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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O “nó tático” de Bolsonaro - Alberto Aggio

 Artigo absolutamente realista de Alberto Aggio, sobre a consolidação do poder bolsonarista e a desarticulação e fragmentação das oposições, divididas e divergentes, como sempre. O Brasil afunda no pântano pestilento da subdemocracia e e da confusão institucional. Difícil reconhecer que a parte da classe média consciente não tem mais a capacidade de determinar resultados eleitorais, em face da dominação inédita dos novos bárbaros da direita e suas hordas de idiotas. Vai ser uma longa luta de restabelecimento de padrões mínimos do jogo democrático: por enquanto, somos uma republiqueta dominada por gangsteres oportunistas e ignorantes.

Paulo Roberto de Almeida

O NÓ TÁTICO DE BOLSONARO por Alberto Aggio

Fato é que Bolsonaro invadiu o espaço parlamentar e conquistou apoio para sua blindagem e sua família. Conquistou posições onde antes não punha os pés: na cúpula do poder Legislativo. Quem fez isso para ele? O general Luiz Eduardo Ramos, que comanda a Secretaria Geral de Governo,
e os líderes do Centrão. Tá tudo dominado. A vitória na presidência das duas Casas, como já se disse, é a antessala da eleição de 2022 e vai implicar em imensos desafios para as forças democráticas.
Este movimento conseguiu quebrar a espinha dorsal de quem se opunha a Bolsonaro no Parlamento: Rodrigo Maia. O DEM rachou e Maia viu sua liderança esfumaçar, combatido pela direita e pela esquerda. O movimento articulado por Maia alguns meses atrás, que buscava articular o MDB e o 
PSDB, não conseguiu sustentação entre os partidos e os parlamentares, mostrando como são frágeis suas convicções democráticas bem como suas perspectivas de futuro, superando o bolsonarismo. No mais, o de sempre: PSDB indefinido, PT oportunista, Psol confuso e o resto como barata tonta. E os partidos do Centrão negociando freneticamente tudo com os representantes do Planalto.Desta maneira, a sociedade não tem uma liderança em quem mirar e o Parlamento será capturado integralmente por Bolsonaro. Como corolário do pior dos mundos, as forças democráticas mostram-se inteiramente desarticuladas, não confiam umas nas outras, e só pensam na manutenção dos seus currais eleitorais por Estado em futuro breve, e quando muito, vislumbram candidaturas presidenciais para imantar suas permanências na vida político-partidária.Por outro lado, a lógica das fake news, ao contrário do que muita gente imagina, não arrefeceu. Comandada pela confusão midiática que Bolsonaro mantêm viva contra a vacina e a vacinação, conseguiu-se emparedar a principal liderança de oposição que demonstrou capacidade de enfrenta-lo na questão da pandemia e da vacina, duas questões centrais da hora presente na sociedade brasileira: o governador de São Paulo, João Doria Jr. Depois de breves vitórias, Doria foi e está sendo bombardeado dia após dia, pela direita e pela esquerda, pelas fake news e até pela mídia tradicional.

A lógica da velha política se sobrepôs a tudo, sem que a sociedade pudesse reconhecer isso. Esse foi o nó tático de Bolsonaro: ele confiou na ação desarticuladora da frágil cultura política democrática entre nós. Na sociedade, instalou-se uma luta de todos contra todos, demonstrada na questão da vacina; no Parlamento, retomou-se o toma-lá-dá-cá, com a liberação de verbas e cargos. É a política como negócio pessoal que volta à tona uma vez que se entende que a sociedade é assim e que não reagirá diante desse descalabro.
Hoje, Bolsonaro xinga e ofende a imprensa, desdenha dos políticos (porque a sociedade
não quer mesmo saber deles), descuida das pessoas e pede a elas que vivam radicalmente seus interesses individuais, dispensando qualquer proteção do Estado. Mas este está garantido para os seus negócios privados que lhe garantirão a manutenção no poder. A democracia existe por inércia, vai sendo conspurcada, dilacerada, dilapidada em seus valores. O Brasil vai perdendo o pouco que tinha de noção coletiva e de República, de bem-comum.
O impeachment voltou a fazer parte das vocalizações da conjuntura, mas todos sabem, com maior ou menor consciência, que ele não é mais do que uma bandeira agitativa sem possibilidade real de imposição; faz parte de um discurso da indignação (justa, mas impotente). Por isso, não há motivo algum para otimismo, embora também não haja razão para se cair no desespero; a política demanda realismo e acima de tudo reconhecimento do terreno e das circunstâncias. Muito provavelmente, viveremos derrota atrás de derrota até conseguirmos encontrar um novo rumo. E isso pode demorar anos.


