O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Academia.edu: epa! Servicos Secretos estao me espionando...

Não é para ser paranóico, mas antigamente, esses "países desconhecidos" que me "visitavam" no Academia.edu eram em número bem restrito, e até cheguei a pensar que fosse gente da China, mas que depois se revelou em todo o seu esplendor orwelliano...
Agora, os desconhecidos já estão em segundo lugar. Mais um pouco vão ultrapassar o Brasil.
A CIA e o FSB (sucessor do KGB) estão de olho em mim.
Não tem problema: sou uma pessoa transparente.
A Receita Federal, por exemplo, sabe tudo sobre mim, até que eu merecia ser isento, por todos esses serviços de utilidade pública que presto aos meus 25 leitores...
Paulo Roberto de Almeida

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Academia.edu: textos mais visitados de Paulo Roberto de Almeida; e se?....

Todo dia eu recebo dois ou três avisos de que x pessoas me visitaram no Academia.edu, ou de que tais e tais palavras-chave foram buscadas em meu perfil desse site acadêmico.
Passo por cima e vou em frente...
Mas, hoje resolvi ver o que andam vendo, por cima de meus ombros, se ouso dizer.
Reproduzo aqui, não na ordem das visitas do dia, mas na ordem das visitas acumulados, os textos mais buscados.
O primeiro, aliás, não é meu, mas de um instituto russo, com o qual colaborei na feitura de comentários sobre o mundo do futuro (com enormes críticas feitas ao estilo mafioso ali prevalecente...).
Em todo caso, eis as buscas mais frequentes em meu perfil:

https://uniceub.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida/Analytics#documents

Visitas   Documento
 259    2469) Vision 2050: A New Political and Economic Map of the World (2013)
 180    21) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (2014)
   68   1491) O profissional de relações internacionais: visão de um diplomata (2005)
   67   054) As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização (2006)
   57   2546) Géoéconomie du Brésil : un géant empêtré? (2014)
   50   16) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (2010)
   48   19) Integração Regional: uma introdução (2013)
   46   101) Pensamento diplomático brasileiro: introdução metodológica às ideias e ações de alguns dos seus representantes (2013)
   45    102) Oswaldo Aranha: na continuidade do estadismo de Rio Branco (2013)
   43  104) L’historiographie économique brésilienne, de la fin du XIXème siècle au début du XXIème: une synthèse bibliographique (2013)
   42   094) A economia do Brasil nos tempos do Barão do Rio Branco (2012)

E se eu fizer uma pegadinha de Primeiro de Abril fora do Primeiro de Abril, mas bem atraente?
Será que vai ser muito visitada, também?
Paulo Roberto de Almeida 

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Chile de volta 'a America Latina: reflexao do dia

O Chile, até há pouco, era um país normal, ou seja, estava em outra galáxia, ou pelo menos em outro hemisfério, aquele da racionalidade econômica, das políticas econômicas sensatas, do bom senso, enfim...
Mas, isso não podia durar muito.
A lei da gravidade latino-americana é poderosa.

O Chile está voltando ao continente, para se igualar a seus vizinhos esquizofrênicos.
O governo socialista de Michelle Bachelet acaba de decretar que pretende o fim do lucro na educação, que toda a oferta no setor será estatal, e que ninguém mais pagará por nada em matéria de ensino.

Corrijo: ninguém não. Alguém pagará.
Os empresários em primeiro lugar, que vão ter o imposto sobre o faturamento e os lucros aumentados de 25 a 35% dos volumes globais. Depois, toda a população pagará.
Quando todos pagam, não existe mais avaliação de custo-benefício, aferição de preços reais, retornos compatíveis com os investimentos realizados, nada disso.

Enfim, assim é o socialismo, o que é que vocês queriam?

O Chile voltou ao continente latino-americano.
Que pena! Estava tão bem fora dele...

Paulo Roberto de Almeida

China e sua preparacao para o espaco: um bom teste para "ecologistas sustentaveis"

Agora, cada vez que um ecologista vir com aquela conversa fiada de viver consumindo poucos recursos da Mãe Terra (como certa candidata a vegetal semi-presidencial), eu vou mandar ele se inscrever nesse programa chinês de preparação para viver na Mãe Lua.
Sempre que alguém vir com aquele papo chato de respeito ao meio ambiente, não consumismo, equilíbrio natural, já sei para onde tenho de mandar o sujeito.
Direto para a China: vegetais cultivados em sistema autossustentável, insetos, é tudo o que eles precisam para deixar a gente em paz...
Paulo Roberto de Almeida

105 days in ‘miniature Earth’ raising fruit, veg ... and bugs

THREE Chinese volunteers yesterday ended an experiment that saw them live for 105 days in an enclosed capsule, eating only laboratory-raised plants and insects.
This was China’s first manned test of Moon Palace 1 — Yuegong-1 — a 500-cubic-meter module that is China’s first and only the world’s third bioregenerative life support base.
In a closed lab on the campus of Beihang University, volunteers Xie Beizhen, Dong Chen and Wang Minjuan fed themselves by cultivating grain, vegetables, fruit and grubs.
Featuring a cabin and two plant growing labs, the system also produces water and fertilizer, processes waste and recycles air.
Liu Hong, chief designer of the system, described it as a miniature version of the Earth’s biosphere.
It can help make it possible for astronauts to live safely on space stations for long periods without deliveries of supplies, explained Liu.
The cabin includes living quarters, a room for socializing, a bathroom, a waste treatment room, plus a room for breeding insects for the dinner table.
Two plant cultivation rooms offer different temperatures and levels of humidity.
Liu said the research team cultivated five grains, 15 types of vegetables, one kind of fruit, plus yellow mealworm — providing protein for the volunteers.
The team of 26 scientists began investigating the system in 2004 and all facilities and techniques are domestically developed, said officials.
It is said to be one of the world’s most advanced systems of its kind, providing core technology for manned space exploration.
In the closed system, waste produced by the inhabitants is used to fertilize the soil.
Carbon dioxide produced by inhabitants and insects is used to facilitate photosynthesis, while oxygen from the process is returned to the human cabin.
Some distilled water is collected for drinking, with the remainder plus urine used to irrigate plants.
Last June, three Chinese astronauts spent 12 days in  Heavenly Palace 1 — Tiangong-1 —in the country’s longest manned space mission.
China’s manned space mission has entered its second decade with ambitious plans including building a permanent space station and launching a manned lunar probe.

