O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 22 de outubro de 2011

Sexta-Feira, dia de estatisticas (alias, a sexta ja passou...)

Uma vez por semana, mas sem a rigidez de um hábito obrigatório, costumo verificar como andam as estatísticas de visitas neste blog, não tanto com preocupações ou objetivos quantitativistas, ou de narcisismo bloguístico -- o que seria francamente ridículo -- mas mais exatamente para verificar o que andam buscando os visitantes, leitores, passageiros de ocasião, navegantes ao acaso.
O Kadafi conseguiu ter seus 15 minutos de fama, provavelmente mais, não tanto pelos bons motivos. Depois seguem os inevitáveis temas de concurso e dicas da carreira diplomática.
Mas a corrupção no Brasil também está na berlinda (mas quando ela vai deixar de estar?).
A professora Dilma continua pontificando sobre economia (alguém nos proteja...).
Vejamos, em todo caso, como foram os dados mais recentes:



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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Brasil e Coreia do Norte: tudo a ver...

O Brasil do PT, claro. Eu me pergunto que tipo de cooperação econômica e técnica poderia haver entre um país moderadamente capitalista como o Brasil e um outro exageradamente comunista-stalinista como a RPDC. Sinceramente eu não consigo imaginar, mas deve ter "cooperadores" do PT que podem aprender muita coisa com seus contrapartes norte-coreanos. De fato, tudo a ver...:


19/OUT – A Comissão Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou a seguinte Proposição:

  • Mensagem N° 197/11, do Poder Executivo, que submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo Básico de Cooperação Econômica e Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular e Democrática da Coreia, assinado em Pyonyang, em 28 de outubro de 2010.
- A matéria deverá ainda ser apreciada Pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara dos Deputados, antes de seguir para o Senado Federal.

Contorcionismos diplomaticos, inclusive verbais...


