, com fortuna de R$ 38,24 bilhões.
O ranking com os 124 bilionários brasileiros será divulgado na próxima edição da Forbes Brasil.
Os brasileiros que aparecem no topo da lista são:
1ºJorge Paulo Lemann (R$ 38,2 bilhões)
2º Joseph Safra (R$ 33,9 bilhões)
3º Antônio Ermírio de Moraes e família (R$ 25,6 bilhões)
4º Marcel Herrmann Telles (R$ 19,5 bilhões)
5º Roberto Irineu Marinho (R$ 17,3 bilhões)
6º João Roberto Marinho (R$ 17,3 bilhões)
7º José Roberto Marinho (R$ 17,1 bilhões)
8º Carlos Alberto Sicupira (R$ 16,8 bilhões)
9º Norberto Odebrecht e família (R$ 10,1 bilhões)
10º Francisco Ivens de Sá Dias Branco (R$ 9,6 bilhões)
11º Walter Faria (R$ 9,1 bilhões)
12º Aloysio de Andrade Faria (R$ 8,2 bilhões)
13º Abílio dos Santos Diniz (R$ 7,9 bilhões)
14º Giancarlo Civita e família (R$ 7,7 bilhões)
15º Renata de Camargo Nascimento, Regina de Camargo Oliveira Pires e Rosana Camargo de Arruda Botelho (Cada uma com R$ 7,5 bilhões)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Republica Federativa da Promiscuidade: o capitalismo estatal do Brasil - Demetrio Magnoli


Eike, emblema e indício

25 de abril de 2013 | 2h 05
Demétrio Magnoli *
Eike Batista valia US$ 1,5 bilhão em 2005, US$ 6,6 bilhões em 2008, US$ 30 bilhões em 2011 e US$ 9,5 bilhões em março passado, depois de 12 meses em que seu patrimônio encolheu num ritmo médio de US$ 50 milhões por dia. Desconfie das publicações de negócios quando se trata do perfil dos investimentos de grandes empresários. Apenas cinco anos atrás uma influente revista de negócios narrou a saga de Eike sem conectá-la uma única vez à sigla BNDES. Mas o ciclo de destruição implacável de valor das ações do Grupo X acendeu uma faísca de jornalismo investigativo. Hoje o nome do empresário anda regularmente junto às cinco letrinhas providenciais - e emergem até mesmo reportagens que o conectam a outras quatro letrinhas milagrosas: Lula.

A história de Eike é, antes de tudo, um emblema do capitalismo de Estado brasileiro. Durante o regime militar, Eliezer Batista circulou pelos portões giratórios que interligavam as empresas mineradoras internacionais à estatal Vale do Rio Doce. Duas décadas depois seu filho se converteu no ícone de uma estratégia de modernização do capitalismo de Estado que almeja produzir uma elite de megaempresários associados à nova elite política lulista.

"O BNDES é o melhor banco do mundo", proclamou Eike em 2010, no lançamento das obras do Superporto Sudeste, da MMX. O projeto, orçado em R$ 1,8 bilhão, acabava de receber financiamento de R$ 1,2 bilhão do banco público de desenvolvimento, que também é sócio das empresas LLX, de logística, e MPX, de energia. No ano seguinte o banco negociou com o empresário duas operações de injeção de capital no valor de R$ 3,2 bilhões, aumentando em R$ 600 milhões sua participação na MPX e abrindo uma linha de crédito de R$ 2,7 bilhões para as obras do estaleiro da OSX, orçadas em pouco mais de R$ 3 bilhões, no Porto do Açu, da LLX. Hoje o endividamento do Grupo X com o banco mais generoso do mundo gira em torno de R$ 4,5 bilhões - algo como 23% do seu valor total de mercado.

"A natureza sempre foi generosa comigo", explicou Eike. "As pessoas ricas foram as que mais ganharam dinheiro no meu governo", explicou Lula. A política, não a economia, a "natureza" ou a sorte, inflou o balão do Grupo X. Dez anos atrás o BNDES não era "o melhor banco do mundo". Alcançou essa condição por meio de uma expansão assombrosa de seu capital deflagrada no final do primeiro mandato de Lula da Silva. A mágica sustentou-se sobre o truque prosaico da transferência de recursos do Tesouro Nacional para o BNDES. O dinheiro ilimitado que irrigou o Grupo X e impulsionou uma bolha de expectativas desmesuradas no mercado acionário é, num sentido brutalmente literal, seu, meu, nosso, dos filhos de todos nós e das crianças que ainda não nasceram, mas pagarão a conta da dívida pública gerada pela aventura do empresário emblemático.

Eike é emblema, mas também indício. A saga da célere ascensão e do ainda mais rápido declínio do Grupo X contém uma profusão de pistas, ainda não exploradas, das relações perigosas entre o círculo interno do lulismo e o mundo dos altos negócios.

Na condição de "consultor privado", em julho de 2006 o ex-ministro José Dirceu viajou à Bolívia, num jatinho da MMX, exatamente quando o governo de Evo Morales recusava licença de operação à siderúrgica de Eike. Nos anos seguintes, impulsionado por um fluxo torrencial de dinheiro do BNDES, o Grupo X atravessou as corredeiras da fortuna. Durante a travessia, em 2009 o empresário contou com o beneplácito de Lula para uma tentativa frustrada de adquirir o controle da Vale, pela compra a preço de oportunidade da participação acionária dos fundos de pensão, do BNDES e do Bradesco na antiga estatal. Naquele mesmo ano o fracasso de bilheteria Lula, o Filho do Brasil, produzido com orçamento recordista, contou com o aporte de R$ 1 milhão do empreendedor X.

