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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

A tragédia dos refugiados afegãos no Paquistão (FSP)

 Paquistão anuncia expulsão de 1,7 milhão de afegãos, e migrantes buscam o Brasil Redefinição da política de acolhida brasileira trava solicitações de vistos humanitários na capital Islamabad 


 SÃO PAULO 
Segundo país que mais recebe afegãos que fogem do regime do Talibã e do colapso econômico, o Paquistão anunciou uma nova política migratória, descrita como uma "repatriação gradual", que pode expulsar cerca de 1,7 milhão de afegãos de seu território. 

 A medida aumentou a preocupação de migrantes no país, muitos dos quais já relatavam ser alvos de abusos e coação por policiais. E reflete também no Brasil. ONGs relatam que estão recebendo ainda mais pedidos de ajuda de afegãos que, vivendo no Paquistão, tentam emigrar para o Brasil com o visto de acolhida humanitária. Aqueles que desejam solicitar o visto brasileiro, no entanto, estão impossibilitados. A embaixada de Islamabad —uma das duas únicas, além da de Teerã, que acolhe pedidos— não está recebendo solicitações.

 A representação consular aguarda o governo brasileiro publicar edital com as novas regras para concessão de vistos humanitários para voltar a operar. Nesse meio-tempo, afegãos que estão no Paquistão relatam se sentir ainda mais inseguros. A política foi alterada pelo governo Lula no final do mês passado, e sua falta de detalhamento levou a uma ampla desinformação. O principal ponto de dúvida está no trecho que diz que a concessão de vistos estará sujeita à existência de vagas para abrigo por organizações. 

A informação deu margem para a interpretação de que, para vir, o migrante deve ser "convidado" por alguma ONG ou receber algum tipo de "carta de patrocínio", o que não é o caso, segundo o Itamaraty. A pasta disse à Folha que todos os pedidos realizados na embaixada de Islamabad até 1º de outubro passado seguem sendo processados normalmente. O posto concedeu 4.041 vistos a afegãos desde a implementação de sua política de acolhimento para migrantes da nacionalidade, em setembro de 2021. Hamid Liyaqat, 35, é um dos que tentam deixar os arredores de Islamabad e emigrar para o Brasil. No país com a esposa, os três filhos —de 7, 4 e 2 anos—, a mãe e três irmãs, ele diz que não se sente seguro e não vê oportunidades. 

Os filhos e suas irmãs mais novas, de 13 e 16 anos, não conseguem frequentar o ensino público de educação. O afegão deixou a província de Bamyan, onde vivia, logo após o Talibã retomar o poder, em outubro de 2021, rumo ao Paquistão. O restante da família se juntou a ele pouco depois, mas não sem antes sentir o impacto da repressão do regime fundamentalista —ele relata que oficiais invadiram sua casa e agrediram sua mãe. Hamid trabalhava como vice-diretor da polícia civil de Bamyan junto a um projeto do Pnud, o programa da ONU para o desenvolvimento. Mas a rixa do Talibã com sua família vem de antes. Seu pai, relata, era membro da polícia nacional e foi assassinado por talibãs em 2013. 

 O próprio Hamid chegou a ser sequestrado pelo grupo em 2020, quando fazia o percurso com destino à capital Cabul junto com a mulher, então grávida de seis meses, segundo documentos oficiais do governo da época que o afegão compartilhou com a reportagem. Hamid diz que já solicitou o visto mais de uma vez e aguarda resposta. A imigração é não só uma tentativa de buscar mais oportunidades, como de proteger a família dos abusos policiais que ela enfrenta. "Temos muito medo. Ficamos quase 24 horas por dia em casa. Se saímos, policiais nos param e exigem dinheiro. Se não damos, nos ameaçam até com a expulsão. Estão nos humilhando." Ahmad (nome fictício) relata situação semelhante. O afegão cruzou a fronteira com o Paquistão em novembro de 2021 e diz que corria riscos por ser cristão —o Talibã lidera um regime fundamentalista islâmico. 

