Sobre o que trava o Brasil
Esta é a pergunta: o que impede e sempre impediu o Brasil de avançar? A ignorância política e o autismo econômico das elites (as que contam, isto é, as do dinheiro, não as da inteligência). Em resumo, a absoluta mediocridade das elites dominantes e dirigentes, ou seja, as que sempre mandaram no Brasil (com algumas poucas exceções).
Tem sido assim desde 1822, passando por 1889, 1930, 1964, 1988 (pois é), 2018.
Nada, portanto, de que possamos nos orgulhar em 2022.
Pelo menos, vamos emergir de um pesadelo: o de ter uma cavalgadura na PR!
Não parece nada, e de fato não é nada, mas é quase tudo: é apenas o bode na sala, que será posto para fora, o que vai desanuviar e desempestar o ambiente.
Voltaremos, assim, ao que sempre foi nosso: à mediocridade e ao autismo das elites. Frustrados?
Não pensem que seria muito melhor se tivéssemos tido supostas inteligências no comando do país: não se esqueçam que supremos desastres na vida de certos países foram provocados por alguns intelectuais até reconhecidos e homenageados por gerações.
Rousseau, Marx, Lênin, Stalin, Hitler, Mao.
Esses caras, na teoria ou na prática, foram responsáveis por gigantescas perdas humanas e materiais, que infelicitaram povos e nações por duas ou três gerações.
Mas mesmo “boas almas” — Cristo, Buda, Gandhi, Churchill — não estiveram isentos de falhas ou ficaram imunes a desvios de doutrinas por parte de discípulos ingênuos, equivocados ou fundamentalistas, que também provocaram perdas involuntárias.
As misérias humanas têm muitas causas, e sua superação nunca foi retilínea e segura.
Estamos sempre aprendendo. Como diz um velho ditado: errar é humano, persistir no erro é desumano!
Espero, sinceramente, que não persistamos no erro em 2022.
Saudações a todos!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 14/11/2021