O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ranking das universidades: a classificacao de Shanghai - Le Monde

Universités : les Etats-Unis dominent encore le classement de Shanghaï

Le Monde.fr avec AFP |  • Mis à jour le 
Abonnez-vous
à partir de 1 €
 Réagir Classer Imprimer Envoyer
Partager   google + linkedin

Les frais d'inscription ont explosé : + 7,45 % par an en moyenne depuis 1980, quand le taux d'inflation moyen n'a atteint que 3,8 %.


Le classement de Shanghai des universités mondiales confirme à nouveau la suprématie des universités américaines. Comme tous les ans depuis la publication en 2003 de la première liste établie par l'université Jiaotong de Shanghai, les établissements d'outre-Atlantique se taillent la part du lion, avec le tiercé gagnant composé de Harvard, Stanford et Berkeley.

Le Massachusetts Institute of Technology (MIT) est classé à la quatrième place et l'université britannique de Cambridge, premier établissement non américain du classement, à la cinquième.


CRITIQUES SUR LA MÉTHODOLOGIE
Le classement de Shanghai est suivi et commenté dans le monde entier, mais fait l'objet de nombreuses critiques en raison de sa méthodologie. Il privilégie en effet la recherche en sciences exactes au détriment de l'enseignement, beaucoup plus difficile à quantifier. Il prend en compte parmi ses critères le nombre de prix Nobel attribués à ses anciens élèves ou à ses chercheurs, le nombre de médailles Fields (équivalent du Nobel en mathématiques) ainsi que le nombre d'articles publiés dans des revues exclusivement anglo-saxonnes telles Nature et Science.
Le Royaume-Uni conserve deux établissements dans le top 10 (Cambridge 5eet Oxford 10e). L'University College of London, classé 21e l'an dernier, perd deux places et sort du top 20, au profit du l'Ecole polytechnique fédérale de Zurich, qui entre pour la première fois dans les vingt premiers (23e l'an dernier).
Le premier établissement français, l'Université Pierre et Marie Curie (Paris VI) est classé à la 37e place, suivi de Paris Sud (XI) à la 39e. L'Ecole normale supérieure (ENS-Ulm) figure à la 71e place et l'Ecole Polytechnique à la 212e.
Par le nombre d'universités présentes dans le top 500, les Etats-Unis comme tous les ans arrivent largement en tête avec 146 établissements (quatre de moins qu'en 2012) suivis par le Royaume-Uni (37, un de moins qu'en 2012) et l'Allemagne (37 également), puis la Chine (34, aucun dans le top 100). 
Il existe d'autres classements très médiatisés, comme celui publié par la revue britannique Times Higher Education, qui est régulièrement dominé par les universités américaines et britanniques. Afin de favoriser "la transparence" dans le choix des études supérieures, l'Union européenne a décidé d'établir à partirde cette année son propre classement, baptisé U-Multirank, dont le premier classement de 700 établissements, établi sur des critères plus larges, est attendu au printemps 2014.