Ele afirma que há dois anos solicitou o visto brasileiro, mas que ainda não teve resposta. O desespero bateu à porta de fato nesta semana, após o governo local anunciar as deportações. Ele, que mora na cidade de Rawalpindi e prefere não revelar a identidade por questões de segurança, diz que, se for pego pela polícia, será entregue ao Talibã e morto. Procurada, a embaixada do Paquistão no Brasil disse que as acusações sobre a ação de seus policiais são "totalmente sem fundamento e fora de contexto". Nesta terça-feira (3), o Paquistão anunciou que todos os migrantes em situação ilegal no país devem sair de forma voluntária até o final de outubro se quiserem evitar prisão e deportação forçada. Autoridades afirmaram que uma linha telefônica seria criada para que pessoas possam denunciar esses migrantes em troca de recompensa. A política foi anunciada após uma série de ataques no Paquistão a poucos meses das eleições de janeiro. 

Os atentados são orquestrados por militantes islâmicos e se tornaram mais frequentes desde 2022, quando foi rompido um cessar-fogo entre o governo e o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), o talibã paquistanês. Os extremistas tentam pressionar as autoridades a implementarem um regime com base na sharia, a lei islâmica, espécie de marco moral com base no Alcorão. Na semana passada, dois atentados suicidas mataram mais de 60 pessoas durante uma celebração religiosa do aniversário do profeta Maomé. Na ação mais letal, em janeiro, mais de cem foram mortos em um atentado a uma mesquita em Peshawar —o local sagrado ficava em um complexo que abriga prédios oficiais. 

 O governo afirma que hoje 4,4 milhões de afegãos vivem no Paquistão, sendo 1,7 milhão sem documentação. Dados do Acnur, a agência de refugiados da ONU, por sua vez, indicam que há 3,7 milhões de afegãos. O regime talibã chamou de "inaceitável" a ação paquistanesa. À Folha a embaixada do Paquistão no Brasil disse que a política de repatriação vale para todos os migrantes em situação irregular, não apenas os afegãos, e que essa ação é válida perante "as leis soberanas do país". Grande parte dos afegãos que buscam o Brasil sai do Paquistão, país que compartilha uma fronteira de mais de 2.600 quilômetros com o Afeganistão. Segundo dados públicos da OIM, braço da ONU para migrações que apoiou a vinda de ao menos 439 afegãos para o Brasil, 80% deles saíram do Paquistão antes de desembarcar no país —outros 17% saíram do Irã, país com maior diáspora afegã (4,5 milhões). 


domingo, 22 de setembro de 2013

O problema básico do Islamismo: a destruicao de vidas humanas e sua naocondenacao

Aliás, são dois os problemas, corrigindo o título.
Um, a existência de um estoque infindável de homens-bomba, ou seja de pessoas dispostas a se explodir levando junto o maior número possível de vítimas inocentes, em geral de uma seita diferente, mas dentro do islamismo. Isso tem acontecido de forma recorrente em países islâmicos, de um arco que vai do Magreb à Índia, mas também já ocorreu em países islâmicos da Ásia Pacífico, embora com menor incidência. Existe, portanto, um problema civilizatório, desconhecido em qualquer outra religião.
O outro problema é a inexistência completa, ao que se sabe, de líderes religiosos islâmicos -- de todas as seitas e de todas as categorias e títulos -- que possam condenar, da maneira mais veemente possível, inclusíve pelo recurso à própria religião, esses atos absolutamente inadmissíveis sob qualquer critério da vida social.
O cristianismo já conheceu suas guerras de religião, no contexto das quais atos abomináveis foram perpetrados, não só entre seitas cristãs, mas também contra heréticos da corrente dominante, mas jamais se conheceram atos desse tipo, ou seja, a morte, política ou religiosamente motivada, de inocentes a esmo, de forma contínua, regular, sobretudo pelo apelo ao autosacrifícoo, sob alguma promessa de paraíso ou vida eterna. Isso jamais ocorreu no cristianismo, que dignifica a vida e promove a fraternidade, mesmo entre inimigos.
O islamismo dignifica a morte e a destruição, objetivamente.
Gostaria de ser desmentido por fatos, não por declarações vazias.
Os dois problemas básicos são estes: o terrorismo contra inocentes, da forma como temos visto, parece exclusividade de países islâmicos, e seus líderes religiosos não condenam tais atos.
Seria uma podridão dos islamismo, ou um comportamento aceitável?
Paulo Roberto de Almeida
Em tempo: este atentado no Paquistão foi feito contra cristãos, como também ocorre na Nigéria do norte e em outros países. Mas o maior número de atentados é feito entre os próprios islâmicos.

