Sendo claro: Lula é um grande amigo de Putin
Paulo Roberto de Almeida
Para muitos países, a Rússia é um Estado pária por seu ataque criminoso contra a Ucrânia, em violação flagrante da Carta da ONU, mas não para o Brasil e a China. Ambos acabam de ajudar Putin a sabotar a conferência pela paz organizada pela Suíça, um país neutro, como deveria ser o Brasil.
Lula é ativamente pró-Putin! E quer muito trazê-lo para o G20 em novembro. Não vai conseguir, mas fica a imagem de conivente com o agressor aos olhos do mundo.
Diplomacia personalista da pior espécie! Ela se sobrepõe à diplomacia partidária, que já é muito prejudicial ao país. Somos governados por um partido anacrônico que mantém a mesma visão econômica e diplomática dos anos 1950 e 60, aquela coisa antiamericana ranheta e ridícula que acaba unindo o país a qualquer ditadura execrável, de direita ou de esquerda, desde que seja antiocidental.
Imagino que muitos diplomatas profissionais devam se sentir constrangidos por essa amizade vergonhosa do chefe de Estado por ditadores pouco ou nada frequentáveis. Mas só imagino. Não sei, na verdade, o que pensam e sentem os jovens diplomatas, que sonhavam em servir uma política externa alinhada com diretrizes beneficiando democracias, direitos humanos e amplas liberdades, e acabam contemplando esses gestos de alinhamento com regimes deploráveis como os da Rússia, da Venezuela e do Irã.
É essa a “altiva e ativa”?
Para mim é ativamente pró-ditaduras que só se distinguem pela repressão interna — inclusive contra gays e mulheres — e pelas ameaças à paz e à segurança internacionais.
Deve ser duro trabalhar para uma diplomacia partidária e personalista!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27/05/2024