O Cespe da UnB tem professores idiotas, ignorantes, estupidos, ou tudo isso junto? Hitler, um liberal economico...

Corrijo desde já o título desta postagem de Rodrigo Constantino: o CESPE da UnB não tem nada a ver com o Governo do Distrito Federal. Se trata de uma fundação da UnB especificamente dedicada a realizar concursos, para vários demandantes, privados e públicos, inclusive, e principalmente, para o governo federal, e para o governo do GDF. Mas seus funcionários, e os professores que elaboram e corrigem as questões são geralmente funcionários da UnB, não do GDF.
Em geral, professores universitários revelam um conhecimento do mundo superior à média universitária, que anda baixando perigosamente, sempre escorregando no precipício da ignorância e da estupidez ideológica, sobretudo nestes tempos companheiros, quando o alinhamento com o que há de mais anacrônico e atrasado supera o conhecimento técnico e o simples bom-senso. Professores que fazem as perguntas dos concursos, e que corrigem as provas deveriam, então, ser um pouco melhores do que os outros, porque supostamente estudarão aquela área de conhecimento, mas como vemos pelo exemplo abaixo, nem sempre é o caso.
Neste caso, então, a estupidez é flagrante, e deve revelar apenas ignorância. Pelo menos espero.
Seria terrível imaginar que a desonestidade subintelequitual, e a má-fé se unissem para tentar aproximar Hitler do liberalismo econômico. Que tal um Hitler neoliberal avant la lettre?
Seria perfeito para a campanha dos companheiros totalitários contra os neoliberais tucanos não e mesmo?
Paulo Roberto de Almeida

Rodrigo Constantino, 
20/05/2014
 às 21:06

Hitler, um liberal? Para o governo do Distrito Federal sim!