Diplomacia de Dilma errou
Sérgio Malbergier
Folha de S.Paulo, 21/10/2011 -

As cenas de júbilo popular na Líbia e no planeta com a morte brutal de Muammar Gaddafi deixam claro o erro do governo brasileiro ao se opor à coalizão de EUA, França, Otan e países árabes contra o sanguinário ditador.
A base da oposição brasileira à bem-sucedida ação internacional foi uma suposta defesa da população civil da Líbia. É verdade que nunca se sabe como uma guerra termina. Mas, objetivamente, vendo como esta acabou, a ação da coalizão internacional pode até virar benchmark de intervenção multilateral com apoio da população local.
Enquanto o presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes europeus celebram e colhem frutos da intervenção que derrubou um dos ditadores mais sanguinários e ensandecidos do mundo, a presidente Dilma, que lutou contra a ditadura brasileira, faz malabarismos retóricos para tentar sustentar a insustentável posição de não apoiar a justa causa da queda do ditador.
"O fato de ela (a Líbia) estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve --eu não acho que comemorar é a palavra-- apoiar e incentivar. De fato o que nós queremos é que os países tenham essa capacidade de viver em paz e democracia", disse a presidenta em Angola.
Os líbios discordam, e saíram às ruas ontem felizes para comemorar a liberdade.
Os novos dirigentes líbios serão certamente muito mais simpáticos aos governos e empresas dos EUA, da França, do Reino Unido e de outros países aliados do que do Brasil. E a Líbia é um país não só rico em petróleo, mas estratégico como ponte entre a África subsaariana e o mundo árabe.
O Brasil nesta semana mesmo elaborou mais sua posição na Líbia e, pior, projetou-a como bandeira de nossa diplomacia. "Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger; pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger", disse Dilma num exercício de retórica incompreensível, durante encontro de cúpula do Ibas (Brasil, Índia e África do Sul) em Pretória.
O Brasil segue insistindo que está do lado das revoltas árabes por liberdade e democracia, que a defesa da democracia e os direitos humanos norteiam a diplomacia nacional. Mas ninguém na Líbia ou na Síria, na frente dessas lutas, acredita nisso, muito menos organizações de defesa dos direitos humanos globais.
O que parece cada vez mais claro é que sob Dilma temos o prosseguimento do mofado e extemporâneo terceiro-mundismo antiamericano, herdado inercialmente do governo Lula, já que o governo da presidenta ainda não formulou políticas próprias consistentes na área externa.
A suposta bandeira dilmista da defesa dos direitos humanos e da democracia no mundo não fica em pé diante dos fatos, da posição omissa do Brasil nas revoltas árabes.
E enquanto afaga ditadores, nossa política externa está sempre pronta a alfinetar as potências ocidentais, com as quais dividimos valores democráticos, culturais e econômicos.
O chanceler Antonio Patriota, por exemplo, ao escrever artigo nesta Folha para explicar a "nova" política externa brasileira de suposta defesa dos direitos humanos aproveitou para dar uma pancada em Washington, acusando os EUA de terem minimizado a defesa dos direitos individuais na Carta da ONU por temer "questionamentos à segregação racial ainda vigente no país". Verdade ou não, um chanceler criticar um país aliado assim gratuitamente referindo-se a fatos enterrados há meio século não é nada diplomático.
Faz sentido o Brasil colocar-se como potência do Sul e aliar-se a países como Índia, África do Sul e outros emergentes emergidos para reivindicar uma nova ordem mundial, com um novo Conselho de Segurança, um novo FMI e um novo Banco Mundial menos dominados pelas antigas potências.
Mas faria mais sentido ainda se o Brasil chacoalhasse esse complexo de vira-lata e se visse também como membro do clube das democracias liberais ocidentais, com quem dividimos tanta coisa.
Nossas queixas contra a política cambial chinesa, por exemplo, que dizima indústrias brasileiras e americanas, são exatamente as mesmas queixas feitas pelos EUA, e uma aliança Brasília-Washington nesse contencioso poderia pressionar muito mais os chineses.
Enquanto isso, começa a funcionar o acordo de livre comércio Colômbia-EUA, que pode prejudicar ainda mais nossas exportações ao maior mercado do mundo já que os produtos e empresas colombianas terão vantagem diante dos brasileiros no acesso aos EUA.
Mas nossos dirigentes preferem sempre distância dos americanos, como adolescentes que buscam afirmação.
O Brasil tem tudo para ser a melhor ponte entre o hemisfério Norte e o Sul. Será um papel específico, digno de nossa excepcionalidade, já que dividimos valores e anseios com as duas metades do globo. Mas para isso será preciso abandonar posturas (e assessores) fossilizados. O que no nosso caso pode ser mais difícil que um camelo passar pelo buraco da agulha.

Sérgio Malbergier é jornalista. Foi editor dos cadernos Dinheiro (2004-2010) e Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial da Folha a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a Folha.com às quintas.

Novo livro PRA na praça: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil


Prezado Sr. Paulo Roberto de Almeida,

A LTC - LIVROS TECNICOS E CIENTIFICOS EDITORA LTDA tem o prazer de confirmar a publicação da obra:

ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE / RELACOES INTERNACIONAIS E POLITICA EXTERNA DO BRASIL: A DIPLOMACIA BRASILEIRA NO CONTEXTO DA (...) /
ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE / Relações Internacionais e Política Externa do Brasil - A Diplomacia Brasileira no Contexto da Globalização / 1|2012
Cód Obra: 211271 / ISBN: 978-85-216-2001-3
Preço de Capa: R$ 59,00
Nº Pag: 330
Data da Publicação: 20/10/2011
Tiragem: 1.500 exemplares

Esta é a minha ficha do livro: 

2280. Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização, Brasília, 2 junho 2011, 440 p. Livro completo, remetido ao Grupo Editorial Nacional (GEN). Publicado em 20/10/2011: Rio de Janeiro: LTC, 2012, 330 p.; ISBN 978-85-216-2001-3; código da obra: 211271; tiragem: 1.500 ex.; Preço de Capa: R$ 59,00; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/RelaIntPExt2011.html. Relação de Publicados n. 1059. 