Atentado mata ao menos 60 pessoas no Paquistão

Explosivos foram detonados por homens-bomba quando centenas de fiéis terminavam as orações e saiam de um templo

 Menino observa orações da sexta-feira na mesquita de Wazir Khan, em Lahore, no Paquistão
 Menino observa orações da sexta-feira na mesquita de Wazir Khan, em Lahore, no Paquistão (Damir Sagolj/Reuters )
Um ataque suicida em uma igreja histórica na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, deixou ao menos 60 mortos e 120 feridos neste domingo, segundo autoridades locais. O ataque evidencia a ameaça representada pelos grupos islâmicos extremistas, enquanto o governo do país busca um acordo de paz com os militantes talebans nacionais.
Os explosivos foram detonados por homens-bomba quando centenas de fiéis terminavam as orações e se dirigiam para fora do local.
(Com Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

15 de Agosto de 1947: a violenta partilha India-Paquistao (NYT)

This Day in History;
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India and Pakistan Become Nations; Clashes Continue



Ceremonies at New Delhi and Karachi Mark Independence for 400,000,000 Persons

Nehru Acclaims Gandhi

But He Warns of Trials Ahead -- Death Toll in Communal Fighting Reaches 153

By ROBERT TRUMBULL
Special to THE NEW YORK TIMES

OTHER HEADLINES
Laws On Gambling Breed Corruption, O'Dwyer Declares: Mayor Says, However, He Will Enforce Them and Keep the Police Departments Clean: Asks Inquiries By Juries: Praises Wallander for the Job He Is Doing -- Inspector Kennedy Raids Dice Game
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Tass Says Greeks Molest Russians: Charges Workers in Embassy Are Seized and 'Tortured' -- Sees Threat to Relations
Actors Win an Anti-Bias Contract In Fight on Negro Ban in Capital
Jews, Arabs Battle Amid Fires; Armed Zionist Troops Aid Police
NEW DELHI -- India achieved her long sought independence today through the transfer of British power to the two dominions into which that land of 400,000,000 persons has been divided, India and Pakistan.
While the ceremonies marking this major historic event were taking place communal strife continued to cast a grim shadow over future.
[Communal clashes, fires and looting continued in Landra, Punjab, with the rising death toll estimated at 158, The Associated Press reported. In London King George conferred an earldom on Viscount Mountbatten for his role in solving the Indian problem and the Government £ 35,000,000 of India's sterling balance.]
The Dominion of India reached the goal of freedom here at midnight with minimum celebration and a few speeches that stressed the gravity of the tasks ahead of the new nation.
In Karachi, capital of Pakistan, Mohammed Ali Jinnah will take the oath this morning as Governor General of the Moslem dominion which he was the primary figure in creating against the demand for a united India.
Viceroy at Both Ceremonies
This ceremony at the Sind Provincial Government House, which is now Mr. Jinnah's official residence, will be the only event marking the transfer of power from British to Indian hands in that dominion.
The Viceroy, Viscount Mountbatten, addressed the Pakistan Constituent Assembly yesterday -- his last official act as Viceroy -- and then flew back to New Delhi to attend the formal transfer here. No special events were scheduled in Karachi, as they were in New Delhi, to mark the actual moments when the rule of the King-Emperor came to an end at midnight except in so far as both dominions continued to owe formal allegiance to the British crown.
Mohandas K. Gandhi, the real hero of the New Delhi ceremony, was absent from the capital of his country in its triumphant hour. At the moment his great dream came true -- though not precisely in the form he wished -- Mr. Gandhi was in humble surroundings of his own choosing among the Moslems of Calcutta, where he felt he was needed more. But his name was publicly praised by others who remained here to carry on the work to which he has devoted his life.
Climax at Midnight
The Constituent Assembly or the Government of India assumed its sovereign power solemnly in a special session that began at 11 p.m. last night and reached its climax at twelve o'clock. As the hands of the clock in the stately assembly hall of the State Council building met at midnight India's Cabinet Ministers and Members of the Assembly listened in silence to the chimes of the hour.
As the last note died an unidentified member blew a conch shell of the kind used in Hindu temples to summon the gods to witness a great event. Instantly a great cheer arose. India at that moment had become a free member of the British Commonwealth of Nations -- free even to leave the commonwealth if she chooses. The members then stood and repeated after the Assembly President, Dr. Rajendra Prasad, this oath in Hindi and then in English:
"At this solemn moment when the people of India, through suffering and sacrifice, have secured freedom, I, a member of the Constituent Assembly of India do dedicate myself in all humility to the service of India and her people to the end that this ancient land attain her rightful place in the world peace and the welfare of mankind."