Um leitor me manda uma prova da CespeUnB para um concurso recente, organizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Distrito Federal. O aluno deve marcar C (certo) ou E (errado). Na questão 23, temos:
Adolf Hitler presidiu a Alemanha entre 1933 e 1945, tendo
implantado nesse tempo o Nacional Socialismo, também
conhecido como nazismo, movimento político e ideológico
baseado no nacionalismo, no racismo, no totalitarismo, no
anti-comunismo e no liberalismo econômico e político.
E eis o gabarito: C. Isso mesmo: certo! Hitler, líder do Nacional Socialismo, organizou um movimento nacionalista (ok), racista (ok), totalitário (ok), anti-comunista (ok, irmãos brigam entre si pelo poder) e LIBERAL!!! Não socialista, mas liberal! Pode isso, Arnaldo?
Já escrevi alguns textos mostrando como o nazismo era semelhante ao socialismo em inúmeros aspectos. Os 25 itens elaborados pelo Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista seriam endossados por diversos membros da esquerda, jamais por liberais. Eram coletivistas, repudiavam o capitalismo liberal (tanto que usavam os judeus, ícones deste capitalismo, como bodes expiatórios para todos os males do país), e depositavam no estado a solução para tudo. Liberal? Vejam alguns exemplos:
7. Nós exigimos que o Estado especialmente se encarregará de garantir que todos os cidadãos tenham a possibilidade de viver decentemente e recebam um sustento. 
10. O primeiro dever de todo cidadão deve ser trabalhar mental ou fisicamente. Nenhum indivíduo fará qualquer trabalho que atente contra o interesse da comunidade para o benefício de todos.
11. Que toda renda não merecida, e toda renda que não venha de trabalho, seja abolida.
13. Nós exigimos a nacionalização de todos os grupos investidores.
14. Nós exigimos participação dos lucros em grandes indústrias.
15. Nós exigimos um aumento generoso em pensões para idade avançada.
16. Nós exigimos a criação e manutenção de uma classe média sadia, a imediata socialização de grandes depósitos que serão vendidos a baixo custo para pequenos varejistas, e a consideração mais forte deve ser dada para assegurar que pequenos vendedores entreguem os suprimentos necessários aos Estaso, às províncias e municipalidades.
17. Nós exigimos uma reforma agrária de acordo com nossas necessidades nacionais, e a oficialização de uma lei para expropriar os proprietários sem compensação de quaisquer terras necessárias para propósito comum. A abolição de arrendamentos de terra, e a proibição de toda especulação na terra.
25. A fim de executar este programa, nós exigimos: a criação de uma autoridade central forte no Estado, a autoridade incondicional pelo parlamento político central de todo o Estado e todas as suas organizações.
Parecem bandeiras liberais? Ou socialistas? Segue um desses meus textos antigos. É realmente vergonhoso e revoltante que uma prova de um concurso público afirme que Hitler era representante do liberalismo econômico e político. Um ultraje! Um acinte! Mas sabemos como essa turma joga baixo e apela para a doutrinação ideológica. Não é de hoje. Só que agora há resistência mais atenta e organizada. Não passarão!
Socialismo e nazismo
“Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens.” (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)
Ensinada desde os tempos de Lênin, muitos socialistas usam a tática de acusar os opositores daquilo que eles mesmos são ou fazem. Tudo que for contrário ao socialismo, vira assim “nazismo”, ainda que o nacional-socialismo tenha inúmeras semelhanças com o próprio socialismo.
Tanto o nazismo como o marxismo compartilharam o desejo de remodelar a humanidade. Marx defendia a “alteração dos homens em grande escala” como necessária. Hitler pregou “a vontade de recriar a humanidade”. Qualquer pesquisa séria irá concluir que nazistas e socialistas não eram, na prática e no ideal coletivista, tão diferentes assim. 
Não obstante, para os socialistas, aquele que não for socialista é automaticamente um “nazista”, como se ambos fossem grandes opostos. Assim, os liberais, que sempre condenaram tanto uma forma de coletivismo como a outra, e foram alvos de perseguição dos dois regimes, acabam sendo rotulados de “nazistas” pelos socialistas, incapazes de argumentar além dos tolos rótulos de “extrema-esquerda” e “extrema-direita”.
Tal postura insensata coloca, na cabeça dos socialistas, uma “direitista” como Margaret Thatcher mais próxima ideologicamente de um Hitler que este de Stalin, ainda que Thatcher tenha lutado para defender as liberdades individuais e reduzir o poder do Estado, enquanto Hitler e Stalin foram na linha oposta.
O fim da propriedade privada de facto foi um objetivo perseguido tanto pelo nazismo como pelo socialismo, que depositaram no Estado o poder total. O Liberalismo, em sua defesa pela liberdade individual cujo pilar básico é o direito de propriedade privada, é radicalmente oposto tanto ao nazismo como ao socialismo, que em muitos aspectos parecem irmãos de sangue.
A conexão ideológica entre socialismo marxista e nacional-socialismo não é fruto de fantasia, e Hitler mesmo leu Marx atentamente quando vivia em Munique, tendo enaltecido depois sua influência no nazismo. Para os nazistas, os grupos eram as raças; para os marxistas, eram as classes. Para os nazistas, o conflito era o darwinismo social; para os marxistas, a luta de classes. Para os nazistas, os vitoriosos predestinados eram os arianos; para os marxistas, o proletariado.
Além da justificativa direta para o conflito, a ideologia de luta entre grupos desencadeia uma tendência perversa a dividir as pessoas em parte do grupo e excluídos, tratando estes como menos que humanos. O extermínio dessa “escória” passa a ser desejável seja para o paraíso dos proletários ou da “raça” superior. Os individualistas, entrave para ambas ideologias coletivistas, acabam num campo de concentração de Auchwitz ou num Gulag da Sibéria, fazendo pouca diferença na prática.
A acusação de que a Alemanha nazista era uma forma de capitalismo não se sustenta com um mínimo de reflexão. O “argumento” usado para tal acusação é de que os meios de produção estavam em mãos privadas na Alemanha. Mas como Mises demonstrou, isso era verdade somente nas aparências. A propriedade era privada de jure, mas era totalmente estatal de facto, da mesma forma que na União Soviética. O governo não só nomeava dirigentes de empresas como decidia o que seria produzido, em qual quantidade, por qual método, e para quem seria vendido, assim como os preços exercidos.
Para quem tem um mínimo de conhecimento sobre os pilares de uma sociedade capitalista liberal, não é difícil entender que o nazismo é o oposto deste modelo. Para os nazistas, assim como para os socialistas, é o “bem comum” que importa, transformando indivíduos de carne e osso em simples meios sacrificáveis para tal objetivo. 
Existem, na verdade, vários outros pontos que podemos listar para mostrar que o nazismo e o socialismo são muito parecidos, e não opostos como tantos acreditam. O fato de comunistas terem entrado em guerra com nazistas nada diz que invalide tal tese, posto que comunistas brigaram sempre entre si também, e irmãos brigam uns com outros, ainda mais por poder.
Apesar do Liberalismo se opor com veemência a ambos os regimes, os socialistas adoram repetir, como autômatos, que liberais são parecidos com nazistas, apenas porque associam erradamente nazismo a capitalismo. Se ao menos soubessem como é o próprio socialismo que tanto se assemelha ao nazismo!
Rodrigo Constantino

O Brasil virou um pais sem lei, desde que os companheiros estao no poder... - Reinaldo Azevedo

Desde o primeiro dia que os companheiros totalitários ocuparam o poder, eles decidiram que iriam minar por dentro a "lei burguesa", a "sociedade capitalista", o "Estado opressor", as "zelites", como já se apropriadamente imitou o estilo de quem faz desse tipo de empreendimento em favor do caos o nec plus ultra das mudanças em curso.
O resultado é isso aí leitor, que você contempla há quase doze anos. O caos transformado em modo de vida, ou melhor, em vida impossível.
Sempre tem um idiota que resolve protestar e transforma a vida de todos os demais em um inferno.
Espero que o Brasil volte a ter lei.
Para isso é preciso colocar para fora os companheiros, e todos os seus asseclas e mercenários (que, aliás, vivem do nosso dinheiro).
Paulo Roberto de Almeida

Movimentos sociais e sindicatos decidiram que são, definitivamente, o nosso infernoReinaldo Azevedo, 20/05/2014

