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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Funcionarios publicos: os culpados pela crise? Provavelmente, pelo menos em parte - Ricardo Berrgamini

Ricardo Bergamini, o irascível economista, ao tratar dos déficits dos governos estaduais, coloca a culpa nos aumentos ao funcionalismo público, no que ele tem amplamente razão, embora esta não seja a explicação integral para o estado falimentar das contas públicas.
Mas, de fato, a irresponsabilidade dos políticos com sua clientela preferencial, os "indemissíveis", responde em grande medida pelo descalabro das contas públicas estaduais e municipais.
Eu começaria demitindo aspones e reduzindo salários e verbas de funcionamento dos legislativos municipais e estaduais, e depois acabaria com a estabilidade geral do funcionalismo público.
Estou sonhando? Provavelmente, mas não hesito em dizer o que faria.
Conseguiria fazer? Provavelmente não, mas não me escuso em dizer o que penso, e o que penso eu digo, e assino embaixo.
Paulo Roberto de Almeida

Ricardo Bergamini:
A melhor lei feita no Brasil sobre disciplina fiscal foi a “Lei de Responsabilidade Fiscal” que foi desmoralizada quando o senhor Temer(ário) anistiou os governadores perdulários em suas dívidas com a União, que concederam aumentos salariais, em média de 16,50% ao ano, nos últimos dez anos (período do falso milagre brasileiro) aos servidores públicos de seus estados.

O resto é “Oscar de efeitos especiais”.

Em que essa PEC mudará a imoralidade reinante no Brasil com os gastos com pessoal, conforme abaixo:

Um grupo de trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) composto por 13,2 milhões de brasileiros (ativos, inativos, civis e militares) que representam apenas 6,39% da população brasileira, sendo 2,2 milhões federais, 4,5 milhões estaduais e 6,5 milhões de municipais gastaram em 2015 o correspondente a 14,98% do PIB. Esse percentual representou 46,18% da carga tributária que foi de 32,44% do PIB em 2015.
(recebido em 11/10/2016)
Não há solução para a tragédia acima colocada.