A diminuicao da populacao economicamente ativa - Fabio Giambiagi

Demografia (VIII): a queda da PEA

 Valor Econômico, 14/08/2013
Fábio GiambiagiNesta série de artigos que estou escrevendo acerca de temas demográficos, em nossos encontros anteriores tratamos o caráter universal da maior longevidade, a mudança do perfil demográfico brasileiro, a importância da revisão populacional do IBGE de 2008, as novidades do Censo 2010, o fato de nascerem mais meninos do que meninas, o envelhecimento por “ondas” e a relação entre o crescimento da população e o PIB. O tema de hoje é a perspectiva de encolhimento da População Economicamente Ativa (PEA).
imagem25 Demografia (VIII): a queda da PEAA tabela apresenta a perspectiva de evolução da população em idade intermediária no Brasil entre 2013 e 2050, conforme projeção do IBGE. Por “população em idade intermediária” entende-se a que está longe dos extremos, isto é, que não é nem criança/adolescente, nem idosa. A princípio, representa a população em idade de trabalhar. O que é “idade de trabalhar”, porém, é algo elástico, pois é possível ter um jovem de 20 anos sem trabalhar e ainda estudando, assim como é possível ter uma pessoa de 70 anos e ainda trabalhando. Por conta dessa dificuldade, trabalhamos aqui com três universos, tomando como referência inicial o grupo mais abrangente, entre 15 e 64 anos. Desse grupo retiramos então os subgrupos extremos: num caso, o de pessoas de 60 a 64 anos, o que nos deixa com o subgrupo de 15 a 59 anos; e no outro, o de jovens de 15 a 19 anos, o que nos deixa com o subgrupo de 20 a 64 anos. Em números arredondados, a estimativa do IBGE é que o Brasil em 2013 tenha 119 milhões de indivíduos de 20 a 64 anos; 129 milhões de 15 a 59 anos; e 136 milhões de 15 a 64 anos.
O tamanho da população de cada grupo varia um pouco, mas a evolução das taxas de crescimento populacional de cada um deles conta mais ou menos a mesma história, com três denominadores em comum: 1) a taxa de crescimento populacional dos adultos é positiva inicialmente e negativa depois; 2) já a partir da década de 30, a taxa de variação se torna negativa; e 3) na comparação entre 2013 e 2050, a taxa de crescimento média de cada grupo é próxima de zero, ainda que em alguns casos seja ligeiramente negativa e em outros ligeiramente positiva.
É possível argumentar que o grupo que melhor capta a capacidade de contribuição das pessoas para a geração de riqueza é a terceira coluna, que inclui os indivíduos de 20 a 64 anos. É razoável, pois pode-se admitir que os jovens irão cada vez mais se concentrar no estudo e adiar o ingresso no mercado; e que haverá uma tendência a “esticar” a permanência na ativa. Mesmo nesse caso, em que o crescimento do grupo é maior, observa-se que o contingente nessa faixa etária aumenta 1,2 % a.a. entre 2013 e 2020, mas a taxas declinantes, que já se tornam negativas entre 2030 e 2040. Para entender a importância dessa dinâmica, basta citar que entre 2030 e 2050, este grupo de indivíduos de 20 a 64 anos de idade “encolherá”, de 137 milhões para 127 milhões de pessoas.
Da leitura desses números, chega-se a três conclusões da maior gravidade. A primeira conclusão é que, quando se combinam essas informações com a evolução da população idosa, o país tem pela frente um desafio maiúsculo: enquanto que entre 2020 e 2050 a população entre 20 e 64 anos irá diminuir em 2 %, o grupo de pessoas com 65 anos de idade ou mais irá aumentar em nada menos que 156 %, o que significa que a razão de dependência (coeficiente entre número de idosos e população em idade de trabalhar) irá dar um salto.
A segunda é que o crescimento futuro da economia irá depender essencialmente da produtividade. Tomando como base 2013 e comparando com a expectativa que se tem para 2050, em termos acumulados a população de 15 a 59 anos irá cair 5 %, entre 15 e 64 anos irá crescer apenas 2 % e o grupo de 20 a 64 anos irá se expandir um pouco mais, mas menos de 7 %. Anualizadas, todas as taxas dão números próximos de zero, como já salientado. No futuro, portanto, “crescimento do PIB” terá um nome: produtividade.
A terceira conclusão é que para sermos mais produtivos, teremos que educar mais nossa juventude e – eis um enorme desafio – teremos que tornar mais produtivo quem já saiu da escola e ainda tem pela frente 20 ou 30 anos na ativa. Caso contrário, vamos perder o bonde da história. Temos um duro caminho pela frente. Quem viver, verá.