Já não são seis terminais fechados de ônibus em São Paulo, mas 15. A cidade está um caos. Duzentos e setenta quilômetros de congestionamento, creio que o recorde do ano.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre é autor de frase famosa: “O inferno são os outros”. Ele não pensava em questões sociais, econômicas ou políticas quando fez essa afirmação. Referia-se apenas a questões existenciais. Afinal, sabemos que os outros constituem o principal limite ao exercício da nossa vontade.
No Brasil, os chamados movimentos sociais e sindicais decidiram que vão ser o inferno da mulher e do homem comuns, daqueles que trabalham, que estudam, que trabalham e estudam.
A cidade é um sistema; é um organismo vivo. Se um órgão deixa de funcionar, ela toda entra em colapso. Já enfrentei o diabo no metrô na tarde desta terça. Além da greve de motoristas, professores da rede municipal de ensino se concentraram na Paulista e decidiram seguir até a Prefeitura, paralisando artérias da cidade.
Num outro canto, o buliçoso MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, invadiu a sede da construtora Viver, dona do terreno em que se instalou a invasão “Copa do Povo”.
Cada movimento, cada grupo social, cada facção, cada seita — e todos eles reunidos — têm a ambição de impor aos outros a sua vontade, tornando o coletivo refém de suas demandas particulares.
É claro que existe o direito à reivindicação; é claro que existe o direito à livre manifestação, mas eles não são superiores ao direito de ir e vir.
A culpa é dos Poderes Constituídos, sim. Culpado é o Congresso que, até agora, não regulamentou o direito de greve de servidores públicos e de trabalhadores de concessionárias, como os motoristas. Há dois projetos no Senado: um bom, do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP); outro péssimo, do senador Paulo Paim (PT-RS). Escrevi a respeito nesta manhã.
A culpa e do Executivo federal, que flerta com todos os movimentos sociais e se ajoelha diante de suas demandas. E também tem culpa a Justiça, que tende a não punir quem, escancaradamente, viola a lei sob o pretexto de reivindicar. Quem paga o pato? Você! Você que trabalha. Você que estuda. Você que trabalha e estuda e se torna refém de violadores contumazes da lei.
Por Reinaldo Azevedo

EUA: fundamentalismo evangelico condena universidades ao atraso cientifico

 Não é exclusivo dos EUA, embora seja muito disseminado no país. Mas no Brasil também alguns idiotas defendem a mesma agenda obscurantista, inclusive uma pré-candidata a vice-presidente que se apresenta como a beata da floresta.
Paulo Roberto de Almeida 

Christian College Faces Uproar After Bolstering Its View on Evolution
By ALAN BLINDER
The New York Times, May 20, 2014

DAYTON, Tenn. — William Jennings Bryan earned a permanent place in American history nearly nine decades ago in the Scopes trial, when he stood in a courtroom here and successfully prosecuted a case under a state law that banned the teaching of evolution in public schools.
While not quite “the fantastic cross between a circus and a holy war,” as Time magazine put it, that captivated the nation in 1925, a similar debate is again playing out in Dayton, this time at an evangelical Christian college named for Bryan, which is being sued as part of a controversy over its own stance on the origin of humans.
The continuing debate at Bryan College and beyond is a reminder how divisive the issues of the Scopes trial still are, even splitting an institution whose motto is “Christ Above All.” Playing out at a time when the teaching of evolution remains a cultural hot spot to a degree that might have stunned its proponents in Bryan’s era, the debate also reflects the problems many Christian colleges face as they try to balance religious beliefs with secular education.

Since its founding in 1930, Bryan College’s statement of belief, which professors have to sign as part of their employment contracts, included a 41-word section summing up the institution’s conservative views on creation and evolution, including the statement: “The origin of man was by fiat of God.” But in February, college officials decided that professors had to agree to an additional clarification declaring that Adam and Eve “are historical persons created by God in a special formative act, and not from previously existing life-forms.”
For administrators and many members of the governing board at Bryan, the new language is a buffer against what they see as a marked erosion of Christian values and beliefs across the country. But for critics, the clarification amounts to an assault on personal religious views, as well as on the college’s history and sense of community.
“It makes Bryan a different place,” said Allison Baker, who graduated this month and was the vice president of the student government, which raised questions about the swift enactment of the clarification. “I would argue it makes it a more narrow place.”
The consequences so far have been stark at a college where about one-quarter of incoming students were home-schooled and whose alumni routinely earn spots in graduate programs at secular institutions. Two longtime faculty members this month sued the college, arguing that the Board of Trustees was powerless under the college’s charter to change the statement of belief.Brian Eisenback, a biology professor and a Bryan graduate whose parents met on campus, decided to move to another Christian college.
Faculty members, spurred in part by the clarification, said they had no confidence in Bryan’s president, Stephen D. Livesay. And before the academic year ended this month, hundreds of students, on a campus with an enrollment of more than 700, petitioned trustees in opposition to the plan.
Dr. Livesay said the clarification was intended to reaffirm, not alter, the institution’s traditional position. He said concerns had been building for years that some employees had perhaps moved “away from the historical and current position of the college.”

“We want to remain faithful to the historical charter of the school and what we have always practiced through the years,” Dr. Livesay said. “There has never been a need, up until today, to truly clarify and make explicit what has been part of the school for 84 years.”

