terça-feira, 16 de março de 2010

1884) Crescimento econômico no Brasil contemporaneo

Do competente economista Ricardo Bergamini, recebo esta pequena síntese:

Taxa Média/Ano de Crescimento Econômico Real no Período de 1964 a 2009 em Percentuais do PIB
Períodos - Taxas médias anuais
1964/84 - 6,29
1985/89 - 4,39
1990/94 - 1,24
1995/02 - 2,31
2003/09 - 3,57

Ou seja:
1 – Nos 21 anos dos governos militares, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 6,29% ao ano.

2 – Nos 5 anos do governo Sarney, com moratória internacional e hiperinflação, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,39% ao ano.

3 – Nos 5 anos dos governos Collor e Itamar, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,24% ao ano.

4 – Nos 8 anos do governo FHC, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 2,31% ao ano.

5 – Nos 7 anos do governo Lula, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 3,57% ao ano.

Fonte de dados: IBGE

3 comentários:

  1. José Marcos16/03/2010, 10:57

    UM POUCO MAIS DE ESTATÍSTICAS...

    Baseando-me nos dados do livro "Economia Brasileira Contemporânea" de Gremaud, Vasconcellos e Rudinei Júnior, sétima edição, página 367, calculei a média das taxas de crescimento do PIB do governo JK: 8,12%. Um valor notável. Quando vi as estatísticas enviadas por Bergamini, custei a acreditar que a década de 80 (1981 a 1990) tenha se tornado conhecida como "a década perdida" com crescimento médio do PIB em torno de 2%. Se o governo do Sarney teve crescimento de 4,39%, então o último governo militar deve ter tido um crescimento bem inferior...

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  2. Dr. Paulo, segue abaixo editorial publicado hoje (19/03) no Jornal Correio do Povo de Porto Alegre. O dinheiro dos impostos que deveriam servir para trazer benefícios ao povo está evaporando (para não usar outro termo) e não há controle rigoroso sobre os valores arrecadados. O Tribunal de Contas não exerce sua função adequadamente e as irregularidades aumentam a cada dia. A frase: "Brasil, um país de todos" deveria ser modificada para "Brasil, um país de todos...os que fazem parte da política e a utilizam para receber regalias"
    Saudações, Daniel


    PAGAMENTOS INDEVIDOS ONERAM O ERÁRIO

    Um estudo divulgado pelo Ministério do Planejamento e pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad) revelou que União e estados despendem R$ 1,7 bilhão de forma irregular para remunerar uma parcela dos servidores públicos. De acordo com o estudo, foram levantados cerca de 164 mil indícios de ilegalidades num universo de 3 milhões de registros pesquisados. O objetivo do trabalho é criar um cadastro único de servidores em âmbito nacional. Choca saber que um controle assim ainda não esteja implementado.
    Com a centralização das informações, os administradores poderão ter um melhor acompanhamento das contratações realizadas para suprir a mão de obra dos órgãos e das repartições oficiais. Até agora, foram feitas análises sobre dados da União e dos estados de Tocantins, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Ceará, Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão, Paraíba, e do Distrito Federal, totalizando 13 estados da federação. A Bahia já faz parte do projeto, mas ainda não está compartilhando seus dados no sistema.
    Diversos tipos de possíveis ilicitudes foram vislumbrados. Registraram-se 53.793 servidores com mais de dois cargos. Em contrato de dedicação exclusiva e com mais de um cargo, foram detectados 47.360 servidores. As violações ao artigo 37 da Constituição Federal, que regula o funcionamento da administração pública, chegam a 36.113. Já 26.898 casos indicam eventuais desvios graves, exigindo investigação mais consistente. Desses, 17 deles, por exemplo, mostram servidores com cinco vínculos; 252 aparecem com quatro vínculos e 3,8 mil têm aposentadoria por invalidez e vínculo de serviço ativo.
    Esse levantamento preliminar precisa ser seguido de medidas efetivas para que se apurem e se punam os responsáveis pelas ilegalidades, inclusive com a busca do ressarcimento aos cofres públicos. Não é crível que num país que não consegue responder a demandas essenciais por educação, saúde, segurança e saneamento, entre outras, milhares de apaniguados possam se valer de benesses indevidas, submetendo a sociedade aos interesses de uma minoria despudorada. A transparência no trato dos recursos advindos dos tributos pagos pelo contribuinte não é um favor, mas uma obrigação dos governantes.

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  3. José Marcos21/03/2010, 08:54

    UM POUCO MAIS DE ESTATÍSTICAS...

    Baseando-me na página 367 do livro “Economia Brasileira Contemporânea”, sétima edição, de Gremaud et alii, calculei a média das taxas anuais de crescimento do PIB no período do governo de JK e encontrei o valor 8,12. Um número notável. Por outro lado, observando os dados do economista Bergamini que credita em 4,39% o crescimento nos 5 anos do governo Sarney, e lembrando que a década de 80 foi considerada uma “década perdida” com média em torno de 2%, chega-se à conclusão de que o último governo militar deve ter tido um desenvolvimento bem moderado ...

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