15 de Agosto de 1947: a violenta partilha India-Paquistao (NYT)

This Day in History;
Front Page Image

India and Pakistan Become Nations; Clashes Continue



Ceremonies at New Delhi and Karachi Mark Independence for 400,000,000 Persons

Nehru Acclaims Gandhi

But He Warns of Trials Ahead -- Death Toll in Communal Fighting Reaches 153

By ROBERT TRUMBULL
Special to THE NEW YORK TIMES

OTHER HEADLINES
Laws On Gambling Breed Corruption, O'Dwyer Declares: Mayor Says, However, He Will Enforce Them and Keep the Police Departments Clean: Asks Inquiries By Juries: Praises Wallander for the Job He Is Doing -- Inspector Kennedy Raids Dice Game
Truman Backs Price Inquiry As Possibly Showing Gouge: He Says Clark's Investigation May Reveal Who Is Causing High Cost Levels -- Plea for Labor-Farm-Industry Talk Is Rejected
U.S. Cancels Debts of Billion by Italy In Financial Pacts: Frees $60,000,000 in Blocked Properties -- Will Return 28 Freight Ships to Rome: Would Relieve Burdens: Lovett Expresses Hope Accords Will Reduce the Weight of Peace Treaty Clauses
World Peace Tied to Americas Talks: Marshall, at Rio de Janeiro, Says Hemisphere Defense Aim Is Within Framework of U.N.
'Crudest' U.S. Interference In Greece Charged by Soviet
Relief From Heat Likely Tomorrow: Continued High Temperatures Today Expected to Be Ended by Thunder Showers
U.S. Rent Curb Here Is Badly Snarled: Many Tenants Tell of Futile Attempts to Get Relief -- ORC Soon to Cut Staff
Tass Says Greeks Molest Russians: Charges Workers in Embassy Are Seized and 'Tortured' -- Sees Threat to Relations
Actors Win an Anti-Bias Contract In Fight on Negro Ban in Capital
Jews, Arabs Battle Amid Fires; Armed Zionist Troops Aid Police
NEW DELHI -- India achieved her long sought independence today through the transfer of British power to the two dominions into which that land of 400,000,000 persons has been divided, India and Pakistan.
While the ceremonies marking this major historic event were taking place communal strife continued to cast a grim shadow over future.
[Communal clashes, fires and looting continued in Landra, Punjab, with the rising death toll estimated at 158, The Associated Press reported. In London King George conferred an earldom on Viscount Mountbatten for his role in solving the Indian problem and the Government £ 35,000,000 of India's sterling balance.]
The Dominion of India reached the goal of freedom here at midnight with minimum celebration and a few speeches that stressed the gravity of the tasks ahead of the new nation.
In Karachi, capital of Pakistan, Mohammed Ali Jinnah will take the oath this morning as Governor General of the Moslem dominion which he was the primary figure in creating against the demand for a united India.
Viceroy at Both Ceremonies
This ceremony at the Sind Provincial Government House, which is now Mr. Jinnah's official residence, will be the only event marking the transfer of power from British to Indian hands in that dominion.
The Viceroy, Viscount Mountbatten, addressed the Pakistan Constituent Assembly yesterday -- his last official act as Viceroy -- and then flew back to New Delhi to attend the formal transfer here. No special events were scheduled in Karachi, as they were in New Delhi, to mark the actual moments when the rule of the King-Emperor came to an end at midnight except in so far as both dominions continued to owe formal allegiance to the British crown.
Mohandas K. Gandhi, the real hero of the New Delhi ceremony, was absent from the capital of his country in its triumphant hour. At the moment his great dream came true -- though not precisely in the form he wished -- Mr. Gandhi was in humble surroundings of his own choosing among the Moslems of Calcutta, where he felt he was needed more. But his name was publicly praised by others who remained here to carry on the work to which he has devoted his life.
Climax at Midnight
The Constituent Assembly or the Government of India assumed its sovereign power solemnly in a special session that began at 11 p.m. last night and reached its climax at twelve o'clock. As the hands of the clock in the stately assembly hall of the State Council building met at midnight India's Cabinet Ministers and Members of the Assembly listened in silence to the chimes of the hour.
As the last note died an unidentified member blew a conch shell of the kind used in Hindu temples to summon the gods to witness a great event. Instantly a great cheer arose. India at that moment had become a free member of the British Commonwealth of Nations -- free even to leave the commonwealth if she chooses. The members then stood and repeated after the Assembly President, Dr. Rajendra Prasad, this oath in Hindi and then in English:
"At this solemn moment when the people of India, through suffering and sacrifice, have secured freedom, I, a member of the Constituent Assembly of India do dedicate myself in all humility to the service of India and her people to the end that this ancient land attain her rightful place in the world peace and the welfare of mankind."