He added, “We want to make certain that we view culture through the eyes of faith, that we don’t view our faith through the eyes of culture.”
Many Christian institutions of higher education require employees to sign doctrinal statements as administrators seek to blend religious traditions with academic standards.
“The struggle for Christian colleges is to try to define how a Christian college is different from a Christian church,” said William C. Ringenberg, the author of a book on the history of Protestant colleges in the United States. “Is one different from the other?”
For Dr. Eisenback, whose contract expired last week and who is writing a book with support from an organization that has called the college’s clarified stance “scientifically untenable,” teaching an array of perspectives was an act of faith in itself.
“Because of the culture war that is raging with Scripture and age of the Earth and so on, I think it’s important for me to teach my students the same material they would hear at any state university,” said Dr. Eisenback, who accepted a job at Milligan College, also in Tennessee, amid the discord here. “But then also, as a Christian who is teaching at a Christian liberal arts college, I think it’s important that they be educated on the different ways that people read relevant Scripture passages.” Others at Bryan insist that the college’s doctrinal stances should take precedence.

“Academic freedom is not sacrosanct,”Kevin L. Clauson, a professor of politics and justice, wrote in a letter to the editor of The Bryan Triangle, a campus publication. “It too must submit to God in a Christian college.”
Some question whether the new statement is consistent with school policies outlined in a 2010 internal document for board members, which said that because Bryan is a college, not a church, it does not set itself up as a judge on ecclesiastical matters and does not attempt to prescribe what other Christians do.
“The trustees do not legislate ‘stands’ for faculty or students,” said the document, which was included in a court filing.
Bryan is not the first Christian college in recent years to deal with internal strife.Shorter University, a Southern Baptist institution in Georgia, was criticized in 2011 after it said employees would have to “reject as acceptable all sexual activity not in agreement with the Bible,” including premarital sex and homosexuality. AndCedarville University in Ohio, whose administration was censured in 2009 by the American Association of University Professors, has endured years of debate and litigation about academic freedom and doctrinal standards.
Such debates often take place, Dr. Ringenberg said, as the colleges try to fine-tune the balance of faith and education.
“Soon enough, the two of them will clash if you’re serious about academics and serious about having a biblical view of Christianity,” he said.
Dr. Livesay said that Bryan’s leaders were determined to proceed with the clarification.
“I don’t think you have to believe the Bryan way in order to be a strong evangelical,” he said. “But this is Bryan College, and this is something that’s important to us. It’s in our DNA. It’s who we are.” 

Renda dos mais pobres teve maior avanço com Dilma do que sob Lula - Dados do IPEA

Renda dos mais pobres teve maior avanço com Dilma do que sob Lula, diz Neri
Vandson Lima | De Brasília.
Valor Economico, 20.05.14.

Marcelo Neri se lembra exatamente do momento em que percebeu que havia sido "notado" pela presidente Dilma Rousseff. Ela lhe deu uma bronca durante um evento público. "Quero recomendar a leitura de um livro do Marcelo Neri, aquele que está ali sentado, conversando, mas não devia conversar. Da leitura do livro dele "A nova classe média", que é, eu acredito, um dos estudos mais bem feitos a respeito desse processo
que estamos vivendo no Brasil".
Era abril de 2012 e ali se celebrava a marca de 1,5 milhão de beneficiados no Rio pela integração dos programas Renda Melhor, estadual, e o municipal Família Carioca ao Bolsa Família, desenhados por Neri. Dali a cinco meses, ele ocuparia a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Seis meses mais e Neri chegaria, interinamente, ao comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), cargo para o qual foi efetivado no início deste mês.
Junto com a titularidade, este carioca de 50 anos, torcedor do Fluminense, recebeu a missão de produzir uma batelada de indicadores para, a partir deles, produzir uma tese que deve nortear a campanha da presidente à reeleição: a de que, apesar do cenário não tão animador sob o ponto de vista dos indicadores econômicos, os ganhos sociais continuaram a se expandir no atual governo. Mais que isso, defende o ministro, a ascensão dos mais pobres se acentuou no governo Dilma.
O trabalho foi apresentado, em duas sessões neste mês a todos ministros do governo para dar-lhes argumentos de defesa da gestão - o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, viu a apresentação, composta por 42 slides, nas duas oportunidades. A presidente recebeu os números. Neri faz parábola futebolística para explicar a função. "Aqui na SAE a gente faz o meio de campo, dá o passe. A macroeconomia é a defesa, a área social é o ataque. A SAE é o Conca [meio-campista do Fluminense]".
Neri avalia que são duas as principais dificuldades para se fazer uma avaliação do governo Dilma. "Primeiro, existe um descolamento muito forte entre indicadores econômicos e sociais. É um descolamento que até já existia, mas que, nos últimos três anos, ficou mais forte. E há ainda um descolamento distributivo. O topo da pirâmide está crescendo muito abaixo da base nos últimos 12 anos".
As pesquisas domiciliares fundamentam o argumento dos "dois Brasis" de Neri. "Tem um Brasil das contas nacionais, que governa a maioria das análises econômicas, e há um Brasil que visita as casas das pessoas, que é o das pesquisas domiciliares. Um está descolado do outro", defende. "Os brasileiros que estão mais próximos da parte superior da distribuição têm uma dificuldade grande de ver o Brasil profundo. A transformação está acontecendo lá embaixo", continua.
Apesar da desaceleração econômica observada nos últimos anos, avalia Neri, houve uma surpreendente continuidade da melhora social, o que contrapõe dados como o crescimento do PIB e a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios, a Pnad. "Veja 2012, que é um ano totalmente Dilma. É o tal ano do 'pibinho' (0,9%). Mas é um ano de 'Pnadona'. Os 10% mais pobres tiveram crescimento de renda de 14% no ano", observa.
De 1992 a 2012, o aumento foi, em média, de 5,4%. Estrela da apresentação de Neri, o gráfico com o crescimento do PIB comparado ao crescimento dos números da Pnad, da renda mediana e do crescimento dos mais pobres atesta, resumidamente, que "quanto mais você se distancia da média e foca nos mais pobres, a melhora social é mais acentuada. E isso fica mais forte no governo Dilma, inclusive em relação aos anos de governo [do ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva]".
O gráfico de "grupos excluídos" também fez sucesso entre os ministros. "Nele você vê que a renda de mulheres, negros e periferia é destaque do Brasil, seja nos últimos 12 anos, seja no último ano, em termos de renda do trabalho", diz.
Também compõem a apresentação dados favoráveis à gestão de Dilma e do PT sobre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mercado de trabalho e o "risco positivo" do brasileiro ascender socialmente. "Há uma visão do Brasil pouco estrutural. Bolsa Família, Previdência e salário mínimo são importantes nessa conta de melhora de indicadores, mas o grande elemento é o mercado de trabalho". O crescimento da renda individual nos três anos de governo Dilma, diz o ministro, não é menor que antes, mas
existe uma diferença de componentes. "É menos pela ocupação e mais por salário. Isso denota uma certa escassez de mão de obra. O grande nó é que a renda das pessoas mais pobres tem crescido mais que as contas nacionais", diz.
Em 2000, mostra a apresentação do ministro, 41% dos municípios tinham IDH muito baixo. Em 2010, são menos de 0,6%. "Isso é expectativa de vida, educação e renda também. A mortalidade infantil caiu 47% em 10 anos. O que é mais estrutural que isso?
Tem uma revolução acontecendo aí".
O risco "positivo", de a renda subir, diz Neri, também nunca foi tão alto. Até o fim do governo Fernando Henrique Cardoso, defende, 16 em cada 100 cruzavam a mediana de baixo para cima. No fim do governo Lula, eram 23. Com Dilma, esse número chegou a 27 para cada 100 brasileiros.
O roadshow de números positivos de Neri estende-se a outras paragens. No dia em que recebeu a reportagem do Valor, o ministro acabara de sair de uma reunião com o Conselho de Estado Chinês, cujos integrantes se mostraram especialmente interessados nos avanços do Brasil no combate à desigualdade social. "Disse a eles que o país perfeito combinaria os avanços macroeconômicos da China com os recentes avanços sociais do Brasil". A ideia é acelerar o processo de troca entre os dois países na próxima cúpula dos Brics, que ocorre em julho em Fortaleza (CE), logo após o término da Copa do Mundo de futebol.
As apresentações, que incluem a distribuição de resumos e planilhas de dados aos convidados, vão ainda descer um andar na hierarquia governamental. Neri vai fazer uma apresentação para todos os secretários-executivos.

