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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Brasil, um país de ponta-cabeça? Uma reflexão a partir das propostas constitucionais de Modesto Carvalhosa - Paulo Roberto de Almeida

Brasil, um país de ponta-cabeça? Uma reflexão a partir das propostas constitucionais de Modesto Carvalhosa  

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor; diretor de publicações no IHG-DF; Autor do livro:

A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (São Paulo: LVM, 2018)

in: Ives Gandra Martins, Luciano Castro (eds.), Beyla Esther Fellous, Ignacio Berdugo (coords.) Debates Em Torno da Proposta de Uma Nova Constituição do Prof. Modesto Carvalhosa (São Paulo: Editora Quartier Latin, 2024, 2 vols.; ISBN: 978-65-5575-233-5 e 978-65-5575-234-2, p. 215-254, 2º. vol., Parte 3, V). Relação de Publicados n. 1560. 

Sumário: 

1. O Brasil de ponta cabeça? 

2. Como ficamos de pés para cima?

3. Como fazer o Brasil apoiar-se sobre os seus próprios pés?

4. O que nos diz a história sobre o papel dos municípios na administração do Brasil?

5. O diferencial de produtividades como indicador crucial de desenvolvimento

6. Um manual para colocar o Brasil sobre os pés, a partir de Modesto Carvalhosa

7. Há salvação para o Brasil com seu atual sistema político? A regeneração pela base

 

 

No Brasil o Estado é hegemônico, não restando à cidadania nenhum papel em nossa construção civilizatória. A sociedade civil é dominada por um Estado que se estruturou para preencher todos os espaços.

Esta dominação é fundada numa oligarquia que tem como instrumento a Constituição de 1988, que outorga privilégios institucionais à classe política e ao estamento burocrático, em detrimento daqueles que trabalham e empreendem no setor privado.

(Carvalhosa, 2021, p. 27)

 

 

1. O Brasil de ponta cabeça?

Karl Marx, num de seus trabalhos mais pretensiosos da juventude – possivelmente na Ideologia Alemã, obra composta com a colaboração de seu amigo Friedrich Engels –, se vangloriava de ter colocado o sistema hegeliano sobre os seus pés, ou seja, invertido a filosofia dialética, que, supostamente, estaria de ponta-cabeça na concepção do filósofo prussiano, ao colocar a razão do Estado como elemento fundacional da nação. Para Marx, o substrato básico de toda formação social estaria nas forças produtivas da nação, e sua organização social seria determinada, em grande medida pelas relações de produção; estas, por sua vez, seriam determinadas pela luta de classes, que, para ambos, seria o “motor da história”, como está registrado em outro trabalho de juventude, o Manifesto Comunista


Ler a íntegra neste link: 

https://www.academia.edu/119890551/4100_Brasil_um_pais_de_ponta_cabeca_Uma_reflexao_a_partir_das_propostas_constitucionais_de_Modesto_Carvalhosa_2022_