terça-feira, 29 de junho de 2010

O Leao e o Chacal Mergulhador - Mamede Mustafa Jarouche

Agradeço a meu amigo Vinicius Portella por esta referência de leitura, que vou procurar:

O Leao E O Chacal Mergulhador
Autor: Anônimo
Tradutor: Mamede Mustafa Jarouche
Rio de Janeiro: Globo, 2009
ISBN: 8525047848
ISBN-13: 9788525047847

Sinopse:
'O leão e o chacal Mergulhador' constitui-se numa mescla de tratado político, livro de etiqueta da corte, crítica de costumes e fábulas sapienciais de animais à la Esopo. Encadeando e desencadeando ensinamentos, sentenças, máximas, provérbios e pequenos contos, trama-se uma narrativa, cujas partes vão se urdindo como as figuras de uma tapeçaria oriental. O livro conta com prefácio de Olgária Chaim Féres Matos, e com posfácio e notas, tanto gerais quanto linguísticas, do próprio tradutor.

Mamede Mustafa Jarouche
Professor de língua e literatura árabe na USP. Entre outros trabalhos, preparou e prefaciou uma edição das 'Poesias da Pacotilha'e das 'Memórias de Um Sargento de Milícias'. Atualmente, dedica-se à tradução do 'Livro das 1001 Noites' a partir de seus originais árabes.

Segundo me escreve Vinicius, o livro está em sua primeira tradução mundial completa: possuía uma para o inglês, porém com base em manuscritos que apresentavam lacunas. A descoberta de um novo manuscrito na Índia (os outros manuscritos, 2, são do Egito) possibilitou o preenchimento daquelas e deu mais unidade, coerência e beleza ao texto.
A história trata de um leão (um rei) e da sua relação com um chacal (um conselheiro). É, em verdade, um tratado político sobre a relação entre o poder e o saber, seus benefícios ao bem comum e os perigos que envolve, as artimanhas que se insinuam nela. Eu creio que apreciarás muito sua leitura.

Vinicius fez o favor de me transcrever as seguintes passagens:

"Impus à minha alma a reflexão e a proibi de falar amiúde, deixando as contendas para os outros e buscando para mim o saber; vivi toda a minha vida como cativo dos livros e camarada do pensamento. A língua necessita de uma ocupação que a solte e de um movimento que a exercite e aguce, e o falcão calado é melhor que o corvo de muito crocitar."

Sobre o porquê de seu apelido, assim justifica a personagem:

"Por meu mergulho nos sentidos sutis e minha extração dos segredos dos saberes ocultos. Quem muito faz alguma coisa é por meio dela conhecido."

E esta última passagem:

"Serve ao líder ignorante procurando-lhe a satisfação, e ao líder inteligente oferecendo-lhe argumentos."

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