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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A volta do cronista misterioso: Freud e a fixação anal do degenerado

[Nota PRA:  Alvíssaras, como diziam os antigos autores. Nosso cronista misterioso deve ser também das antigas, pelo que detecto da saborosa linguagem d’antanho que ele emprega em suas saborosas crônicas. Esta é menos saborosa, e bem mais vulgar, mas não deixa de ser interessante, pois que refletindo os 50 tons de negro escabroso do pornográfico chefe de Estado, chefe do desgoverno que nos aflige e, infelizmente, chefe também dessa antidiplomacia que nos envergonha a todos no Itamaraty. Sim, a crônica desta semana 25 — desculpem, mas me chegou com atraso, devido a todos os obstáculos e vias traversas que ela teve de atravessar para pousar pesadamente, na companhia de outras três, na minha caixa — não é das melhores coisas para se ler, pois que tratando da já referida fixação anal do capitão aloprado e de outros nauseabundos assuntos coprológicos. Ugh!

Mas estou contente pelo retorno do Batman, quero dizer, do nosso cronista misterioso, já tão familiar em nosso convívio quão distante possa estar fisicamente, e tão perto espiritualmente. Somos irmãos na derrisão e no sarcasmo, contra esses infelizes personagens que infernizam as nossas vidas e infelicitam a vida da nação. Bravo! Batman, agora, ao trabalho.

Paulo Roberto de Almeida]


A Estagnação Freudiana do Bolsonarismo (Semana 25)

Peço de antemão vênia ao amigo leitor, pois é-me necessário abordar questões um tanto quanto vulgares e que exigem vocabulário inferior. Não sou nenhum puritano, mas a análise do bolsonarismo faz com que eu deva debruçar-me sobre questões que podem ruborizar os mais sensíveis. Às favas, pois é o dever do Ombudsman.

É conhecida a obsessão de Bolsonaro com o aparelho excretor humano. Refere-se em demasia a seu produto principal, como repetido tantas vezes na famigerada reunião de ministros. Ou como na parábola do sábio líder que orientava seus discípulos: “Quando se fala em poluição ambiental, é só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também, está certo?” 

É conhecido também seu envolvimento passado com cloacas - dada sua confissão pública de zoofilia com aves. 

Não me posso portanto furtar da meditação sobre a origem de tamanha obsessão pelo orifício excretor. Pergunto em voz alta aos Sigmunds na estante se o excelentíssimo se encontra estagnado na fase anal. Ao que me respondem silenciosamente, na voz que me imagino a Freud, que indivíduos excessivamente preocupados com o controle e a manipulação das precondições de sua realidade, crentes de que tudo podem e que todos devem dobrar-se a suas preconcepções, estão sim estagnados na fase anal da evolução psicointelectual (apenas a segunda fase desse processo).

Para além do freudianismo elementar, o bolsonarismo é famoso por essa obsessão de seu ídolo, muitas vezes referida como o fator de aproximação do excelentíssimo com o guru da loucura, Olavo de Carvalho. A identificação excremental de ambos é curiosa e parece pautar todo o plano de governo desta era sombria. Quiçá uma coprokakistocracia, termo que ouso cunhar, mas que não explicarei, pois me envergonha. Peço apenas que pesquisem o prefixo latino “copro-“ e prefixo grego “kákistos-“.

Assim, não foi surpresa que o vice-líder do governo, o Senador Chico Rodrigues, com quem Bolsonaro afirma ter uma relação “quase estável”, no sentido jurídico da coisa, fosse também afligido por essa estagnação anal. Seriam os R$ 17.900 que o vice-líder escondeu na “cueca” apenas mais um episódio de corrupção deste governo, ou também sintoma dessa obsessão freudiana? Não sei, mas sei que ninguém esconde R$17.900, esconde R$18.000. Resta saber onde permaneceu entalada a nota de R$ 100 faltante?

Não são só R$ 100. Reflitam.

Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN.