Mini-reflexão sobre os tempos que correm (ops, que escoam)
Paulo Roberto de Almeida
No imediato seguimento da Grande Destruição lulopetista da economia, 2015-16 — quando caímos -3,8 e -3,5 no PIB e -10% na renda — eu imaginava que a recuperação se daria entre 7 e 10 anos. Superavit primário consistente, só ali por 2029, com sorte, e se tudo corresse bem no ajuste macroeconômico e nas reformas estruturais.
Agora, com a pandemia e a terra devastada sendo produzida atualmente, eu chuto a recuperação plena aí por 2032-33, com a mesma renda per capita de 2014!
Com a desvalorização voltamos a ficar pobres e, nas “comemorações” (se houver) do bicentenário em 2022, teremos a mesma renda de dez anos antes (ou mais).
Se isso não é retrocesso relativo e absoluto, encontrem-me um outro nome.
Mais catastrófico, quero dizer.
Depois da Grande Destruição de Dona Dilma, teremos o Grande Retrocesso do Grande Mentecapto, que vai deixar um rastro de devastação ainda pior do que a recessão lulodilmista: esta atingiu basicamente a economia e os empregos. Agora, estamos sendo invadidos por uma malta de reacionários anacrônicos (sic!; redundância autorizada), que além de destruírem as instituições, a cultura e a nossa autoestima, ainda atuam como “body snatchers”, roubando o cérebro de muita gente (muitos, com só dois neurônios, nem precisa muito esforço).
Meus caros: nem a catástrofe da Revolução Cultural de um Mao já demencial, causou tanto estrago...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/11/2020