domingo, 24 de janeiro de 2021

De volta para o futuro: o que eu escrevi ao início do governo Trump - Paulo Roberto de Almeida

 Quatro anos atrás, ou seja, no próprio início do governo do execrável Grande Mentecapto, viajando pelo Cone Sul com Carmen Lícia, eu já previa o que poderia ocorrer no mandato do grande promotor do antiglobalismo, modelo querido do Pequeno Mentecapto (I love you Trump), que viria dois anos depois e também ídolo do desequilibrado chanceler acidental, cuja trajetória foi arrancada a forceps, para desgraçar o Itamaraty, por um guru destrambelhado, com quem eu teria um entrevero pouco depois, justamente sobre o globalismo. 

Tudo o que eu tinha a dizer sobre os dois grandes contendores do hegemonismo em sua versão atual foi dito claramente, seis meses depois de minha assunção como diretor do IPRI-MRE; dois anos após, o beato capacho do Grande Mentecapto mandava me demitir do IPRI. Recebi com grande alívio: eu teria me sentido muito mal se tivesse de servir ao PIOR governo desde 1549, e ao PIOR chanceler em 200 anos.

Agora o Grande Mentecapto já se foi; falta só o seu seguidor, para nosso azar, e no caso da diplomacia profissional, para desespero da totalidade dos funcionários de carreira (menos UM).

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 24 de janeiro de 2021


E agora, a grande notícia do ano:

(Mendoza, Argentina, 24 de janeiro de 2017)

O POTUS (president of the US) anuncia que está pedindo para o ônibus da Globalização parar porque os EUA querem descer.

Desce um daqueles gordos enormes, que aliás estava fazendo pender o ônibus para um dos lados.

O grandalhão asiático fica com mais espaço para estender as pernas. Saca o seu pote de miojo e começa a comer... obrigando todos os outros passageiros a cheirar aquela coisa de baixa qualidade democrática...

(Postado no Facebook, que sempre nos faz o favor de relembrar postagens efêmeras, que de outra forma se perderiam nas reações do momento)

quarta-feira, 11 de março de 2020

Crise no mundo. E o Brasil, como fica? - Entrevista com Paulo Roberto de Almeida (Livres)

Recebi hoje a seguinte mensagem, pela via dos Contatos do meu site pessoal: 

Assunto do contato: Dúvidas
Mensagem:
Professor, você, um diplomata de carreira, o que achou da última visita de Bolsonaro a Flórida?
Do ponto de vista diplomático, há mais erros ou acertos na forma em que essa visita aconteceu?

Respondi o seguinte: 

O que eu tinha a dizer sobre isso, está aqui, na última parte:
 https://youtu.be/KxhuWasxKmk  

Aqui a apresentação no canal YouTube do Livres:



5,45 mil inscritos

INSCRITO

O mercado amanheceu com uma queda brusca no preço dos barris de petróleo que levou a Bolsa brasileira a interromper os trabalhos para evitar quedas maiores. Por que isso aconteceu? O que deve vir pela frente? Como o Brasil pode lidar com essa situação? De segunda a sexta-feira, sempre às 8h, o jornalista Mano Ferreira comanda o #LivresNotícia, com os principais destaques do dia pra quem defende a liberdade por inteiro. _____MAIS INFORMAÇÕES NA DESCRIÇÃO_____ ► Gostou? Like ✔ / Quer mais? Inscreva-se ✔ ► Inscreva-se aqui: http://abre.ai/vem_ser_livres ► Acesse o nosso canal: https://www.youtube.com/channel/UC9OV... ★Seja um associado Livres★ https://associados.eusoulivres.org.br/ --------------------------------------­­---------------------------------------­------- ► Links informados no vídeo ◄ --------------------------------------­­---------------------------------------­------- ►Direção e Apresentação Mano Ferreira ►Pré-Produção e Roteiro Samuel Guterman ►Gravação e Edição Luciana Cavalcanti
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Luís G. F. Ferrari

chamou a Russia de União Soviética kkkkk eu tb faço isso as vezes, difícil....