Then in accordance with a formal motion made by President Prasad and approved by the Assembly, the President and Pandit Jawaharlal Nehru, Prime Minister of the Dominion Government drove half a mile to the VIceroy's hourse -- now to be known as Government House -- and passed to Viscount Mountbatten two momentous announcements.
Viscount Mountbatten, who ceased to be Viceroy at midnight and thus at that moment ended the long and sometimes illustrious line of British statesmen in India, was told by Dr. Prasad and Pandit Nehru first, that the Constituent Assembly of India had assumed the power of governance of this country and second that the same Assembly had endorsed a recommendation that Viscount Mountbatten be Governor General of India from today.
The chief justice of India will administer the oath of office to Viscount Mountbatten at 8:30 o'clock this morning after which the new Governor General will swear in the Indian Cabinet, headed by Pandit Nehru. Later in the morning Viscount Mountbatten will make his inaugural address to the Constituent Assembly.
Thousands at Council Building
Ten thousand Indians crowded about the entrance to the huge round Council of State building as the hour drew near for the Constituent Assembly's historic night meeting. Shopping centers of New Delhi and the adjacent ancient city of Delhi were gay with strings of the new national flag -- saffron, white and dark green -- the colors of the All-India Congress party -- with the symbolic wheel of the great Emperor Asoka.
Unusual crowds were on the streets in both cities. Public buildings and Hindu temples were outlined in electric lights.
A large illuminated flag painted on glass decorated the porch roof of Pandit Nehru's home.
There was, however, little of gaiety that would be associated with such an event as this in the Occident. It is said that exuberance is foreign to the Indian nature though there was no lack of shouting by the crowd at the Council of State building.
Pandit Nehru on entering and leaving received a tremendous ovation and the surging crowd soon broke through the police lines but there was no real disorder, and after the ceremony they soon dispersed.
Stars Held Inauspicious
As a matter of fact the enthusiasm for independence day was dampened by two factors. One was the division of India into Moslem and Hindu nations, leaving large and unhappy minorities in each dominion. The other -- a peculiarly Hindu thing that the West might mistakenly underestimate in importance -- was the fact that astrologers, on whom millions of Hindus place great dependence in all matters discovered an inauspicious mating of the stairs on Aug.15. In India this last is a serious consideration that receives no little attention in the press.
Tonight's program in the Assembly was bilingual; most of the speakers, including President Rajendra Prasad and Pandit Nehru employing Hindi first and then English. The official language of the Assembly is still a matter of debate in which for sentimental reasons, English is losing out to Urdu and Hindi.
The ceremony opened at 11 p.m. with the singing by a trio of sariclad women of Vande Mataram composed by the wife of Acharya J.B. Kripalini, President of the All India Congress party.
After President Prasad spoke the entire assembly arose and observed two minutes of silence "in memory of those who died in the struggle for freedom in India and elsewhere."
Dr. Prasad paid tribute to Mr. Gandhi whom he called "our beacon light, our guide and philosopher during the last thirty years or more."
Nehru Sees Trials Ahead
"And now the time has come when we shall redeem our pledge, not wholly or in full measure, but very substantially," Pandit Nehru began, "At the stroke of the midnight hour when the world sleeps, India will awake to life and freedom." Pandit Nehru dwelt upon the trials that follow the assumption of such great responsibilities as are India's in the days to follow. He called upon his countrymen for an "ending of poverty, ignorance, disease and inequality of opportunity."
Referring to Mr. Gandhi he said: "The ambition of the greatest man of our generation has been to wipe every tear from every eye. That may be beyond us, but so long as there are tears and suffering, so long our work will not be over."
He reminded India of the indivisibility of "one world" and demanded an end to "petty and destructive criticism ... ill-will, or the blaming of others."
Pandit Nehru then moved the resolution for the solemn oath which all members took standing at midnight. He was seconded by a Moslem, Chaudry Khaliquzzaman, leader of the Moslem League party in the Constituent Assembly who promised the fealty for India's Moslems to their state.
Sir S. Radhakrishnan, noted Indian philosopher , paid tribute to the British and asked Indians to look within themselves for faults that in the past had made the Indians "ready victims" for the imperialists.
"From midnight on," he said, "we cannot crowd blame on the British." He called for an end to "nepotism and corruption, which have been a blot on the great name of the country."