Sumário:

Apresentação
Na diplomacia, entre a história e as ciências humanas
Avanços metodológicos, diversidade analítica, produção em alta
Consolidação da produção, redes em crescimento, profissionalização

Parte I: Metodologia das relações internacionais

1. Introdução ao estudo das relações internacionais do Brasil
1.1. O tema
1.2. Os conceitos
1.3. Os métodos
1.4. As fontes
1.5. Periodização temática

2. Historiografia brasileira de relações internacionais
2.1. Relações internacionais do Brasil: da diplomacia à academia
2.2. Pandiá Calógeras: o Clausewitz da política externa
2.3. Hélio Vianna: as elites bem comportadas
2.4. Delgado de Carvalho: o fatual de qualidade
2.5. A reorientação dos estudos de relações internacionais
2.6. Cervo e Bueno: o ideal desenvolvimentista
2.7. José Honório Rodrigues: a recuperação da história diplomática
2.8. Novas etapas: da academia de volta à diplomacia?
2.9. Produção recente: acadêmicos e diplomatas em constante diálogo

Parte II: O Brasil no contexto da economia global

3. Diplomacia comercial: de Bretton Woods e Havana aos impasses da OMC
31. A reconstrução econômica do pós-guerra: entre protecionismo e liberalismo
3.2. De Bretton Woods a Havana
3.3. OIC: a primeira organização para o comércio mundial
3.4. O GATT e as rodadas de negociações tarifárias
3.5. Comércio desigual: os países em desenvolvimento
3.6. A Rodada Uruguai: os novos temas e a agricultura
3.7. O surgimento de uma nova organização para o comércio: a OMC
3.8. Uma nova configuração para o comércio internacional
3.9. A Organização Mundial do Comércio: a última das três irmãs
3.10. A OMC: mais democrática que as instituições de Bretton Woods?
3.11. A longa agonia da Rodada Doha: a OMC em crise institucional?
3.12. O fim de Bretton Woods?: um sistema aparentemente mais justo

4. Os acordos regionais e o sistema multilateral de comércio
4.1. História: blocos políticos, regionalismo, integração econômica
4.2. Evolução da integração econômica: um itinerário com altos e baixos
4.3. O regionalismo: fenômeno político, processo econômico
4.4. Tendências da integração regional: suposições em tons de cinza
4.5. Perigos do regionalismo comercial: o minilateralismo como ameaça
4.6. Protecionismo na prática: industrialização à la List
4.7. O minilateralismo entra em cena: regionalização e globalização
4.8. Minilateralismo regional: estratégias de liberalização comercial
4.9. O futuro do minilateralismo: uma agenda em aberto

5. Diplomacia financeira: o Brasil e o FMI, de 1944 a 2011
5.1. Os dois conceitos de Bretton Woods: instituições e políticas
5.2. O sistema monetário internacional desde a conferência de Bretton Woods
5.3. A crise do sistema monetário internacional e o “não-sistema” pós-1973
5.4. Condicionalidades econômicas e soberania: o modelo de Bretton Woods
5.5. O “modelo de Bretton Woods” e a arquitetura financeira internacional
5.6. O Brasil em Bretton Woods: sem a dimensão do desenvolvimento
5.7. O FMI em sua primeira fase: inconsistências sistêmicas
5.8. Juscelino Kubitschek dá inicio à demonização do FMI
5.9. O regime militar e o FMI: boas relações, sem dependência
5.10. O Brasil redemocratizado e o FMI: más relações, com dependência
5.11. Encontros e desencontros dos anos 1990: o FMI e as crises financeiras
5.12. Outubro-dezembro de 1998: o Brasil volta ao FMI
5.13. Crise argentina e efeito Lula: o Brasil torna-se o maior cliente do FMI
5.14. O Brasil enfrenta as crises financeiras do novo milênio
Anexos: Acordos e relações do Brasil com o FMI, 1944-2011
Quadro 1: Brasil: histórico do relacionamento com o FMI, 1944-2011
Quadro 2: Brasil: acordos formais estabelecidos com o FMI, 1958-2010

6. As crises financeiras internacionais e o Brasil, desde 1928
6.1. Questões sistêmicas relativas às crises financeiras
6.2. A “mãe” de todas crises financeiras: 1928-1939
6.3. A crise de Bretton Woods e seus efeitos sistêmicos: 1965-19754
6.4. O centro adoece, a periferia entra em colapso: 1979-1989
6.5. Globalização financeira, desequilíbrios cambiais: 1994-2002
6.6. O centro tropeça, os emergentes deslancham: 2005-2011
6.7. Elementos comuns às crises financeiras nas economias de mercado
6.8. O debate político sobre os requerimentos da estabilidade financeira
6.9. O Brasil e a globalização financeira
Apêndice: Esquema estilizado das crises financeiras internacionais, 1928-2011