ASEAN: um bloco comercial dinamico e em crescimento (nao comparar com o Mercosul, por favor)

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Understanding ASEAN: Seven things you need to know

Southeast Asia is one of the world’s fastest-growing markets—and one of the least well known.

May 2014 | byVinayak HV, Fraser Thompson, and Oliver Tonby
China remains the Goliath of emerging markets, with every fluctuation in its GDP making headlines around the globe. But investors and multinationals are increasingly turning their gaze southward to the ten dynamic markets that make up the Association of Southeast Asian Nations (ASEAN). Founded in 1967, ASEAN today encompasses Brunei, Cambodia, Indonesia, Laos, Malaysia, Myanmar, the Philippines, Singapore, Thailand, and Vietnam—economies at vastly different stages of development but all sharing immense growth potential. ASEAN is a major global hub of manufacturing and trade, as well as one of the fastest-growing consumer markets in the world. As the region seeks to deepen its ties and capture an even greater share of global trade, its economic profile is rising—and it is crucial for those outside the region to understand its complexities and contradictions. The seven insights below offer a snapshot of one of the world’s most diverse, fast-moving, and competitive regions.

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7 Things you need to know about ASEAN 

7 Things you need to know about ASEAN

The ten member states of the Association of Southeast Asian Nations collectively comprise the seventh-largest economy in the world. Here are some critical facts.

1. Together, ASEAN’s ten member states form an economic powerhouse.

If ASEAN were a single country, it would already be the seventh-largest economy in the world, with a combined GDP of $2.4 trillion in 2013 (Exhibit 1). It is projected to rank as the fourth-largest economy by 2050.1
Labor-force expansion and productivity improvements drive GDP growth—and ASEAN is making impressive strides in both areas. Home to more than 600 million people, it has a larger population than the European Union or North America. ASEAN has the third-largest labor force in the world, behind China and India; its youthful population is producing a demographic dividend. Perhaps most important, almost 60 percent of total growth since 1990 has come from productivity gains, as sectors such as manufacturing, retail, telecommunications, and transportation grow more efficient.

Exhibit 1

ASEAN is one of the largest economic zones in the world; growth has been rapid and relatively stable since 2000.
To capitalize on these trends, however, the region must develop its human capital and workforce skills. In Indonesia and Myanmar alone, we project an undersupply of 9 million skilled and 13 million semiskilled workers by 2030.2

2. ASEAN is not a monolithic market.

ASEAN is a diverse group. Indonesia represents almost 40 percent of the region’s economic output and is a member of the G20, while Myanmar, emerging from decades of isolation, is still a frontier market working to build its institutions. GDP per capita in Singapore, for instance, is more than 30 times higher than in Laos and more than 50 times higher than in Cambodia and Myanmar; in fact, it even surpasses that of mature economies such as Canada and the United States. The standard deviation in average incomes among ASEAN countries is more than seven times that of EU member states. That diversity extends to culture, language, and religion. Indonesia, for example, is almost 90 percent Muslim, while the Philippines is more than 80 percent Roman Catholic, and Thailand is more than 95 percent Buddhist. Although ASEAN is becoming more integrated, investors should be aware of local preferences and cultural sensitivities; they cannot rely on a one-size-fits-all strategy across such widely varying markets.