Then in accordance with a formal motion made by President Prasad and approved by the Assembly, the President and Pandit Jawaharlal Nehru, Prime Minister of the Dominion Government drove half a mile to the VIceroy's hourse -- now to be known as Government House -- and passed to Viscount Mountbatten two momentous announcements.
Viscount Mountbatten, who ceased to be Viceroy at midnight and thus at that moment ended the long and sometimes illustrious line of British statesmen in India, was told by Dr. Prasad and Pandit Nehru first, that the Constituent Assembly of India had assumed the power of governance of this country and second that the same Assembly had endorsed a recommendation that Viscount Mountbatten be Governor General of India from today.
The chief justice of India will administer the oath of office to Viscount Mountbatten at 8:30 o'clock this morning after which the new Governor General will swear in the Indian Cabinet, headed by Pandit Nehru. Later in the morning Viscount Mountbatten will make his inaugural address to the Constituent Assembly.
Thousands at Council Building
Ten thousand Indians crowded about the entrance to the huge round Council of State building as the hour drew near for the Constituent Assembly's historic night meeting. Shopping centers of New Delhi and the adjacent ancient city of Delhi were gay with strings of the new national flag -- saffron, white and dark green -- the colors of the All-India Congress party -- with the symbolic wheel of the great Emperor Asoka.
Unusual crowds were on the streets in both cities. Public buildings and Hindu temples were outlined in electric lights.
A large illuminated flag painted on glass decorated the porch roof of Pandit Nehru's home.
There was, however, little of gaiety that would be associated with such an event as this in the Occident. It is said that exuberance is foreign to the Indian nature though there was no lack of shouting by the crowd at the Council of State building.
Pandit Nehru on entering and leaving received a tremendous ovation and the surging crowd soon broke through the police lines but there was no real disorder, and after the ceremony they soon dispersed.
Stars Held Inauspicious
As a matter of fact the enthusiasm for independence day was dampened by two factors. One was the division of India into Moslem and Hindu nations, leaving large and unhappy minorities in each dominion. The other -- a peculiarly Hindu thing that the West might mistakenly underestimate in importance -- was the fact that astrologers, on whom millions of Hindus place great dependence in all matters discovered an inauspicious mating of the stairs on Aug.15. In India this last is a serious consideration that receives no little attention in the press.
Tonight's program in the Assembly was bilingual; most of the speakers, including President Rajendra Prasad and Pandit Nehru employing Hindi first and then English. The official language of the Assembly is still a matter of debate in which for sentimental reasons, English is losing out to Urdu and Hindi.
The ceremony opened at 11 p.m. with the singing by a trio of sariclad women of Vande Mataram composed by the wife of Acharya J.B. Kripalini, President of the All India Congress party.
After President Prasad spoke the entire assembly arose and observed two minutes of silence "in memory of those who died in the struggle for freedom in India and elsewhere."
Dr. Prasad paid tribute to Mr. Gandhi whom he called "our beacon light, our guide and philosopher during the last thirty years or more."
Nehru Sees Trials Ahead
"And now the time has come when we shall redeem our pledge, not wholly or in full measure, but very substantially," Pandit Nehru began, "At the stroke of the midnight hour when the world sleeps, India will awake to life and freedom." Pandit Nehru dwelt upon the trials that follow the assumption of such great responsibilities as are India's in the days to follow. He called upon his countrymen for an "ending of poverty, ignorance, disease and inequality of opportunity."
Referring to Mr. Gandhi he said: "The ambition of the greatest man of our generation has been to wipe every tear from every eye. That may be beyond us, but so long as there are tears and suffering, so long our work will not be over."
He reminded India of the indivisibility of "one world" and demanded an end to "petty and destructive criticism ... ill-will, or the blaming of others."
Pandit Nehru then moved the resolution for the solemn oath which all members took standing at midnight. He was seconded by a Moslem, Chaudry Khaliquzzaman, leader of the Moslem League party in the Constituent Assembly who promised the fealty for India's Moslems to their state.
Sir S. Radhakrishnan, noted Indian philosopher , paid tribute to the British and asked Indians to look within themselves for faults that in the past had made the Indians "ready victims" for the imperialists.
"From midnight on," he said, "we cannot crowd blame on the British." He called for an end to "nepotism and corruption, which have been a blot on the great name of the country."