A parceria entre os dois "filhos do Brasil" não foi abalada pela reversão do movimento da roda da fortuna. Em janeiro passado, a bordo do jato do virtuoso empresário, Eike e o ex-presidente visitaram o Porto do Açu. O tema do encontro teria sido um plano de transferência para o Açu de um investimento de R$ 500 milhões de um estaleiro que uma empresa de Cingapura ergue no Espírito Santo. Em março, depois que Lula lhe recomendou prestar maior atenção às demandas dos empresários, Dilma Rousseff reuniu-se com 28 megaempresários, entre eles o inefável X. Dias depois, numa reunião menor, a presidente e um representante do BNDES se teriam sentado à mesa com Eike e seus credores privados do Itaú, Bradesco e BTG-Pactual.

Equilibrando-se à beira do abismo, o Grupo X explora diferentes hipóteses de resgate. O BNDES, opção preferencial, concedeu um novo financiamento, de R$ 935 milhões, à MMX e analisa uma solicitação da OSX, de créditos para a construção de uma plataforma de petróleo. Entrementes, diante da deterioração financeira do "melhor banco do mundo", emergem opções alternativas. No cenário mais provável, o Porto do Açu seria resgatado por uma série de iniciativas da Petrobrás e da Empresa de Planejamento e Logística. A primeira converteria a imensa estrutura portuária sem demanda em base para a produção de petróleo na Bacia de Campos. A segunda esculpiria um pacote de licitações de modo a ligar o porto fincado no meio do nada à malha ferroviária nacional, assumindo os riscos financeiros da operação.

No registro do emblema, a vasta mobilização de empresas estatais e recursos públicos para salvar o Grupo X pode ser justificada em nome da "imagem do País no exterior", como sugere candidamente o governo, ou da proteção da imagem do próprio governo e de seu modelo de capitalismo de Estado, como interpretam as raras vozes críticas. No registro do indício, porém, o resgate em curso solicitaria investigações de outra ordem e de amplas implicações - que, por isso mesmo, não serão feitas.
* Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP. E-mail:demetrio.magnoli@uol.com.br.

sábado, 30 de junho de 2012

O capitalismo promiscuo do Brasil: um exemplo (entre outros)

O que a IBM está fazendo não é exatamente investir em uma empresa com tecnologias promissoras, inovação de primeiríssimo nível, ou com produtividade excepcional.
Ao que se conhece da história da IBM -- uma empresa que evolui dos chamados mainframes, os grandes computadores corporativos, para um fracasso no terrenos dos microcomputadores e sistemas pessoais, e que hoje é basicamente uma empresa de serviços de software -- não é ela que vai aprender com Eike Batista, e sim o contrário.
O investimento que ela está fazendo é basicamente um só: influência política e acesso ao poder, onde estão as facilidades para se fazer negócios, financiamento facilitado e outras "facilidades" para se fazer as coisas num país complicado como o Brasil.
Tudo isso nos aproxima da Rússia, da China, da Índia, países que, como o Brasil, também possuem esse tipo de capitalismo fortemente influenciado pelo Estado, ou que depende do Estado para vicejar.
Triste país no qual as vocações principais não estão na inovação e no empreendedorismo, mas na compra de favores estatais. Talvez um dia isso mude, mas por enquanto é assim: o capitalismo promíscuo é o nosso horizonte atual, e se depender dos companheiros no poder vai continuar assim por muito tempo (afinal, eles lucram com isso)...
Paulo Roberto de Almeida

Brasil

Brasil: IBM compra 20 % de empresa tecnológica del magnate Eike Batista

IBM
Infolatam/Efe
Río de Janeiro, 8 de abril de 2012
Las claves
  • IBM va a desarrollar las actividades de tecnología de información del grupo EBX, en un contrato de diez años de duración y con un valor calculado en mil millones de dólares.
La compañía estadounidense IBM anunció la compra de un 20 % de SIX Automação, empresa tecnológica del magnate brasileñoEike Batista.
En virtud del acuerdo, cuyo valor no fue divulgado, IBM va a contribuir a la creación de programas informáticos y servicios para los sectores de hidrocarburos, minería y construcción naval, entre otros, que son las principales áreas de negocio de las compañías que integran el conglomerado EBX, propiedad de Batista.
EBX dijo en un comunicado que espera que la experiencia de IBM sirva para potenciar la entrada de SIX Automação en el mercado de soluciones tecnológicas industriales.
IBM va a desarrollar las actividades de tecnología de información del grupo EBX, en un contrato de diez años de duración y con un valor calculado en mil millones de dólares.
Este acuerdo contempla todas las actividades del grupo EBX, incluyendo sus operaciones en Chile y Colombia, según un comunicado conjunto.
La semana pasada Batista vendió una participación del 5,63 % de las acciones preferenciales de EBX al fondo de inversiones Mubadala, de Abu Dabi, por 2.000 millones de dólares.
Eike Batista es el hombre más rico de Brasil y el séptimo del mundo, según la clasificación de la revista Forbes, y es dueño del conglomerado EBX, compuesto por la petrolera OGX, la minera MMX, la logística LLX, la compañía de construcción naval OSX y la operadora portuaria Portx, entre otras.
SIX Automação es una de las compañías más nuevas del conglomerado y fue fundada en octubre del año pasado, después de la adquisición de la empresa AC Ingeniería