Um texto de 2010, mas como no Brasil as ideias equivocadas nunca ficam velhas, talvez ainda sirva (e talvez tenha sido por isto que os editores da revista "Espaço Acadêmico" tenham julgado melhor terminar minha colaboração voluntária com esse pasquim universitário):
A resistível decadência do marxismo teórico e do socialismo prático: um balanço objetivo e algumas considerações subjetivas
Resumo: Marxistas e socialistas, atualmente, sobrevivem apenas nas academias, já que os partidos comunistas, da tradição leninista são cada vez mais raros ou tem cada vez menos sucesso eleitoral. Com exceção de um grande Estado comunista, na Ásia, mas que possui uma economia quase totalmente capitalista (e reforçando esses traços), e dois pequenos países totalmente irrelevantes, o socialismo prático desapareceu dos supermercados da história, da mesma forma como marxismo teórico, que sobrevive apenas em faculdades de ciências sociais, geralmente de países pouco capitalistas.
O ensaio tece considerações sobre os últimos "moicanos" desse credo decadente.
Palavras-chave: Marxismo; socialismo; decadência.
Cercando o "animal" e mostrando a arma
Advertência inicial: não creio que os fieis cultores do credo e, menos ainda, os pouquíssimos praticantes da crença nas supostas virtudes do coletivismo econômico e do planejamento estatal centralizado (aliás, não se sabe bem aonde isso poderia ainda existir...), possam apreciar esta peça opinativa – mas que não deixa de ser analítica e de diagnóstico – sobre um dos mais notórios fracassos teóricos e práticos do século 20. Acredito que eles fariam bem em deixar de ler desde já este artigo, que trata, como já antecipa o seu título, do rotundo insucesso, tanto no plano filosófico como no material, de um dos mais prometedores movimentos transformistas – atenção: não confundir com operação de mudança de gênero – que nos tenha legado o século 19. Com quase tanto sucesso quanto o freudismo – a outra ideologia dominante em nossos tempos –, o marxismo dominou de tal maneira os corações e mentes de tantos homens no século 20 a ponto de quase confundir-se com ele, e de ainda deixar um rastro facilmente identificável, embora evanescente. É minha opinião que grande parte dos leitores deste espaço ainda se deixa seduzir por seu charme muito pouco discreto, e certamente não apreciarão o que vai escrito nos parágrafos abaixo.
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