Parte III: A ordem global e a política externa do Brasil

7. A ordem política e econômica mundial do início do século 21
7.1. A ordem política mundial: novos problemas, velhas soluções?
7.1.1. Segurança estratégica
7.1.2. Relações entre as grandes potências
7.1.3. Conflitos regionais
7.1.4. Cooperação política e militar nos hot-spots
7.2. A ordem econômica mundial: velhos problemas, novas soluções?
7.2.1. Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais
7.2.2. Assimetrias de desenvolvimento
7.2.3. Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio
7.3. A ordem política e econômica mundial e a diplomacia brasileira
7.3.1. Crescimento econômico
7.3.2. Investimentos
7.3.3. Acesso a mercados
7.3.4. Integração regional
7.3.5. Recursos energéticos
7.3.6. Segurança e estabilidade

8. A diplomacia brasileira no contexto da governança global
8.1. A governança global em transição
8.2. O Brasil no contexto da governança formal
8.2.1. Segurança e estabilidade
8.2.2. Funcionamento da economia mundial
8.2.3. Cooperação política em favor do desenvolvimento
8.2.4. Instrumentos regionais de cooperação e de integração
8.3. A construção de uma governança alternativa
8.4. Possibilidades de reorganização institucional

9. A sociologia institucional do multilateralismo brasileiro (1815-2011)
9.1. A diplomacia econômica do Brasil no contexto mundial
9.2. As relações internacionais do ponto de vista da diplomacia econômica
9.3. Relações econômicas internacionais do Brasil em perspectiva histórica
9.4. As novas bases da diplomacia econômica multilateral
9.5. O Brasil no sistema econômico internacional; rupturas e continuidades
9.6. Acordos multilaterais e instituições internacionais de 1815 a 2011
9.7. Perfil institucional do multilateralismo econômico do Brasil, 1856-2011
9.8. As relações econômicas internacionais do Brasil na era da globalização

Bibliografia de relações internacionais e de política externa do Brasil
Biobibliografia do Autor  

Editora LTC - Grupo GEN

Web page: www.grupogen.com.br 



Paradoxos da corrupcao no Brasil: um dos chefes da gang sai, mas a quadrilha fica...

Em matéria de organização administrativa, ou até de medidas de segurança, se trata provavelmente da providência mais inacreditável que se poderia esperar de qualquer governo dotado de um mínimo -- digamos um mínimo minimorum, chegando a quase nada -- de racionalidade, ou até de simples cuidado com os recursos públicos, que são finalmente aqueles que esse governo conivente retira dos nossos bolsos.
O responsável em questão está saindo por causa de corrupção das grossas, ou seja, uma organização criminosa que toma de assalto não só um ministério mas toda uma agência de Estado das mais ricas, já que tratando do produto mais estratégico da modernização industrial. E, no entanto, a quadrilha fica no lugar, e pode designar algum quadrilheiro mais competente, para que eles possam continuar desviando recursos públicos com outros métodos e procedimentos, de maneira a não comprometer os cofres do partido e os bolsos dos dirigentes com expedientes amadores que não são capazes de resistir a uma investigação superficial, dessas feitas por qualquer repórter aprendiz.
Enfim, essa é a comprovação de que governo e dirigentes são não apenas coniventes com a corrupção, mas que eles não se preocupam minimamente em interromper práticas criminosas que se disseminam por todos os poros do Estado.
Como sempre, não apenas defendo o que digo, como assino embaixo (e não adianta algum Adesista Anônimo vir defender coniventes e quadrilheiros).
Por fim, reafirmo: os ministros são demitidos pela imprensa, não porque são considerados bandidos pelo governo, que merece não nota zero, mas menos dez...
Paulo Roberto de Almeida


Faxinas à parte, a farra das ONGs/PCdoB mostra que as condições para a proliferação da corrupção perpetuam-se sob os tapetes da capital federal. Por Hugo Souza (leia mais)

Dilma considera que o desgaste político do ministro é irreversível, diz jornal (leia mais)