Back to the top of this page.
Back to today's page.
Go to another day.

Front Page Image Provided by UMI

Um video importante, mas que tremelica, como as contas do governo: Mansueto Almeida entrevistado por Adolfo Sachsida

http://www.youtube.com/watch?v=sLWpgc6ee1U&feature=youtu.be

Entrevista com Mansueto Almeida: Contabilidade Criativa


Podem clicar no link acima, para ter uma aula sobre gatunagem oficial, ou melhor, enganação do distinto público pelos mágicos do Tesouro e da Fazenda, fazendo dívida (que vai ser paga por você, caro leitor), sem dizer a verdade. Como dizia uma antiga canção, bandido federal é mais legal...
Paulo Roberto de Almeida

Enfim, aqui está a explicação:

Video sobre contabilidade criativa

Meu amigo Adolfo Sachsida do IPEA me pediu para falar sobre contabilidade criativa. Ele gravou um video de quase 10 minutos no qual faz algumas perguntas para eu responder. Ao longo da entrevista não tinha certeza se estava conseguindo explicar de forma clara, mas depois que assisti ao video gostei muito.
Sugiro duas coisas. Primeiro, visitem o blog do Adolfo Sachsida (clique aqui) e cliquem no link para assistir ao video no You Tube. Segundo, amanhã, quinta-feira 15 de agosto, Eu e Gil Castelo Branco da ONG Contas Aberta vamos participar do programa da jornalista Miriam Leitão na Globo News às 21:30 e vamos falar de transparência fiscal, orçamento, etc. Sugiro que assistam ao programa pois acho que será muito bom.
Espero que eu esteja conseguindo contribuir um pouquinho para esclarecer os dilemas fiscais, pois esse debate é político. Vamos precisar levar esse debate para o Congresso pois, para cortar gastos, vamos precisar mudar regras e colocar limites aos empréstimos do Tesouro ao BNDES.

Latin American Research Review: uma citacao apropriada? A ver: "Itamaraty's most detached Intellectual"?

Recebi, ontem, o número mais recente da
Latin American Research Review
este aqui: 


Volume 48, Number 2 (2013)

Contents

Review Essays


Nele, como vocês podem ver, tem um artigo de Jean Daudelin:
tratando de livros recentes sobre relações internacionais e política externa do Brasil.
Bem, como eu sou um sujeito que escreve umas tantas coisas sobre esses temas, sou citado da seguinte forma: 

"This generally positive assessment of Lula’s policy is challenged in a whole section devoted to “critical interpretations” (1:199–283). Paulo Roberto de Almeida—Itamaraty’s foremost “detached intellectual”7—proposes a sharp, if slightly sloppy, assessment of Lula’s diplomacy, arguing in particular that the latter’s efforts have failed to build a tighter South American community around Mercosul; to expand alliances in the global South; or to leverage the whole to gain influence and status, particularly at the United Nations (1:249–259)."


A nota 7 remete ao trabalho de Karl Mannheim, Ideology and Utopia (London: Routledge, 1936).


Vejamos, então, para os que não conhecem muito o inglês: 

Foremost, nos dicionários, é traduzido como "Ahead of all others, especially in position or rank; paramount."
Grato pela parte que me toca, pelo menos no Itamaraty...

detached intellectual, remete a um conceito de Mannheim, que resulta em significar que eu não faço parte do bando, ou seja, que sou um outcast, ou dissidente, numa linguagem mais agressiva. Numa linguagem mais neutra, eu seria independente da ideologia dominante. Aliás, o livro de Mannheim é justamente sobre ideologia e utopia. Acho que não escorrego em nenhuma das duas, os outros é que se expliquem...
Grato, também, pela parte que me toca...

sharp, if slightly sloppy: avaliação aguda, mas não sistemática, ou levemente sem cuidado...; bem, aí já é a interpretação do autor da resenha-artigo, e não me cabe responder. Costumo escrever o que eu eu penso, não o que os outros esperam que eu diga...
Aceito, sem mais...