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terça-feira, 7 de maio de 2013

Paquistao, Bangladesh: dois paises em estado pre-falimentar...

Quando 200 mil pessoas saem as ruas para demandar que os ateus sejam enforcados, existe algo de errado nesse país.
Quando a intolerância atinge tais níveis de expressão, justamente contra a liberdade de expressão (como já havíamos visto no Paquistão, no Irã, na própria Grã-Bretanha, desde o episódio dos Versos Satânicos de Salman Rushdie, novamente no caso das caricaturas dinamarquesas e incontáveis outros exemplos desse mesmo tipo), então o país inteiro está contaminado pelo ódio religioso, pela mais baixa manifestação dos espíritos totalitários, estamos a caminho de um Estado falimentar.
Isso explica, aliás, as madrassas de lavagem cerebral nas crianças, e o estoque infindável de homens bomba...
Afeganistão, Paquistão, Bangladesh, o que será desses países?
No Irã, a teocracia vai um dia deixar de existir, e a população educada vai novamente tomar conta dos destinos do país. Mas em países onde a própria elite foge de suas responsabilidades, o futuro se apresenta negro, se me permitem (ainda) tal expressão (eu não disse preto...). Isso inclui, perto de nós, o Haiti, também um Estado pré-falimentar, mantido pela assistência pública internacional, e que assim continuará pelos próximos anos (ou décadas).
Paulo Roberto de Almeida 

‘Atheists must be hanged’: Raw video from Islamist street clashes in Bangladesh

The protesters were so numerous that they blocked entire freeways, according to an AFP report, which says they chanted, “One point, One demand: Atheists must be hanged.”
A video, above, shows raw footage from the fighting. Some of the protesters have apparently set car tires on fire. At one point, riot police can be seen firing into the crowds, presumably with rubber bullets. Another shot shows an entire street in flames.
Police gave varying figures for the size of the demonstration, though some estimated as many as 100,000 or even 200,000. Even if that’s inflated, it’s still a sign of the apparent force behind this movement. A number of the protesters reportedly came from outside the capital for the demonstration, part of a rising movement demanding harsher punishment for “insults” to Islam.
“This government does not have faith in Allah,” one protester told the AFP, referencing Bangladesh’s officially secular constitution, adopted in 1972. “This is an atheist government, we will not allow them to live in Bangladesh. Muslims are brothers, we must protect Islam.”
The violence seems to have begun when police approached some stick-wielding protesters; it’s not clear who began the fighting, but it escalated dramatically.
Bangladeshi Prime Minister Sheikh Hasina has resisted demands for tougher anti-blasphemy legislation, both because of the government’s secular constitution and because, as she points out, the country already has such laws. She pointed out, as a way of calming the dissent, that the government has already arrested four bloggers for “derogatory comments” about Islam. That probably has not done much to calm Bangladesh’s Hindu minority or other non-Muslims in the country.