Revista Brasileira (ABL): numero sobre Joaquim Nabuco

Quase todos os artigos são sobre Joaquim Nabuco.
Vale a pena conferir:

Revista Brasileira

O nascimento da lampada eletrica: 21/10/1879

Thomas Alva Edison apresenta seu invento ao repórter do New York Times, que desconfiado colocou um subtítulo assim redigido: Conflicting Statements As To Its Utility
 Parece que a lâmpada elétrica já deu o que tinha de dar. Vamos para o seu final...
 Paulo Roberto de Almeida

This Day in History
The New York Times, October 21, 1879

Edison's Electric Light



Conflicting Statements As To Its Utility

OTHER HEADLINESThe Democratic Infamy
Popular Indignation in Maine Increasing
Considering the End
Gov. Garcelon Feels Proud
Conscious of Duty Done and Not Afraid to Die if Necessary
Approving the Outrage
Either Black-Mail or Crime
Appointments at Albany
Valuable Christmas Presents
Thirty Years a Manager:Italian Opera From Sontac to Marimon and Gerster: What an Inquisitive Visitor Learned While Talking to Col. Mapleson Is the Academy of Music - Eighteen Years of Her Majesty's Opera in London - A Manager's Tribulations - Reminiscences of Singers, Composers, Dancers, Conductors, and Managers
There was no lack of enthusiasm or of confidence about Mr. Edison as he greeted the Times reporter who entered his laboratory at Menlo Park, N. J., yesterday. The inventor, a short, thick-set man, with grimy hands, led the way through his workshop, and willingly explained the distinctive features of what he and many others look upon as an apparatus which will soon cause gas-light to be a thing of the past. The lamp which Mr. Edison regards as a crowning triumph is a model of simplicity and economy. In the lamp the light is emitted by a horseshoe of carbonized paper about two and a half inches long and the width of a thread. This horseshoe is in a glass globe, from which the air has been as thoroughly exhausted as science is able to do. So good a vacuum is produced that it is estimated that at the utmost no more than a one-millionth part of the air remains. The operation of pumping lasts one hour and a quarter. At the ends of the carbon horseshoe are two platinum clamps, from which platinum wires run outwardly through a small glass tube contained within a larger one leading out of the glass globe. The small tube contains air. Within it the platinum wires are met by two copper wires connecting with the conductors of the electricity. The air is left in the small tube, because otherwise the copper wires would be fused by the electric current. The carbonized paper is capable of being made incandescent by a current of electricity, and while it allows the current to pass over it, its resistance to the heat is strong enough to prevent it from fusing.
The first place visited was the room in which the furnace for carbonizing the paper is situated. The furnace is of the ordinary pattern, and on the coals rested a horseshoe mold, in which the bristol board to be charred was placed. Over each horseshoe a piece of tissue paper was placed and the whole was washed until all the material of the card-board, except the carbon, was taken away. When the filaments were taken from the mold they resembled pieces of black thread. The particles hung tenaciously together, however, and the black horse-shoe was easily placed in the platinum clamps of the globe of the lamp. The exhausting of the air takes place after the carbon is put in position, and when this is done the lamp is complete. "As there is no oxygen to burn," said Mr. Edison, "you can readily see that this piece of carbon will last an ordinary life-time. It has the property of resisting the heat of the current of electricity, while at the same time it becomes incandescent, and gives out one of the most brilliant lights which the world has ever seen. The cost of preparing one of these little horse-shoes of carbon is about 1 cent, and the entire lamp will cost not more than 25 cents." Here the inventor gave a practical illustration of his invention. He was standing just under an ordinary gas chandelier in which two of his lamps were burning. He took one of the lamps out, and it appeared simply as a glass globe. He placed it back in the burner, and immediately a brilliant horse-shoe of golden light illuminated the globe. Mr. Edison then, by turning a screw in the lamp, brought the light down to a spark, turned it off completely, as gas can be turned off, and turned it on again to a brilliant incandescence by a twist of his fingers. He certainly demonstrated that in his own laboratory at Menlo Park, the electric light is as obedient to his will as the gas light is to the general public. The light from each lamp is of about the power of an ordinary gas-jet, but Mr. Edison claims that by increasing the electricity, he can raise the power to 15 gas-jets.
Eighty-four lights are burning night and day in the laboratory, and they are all supplied with electricity by an 80-horse-power engine, which is stationed in the basement of one of the buildings. This engine, in addition to feeding these lamps, furnishes the motive power for all the machines in the laboratory, and at night feeds the electric lights which have already been erected in Menlo Park, in anticipation of the proposed grand illumination. The wires which are to convey the electricity to the lamps for the grand display are to be above ground, so that all spectators can see and investigate them. They will lead directly from the lamps to the generator in the laboratory, and any person can trace them from point to point.