Paulo Roberto de Almeida 


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Venezuela: chavismo prepara a proxima fase do regime (with a little help from...)

Venezuela debate sobre la corrupción

La corrupción enfrenta al chavismo y la oposición

Infolatam/Efe
Caracas, 14 de agosto de 2013
Las claves
  • Maduro dijo que declararía una "emergencia nacional" para combatir la corrupción y que no dudará en cambiar "todas las leyes" de ser necesario.
  • Capriles dijo que Maduro utiliza la lucha contra la corrupción como una cortina de humo para desviar la atención de los "verdaderos problemas" del país y que la forma de acabar con el flagelo es "salir" del Gobierno.

Un día después de que Maduro anunciara en un acto público que pedirá poderes especiales para “ir a fondo” contra la corrupción, el chavismo y la oposición se acusaron mutuamente de amparar a corruptos en sus filas.El presidente venezolano, Nicolás Maduro, ha colocado la lucha contra la corrupción en el centro de la agenda política del país, caldeando los ánimos con la oposición, que no cree en la voluntad del Gobierno de atacar este flagelo y teme que se convierta en excusa para perseguir con motivos políticos.
Maduro dijo que declararía una “emergencia nacional” para combatir la corrupción y que no dudará en cambiar “todas las leyes” de ser necesario.
“Voy a pedir poderes especiales para ir a un proceso de reforma de las leyes y de cambio de la institucionalidad para ir a un combate a fondo”, afirmó Maduro.
Con la temperatura política subiendo cuando faltan cuatro meses para las próximas elecciones municipales, la oposición no tardó en reaccionar y en calificar hoy de “sospechosos” los últimos movimientos de Maduro contra la corrupción, mientras el chavismo promovía una condena parlamentaria al partido opositor Primero Justicia (PJ) en nombre de esa lucha.
El líder de esa formación, Henrique Capriles, dijo en su programa de televisión semanal que Maduro utiliza la lucha contra la corrupción como una cortina de humo para desviar la atención de los “verdaderos problemas” del país y que la forma de acabar con el flagelo es “salir” del Gobierno.
“Los corruptos, y hay que decirlo una y otra vez, están en el Gobierno”, señaló.
“Todo esto que usted está viendo que están haciendo es para tratar de lavarse la cara ¿y lavarse la cara frente a qué?, frente a los verdaderos problemas, los graves problemas que viven los venezolanos todos los días”, agregó.
Capriles calificó de “mundo al revés” las acusaciones de corrupción del Gobierno hacia la oposición, que han salpicado a diputados e integrantes de la opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD), entre ellos, al diputado Richard Mardo, desaforado por la mayoría chavista del Parlamento.
Desde el chavismo, insistieron en defender la nueva ofensiva contra la corrupción, señalando que la lucha contra el problema tiene que ser “sin cuartel”.
“Esa lucha tiene que ser sin cuartel, sin tregua contra este flagelo que viene del sistema capitalista (…) y creemos que una buena parte de la legislación debe ser revisada en profundidad”, indicó el diputado oficialista Julio Chávez al canal estatal Venezolana de Televisión (VTV).
Chávez no dejó pasar la oportunidad de atacar a la oposición por lo que consideró que es un intento de “banalizar” esa lucha, y dijo que el partido Primero Justicia “surgió de la corrupción” y que es “común” que sus dirigentes actúen con esos principios.
Los cruces entre ambos bandos tuvieron su correlato hoy en la sesión de la Asamblea Nacional (Parlamento Unicameral), donde la mayoría chavista acusó al partido de Capriles de ser una fuerza “corrupta” por presuntamente financiarse de manera ilegal.
Los parlamentarios chavistas afirmaron que en el partido Primero Justicia (PJ), al que pertenece Capriles, se practica el narcotráfico, la prostitución y hasta la trata de blancas.
“Hemos propuesto este acuerdo para que el país conozca detalles que son rasgos característicos del comportamiento de una elite política corrupta que pretende dirigir este país y apropiarse de los espacios políticos a través del uso de dineros turbios”, dijo el diputado oficialista Andrés Eloy Méndez al abrir el debate.
Las acusaciones fueron rechazadas por la oposición, que acusó al Gobierno de montar un “show” para que no se discutan problemas como la inflación o la inseguridad.
==========