3. Macroeconomic stability has provided a platform for growth.

Memories of the 1997 Asian financial crisis linger, leading many outsiders to expect that volatility comes with the territory. But the region proved to be remarkably resilient in the aftermath of the 2008 global financial crisis, and today it is in a much stronger fiscal position: government debt is under 50 percent of GDP—far lower than the 90 percent share in the United Kingdom or 105 percent in the United States.
Most of the region has held steady so far, despite concern about the effect on emerging markets of the potential end of quantitative easing by the US Federal Reserve. In fact, ASEAN has experienced much lower volatility in economic growth since 2000 than the European Union. Savings levels have also remained fairly steady since 2005, at about a third of GDP, albeit with large differences between high-saving economies, such as Brunei, Malaysia, and Singapore, and low-saving economies, such as Cambodia, Laos, and the Philippines.

4. ASEAN is a growing hub of consumer demand.

ASEAN has dramatically outpaced the rest of the world on growth in GDP per capita since the late 1970s. Income growth has remained strong since 2000, with average annual real gains of more than 5 percent. Some member nations have grown at a torrid pace: Vietnam, for example, took just 11 years (from 1995 to 2006) to double its per capita GDP from $1,300 to $2,600. Extreme poverty is rapidly receding. In 2000, 14 percent of the region’s population was below the international poverty line of $1.25 a day (calculated in purchasing-power-parity terms), but by 2013, that share had fallen to just 3 percent.
Already some 67 million households in ASEAN states are part of the “consuming class,” with incomes exceeding the level at which they can begin to make significant discretionary purchases (Exhibit 2).3 That number could almost double to 125 million households by 2025, making ASEAN a pivotal consumer market of the future. There is no typical ASEAN consumer, but some broad trends have emerged: a greater focus on leisure activities, a growing preference for modern retail formats, and increasing brand awareness (Indonesian consumers, for example, are exceptionally loyal to their favorite brands).4

Exhibit 2

The number of consuming households in ASEAN is expected to almost double by 2025.
Urbanization and consumer growth move in tandem, and ASEAN’s cities are booming. Today, 22 percent of ASEAN’s population lives in cities of more than 200,000 inhabitants—and these urban areas account for more than 54 percent of the region’s GDP. An additional 54 million people are expected to move to cities by 2025. Interestingly, the region’s midsize cities have outpaced its megacities in economic growth. Nearly 40 percent of ASEAN’s GDP growth through 2025 is expected to come from 142 cities with populations between 200,000 and 5 million.
ASEAN consumers are increasingly moving online, with mobile penetration of 110 percent and Internet penetration of 25 percent across the region. Its member states make up the world’s second-largest community of Facebook users, behind only the United States. But there are vast differences in adoption. Hyperconnected Singapore has the fourth-highest smartphone penetration in the world, and almost 75 percent of its population is online. By contrast, only 1 percent of Myanmar has access to the Internet. Indonesia, with the world’s fourth-largest population, is rapidly becoming a digital nation; it already has 282 million mobile subscriptions and is expected to have 100 million Internet users by 2016.

5. ASEAN is well positioned in global trade flows.

ASEAN is the fourth-largest exporting region in the world, trailing only the European Union, North America, and China/Hong Kong. It accounts for 7 percent of global exports—and as its member states have developed more sophisticated manufacturing capabilities, their exports have diversified. Vietnam specializes in textiles and apparel, while Singapore and Malaysia are leading exporters of electronics. Thailand has joined the ranks of leading vehicle and automotive-parts exporters. Other ASEAN members have built export industries around natural resources. Indonesia is the world’s largest producer and exporter of palm oil, the largest exporter of coal, and the second-largest producer of cocoa and tin. While Myanmar is just beginning to open its economy, it has large reserves of oil, gas, and precious minerals. In addition to exporting manufactured and agricultural products, the Philippines has established a thriving business-process-outsourcing industry. China, a competitor, has become a customer. In fact, it is now the most important export market for Malaysia and Singapore. But demand from the United States, Europe, and Japan continues to propel growth.5
Export-processing zones, once dominated by China, have been established across ASEAN. The Batam Free Trade Zone (Singapore–Indonesia), the Southern Regional Industrial Estate (Thailand), the Tanjung Emas Export Processing Zone (Indonesia), the Port Klang Free Zone (Malaysia), the Thilawa Special Economic Zone (Myanmar), and the Tan Thuan Export Processing Zone (Vietnam) are all expected to propel export growth.
The region sits at the crossroads of many global flows. Singapore is currently the fourth-highest-ranked country in the McKinsey Global Institute’s Connectedness Index, which tracks inflows and outflows of goods, services, finance, and people, as well as the underlying flows of data and communication that enable all types of cross-border exchanges.6 Malaysia (18th) and Thailand (36th) also rank among the top 50 most connected countries. ASEAN is well positioned to benefit from growth in all these global flows. By 2025, more than half of the world’s consuming class will live within a five-hour flight of Myanmar.

6. Intraregional trade could significantly deepen with implementation of the ASEAN Economic Community, but there are hurdles.