From the furnace-room Mr. Edison conducted the reporter to the room in which his lamps are made, and where the air is exhausted from them. In this room, also, is Mr. Edison's machine for regulating the pressure of the electricity as it passes to the different lamps throughout his laboratory. This machine consists of a series of coils of copper, over which the electric current is continually passing, and each coil is connected with a series of lamps. If the pressure is too great on any series of lamps it is at once shown by the coil representing that series, and can be regulated in an instant. In this room, also, the carbonized paper is placed in the globes, and the lamp is completed. It is Edison's pet room, and here he spends most of his time when not engaged in studying out new inventions.
It has been asserted by some persons who are supposed to be conversant with the subject of electricity that in order to furnish lights for houses in this City a copper coil as large as an ordinary barrel would be required as a conductor from the central station to the different houses in two or three blocks. Regarding this, Mr. Edison said: "The size and amount of conductors for carrying electricity for lighting purposes depends, of course, upon the distance to which the electricity is to be carried. If I have to carry it 10 miles my conductor must be larger than it must be if I have to carry it 10 feet. My idea is to have central stations to cover, say a square of three or four blocks. The pipes containing the wires on a street, if this idea is carried out, will not exceed in size the circumference of your arm. They will be laid under the flag-stones just at the edge of the sidewalk, as gas-pipes are now laid."
"What will be the cost of these conductors," asked the reporter.
"The cost, compared to gas-pipes, will be very small, and there is very little chance of their getting out of order. The wire itself, which will convey the electricity, will be an ordinary No. 9 telegraph wire, the same wire that you see in use every day by the Western Union Company. That is as near the size of a barrel as I intend to get."
"How will the light be distributed?"
"Precisely as gas is now distributed. You see that I can turn that burner off entirely if I wish to; I can lower it or I can raise it, just as you can lower or raise a gas jet. Our electricity will go from our central stations just as gas flows from the meter. Whether the company will charge for the light according to the amount of electricity which each consumer uses, or whether so much a month will be charged to each consumer I cannot say. That is a question which the company will determine when the electric light is introduced."
"Do you intend to illuminate Menlo Park on New Year's Eve?"
"Not for the public as soon as that. Menlo Park is now illuminated every night to a certain extent. All the lamps that we have on hand are lighted nightly, but we cannot give the grand display that I intend to give until we have more lamps. You can say this, however, that the electric light is perfected, and that all the problems which have been puzzling me for the last 18 months have been solved. I expect to have every house here lighted, and a number of street-lamps going within 10 days. When I once get the light started, I shall keep them burning night and day for at least two weeks, in order to make a time test of my carbon. I believe that it is practically infusible, and I have confirmed my belief by experiments here in my laboratory for several weeks, but I want the public to believe it from their own knowledge, and the only way to make the public believe it is to show it to them. I think that my carbonized paper is the only substance which is capable of becoming thoroughly incandescent, and at the same time of offering to the current of electricity sufficient resistance to prevent it from melting away. The vacuum in the globe, of course, offers no oxygen of any consequence to burn; but the intense heat generated by the electricity would destroy any other substance than this carbonized paper. There is absolutely nothing there to fuse. It is carbon, pure and simple, and no machine known to this age can generate enough electricity to destroy it."
"Have any electricians responded to your invitation to see you and investigate your method of lighting by electricity?"
"No electricians have been here yet, nor are there likely to be any here. Electricians are a very scarce article in this country, although there are many persons here who call themselves electricians. They don't come here, because they know that if they do they will be convinced that my light is at last a perfect one. I am glad they don't come. Practical men, with experience, and what I call 'horse sense,' are the best judges of this light, and they are the men whom I like to welcome to my laboratory."