Cárcel para Capriles
Alexander Cambero
El Universal, 14/08/2013

Encarcelar a quien representa el cambio en Venezuela es el sueño húmedo del régimen. Es una fantasía que responde al deseo de apoderarse de todo
Desde La Habana planean colocarle piedras en el camino a Henrique Capriles Radonski, buscando que sus huesos terminen hundidos en el infierno de un reclusorio en donde no existan garantías para su vida. Antes prevén darle prohibición de salida del país, para comenzar a edificar el gran zarpazo en contra de la libertad. 
Este es el destino que corrieron muchos líderes cubanos, cuando la revolución castrista decidió liquidar a la disidencia. Como no creen en el libre debate de las ideas, ni tampoco tienen argumentos para rebatir sus debilidades, apelan a la venganza como medio para someter al adversario.

Ya hemos visto la reacción del Tribunal Supremo de Justicia ante el cuestionamiento hecho por Capriles, por la decisión de declarar como "inadmisible" la solicitud de impugnación del proceso electoral presidencial del pasado 14 de abril. Ahora resulta que la persona que fue perjudicada por la acción de delincuentes electorales, tendrá que pagar una multa por usar conceptos "ofensivos" en contra del máximo tribunal del país, además de una solicitud que se le hace a la Fiscalía General de la República, para que evalúe procesarlo por esta causa. Como vemos todo un complot orquestado para sacarlo de circulación de manera grosera. Estos órganos no pueden presentarse como ejemplos de rectitud, cuando representan los perversos intereses de un régimen que quiere perpetuarse en el poder al costo que sea. ¿Quién puede creer en un Tribunal Supremo que hace tiempo se olvidó del derecho para pastar en el corral partidista? Lo mismo ocurre con esa desenvainada espada que es la Fiscalía, preparada para ir tras la cabeza de algún adversario incómodo del Gobierno, pero que guarda silencio cuando el acusado es uno de los suyos. ¿A quién pueden engañar cuando se sienten "dolidos" por las argumentaciones de un ciudadano venezolano, que presentó sólidas e irrefutables pruebas de un verdadero asalto a la voluntad popular?

Lo que debemos entender es que ellos responden a intereses hegemónicos. La justicia y los principios de la ley huyeron de estos personajes cuando el dinero derrotó el poco equilibrio que tenían para sostenerse como garantes de los ciudadanos. Los hechos sirven para que las nuevas generaciones de abogados, que se forman en las universidades venezolanas, comprendan que estas formas aberrantes de deformar nuestras leyes, manipulándolas para destruir la reputación de inocentes; no es lo que enseña la apasionante historia del derecho. Son la perversión que creció como la cizaña junto al trigo.

El interés de meter en la cárcel a Capriles es la esperanza del ilegítimo y su cofradía de boliburgueses. Es la única posibilidad que ven para desarticular una oposición que avanza cada día más. En Cuba planifican la celada que siguen los títeres venezolanos con la pasión propia de los traidores de la patria.

Política econômica esquizofrenica na area dos combustiveis (nao surpreende...)

A situação poderia ser risível, se não fosse trágica, não necessariamente para a Petrobras -- que vai continuar a perder dinheiro e se prejudicar como companhia --, mas para o país como um todo.
Aliás, esse "reajuste de preços para a Petrobras" é absolutamente ridículo, se não fosse o ridículo ainda maior da política econômica do governo.
A rigor, não existe controle de preços oficial, tabelamento, congelamento em vigor no Brasil. A Petrobras, e qualquer outra companhia, estaria totalmente livre para fixar os preços dos seus derivados segundo seus custos e a margem de lucros, ou segundo a lei da oferta e da procura, simplesmente, num mercado aberto e concorrencial.
Justamente, sequer caberia essa dominância da Petrobras sobre o mercado de importação de matéria prima (petróleo) e sobre a venda de combustíveis, uma vez que o monopólio já foi extinto.
Que a Petrobras seja monopolista de fato, mas não de direito, e que o governo imponha preços a uma companhia com ações no mercado, já testemunham a situação anômala, surrealista da economia brasileira, e da total esquizofrenia do governo na condução desses assuntos.
O Brasil, decididamente, não é um país normal, e o governo é o mais anormal nesse cenário.
Paulo Roberto de Almeida

