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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Venezuela: depois do papel higienico, agora falta pao. PAO! BREAD! PAN!

  • updated 12:58 GMT 05.14.14Fistfights amid long bread lines in Venezuela
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    Bread shortage frustrates Venezuelans
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    (CNN) - Shoppers in Venezuela know that shortages of staples like cornmeal, milk and chicken are a harsh reality of life, but now -- amid violent protests and strikes -- shortages have spread to that most basic of basics: bread.
  • Lines are forming, and fights have broken out outside bakeries as politicians and business leaders point fingers.
    In recent days, people have had to wait in line for hours under the scorching sun. Ricardo Rodriguez, a Caracas resident waiting for the chance to buy bread, described the queues as "extraordinary."
    "It's like embarking on an odyssey," he said.
    The problem stems from labor, social unrest and currency regulation that ties to difficulties importing raw ingredients, according to Tomas Ramos Lopez, president of the Venezuelan Federation of Bread Producers.
    Ramos told CNN en Español that the problem started last year when a strike stopped production at a flour mill in Monagas state that supplies 35% of all the flour in Venezuela.
    Another problem, Ramos said, is all of Venezuela's wheat is imported from Canada, the United States and Argentina, and tight government-dictated currency controls have left producers in a situation where they don't have the dollars needed to import wheat.
    A third problem, according to Ramos, has been social unrest. Violent anti-government protests in the past three months have disrupted distribution of flour. Bakers cannot get the raw ingredient in several cities across the country, especially San Cristobal, Valencia, Barquisimeto and Caracas, the capital.
    The government blames the shortage on unscrupulous merchants and bakery owners who hoard their products in order to make a profit by selling at higher prices on the black market.
    But Ramos said, "I believe that the national industry and the laws in Venezuela have to be changed. (Government officials) need to know the difference between hoarding and having inventory."

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Inacreditavel Argentina: falta pao e falta carne na mesa dosargentinos...

Repito: INACREDITÁVEL, mas não a Argentina, e sim certos argentinos, que estão fazendo o país retroceder mais de 150 anos, aos tempos de Rosas e sua ditadura miserável.
Inacreditável, repito, quase não acreditando no que leio.
Deve ser verdade!
Paulo Roberto de Almeida

A incompetência de Cristina Kirchner faz faltar pão na mesa do argentino


A Casa Rosada então acusou os produtores de estarem estocando cerca de dois milhões de toneladas de trigo da ultima colheita, em mais um episódio do embate entre governo e o setor agrícola.
Na mesa dos argentinos nunca faltou carne nem pão, duas das grandes paixões do país. Mas a ida às padarias é cada vez menos frequente e o produto está se tornando artigo de luxo, com o aumento de mais de 700% no preço do pão nos últimos sete anos, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec).
O aumento mais brusco se deu em 2013, com a escassez de trigo. Em apenas seis meses, o preço da farinha triplicou, fazendo o preço do pão subir 50% nas padarias.
Para fazer frente à disparada de preços, o governo Cristina Kirchner suspendeu a exportação de farinha argentina. A venda de trigo ao exterior já havia sido limitada a partir de 2006.
O governo também decidiu aplicar a Lei de Abastecimento, usando o trigo dos estoques do país. A medida fez aumentar a oferta de grãos, mas não o suficiente para suprir a demanda das padarias argentinas.
Em entrevista à BBC, representantes do setor disseram que a escassez é fruto das políticas de intervenção do próprio governo. Segundo os produtores, isso foi responsável pela minguada colheita do ano passado, a menor desde 1899.

Em queda
Entre 1996 e 2005, a média de produção de trigo na Argentina era de 15 milhões de toneladas por ano. O montante passou a cair em 2006, após a imposição de limites à exportação de trigo.
Sem acesso pleno ao mercado externo, que historicamente absorvia cerca de dois terços da produção de trigo do país, o preço do grão caiu no mercado interno - que demanda de cinco a seis milhões de toneladas por ano.
Segundo o economista Jorge Elustondo, da Universidade de Buenos Aires (UBA), com a política do governo os produtores tiverem de vender sua colheita aos moinhos locais a um preço 40% menor se comparado ao mercado internacional.
Com menos lucros, muitos trocaram os campos de trigo por outros cereais como a cevada, sem restrições de exportação. A produção anual caiu então de 15 milhões para nove milhões de toneladas no ano passado.
"O mesmo ocorreu com a carne. Na última década, foram perdidas dez milhões de cabeças de gado. E a indústria de laticínios também está em crise", diz Elustondo.
O controle criou uma situação insólita no país, deixando o trigo mais caro do que a soja. Cada tonelada do grão custa US$ 520 por tonelada, o dobro do preço no mercado internacional.

Inflação
Mas a queda na produção por si só não explica inteiramente a disparada nos preços. Em 2006, o quilo do pão custava 2,5 pesos (US$ 0,80 no câmbio da época). Hoje custa 18 pesos (US$ 3,4 ou R$ 7,55).
Segundo Néstor Calvo, editor da revista Conciência Rural, o trigo representa menos de 10% do custo total da produção do pão. Aluguel, impostos, eletricidade, transporte e outros insumos seriam responsáveis pelos 90% restantes.
"O aumento se dá na cadeia de distribuição como consequência da inflação", disse.

Apesar das estatísticas oficiais falarem em inflação de 10% ao ano, a maioria das consultorias privadas e os governos regionais calculam a inflação real em 24%.
O preço mais salgado do pão também se explica pelo fim em 2012 dos subsídios aos moinhos do país, que acabaram repassando o custo à cadeia de produção.

Saída
Políticas de intervenção do governo estão tendo efeitos contrarios, dizem analistas.
Guillermo Irastorza, produtor de trigo de Tres Arroyos, na província de Buenos Aires, contou à BBC que diminuiu sua área de produção de trigo em 40% após as políticas do governo.
Irastorza, como outros produtores, defendem a importação de farinha para aumentar a concorrência no mercado interno e derrubar o preço do pão. Mas o governo se recusa a adotar a medida, que equivaleria à admissão de que sua política para o setor fracassou.

Com um consumo mensal de 400 mil toneladas de trigo por mês, alguns especialistas argentinos já acreditam que não haverá suficiente para fechar o ano.
Navarro diz ainda que a proliferação de um fungo nos campos de trigo trará mais impacto aos estoques.

O governo, por sua vez, afirma que contornará a situação com o uso de estoques nacional.
O grande teste se dará em novembro, quando começa a nova safra. Embora a superfície plantada seja igual a do ano passado, há quem acredite que o ciclo de escassez chegou para ficar.