Some 25 percent of the region’s exports of goods go to other ASEAN partners, a share that has remained roughly constant since 2003. While this is less than half the share of intraregional trade seen in the North American Free Trade Agreement countries of Canada, Mexico, and the United States and in the European Union, the total value is climbing rapidly as the region develops stronger cross-border supply chains.
Intraregional trade in goods—along with other types of cross-border flows—is likely to increase with implementation of the ASEAN Economic Community integration plan, which aims to allow the freer movement of goods, services, skilled labor, and capital. Progress has been uneven, however. While tariffs on goods are now close to zero in many sectors among the original six member states (Brunei, Indonesia, Malaysia, the Philippines, Singapore, and Thailand), progress on liberalization of services and investment has been slower, and nontariff barriers remain a stumbling block to freer trade.
While deeper integration among its member states remains a work in progress, ASEAN has forged free-trade agreements elsewhere with partners that include Australia, China, India, Japan, New Zealand, and South Korea. It is also party to the Regional Comprehensive Economic Partnership trade negotiations that would form a megatrading bloc comprising more than three billion people, a combined GDP of about $21 trillion, and some 30 percent of world trade.

7. ASEAN is home to many globally competitive companies.

In 2006, ASEAN was home to the headquarters of 49 companies in the Forbes Global 2000. By 2013, that number had risen to 74. ASEAN includes 227 of the world’s companies with more than $1 billion in revenues, or 3 percent of the world’s total (Exhibit 3). Singapore is a standout, ranking fifth in the world for corporate-headquarters density and first for foreign subsidiaries.7

Exhibit 3

ASEAN is home to 227 of the world’s largest companies; combined, it would be the seventh-largest host of such companies.
Consistent with this growth, foreign direct investment in ASEAN has boomed, surpassing its precrisis levels. In fact, the ASEAN-5 (Indonesia, Malaysia, the Philippines, Singapore, and Thailand) attracted more foreign direct investment than China ($128 billion versus $117 billion) in 2013.8 In addition to attracting multinationals, ASEAN has become a launching pad for new companies; the region now accounts for 38 percent of Asia’s market for initial public offerings.
Despite their distinct cultures, histories, and languages, the ten member states of ASEAN share a focus on jobs and prosperity. Household purchasing power is rising, transforming the region into the next frontier of consumer growth. Maintaining the current trajectory will require enormous investment in infrastructure and human-capital development—a challenge for any emerging region but a necessary step toward ASEAN’s goal of becoming globally competitive in a wide range of industries. The ASEAN Economic Community offers an opportunity to create a seamless regional market and production base. If its implementation is successful, ASEAN could prove to be a case in which the whole actually does exceed the sum of its parts.
About the authors
Vinayak HV is a principal in McKinsey’s Singapore office, where Oliver Tonby is a director, and Fraser Thompson is a senior fellow of the McKinsey Global Institute.

Reflexao do dia: tiranetes togados colaboram objetivamente com a criminalidade e a impunidade

Uma nova fauna de magistrados, que ascendeu com os companheiros no poder, colabora, eu disse colabora, objetivamente com a criminalidade e a impunidade de ladrões e corruptos no Brasil, por meio de decisões que frustram o desejo da maioria dos cidadãos por um país mais limpo do que o que foi transformado em cloaca de patifes pelos novos totalitários mafiosos.
Assino embaixo.
Paulo Roberto de Almeida 
(Como sempre faço)

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Da coluna do jornalista Carlos Brickmann, 20/05/2014:
Dois prá lá, dois prá cá:

A Justiça, diz a antiga sabedoria, precisa ter os olhos vendados, como a representa sua estátua. Deve aplicar a Lei, do jeito que a Lei é, não importa a quem. Mas ter os olhos vendados não a obriga a cambalear, a ir e vir, a escorregar, quase cair. Empunhar a balança da Lei não significa balançar nas decisões.

Doze pessoas foram presas por ordem do juiz Sérgio Moro na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O ministro Teori Zavascki determinou a libertação de todos e a suspensão de oito inquéritos, porque três envolvidos no caso (nenhum deles preso) são deputados federais e devem ser julgados pelo Supremo. No dia seguinte, o ministro reconsiderou a decisão: foi solto apenas um dos presos, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Os outros onze continuam presos. No vai-vem das decisões, talvez tudo tenha mudado no momento em que o caro leitor puder ler essas linhas. Talvez nem tudo tenha mudado; ou não.

O que se discute é se, como no caso do Mensalão, todos os réus de um caso, se algum deles tiver foro privilegiado. devem ser julgados pelo Supremo; ou se, como no Mensalão mineiro do PSDB, fique no Supremo quem tiver foro privilegiado, e sejam julgados em primeira instância os demais envolvidos. No caso do cartel do Metrô e dos trens metropolitanos em São Paulo, devem ser julgados pelo Supremo três deputados federais do PSDB; para os demais envolvidos, o julgamento começa no juiz de primeira instância, com os apelos previstos na lei.

Qual a diferença entre os diversos casos, exceto o partido dos acusados?

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Do blog do jornalista Reinaldo Azevedo, 20/05/2014:
20/05/2014
 às 17:14

Não custa lembrar: homem que Teori mandou soltar foi preso destruindo provas

Não custa lembrar: Paulo Roberto Costa, que o ministro Teori Zavascki resolveu manter fora da cadeia, foi preso destruindo provas. Nunca antes na história deste Supremo, um preso nessas condições foi posto em liberdade. Ou Zavascki não sabe direito o que está fazendo, uma hipótese ruim, ou sabe demais, uma hipótese pior.