Ameaça à Petrobrás e ao País
Editorial O Estado de S.Paulo, 14/08/2013

O governo insiste num jogo perigoso ao conter politicamente os preços dos combustíveis para frear o índice de inflação - apenas o índice, porque em algum momento será preciso soltar os preços reprimidos ou pagar muito caro por distorções geradas por essa política. O diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, pediu na segunda-feira um ajuste de preços para financiar os enormes investimentos da empresa e frear sua crescente dependência de recursos de terceiros. O governo examina o assunto, disse no dia seguinte o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, com duas ressalvas: não é bom elevar os preços nem há garantia de autorização do aumento pelo governo. A estatal só pode cobrar mais se a mudança for decidida por seu Conselho de Administração, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Manter a tabela desatualizada é uma forma fácil, mas custosa, de atenuar as pressões de custos sobre a produção e sobre o bolso dos consumidores.
O governo tem abusado desse recurso, com perdas importantes para a Petrobrás e, durante vários anos, para as empresas produtoras de etanol, porque as proporções entre os preços dos combustíveis foram desfiguradas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou com insistência o governo dos Estados Unidos para abrir o mercado americano ao etanol estrangeiro. Quando isso ocorreu, os produtores brasileiros estavam despreparados para vender, porque os investimentos no setor haviam encolhido.
Sob nova direção, a Petrobrás conseguiu algum aumento de preço durante o governo da presidente Dilma Rousseff, mas sem eliminar os desajustes acumulados num longo período. Os desajustes aumentaram, recentemente, com a alta do dólar e o encarecimento dos combustíveis importados.
O próprio aumento da importação foi uma consequência dos desarranjos causados à empresa pela intervenção política em sua administração. A demanda tem crescido, há alguns anos, bem mais velozmente que a produção interna, prejudicada por erros de planejamento, mau uso do dinheiro e contenção política de preços.
A defasagem entre preços internos e externos da gasolina está entre 22% e 23,5%, segundo especialistas. A diferença, no caso do diesel, chega a 24%. Esse desajuste afeta a geração de caixa e torna a empresa mais dependente de financiamentos.
A dependência já superou ou está quase superando os limites adotados pela empresa, segundo vários indicadores calculados pelos analistas. A companhia poderá ser rebaixada pelas agências de classificação de risco se a sua saúde financeira continuar em deterioração, segundo se especula no mercado financeiro. Hoje a estatal detém grau de investimento.
Apesar de suas dificuldades, a Petrobrás tem sido responsável por cerca de 90% dos investimentos realizados pelas estatais. Mesmo sem as possibilidades abertas pela descoberta do pré-sal, sua importância estratégica seria enorme. O governo parece desprezar esse dado, ao insistir numa política danosa para as finanças da empresa.
Câmbio e preços dos combustíveis agravam de fato as pressões inflacionárias, mas só reprimir os preços dos combustíveis de nenhum modo resolverá o problema. A inflação, ainda elevada, resulta de combinação muito mais ampla de fatores, mas a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda têm preferido agir como se vivessem noutro mundo.
Fariam bem se levassem a sério as observações feitas na segunda-feira pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton de Araújo. Segundo ele, a inflação baixa de julho (0,03%) resultou de fatores excepcionais e de nenhum modo indica uma tendência.
A evolução dos dados mensais de 2013 deve ter a forma de um V, com quedas até julho e altas a partir daí. O acumulado no ano poderá ficar abaixo dos 5,84% de 2012, mas ainda será elevado. A tendência expansionista das contas públicas continua sendo um dos fatores da alta de preços. Não se combaterá a inflação com mais perdas para a Petrobrás. Isso apenas agravará os problemas do País.