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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Morte de Gorbachev, 31 anos depois da morte da União Soviética- BBC

 Um personagem relevante do fim da Guerra Fria, mas que terminou odiado em seu próprio império...

Morre Gorbachev: como foram as últimas horas antes da dissolução da poderosa União Soviética

  • Norberto Paredes - @norbertparedes
  • BBC News Mundo
Mikhail Gorbachev consultando seu relógio antes do discurso televisionado em que anunciou sua renúncia em 25 de dezembro de 1991

CRÉDITO, GETTY IMAGES

Legenda da foto, 

Mikhail Gorbachev, que morreu nesta terça-feira, consultando seu relógio antes do discurso televisionado em que anunciou sua renúncia em 25 de dezembro de 1991

Esta reportagem foi publicada originalmente em 26 de dezembro de 2021 e atualizada em 30 de agosto de 2022.

Foi durante décadas a única potência que poderia rivalizar com os Estados Unidos, até que na noite de 25 de dezembro de 1991, deixou de existir. "Com isso interrompo minhas atividades como presidente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)", anunciou Mikhail Gorbachev, no Kremlin, em discurso que rodou o mundo.

Símbolo da derrocada do bloco, Gorbachev era o líder do Partido Comunista e presidente da URSS naquela data. Nesta terça-feira (30/8) foi anunciada sua morte, causada por uma prolongada doença, segundo o Hospital Clínico Central de Moscou. Ele tinha 91 anos. 

Para muitos, aquele momento marcou o fim do poder comunista e da Guerra Fria, mas para outros a União Soviética já havia morrido semanas antes com o Tratado de Belavezha.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Gorbachev: fim da URSS; Putin: a maior tragédia geopolítica do século XX - Isabelle Mandraud (Le Monde)

 NTERNATIONAL

De l’implosion de l’Union soviétique au retour de l’ingérence russe

En 1991, Mikhaïl Gorbatchev avait tiré un trait sur l’intervention de Moscou dans les affaires intérieures des anciennes républiques soviétiques. En menant contre elles une politique agressive, Vladimir Poutine ravive la confrontation avec l’Ouest. 
Par Isabelle Mandraud
Le Monde, 19/12/2021
Capture d’un écran télévisé diffusant l’adresse à la nation du président soviétique Mikhaïl Gorbatchev à Moscou, le 25 décembre 1991.
Capture d’un écran télévisé diffusant l’adresse à la nation du président soviétique Mikhaïl Gorbatchev à Moscou, le 25 décembre 1991. TV GRAB / AFP

Il est 19 h 32, ce 25 décembre 1991, lorsque le drapeau orné de la faucille et du marteau est abaissé pour la dernière fois sur la place Rouge, à Moscou. Dernier dirigeant de l’URSS, Mikhaïl Gorbatchev vient de prononcer un discours à la télévision : douze minutes d’allocution pour entériner, en même temps que sa démission, la disparition d’un géant, l’Union soviétique.

« La ligne du démembrement du pays et de la dislocation de l’Etat a gagné, dit-il sur le ton des regrets. Le destin a voulu qu’au moment où j’accédais aux plus hautes fonctions de l’Etat [en 1985], il était déjà clair que le pays allait mal. Tout ici est en abondance, la terre, le pétrole, le gaz, le charbon, les métaux précieux, sans compter l’intelligence et les talents (…) et pourtant, nous vivons bien plus mal que dans les pays développés, nous prenons toujours plus de retard par rapport à eux. »

Ce constat sans appel, il l’attribue au fait que « la société étouffait dans le carcan du système de commandement administratif, condamné à servir l’idéologie et à porter le terrible fardeau de la militarisation ». Puis il annonce qu’il part, « avec inquiétude, mais aussi espoir »Cette ultime interventionn’intéresse que les étrangers. « Un seul journal de Moscou, la Rabotchaïa Gazeta, osa reproduire dans ses colonnes ce discours d’adieu », note Andreï Gratchev, conseiller et porte-parole de Mikhaïl Gorbatchev, dans son ouvrage Le jour où l’URSS a disparu, paru le 24 novembre aux Editions de l’Observatoire (250 pages, 20 euros).